Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
ABSTRACT
1
Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, lotada no Colégio de Aplicação, Mestre pela
mesma Universidade e integrante do grupo de pesquisas Currículo, sujeitos, conhecimento e cultura. E-
mail: camilagiga@hotmail.com
2
Mestre em educação pelo PROPED/UERJ e doutorando em educação pelo mesmo programa. Professor
substituto da Faculdade de Educação da UERJ. Desenvolve pesquisas na área de currículo, voltando-se
para os temas: Políticas de Currículo, Ensino de Geografia, Subjetivação política, Pós-estruturalismo.
3
Para maiores informações sobre a noção de Dasein apresentada por Heidegger, ver HEIDEGGER, 2009.
4
Mesmo defendendo a existência de grupos distintos, também criticamos o ciclo de políticas quanto a
esse aspecto, por acreditar que existem sujeitos e grupos sociais que se encontram participando
ativamente em mais de um desses contextos de produções das políticas, concomitantemente.
5
O social, para Derrida, é compreendido como retoricidade. (DERRIDA, 2008)
6
Apesar de Ball (BALL et al., 2011, 2012) compreender as transferências nas políticas com base em uma
sociologia da tradução, ainda apresentam limitações como interpretação e tradução, entre outros
aspectos. Para maiores informações, ler as obras.
CONSIDERAÇÕES PROVISÓRIAS
Com a discussão desenvolvida até aqui defendemos, a partir do pensamento
derridiano, que a abordagem à subjetivação incide na compreensão de seu
descentramento, de sua impropriedade, da impossibilidade de uma identidade estável.
Neste estudo, optamos por apresentar aspectos da obra de Jacques Derrida, pinçando
elementos de sua produção filosófica, com intuito de destacar possibilidades
interpretativas à desconstrução com vistas a argumentos centrais da investigação em
políticas de currículo, tal como o sujeito. Cremos ser importante investir nessa
perspectiva, principalmente para compreender a política curricular como mobilizada
na indecidibilidade.
Entendemos que a questão da ampliação da subjetividade para uma lógica de
processos de subjetivação nos ajuda a pensar na ideia de identidade como sendo
precária e contingencialmente constituída, o que possibilita atentarmos para o caráter
fluido de toda afirmação, identificação, na política. O sujeito, para Derrida (1992) é
porvir, um rastro, um traço, uma irrupção contingente, que não se pode encontrar “de
fato” ou controlar. O conceito ocidental de sujeito, segundo o filósofo, é calculador, já
é instaurado por um horizonte prévio que o limita, embasa.
Consideramos, neste texto, que a obra desconstrutiva de Jacques Derrida nos
possibilita pensar para além de uma lógica estrutural de significados. Entretanto, aqui
deixamos claro que a desconstrução não é voluntária ou imposta. Não existe um
momento de operação desconstrutiva. Estamos expostos e envolvidos com a/na
desconstrução desde sempre, independente de uma vontade ou orientação. A
REFERÊNCIAS
DE ALBA, Alicia; LOPES, Alice. Diálogos curriculares entre Brasil e México. Rio de
Janeiro: EdUERJ, 2014.
______. “Il fautbienmanger - entrevista com Jean-Luc Nancy”. In: ______. Point de
suspension – entretiens. Paris: Galilée, 1992.
______. “A estrutura, o signo e o jogo nas ciências humanas”. In: ______. A escritura e
a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2009, pp. 407-26.
______; ROUDINESCO, E. De que amanhã: diálogos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2004.
______. “The Age of the World Picture”. In: LOWITT, W. (ed.). The question concerning
technology and other essays, New York: Hareper & Row, 1977.