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MANEIRISMO

- Até metade do século XVI tudo que havia para


desenvolver na arte já havia sido feito

Michelangelo, Rafael, Da Vinci, Ticiano ...

- Outros artistas utilizaram suas técnicas, costuma-se


dizer que estes imitaram “a maneira” de pintar dos
grandes mestres e não seu espírito – Maneirismo –
entre a Renascença e o Barroco

- Resultado: Cenas sagradas da Bíblia repletas de


“jovens atletas” ou
Obras eruditas demais – poucos as compreendiam
Barroco / século XVI ao XVIII

2 tipos de artistas:
1. Os que aplicavam as regras aprendidas com os mestres
Andréa Palladio
Casa Redonda: 4 lados iguais – em forma de pórtico – corpo central
como o Panteão

Palladio, Villa Rotonda, Perto de Vicenza, 1550


Palladio, Villa Rotonda, Perto de Vicenza, 1550

2. Artistas mais jovens Parmigianino (1503-40)

- Virgem extremamente sofisticada


Ousadia, surpresa – a exemplo - Proporções alongadas propositais
de Michelangelo no final de sua
vida
- Composição inusitada - ousadia
Federico Zuccari - (1543?-1609)
- Possíveis origens do “moderno”:
Arquiteto e pintor
Renúncia à beleza “natural”
Experimentação, ousadia
Outras formas de representar

Parmigianino, Madona de longo colo, 1540


Zuccari, Porta do Palácio Zuccari, Roma, 1592

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Jacopo Robusti - Tintoretto (1518-94) Século XVI – XVIII - Itália
Emoção e drama em suas obras
Barroco – irregular, contorcido, grotesco
- Composição em diagonal - Crítica aos elementos acrescentados ao estilo clássico
- Corpos mais expressivos que grego ou romano
o rosto
- Intensidade da luz e da cor: ● Barroco – última fase do renascimento ou um período
Mistério
específico pós-renascimento até o moderno
- Visão de conjunto

● Possíveis causas: Reação da Igreja Católica (pós-


reforma ou contra reforma), certo afastamento da
ciência
Catacumba em Alexandria
Venezianos buscam corpo de
São Marcos Roma – O papado patrocinava as artes em larga escala
Doador ao centro “a mais bela cidade do mundo cristão”
Tintoretto, Reencontro do corpo de São
Marcos, 1562 Motivo: atrair fiéis – através da arte

Características gerais da arte Barroca UR BANI S M O BAR R O C O

- Emocional – despertar os sentidos - monumental Séculos XVII – XVIII (prolongamento do renascimento)


- Curvas, contracurvas, colunas ROMA
- Arquitetura e escultura /pintura Causas: Reforma e contra reforma
- Contraste entre luz e sombra
1. Política
Na pintura Reis e corte, nobres ricos e clero
Despotismo e absolutismo
- Composição assimétrica, grandiosidade,
monumentalidade em oposição à unidade geométrica e Aristocracia
o equilíbrio renascentista
- Contraste entre claro e escuro 2. Ciência (Galileu Galilei)
- Dramaticidade 3. Filosofia (René Descartes)
- Temas mais cotidianos e realistas 4. Poder espiritual em decadência
5. Cidades absolutistas e cidades liberais
(Viena e Paris) (Amsterdã e Londres)
Barroco / século XVI ao XVIII

C I DADE S BAR R O C AS Elementos do urbanismo Barroco

Arte: a. Traçado de bases renascentistas


Subjetividade e sentimento Movimento, liberdade de projeto, simetria relativa
Controle dos sentimentos coletivos
b. Monumentalidade – “cidades-cenário”: vias e espaços
públicos
Arquitetura:
Formas rebuscadas, pomposas c. Desenho urbano baseado na composição arquitetônica
Movimento, sensualidade, formas onduladas, monumentalidade - Simetria, ritmo, massas compactas e sólida das obras
- Jardins artificiais.
Urbanismo:
Traçados grandiloquentes: arte mais aberta d. Paisagem como construção humana: cenários
- eixos, ruas e avenidas radiais, composição geométrica
Cidade: - retificação de canais, fontes e espelhos d’água
Espetáculo, emoção, dinamismo: chafarizes, obeliscos, arcadas,
colunatas, grandes planimetrias, jardins, traçados radiocêntricos e. Arquitetura exuberante e retórica
- Igrejas, palácios e monumentos

