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Processamento de
chocolate
Fabricação de chocolate
Renata Martins
Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro - REDETEC
Agosto/2007
Novembro/2021
Processamento de
chocolate
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico MARTINS, Renata
Processamento de chocolate
Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro - REDETEC
1/8/2007
Resumo O processamento do cacau inicia-se na fermentação e
secagem das amêndoas (pré-tratamento). Esta prática tem
como objetivo preparar o produto para garantir a preservação
das suas características físico-químicas, organolépticas e
qualitativas, responsáveis pelo processo de cura das sementes,
onde ocorre o desenvolvimento e a manutenção dos fatores
que concorrem para a formação dos precursores do sabor e
aroma de chocolate. O objetivo do dossiê deverá ser informar
as etapas do processo de produção do chocolate, cuidados que
devem ser tomados em cada etapa, variáveis do processo,
tipos de equipamentos utilizados nas etapas de produção do
chocolate e suas especificações técnicas, legislação sobre o
assunto.
Salvo indicação contrária, este conteúdo está licenciado sob a proteção da Licença de Atribuição 3.0 da Creative Commons. É permitida a
cópia, distribuição e execução desta obra - bem como as obras derivadas criadas a partir dela - desde que criem obras não comerciais e
sejam dados os créditos ao autor, com menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2
2 A HISTÓRIA DO CACAU E DO CHOCOLATE .................................................................. 2
3 CADEIA PRODUTIVA DO CACAU .................................................................................... 4
3.1 FLUXOGRAMA ............................................................................................................... 4
3.2 CARACTERÍSTICAS DO CACAU ................................................................................... 4
3.3 COLHEITA E EXTRAÇÃO DAS AMÊNDOAS ................................................................ 5
3.4 FERMENTAÇÃO DAS AMÊNDOAS OU FAVAS ............................................................ 5
3.5 SECAGEM E QUIMIOFERMENTAÇÃO .......................................................................... 6
3.6 TORREFAÇÃO ............................................................................................................... 7
3.7 FRAGMENTADOR E DESCASCADOR DE AMÊNDOAS ............................................... 7
4 CARACTERÍSTICAS DO CHOCOLATE ............................................................................ 8
4.1 VARIEDADES MAIS COMUNS DE CHOCOLATE .......................................................... 8
4.2 VANTAGENS DO CHOCOLATE ..................................................................................... 9
4.3 DESVANTAGENS DO CHOCOLATE ............................................................................. 9
4.4 AVALIAÇÃO SENSORIAL DO CHOCOLATE ................................................................ 9
4.5 QUALIDADE ................................................................................................................. 10
4.6 VALOR ENERGÉTICO DO CHOCOLATE .................................................................... 10
5 PROCESSAMENTO DO CHOCOLATE ........................................................................... 11
5.1 MATÉRIAS-PRIMAS ..................................................................................................... 11
5.1.1 MANTEIGA DE CACAU ............................................................................................. 11
5.2 MISTURA DOS INGREDIENTES .................................................................................. 12
5.3 REFINO ......................................................................................................................... 12
5.4 CONCHAGEM ............................................................................................................... 13
5.5 TÊMPERA OU TEMPERAGEM DO CHOCOLATE ....................................................... 14
5.6 ENVASAMENTO/MOLDAGEM DO CHOCOLATE ....................................................... 14
5.7 VIBRADOR.................................................................................................................... 15
5.8 RESFRIAMENTO EM TÚNEL COM CONTROLE DE UMIDADE .................................. 15
5.9 EMBALAGENS PARA CHOCOLATE ........................................................................... 16
5.10 PRAZOS DE VALIDADE PARA CHOCOLATES ........................................................ 19
6 HIGIENE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS ..................................................................... 19
7 LEGISLAÇÃO NACIONAL............................................................................................... 20
8 RECEITAS ....................................................................................................................... 24
9 PASSO A PASSO ............................................................................................................ 25
9.1 PREPARAÇÃO DE CHOCOLATE CASEIRO ............................................................... 25
9.2 PREPARO DE OVOS DE PÁSCOA .............................................................................. 26
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
O cacaueiro é uma planta da família das Sterculiáceae. Foi escrito com o nome de Cação
Fructus. Já em 1737 foi classificado como Theobroma Fructus, se modificando em 1753 até
hoje como Theobroma Cacau, cujo nome Theobroma tem o significado em grego que quer
dizer Alimento dos Deuses.
