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TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA PARA OLFATO

Texto 1: Abordagem Integral na reabilitação funcional do olfato e paladar a


partir de um enfoque Fonoaudiológico - Clerici, Roxana; Frossard, Virginia; Soler,
Graciela M. 
Rev. Fed. Argent. Soc. Otorrinolaringol  ; 23(1): 5-11, 2016

Nara
- Estimulação integral multissensorial – via retro e ortonasal
- RFOG – melhorar a qualidade de vida das pessoas, otimizar as condutas
olfativas e gustativas a partir do uso adequado da corrente inspiratória em conjunto
com a estimulação integral multissensorial
- 7 casos clínicos (2 H e 5M, idade entre 37 a 64 anos) que apresentam de
hiposmia leve a severa ou anosmia, período de junho a outubro de 2015;
- Teste de Connecticut (ou Connecticut Chemosensory Clinical Research
Center – CCOC) pré e pós-reabilitação
- Protocolo de Reabilitação para pacientes com Transtornos de Olfato e
Paladar
- Foram realizados outros testes voltados para estomatologia, neurologia,
psiquiatria e endocrinologia para descartar patologias que afetam a gustação e olfato
- Para classificação das etiologias foram considerados - Anosmia ou
hiposmia: de causa viral ou pós infecção do trato respiratório superior; de causa
rinosinusopatias; de causa pós traumatismo craniano; de causa idiopática.
- Teste/prova de Rosenthal para avaliar a permeabilidade da via aérea
superior

Isabel:
- Via retro e ortonasal se referem as vias de percepção do odor – ortonasal:
alimentos voláteis/ moléculas de odor entram pelas narinas; - retronasal: alimentos
voláteis moléculas de odor são liberados na boca e passam para a cavidade nasal
- Protocolo de Reabilitação do Hospital de Clínicas José de San Martín
(Argentina) - 4 níveis: detecção, com exercícios respiratórios que utilizam via orto e
retronasal, na orto com inspirações curtas (máx. 3), evitando o colapso/colabar as
narinas, na retro com a “mastigação do aroma” pela respiração oral mantendo o ar e
exalando para a cavidade nasal, tais atividades sem apoio visual; discriminação, 2
a 3 aromas contrastantes, feito com estimulação retro e ortonasal, apresentação
com intensidade e temperaturas diferentes; caracterização, utiliza a estimulação
integral multissensorial; identificação e reconhecimento, busca que o paciente
determine o aroma antes da apresentação dos odores distintos e sem apoio visual,
- Condições gerais: reabilitação realizada num período de 4 meses com
sessões semanais de duração de 15 a 20min, considerando a adaptação do olfato,
com repetição dos exercícios durante o dia por no máximo 10 min cada e devem
anotar as mudanças percebidas ao longo do tratamento, foi orientado aos pacientes
que aplicassem as técnicas aprendidas na reabilitação no dia a dia de suas vidas;
- Foram observadas melhoras significativas em 5 pacientes na percepção e
discriminação dos odores; 5 alcançaram a categorização, identificação e
reconhecimento; 4 de 6 pacientes com anosmia passaram, após a reabilitação, para
hiposmia severa; dois continuaram com anosmia e 1 passou de hiposmia moderada
para leve, este recebeu tratamento medicamentoso pré-reabilitação e foi aplicado
exclusivamente o protocolo de Reabilitação Funcional de Olfato e Gustação

Texto 2: Diagnóstico clínico e tratamento da disfunção olfatória


relacionada ao COVID -19: uma re
visão de literatura. Bombón-Albán PE, Escobar-Ronquillo LG, Cisneros-Hinostroza CA.
Diagnóstico clínico y tratamiento de la disfunción olfatoria relacionada con COVID-19: revisión de la
literatura. Acta otorrinolaringol. cir. cabeza cuello. 2022;50(3): 212-219.
DOI.10.37076/acorl.v50i3.636
- Profissionais: neurologista e 2 otorrinolaringologistas – Equador
- Disfunção olfatória no COVID: sintoma sentinela (não usual a doença); foi
orientado que seja considerado positivo para COVID caso esse sintoma seja
apresentado; pode ser mais frequente e grave do que em outras infecções das vias
respiratórias superiores
- A DO pode ser quantitativa, afeta a intensidade, ou qualitativa, afeta a
qualidade do odor; os transtornos quantitativos são classificados em anosmia e
hiposmia
- Não há ainda intervenção médica/medicamentosa baseada em evidencias
para tratar os pacientes com DO decorrentes da COVID-19, mas é indicado a
reabilitação olfativa.
- Houveram estudos demonstrando a eficácia dos corticoides para melhorar o
olfato em pacientes com DO persistente, mas foi observado em casos em estágios
iniciais.
- A interação entre vírus e vias respiratórias superiores é sugerida pelo
descobrimento da DO como sintoma inicial
- Foi observada lesão direta do neuroepitélio olfatório e mecanismo indireto
(inchaço da mucosa na fenda olfatória, alteração na produção e composição da
secreção nasal e mudança na sinalização olfativa por citocinas locais)
-Tratamento da DO: treinamento olfatório, consiste na inalação repetida e
deliberada de odores, disponibilizados como essências, durante 15-20s cada, repetir
ao menos duas vezes por dia, com duração total de no mínimo 3 meses. Durante a
inalação é orientado ao paciente que se concentre na memória olfativa, o importante
é que o paciente reconheça o odor para se concentrar na memória; no período do
tratamento os odores podem mudar; com o tratamento, o paciente pode aumentar a
capacidade de conhecimento/reconhecimento de odores.
- É pensado que esse treinado reorganiza as conexões nervosas do cérebro
pela neuroplasticidade, mas não se sabe o mecanismo de ação exato.
-
Obs.: ENT no artigo se refere a abreviação de otorrinolaringologista

Texto 3: Efeitos clínicos de duas combinações de agentes olfativos para uso


em terapia de treinamento olfativo no tratamento de disfunção
olfatória após infecção do trato respiratório superior.
Qiao, Xiao-Feng; Bai, Yin-Huan; Wang, Guo-Ping; Li, Xin; Zheng, Wei. 
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992)  ; 66(1): 18-24, Jan. 2020. tab, graf

- Comparação de duas combinações de agentes olfativos para uso de


treinamento olfativo no tratamento de disfunção olfatória após infecção do trato
respiratório superior e investigação dos fatores que influenciam os efeitos clínicos
- 125 participantes divididos aleatoriamente em grupos teste e controle, uso
de 4 odores para ambos os grupos, duração do treinamento olfativo de 24 semanas
(6 meses)
- Teste usando Sniffin’ Sticks e escores de discriminação, limiar e
identificação antes, 1º , 3º e 6º mês de treinamento
- 4 odores, inalação de 10s para cada odor, com pausa de 10 s entre
inalações de odores diferentes. Cada treino durou 5min, sendo realizado 1x antes do
café da manhã e 1x antes de dormir, todo dia.
- 65 pacientes grupo teste (21H e 44M, idades entre 18-66 anos)
- 60 paciente grupo controle (20 H e 40M, idades entre 25-65 anos)
- Os efeitos do treinamento tiveram melhora significativa após o 3º mês para
discriminação e identificação, mas não teve mudança significativa nos limiares; as
mudanças/melhoras foram mais significativas em pacientes que tiveram menor
tempo de curso de doença

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