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C I DADE S BAR R O C AS Roma
Roma Praça de São Pedro
Sob domínio dos papas Roma sofre
alterações radicais
Gianlorenzo Bernini

Turim (Torino) – Itália Turim (Torino) – Itália


Ampliações durante os sécs. XVII - XVIII

Acima e à direita Piazza San Carlo Piazza San Carlo e as Igrejas Gêmeas de
São Carlos e de Santa Cristina

Nápoles
Nápoles – séc. XVII e XVIII
Realização das grandiosas villas
Traçado greco-romano de Capodimonte (1743) e de
Ruas Retilíneas Caserta (1752), segundo
desenho barroco de LUIGI
VANVITELLI (1700-73).
Modernização do porto e
ordenação de ruas suburbanas,
além da construção de novos
edifícios públicos, como a Tribuna
Vila de Capodimonte
della Salute e o Albergo dei Poveri

Realização das grandiosas villas


de Capodimonte (1743) e de
Caserta (1752), segundo
desenho barroco de LUIGI
VANVITELLI (1700-73).

Barroco / século XVI ao XVIII

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BAR R O C O F R ANC Ê S BAR R O C O F R ANC E S
Guerra dos Cem Anos - 1353 Paisagista André Le Nôtre
Século XVI – monarquia transfere-se para Paris Arquiteto Louis Le Vau (1612-70)
Séc. XVII - Luis XIV / 1671-76 (O rei sol)
Máxima expressão da paisagem Barroca

Château de Vaux-le-Viconte,
1656/60, Mélum França),
Hôtel des Invalides (Palácio dos Inválidos), 1670, Paris

Séculos XVII – XVIII


- 20.000 habitantes
Jardins de Versailles - 1400 fontes
URBANISMO BARROCO

André Le Nôtre, Louis Le Vau (1612-70)


e Jules Hardouin-Mansart (1646-1708)

Jardins e Planta do Palácio de Versailles, França

Composição inusitada com elementos clássicos


Planta de Versailles
O JARDIM BARROCO para Lê Notre Ordem dos Jesuítas – combater a Reforma
ARQUITETURA BARROCA

1. Paisagem completa, simétrica e regular, Plano redondo e simétrico foi abandonado


2. Edifícios vistos como cenários
3. Natureza trabalhada como massas - Formato de cruz latina, cúpula
8 compactas e artificiais.
4. Cursos d’água canalizados
7 5. Percursos pré-estabelecidos
4 6. Desenho dominado por relvados,
alamedas, canteiros floridos, chafarizes,
colunatas e estátuas.
(Castelnou, 2007)

1 Cour de Marble
2 Cour Royale,
5 3 Chapelle
1 6 4 Petit Trianon,
3 5 Bosquet de la Reine
2
6 Bassin de Neptune,
7 Grand canal
8 Grand Parc
Igreja Il Gèsu, Giacomo della Porta, 1575

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Nave central, altar mor
Pequenas capelas, altares Elementos curvos ovais
Duas capelas maiores – transepto Movimento
Meias colunas, pilastras, capitéis Espaços + públicos
Arquitrave que sustenta o “ático”
Arco triunfal

Duplicação das pilastras - riqueza


Realce central
Sem monotonia
Volutas – unidade ao conjunto

Igreja Il Gèsu, Giacomo della Porta, 1575 Palácio Barberini, Maderna, Bernini e Borromini,
Roma, 1628