Envolvido na mitologia e lenda na qual o deus asteca Quetzcoalt presenteou aos homens
querendo assim mostrar que dava energia e prazer, ele então furtou as sementes da árvore
sagrada. Acredita-se que foi dessa forma que as sementes apareceram na região asteca e
frutificaram dando origem à árvore. Mas primeiro ela foi cultivada por sacerdotes, era
usada como bebida amarga e com poderes especiais.
No século XVIII, essa bebida era servida no desjejum na França, os efeitos eram
estimulantes e eram úteis para soldados que ficavam de vigia à noite. Depois começaram a
usar as favas trituradas e amassadas, mas logo depois descobriram que com mel e as
especiarias combinavam com o chocolate ajudando na sua aceitação.
Em 1910, a barra de chocolate começou a ser vendida e mais ainda quando foi usada pelo
exército americano como alimento de combate durante a segunda Guerra Mundial.
O chocolate é produzido com larga escala no Brasil, mais na Bahia. Hoje cerca de três
quartos do cacau fornecido as indústrias do chocolate são cultivadas na África Ocidental.
No Brasil, o cultivo do cacau tem origem na região amazônica e, somente no século XVIII é
que foi introduzido na Bahia, no município de Canavieiras, sendo as primeiras variedades do
tipo forasteiro. No entanto, até meados de 1890 o cultivo do cacau, no estado, era
irrelevante geograficamente, pois a atividade econômica predominante era a cana-de-açúcar
em função do elevado preço desse produto no mercado, atraindo, nessa época, o capital
agrícola para essa atividade, especialmente no Nordeste brasileiro. Porém, no final do
século XIX, com a crise da atividade açucareira no Nordeste, o capital migra para o sul da
Bahia, em função das condições edafoclimáticas favoráveis, estimulando assim a rápida
expansão dos cacauais nessa região. Tal fato faz com que, em 1890, a produção estadual
atinja 3.503 toneladas, e o Brasil passe a ocupar lugar de destaque na exportação.
Existem mais de 16 espécies de cacau, mas duas são as mais comuns: TheobromacacaoL
(criollovenezuelano) e TheobromaleiocarpunBern, o nosso cacau forasteiro ou cacau roxo,
como é mundialmente conhecido. O cacau roxo se subdivide nas quatro variedades:
Comum, Pará, Maranhão e Catongo.
O Chocolate no Brasil:
3.1 Fluxograma
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DOSSIÊ TÉCNICO
A Teobromina é uma substância que tem efeito vasodilatadora, usada também para a
fabricação de anestésicos. Estimula a produção de proteínas, retarda o envelhecimento,
inibindo também a produção da enzima monoaminoxidase, que causa depressão e antecipa
a senilidade.
O sabor do chocolate não existe naturalmente nos grãos de cacau, sendo ele o resultado de
uma série de reações, que ocorrem desde o tratamento pós-colheita do fruto (fermentação e
secagem) até durante o processo de fabricação do chocolate.
● Desenvolve nas amêndoas os óleos essenciais que dão ao cacau o aroma que lhe é
peculiar e diminuem o sabor amargo natural;
● Liberar a teobromina, substância que dá ao cacau suas propriedades tônicas e
estimulantes;
● Mata a radícula (raiz pequena), evitando assim que a amêndoa venha a germinar;
● Elimina parte da umidade da amêndoa, aumentando seu teor de gordura.
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Ação das proteinases gerando aminoácidos e peptídeos que juntamente com açúcares
redutores desenvolverão reação de Maillarddurante o processo de torrefação;
Polimerização de flavonóides solúveis a taninos pela ação das enzimas polifenoloxidases,
alteração da cor, desenvolvimento de precursores de aroma e sabor.
