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"Desafios para a formação de leitores no Brasil"

Durante a idade antiga, a educação ateniense visava a leitura e a escrita com objetivo de
desenvolver intelectualmente o indivíduo, para que esse impactasse positivamente na
sociedade posteriormente. Todavia, hodiernamente, nota-se o aumento dos desafios para a
formação de leitores no Brasil, enfraquecendo a educação e a evolução individual para exercer
a cidadania. Logo, é necessário analisar os principais obstáculos desse contexto: o descaso
governamental e a inercia social.

Nessa perspectiva, é imperioso enfatizar que a negligência administrativa corrobora para a


persistência do empecilho. Nesse sentido, segundo o filosofo Bauman, o Estado é incapaz de
cumprir o papel social que inicialmente se propôs. Sob essa ótica, a administração pública é
falha, haja visto que descumpre o plano nacional de cultura que visa a manutenção e
implementação de bibliotecas públicas, tornando-se um obstáculo para o desenvolvimento e a
educação de jovens leitores no país- a exemplo disso, a perda de 800 bibliotecas no país devido
à ausência de conservação, segundo o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas-. Ademais,
enquanto o descaso estatal perdurar, a sociedade continuará a perder espaços comunitários de
leitura.

Outrossim, é valido destacar que a indiferença social também configura-se como um forte
entrave para a resolução do óbice. Por conseguinte, a obra “A menina que roubava livros” narra
a trajetória de uma garota que, durante a segunda guerra, furtava livros e lia-os para seu amigo
judeu no porão de sua casa. Sob esse viés, o corpo social permanece alheio a importância do
hábito de ler, haja visto que, apesar da facilidade de encontrar obras literárias no meio digital,
não se interessa em ler quaisquer uma delas para os jovens, reprimindo o surgimento de novos
leitores. Consequentemente, dificultando a evolução individual devido à falta de consciência
cultural e social, sendo incapazes de exercer a cidadania- os direitos e deveres do cidadão-.

Portanto, torna-se evidente a necessidade de medidas que busquem incentivar o


desenvolvimento da leitura na sociedade. Por isso, cabe ao Governo Federal – órgão máximo
que vela pelos direitos de cada indivíduo-, por intermédio do Sistema Nacional de Bibliotecas
Públicas, promover a restauração e incentivar a criação de bibliotecas em cidades e municípios
do país, a fim de facilitar o acesso à educação e cultura para todos os cidadãos. Além disso,
cabe a comunidade, por intermédio de projetos nas instituições de ensino, enaltecer a
importância da leitura para o desenvolvimento dos jovens, dessa maneira atingindo o ideal
ateniense.

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