Praça Navona, Roma Alto Barroco


União da arquitetura, pintura e escultura
ARQUITETURA BARROCA

Curvas
Efeitos inusitados
Monumentalidade

Borromini e Rainaldi, Igreja de Santa Inês, Praça Navona, Roma, 1653

Santa Inês
Fachada curva – como se fosse modelada Lorenzo Bernini (1598-1680)
ARQUITETURA BARROCA

Decoração e pompa
Duplicação das pilastras duplas
Torres – quadrada e redonda

Lorenzo Bernini, Praça de São Pedro em frente a Basílica, Roma, 1653

Borromini e Rainaldi, Igreja de Santa Inês, Praça Navona, Roma, 1653

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Piazza del Popolo ou Praça do Povo Gian Lorenzo Bernini

Igrejas gêmeas, Rainaldi e Bernini, (1611-91)

S. Andrea al Quirinale, Roma, 1658-78.

Decoração teatral
Caravaggio (1573-1610)
Retratar a verdade – “naturalismo” – chocar o público

PINTURA BARROCA
Santa Inês
Interior mais decorado
Ouro, pedras preciosas, afrescos
Ensinar a doutrina aos que “leram demais”
Combater a reforma (contra ornamentação) Borromini e Rainaldi, Interior da Igreja de Santa Inês,
Efeito de conjunto Caravaggio, A inspiração de São Mateus
Praça Navona, Roma, 1653

Caravaggio Gian LorenzoBernini (escultura)


PINTURA/ESCULTURA BARROCA

Seus modelos eram do povo: trabalhadores comuns Santa Inês


Atingir o povo – contra-reforma Drapejado das vestes ≠ do clássico
Revoluto, agitado
Santa Tereza – momento de êxtase
Dramaticidade - emoção

Bernini, A visão de Santa Tereza, Florença, 1644-1947

Caravaggio, A incredulidade de São Tomé, 1602

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Gaulli, Sagrado nome de Jesus,
Igreja “Il Gèsu”,1670-1683 Gaulli
realidade e ilusão

Ideia de CONTEXTO
- Pintura e escultura entram
Giovanni Battista Gaulli ou em declínio na Itália
Baciccio (1638-1709)
- Séc. XVIII
- As figuras ultrapassam a Artistas conhecidos como
moldura, ilusão - realidade grandes decoradores de
- Movimento igrejas
- Direcionamento do olhar
- Pintores e escultores
Decoradores de Igrejas

Gaulli, Sagrado nome de Jesus,


Igreja “Il Gèsu”,1670-1683

● Sul dos Países Baixos (meridional) – católicos:


Flandres/ Antuérpia

● Norte dos Países Baixos (setentrional) – governo


católico e províncias protestantes:
Holanda livre – crescimento rápido das tradições artísticas

Várias escolas:
Amsterdã, Haarlem, Utrecht, Leyden e Delft

(Mercadores, agricultores e marinheiros)


- Igreja e governo não patrocinavam as artes
- Colecionadores particulares - mecenas

Características da arte na Holanda


→ Gosto diferente do italiano – maior sobriedade
Barroco nos Países Baixos e Espanha

SUL
Pieter Paul Rubens (1577- 1640) Velazquez

Pintor Flamengo - Antuérpia “As meninas”


- Enigmático
Estudou na Itália por 8 anos - Dimensões :
(esculturas antigas, 3,18m x 2,76m
alto renascimento e Caravaggio)

Manteve a tradição flamenga

Acrescentou luz e cor

Vitalidade, brilho nos olhos,


Texturas

Pinceladas soltas, contornos pouco


definidos
Rubens, Cabeça de criança, 1615 Velazquez, As meninas, 1656

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Holanda - Castelo de Amsterdã (antiga prefeitura) Pintura Holandesa – “Idade de ouro”
Maior sobriedade, pouca decoração (repetição, certa monotonia)
ESPELHO DA NATUREZA