3.6 Torrefação
É fundamental na obtenção das características de qualidade do chocolate pois, durante esta
etapa de aquecimento, ocorrem algumas mudanças importantes como a diminuição dos
ácidos voláteis indesejáveis (como o acético), a inativação das enzimas que podem
degradar a manteiga de cacau, o desenvolvimento do aroma e da cor típicos do chocolate e
a perda de água.
- Torra convencional, deve haver agitação para que as amêndoas de cacau sejam torradas
uniformemente (T entre o centro e a superfície da amêndoa pode chegar a 12 ºC, em
certos casos, o interior cru ou a parte externa excessivamente torrada);
- Torração em microondas.
Em sequência os nibs são moídos quando passam por rolos de diversos tamanhos até se
obter uma massa de partículas finas (20 a 30 microns) chamada de pasta, massa ou licor
de cacau.
No caso do chocolate em pó, a massa passa por uma prensagem hidráulica (350 a 530
bars), que resulta, de um lado a manteiga de cacau, e de outro uma torta de cacau.
4 CARACTERÍSTICAS DO CHOCOLATE
O chocolate pode ser definido como uma suspensão de partículas sólidas (açúcar, sólidos
de cacau e sólidos de leite) em uma fase gordurosa contínua, que também contribui para o
aroma, sabor, cor, além de promover forma ao produto final. Deve fundir rápido e
completamente em temperatura próxima a do corpo humano, caso contrário, poderá
promover um pobre desprendimento de aroma/sabor e, provavelmente, um residual ceroso.
● Chocolate branco: não contém massa de cacau, mas apenas manteiga de cacau, açúcar
e leite em uma proporção variada, dependendo da marca.
● Chocolate Dietético: Também chamado diet, ele é formulado para atender a certos tipos
de patologia como, por exemplo, o diabetes. O termo light é para alimentos que apresentam
redução de, pelo menos, 25% do valor calórico total. Entre o chocolate normal e o diet, a
diferença de calorias é muito pequena, apenas 16 kcal. Por isso, o chocolate diet não é
adequado para regimes de emagrecimento, mas sim para atender a quem não pode
consumir açúcar refinado, como é o caso dos diabéticos.
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DOSSIÊ TÉCNICO
● Chocolate em pó: trata-se da fava do cacau, reduzida a pó, do qual foi extraída boa parte
da manteiga de cacau e adicionado o açúcar. É usado como ingrediente nas receitas, mas
pode ser empregado para polvilhar bolos e sobremesas. Já o cacau é como o chocolate em
pó, porém, sem a adição de açúcar e com teor de manteiga de cacau muito baixo (cerca de
11%). Também é usado em culinária e proporciona um sabor mais acentuado de chocolate.
O chocolate, em suas mais variadas versões é rico em açúcar, ingrediente que confere um
sabor agradável ao paladar. O consumo excessivo desse doce, além de contribuir para o
aparecimento de cáries, pode levar à obesidade e suas perigosas complicações, como o
diabetes e as doenças cardíacas.
a) Apresentação
A cor deve ser uniforme e não necessariamente escura. A superfície deve ser homogênea e
brilhante. O chocolate deve ser fácil de partir, mas se estilhaçar é sinal que está muito seco.
Se, ao contrário, resistir ao ser partido, significa que é gorduroso.
b) Aroma
Deve ser levemente adocicado, mas não excessivamente doce.
c) Tato
d) Percepção na boca
O chocolate de melhor qualidade deve ficar bem fino na boca, liso (sem sinal de
granulosidade) e deve derreter rapidamente.
e) Sabor
O sabor básico é um amargor e um resíduo (bem longe) de ácido. Uma pequena pitada de
sal é percebida, o que ajuda a liberar os aromas de cacau.
4.5 Qualidade
O cacau deve ser bem fermentado, isento de fungos, parasitas, detritos vegetais e animais e
em perfeito estado de conservação.
Uma vez que o chocolate é um produto rico em gordura, facilmente absorve odores
estranhos do ambiente, a menos que esteja adequadamente protegido por materiais de
embalagem apropriados.
Além disso, os chocolates são vendidos em muitos formatos diferentes, sendo comum o
emprego de frutas, nozes e caramelo em sua composição, o que influencia o aparecimento
de diversos tipos de defeito durante a estocagem.
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DOSSIÊ TÉCNICO
Um tablete de 100 gramas corresponde a 6 ovos ou 3 copos de leite ou 220 gramas de pão
branco ou 750 gramas de peixe ou 450 gramas de carne bovina.
5 PROCESSAMENTO DO CHOCOLATE
5.1 Matérias-primas
Elaborar uma massa ou pasta de chocolate significa mesclar o liquor de cacau com outras
matérias primas alimentícias e aromas, que são fundamentalmente: açúcar, leite em pó,
lecitina de soja, essências e em alguns casos conservantes. Também é necessário em
quase todas receitas incorporar manteiga de cacau para que o produto final adquira a
viscosidade necessária para temperagem e moldagem.
Características Gerais:
- Coloração amarelada
- Dura e quebradiça a T < 35°C (snap)
- Untuosa ao tato
- Ponto de fusão 28-35°C
- Índice de iodo 35-43cgL/g
- Acidez < 5% p/p
- Índice de refração: 1,456 1,458
- Sabor e aroma intenso de cacau e chocolate
- Responsável pela fusão na boca, brilho, contração
durante o desmolde rápido desprendimento de aroma
e sabor na degustação;
- Boa estabilidade oxidativa (presença de antioxidantes naturais - tocoferóis)
- Pode constituir mais de 1/3 da formulação do chocolate.
5.3 Refino
A etapa de refino é de grande importância no processamento do chocolate, pois reduz o
tamanho das partículas dos ingredientes tornando-os imperceptíveis na boca durante a
degustação do produto final.
O teor de gordura influencia esta etapa, sendo que massas muito secas (com menores
teores de gordura) são refinadas mais rapidamente, porém, apresentam tamanho de
partículas mais elevadas que o ideal. Por outro lado, um teor elevado de gordura faz com
que a massa fique muito fluida, deslizando lentamente nos cilindros de refino.
Dessa forma, permanece maior tempo nos cilindros, provocando diminuição excessiva do
tamanho de partículas. A maioria das partículas da massa refinada deve ter até 40 mm, mas
na prática tamanhos maiores que 25 mm proporcionam arenosidade na boca ao degustar o
chocolate e, por outro lado, tamanhos inferiores a 20 mm podem causar problemas
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5.4 Conchagem
a) Conchagem Úmida
b) Conchagem Seca
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DOSSIÊ TÉCNICO
5.7 Vibrador
A embalagem para chocolate, de modo geral, deve atender aos seguintes requisitos de
proteção:
Além disso, este sistema oferece condições de entrar em contato direto com alimentos,
podendo ser aplicado na área total da embalagem ou através de registro com a impressão.
Para barras de chocolate de tamanhos maiores são empregados normalmente envoltórios
internos em alumínio termosselado, que confere proteção ao produto com acabamento
externo de papel.
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DOSSIÊ TÉCNICO
Entretanto, tais aditivos podem migrar para o produto, o que pode acarretar problemas
toxicológicos. Sendo assim, a Comunidade Econômica Europeia estabeleceu como limite de
migração específica, para somatória desses aditivos, 50 mg/kg.
A barreira ao vapor d’água, gases e aromas fica muito comprometida nas embalagens com
sistema torção, devido à falta de hermeticidade do fechamento.
Para conferir maior proteção ao produto quanto à umidade e ao oxigênio, alguns chocolates
são envoltos por folhas de alumínio. Como exemplo, pode-se citar as embalagens para
bombons com wafle no recheio que são compostas por um envoltório interno em alumínio,
moldado no formato de bombom e estrutura em BOPP torção, com vantagens de custo e
qualidade sobre o celofane, além de apresentar características de brilho, proteção e
fechamento superiores.