BARROCO HOLANDA
Frans Hals, Catharina Hooft e sua filha, 86X65,
Jakob Van Campen, Prefeitura Holandesa, 1648 1672
1619-20

REMBRANDT Jan Vermeer


Crueldade, teatralidade através da iluminação, realismo intenso
Uso da cor e da luz para destacar
a expressão ou criar uma atmosfera

Vermeer, Moça com brinco de pérola, 1665


Rembrandt, Sansão cegado pelos filisteus, 2,36X3,02 m, 1636 1672

Jan Vermeer: NATUREZAS MORTAS


BARROCO HOLANDA

Vermeer, Detalhe de A leiteira, 1660 1672


XVII e séc. XVIII França, Alemanha e Áustria

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França
Luís XIV – França
Poder dos príncipes e nobres - Luís XIV Palácio de Versalhes
Palácio de Versalhes – grandiosidade e luxo do seu interior

- 700 hectares de parque


- 2.153 janelas
- 67 escadas
- 352 chaminés
- 700 quartos
- 1.250 lareiras
- 123 janelas em
cada andar

Louis Levau e Jules Hardouin-Mansart, Palácio de Versalhes. França. 1665-1682

Decoração interior
Efeito de conjunto – arquitetura, pintura, escultura Salão da Guerra
Piso mármore

Salão dos espelhos - Versalhes. França. 1665-1682

Exterior – Pilares duplos, esculturas, balaústres


Formas clássicas repetitivas – amenizadas pela decoração
BARROCO - FRANÇA

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Jardins: Lagos, chafarizes, formas geométricas
Espalha-se por essa região da Europa: Alemanha, Áustria
- Cidades como cenário teatral

- Decoração mais
rebuscada no centro
e laterais da construção

Áustria

Lucas von Hildebrandt , Palácio de Belvedere, Viena, 1720-24

Lucas Von Hildebrandt , Palácio de Belvedere, Viena, 1720-24


Interior, Palácio de Belvedere, Viena, 1720-24

Áustria Contraste com a pobreza


Pedra, estuque, ouro

Jakob Prandtauer, Abadia de Melk, Áustria, 1702 Jakob Prandtauer, Igreja da abadia de Melk, Austria, 1702

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ROCOCÓ ROCOCÓ ARQUITETURA
ARQUITETURA/DECORAÇÃO/MOBILIÁRIO
- rocaille

Salão oval da Princesa, Hôtel Soubise de Paris (1738-1740) Palácio Nacional de Queluz, fonte e interior em estilo rococó, Lisboa,
1747

Antoine Watteau (1684-1721)


Vida alegre, desprovida de sofrimento, privações Jean-Honoré Fragonard
Ostentação, seda, poesia – paraíso terreno (1732-1806)

Rococó exuberante
ROCOCÓ/PINTURA

Fragonard, O balanço, s/data


Watteu, Festa num parque. Cerca de 1718. Londres, Wallace Collection

ROCOCÓ NO BRASIL ROCOCÓ NO BRASIL

Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto, Antônio Francisco Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Pirenópolis, Goiás
Lisboa( Aleijadinho) e Mestre Ataíde, 1766-1810

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Diferenças entre o Barroco e o Rococó
ROCOCÓ NO BRASIL Barroco
- Governos absolutistas (França/Áustria/Alemanha)
- Temas religiosos, dramaticidade e heroísmo, violência
- Personagens populares
- Contrastes cromáticos: claro-escuro
- Movimento/ Dramaticidade
- Monumentalidade/decoração/volutas
- Paisagem natural controlada e transformada

Rococó
-Temas mundanos, parques, jardins, interiores luxuosos
- Aristocracia
- Harmonia cromática
-Tonalidades claras e luminosas
Retábulo da Basílica de Nossa Senhora do - Técnica do pastel
Carmo, Recife
- Suavidade/leveza/anjos/curvas/arabescos

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