O alumínio é um metal atóxico e seguro para ser utilizado em contato com chocolates, balas
e derivados. No acondicionamento desses produtos, o alumínio é utilizado na forma de
folhas de 7 a 15 mm de espessura. Pode estar em contato direto com o produto,
envolvendo-o, ou pode estar combinado a outros materiais em estruturas laminadas ou
quando recebe revestimentos para termossoldagem.
filmes. Nesse processo, o alumínio é aquecido sob vácuo, passando do estado sólido para
vapor e condensa sobre a superfície do filme plástico, formando uma camada que pode se
densa ou porosa, dependendo do ajuste dos parâmetros do processo de metalização.
Quanto mais densa e homogênea for a camada de alumínio depositada sobre o filme,
melhor serão suas características de barreira. Se a camada de metalização for muito fina
e/ou porosa, o material terá apenas boas características estéticas, associadas ao brilho
prateado da superfície metálica.
O filme plástico a ser metalizado deve ser dimensionalmente estável, inerte e apresentar
características de superfície que permitam boa adesão do metal. Para o mercado de
chocolates, balas e derivados podem ser metalizados os seguintes substratos: OPET,
BOPP, PVC, celofane e papel.
Quando utilizado como substrato ele incorpora uma embalagem, dando característica de
rigidez que não seria possível com outro substrato.
- Papel kraft branco: Pode ser laminado com alumínio, recoberto com parafina ou hot melt.
É utilizado como invólucro de chocolates, balas e derivados.
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- Embalagem multipack
No caso de alguns tipos de bombons, cuja apresentação em sacos não tem grande apelo
mercadológico, são utilizadas bandejas de OS, PP ou PVC, que definem melhor a forma do
produto dentro do saco envoltório, valorizando a aparência.
As pessoas que estiverem envolvidas no trabalho devem ser sadias e conhecedoras das
receitas e técnicas recomendadas para cada tipo de produto. Elas devem, ainda, conhecer e
aplicar todos os cuidados de higiene necessários, como por exemplo: lavar e desinfetar bem
as mãos antes de qualquer atividade; estar bem uniformizadas, com uniformes de cor
branca, que estejam sempre limpos; usar boné ou gorro, para evitar a queda de cabelos nos
alimentos; luvas, botas de borracha, fáceis de serem limpas; e aventais impermeáveis;
Com respeito aos vasilhames, utensílios, equipamentos e instalações, deve-se ter cuidados
especiais. Eles devem ser próprios para o trabalho, serem bem lavados e esterilizados antes
do seu uso.
A limpeza e desinfecção dos equipamentos devem ocorrer também após o seu uso. Nunca
se deve deixar para o dia seguinte, pois isto vai dificultar o trabalho e aumentar as chances
de contaminação.
7 LEGISLAÇÃO NACIONAL
Resolução n. 264, de 22 de setembro de 2005. Aprova o "Regulamento Técnico para
Chocolate e Produtos de Cacau". Diário Oficial da União, Brasília, 23 set. 2005. Disponível
em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulamentacao/legislacao.
Acesso em: 17 de novembro de 2021.
Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano, a contar da data da publicação deste
Regulamento para adequarem seus produtos.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeitando
os infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais
disposições aplicáveis.
Art. 5º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.
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DOSSIÊ TÉCNICO
ANEXO
1. ALCANCE
2. DEFINIÇÃO
2.2. Chocolate Branco: é o produto obtido a partir da mistura de manteiga de cacau com
outros ingredientes, contendo, no mínimo, 20 % (g/100 g) de sólidos totais de manteiga de
cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados.
2.3. Massa (ou pasta ou liquor) de cacau: é o produto obtido das amêndoas de cacau
(Theobroma cacao L.) por processo tecnológico considerado seguro para a produção de
alimentos.
2.4. Manteiga de Cacau e Cacau em Pó: são os produtos obtidos da massa (ou pasta ou
liquor) de amêndoas de cacau (Theobroma cacao L.).
Os produtos devem ser designados de acordo com o item 2 (Definição), podendo ser
acrescidos do(s) nome(s) do(s) ingrediente(s) que caracteriza(m) o produto. Podem ser
utilizadas denominações consagradas pelo uso, expressões relativas ao processo de
obtenção, forma de apresentação, finalidade de uso e ou característica específica.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4.1. BRASIL. Decreto nº. 55.871, de 26 de março de 1965. Modifica o Decreto nº 50.040, de
24 de janeiro de 1961, referente a normas reguladoras do emprego de aditivos para
alimentos, alterado pelo Decreto nº 691, de 13 de março de 1962. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 09 abr. 1965. Seção 1.
4.2. BRASIL. Decreto - Lei nº. 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas básicas sobre
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 out. 1969. Seção 1.
4.3. BRASIL. Resolução nº 4, de 24 de novembro de 1988. Aprova revisão das Tabelas I, III,
IV e V referente a Aditivos Intencionais, bem como os anexos I, II, III e VII, todos do Decreto
nº 55.871, de 26 de março de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1988.
Seção 1.
4.4. BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 1990. Suplemento.
4.5. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 1.428, de 26 de novembro de 1993. Regulamento Técnico
para Inspeção Sanitária de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 dez. 1993.
Seção 1.
4.6. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 326, de 30 de julho de 1997. Regulamento Técnico sobre
as Condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 01 ago.
1997. Seção 1.
4.7. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 27, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
Referente à Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16
jan. 1998. Seção 1.
4.8. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 29, de 13 de janeiro de 1998. Regulamento Técnico
referente a Alimentos para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
Seção 1.
4.9. BRASIL. Portaria SVS/MS nº. 685, de 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico de
Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos
em Alimentos e seu Anexo: Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 1998. Seção 1.
4.10. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 16, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico de
Procedimento para Registro de alimentos e ou novos ingredientes. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.11. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 17, de 30 de abril de 1999. Regulamento Técnico
que estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 mai. 1999. Seção 1.
4.12. BRASIL. Resolução ANVS/MS nº. 386 de 05 de agosto de 1999. Regulamento Técnico
que aprova o uso de Aditivos Alimentares segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas
funções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 1999. Seção 1.
4.16. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento
Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 10 jan. 2001. Seção 1.
4.17. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 234, de 19 de agosto de 2002. Regulamento
Técnico sobre aditivos utilizados segundo as Boas Práticas de Fabricação e suas Funções.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 ago. 2002. Seção 1.
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DOSSIÊ TÉCNICO
4.20. BRASIL. Resolução RDC ANVISA/MS nº. 175, de 08 de julho de 2003. Regulamento
Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde
Humana em Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 jul. 2003. Seção
1.
5. REQUISITOS GERAIS
5.3. A utilização de ingrediente que não é usado tradicionalmente como alimento, pode ser
autorizada desde que seja comprovada a segurança de uso, em atendimento ao
Regulamento Técnico específico.
Demais Legislações
8 RECEITAS
Derreta o chocolate em banho-maria e misture bem para que forme uma massa
homogênea. Pegue a forma para trufas no formato limão e preencha com o chocolate até a
indicação da forma (nível) todas as cavidades da forma. Encaixe as outras duas formas em
contato com o chocolate (silicone e ponto de apoio). Pressione levemente para que o
chocolate suba preenchendo toda a forma. Leve a forma à geladeira por 4 minutos com a
cavidade virada para baixo. Retire o silicone e o ponto de apoio e recheie cada trufa com o
recheio indicado. O recheio não deverá ultrapassar a borda da forma. Deixe um espaço
entre recheio e borda para ser feito o acabamento com uma camada fina de chocolate.
Recheio:
●400g de chocolate branco
●1/4 de xícara de suco de limão concentrado (fervido e coado)
●1/4 de xícara de creme de leite em ponto de chantilly (se desejar trufa musse)
●1 colher (café) de essência de limão
●1 colher (sopa) de mel
Modo de preparo
Derreta o chocolate branco e reserve. Bata o creme de leite em ponto de chantilly. Misture a
cobertura derretida com os demais ingredientes, sendo por último o chantilly.
Recheie cada cavidade da forma.
Rendimento: 25 unidades
Durabilidade: 15 dias
Dica: Não querendo trufa musse, substitua o chantilly por Hulalá gran cucina
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DOSSIÊ TÉCNICO
Ingredientes
Modo de Preparo
Aqueça o creme de leite, retire do fogo e junte o chocolate picado mexendo bastante até
dissolver, adicione as nozes picadas, a essência e a bebida. Leve para gelar durante 6
horas. Modele as trufas na mão ou em formas próprias e banhe no chocolate.
9 PASSO A PASSO
3- Misture o chocolate com uma espátula constantemente, para que o chocolate resfrie por
igual, até atingir 29 graus. Você poderá identificar essa temperatura, colocando uma
pequena porção de chocolate nos lábios. Sentindo que ele está "frio", você já poderá moldá-
lo.
Em dias quentes, coloque o refratário com o chocolate derretido dentro de uma vasilha
com água fria, para acelerar o resfriamento.
Dica: deixando a temperatura descer um pouco mais (25 graus) e elevando-a em seguida ao
ponto de temperagem (29 graus), o resultado será ainda melhor, a superfície ficará com um
brilho extraordinário.
Para derreter quantidades superiores a 2,5 Kilos de uma só vez, utilize uma derretedeira,
pois é mais adequada para uso profissional.
● Micro ondas
1- De acordo com a tabela acima, na metade do tempo digitado, abra o forno de micro
ondas e mexa o choco- late, para que ele derreta por igual, retorne-o ao forno novamente e
continue a outra metade do tempo restante. Siga os procedimentos 2 e 3 do derretimento
em banho-maria, que são os mesmos a serem seguidos para o derretimento no micro
ondas.
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DOSSIÊ TÉCNICO
Conclusões e recomendações
Referências
Identificação do Especialista
Renata Martins
Anexos
BASF S/A
Estr. Samuel Alzemberg, 1707
CEP: 09851-550 São Bernardo do Campo SP
Tel.: (11) 4343-2233
Site: www.basf.com.br
BAUDUCCO
End.: Caixa postal 11.039. CEP: 05422-970. São Paulo - SP.
Tel.: 0800 118357
Site: http://www.bauducco.com.br/index1.html
BBA
Av. dos Autonomistas, 1496
CEP: 06020-902 Osasco SP
Tel.: 0800 149111 Fax: (11) 7088-9081
E-mail: abb.atende@brabb.mail.abb.com
BRASPEP
Av. Pres. Vargas, 1580
CEP: 68740-000 Castanhal PA
E-mail: braspep@linknet.com.br
www.respostatecnica.org.br 28
DOSSIÊ TÉCNICO
CCPR/ITAMBÉ
R. Itambé, 40
CEP:30150-150 Belo Horizonte MG
Tel.: 0800 703 4050
CULAU ALIMENTOS
Acesso Leopoldo Sander, 4183
CEP:89810-000 Chapecó SC
Tel.: (49) 723 5669 Fax: (49) 722 5265
DISMAR ALIMENTOS
R. Ribeirão Preto, 2589
CEP: 14075-080 Ribeirão Preto SP
GAROTO
Distribuidor na Bahia: Distribuidora Mascarenhas Ltda.
End.: Av. Eduardo Fróes da Mota, 4499-A, Cidade Nova. Feira de Santana BA.
Tel.: (75) 3224-2512 / Fax: (75) 3223-3309
Site: http://www.garoto.com.br
GLOBALFOOD
R. Alberto Sampaio, 45/47
CEP: 04373-030 São Paulo SP
Tel.: (11) 5562-0756 Fax: (11) 5563-7366
E-mail: globalfood@telnet.com.br
MARTIN BRAUN
Av. Prof. Alfonso Bovero
CEP: 01254-000 São Paulo SP
Tel.: (11) 263-4648/5126 Fax: (11) 3873-3734
PARMALAT
R. Tenerife, 31
CEP: 04548-040 São Paulo SP
Tel.: 0800 11 2222
TASTY ALIMENTOS
Rua Otacilio Roxo, 150
CEP: 26030-800 Nova Iguaçu RJ
Tel.: (21) 2669-2778 / 2667-1510 Fax: (21) 2669-2776
E-mail: tasty@tastyplus.com.br
2. Fornecedores de Equipamentos
AASTED-MIKROVERK APS
Bygmarken 9-17
DK-3520 Farum
Tel:(+45) 4434 8000 Fax: (+45) 4434 8080
E-mail: mail@aasted-mikroverk.com
Site: http://www.aasted-mikroverk.com
ALMO MÁQUINAS
Av. Monteiro, 335
CEP: 07224-000 - Guarulhos - SP
Tel.: (11) 6412-4966 Fax: (11) 6412-7232
E-mail: almo@uol.com.br
BÜHLER
End: Av. Paulista, 1106, são Paulo - SP CEP:01310-914
Tel.: (11) 3175-6800 / Fax: (11) 3175-6848
Site: <http:/www.buhlergroup.com>
DINIEPER
www.respostatecnica.org.br 30
DOSSIÊ TÉCNICO
HEBLEIMAR
Rua João Fustaino, 86, Piracicaba SP
Tel.: (19) 3426-4936
LONIGO
R. Eng. Gualberto, 286
CEP: 08770-300 Mogi das Cruzes SP
Tel.: (11) 4791-1819
PALLMANN
End: Av. Pres. Juscelino, 1156, Diadema SP. CEP: 09950-370
Tel.: (11) 4075-3044 / Fax: (11) 4075-4968
Site: < http://www.pallmann.com.br>
SHOWCOLATE
Quiosques com máquina com derretimento de chocolate nas frutas. Para franquias.
End: Av. Raja Gabáglia, 3502 / 202, São Bento, CEP: 30350-540. Belo Horizonte MG.
Contato: Sr. Leonardo Vítor.
Tel.: (31) 2112-7200 / 2112-7204
E-mail: showcolate@showcolate.com
Site: http://www.showcolate.com.br
TECNOALIMENTOS
End: Rua Amazonas da Silva, 602, São Paulo SP. CEP: 02051-060
Tel.: (11) 6909 8018 / 5974
Site: http://www.tecnoalimentos.com.br
TREU
Av. Brasil, 21000
CEP: 21515-000 Rio de Janeiro RJ
Tel.: (21) 3372-3196
E-mail: treujo@uninet.com.br
3. Fornecedores de Embalagens
ALUSA
Av. Santo Amaro, 4644/cj. 211
CEP: 04702-000 - São Paulo SP
Tel.: (11) 530-6511 / Fax: (11) 563-0845
E-mail: alusabr@ibm.net
BRASILATA S/A
Rod. GO, km2, 2, 174
CEP: 75901-970 Goiás - GO
Tel.: (62) 622 3434 Fax: (62) 622 4629
CANGURU
Av. Manoel D. de Freitas,
CEP: 88813-700 Criciúma SC
Tel.: (48) 461-9000 Fax: (48) 461-9251
CODIPAR
Rua República de El Salvador, 310
04910-020 São Paulo - SP - Brasil
Tel. (55 - 011) 5523-0885 e 5514-5075 Fax (55 - 011) 5687-9318
EMPAX
R. Herbert A. Landsberger,
CEP: 04662-020 São Paulo SP
E-mail: vendas@empax.com.br
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DOSSIÊ TÉCNICO
LATASA
R. Pres. Wilson, 231/24º and.
CEP: 20030-021 Rio de Janeiro RJ
Tel.: (21) 216 7000 Fax: (21) 523 3633
POLY-VAC S/A
Av. das Nações Unidas, 21313
CEP: 04795-100 São Paulo SP
E-mail: marketing@poly-vac.com.br
4. Instituições
ANVISA
SEPN 515, Bl. B - Edifício Ômega
Brasília -DF - CEP: 70.770-502
Tel.: (61) 3448-1000
Site: https://www.gov.br/anvisa/pt-br
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Processamento de chocolate
www.respostatecnica.org.br 36