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TERAPIA MIOFUNCIONAL

OROFACIAL EM CRIANÇAS

RESPIRADORAS ORAIS
SOB ORIENTAÇÃO DA PROFA.
IARA BITTANTTE DE OLIVEIRA

Arthur Henrique Ferreira RA: 21002839


Maisa Santana Palma RA: 21013095
Raquel Curi Dametto RA: 21001897
O nariz é um órgão de extrema importância, capaz de realizar a umidificação, aquecimento
do ar insiprado e proteção das vias aereas superiores durante a repiração;

Respiração oral: pode causar múltiplas alterações, com maior ou menor grau, em função do
tempo de evolução do processo obstrutivo, afetando todo sistema estomatognatico;
INTRODUÇÃO

A respiração de modo nasal possibilita o crescimento e desenvolvimento facial de maneira


adequada, por meio da ação correta da musculatura, diferentemente nos casos de
respiração oral, que pode afetar o crescimento e o desenvolvimento do esqueleto
craniofacial, principalmente nos aspectos de forma do maxilar e da mandibula;

A terapia miofuncional orofacial é definida como um método de tratamento que pode


fortalecer a musculatura, podendo devolver a estabilidade morfo-funcional às estruturas
orofaciais. Além disso, a terapia pode gerar mudanças nos padrões funcionais, e assim
prevenir desvios prejudiciais no desenvolvimento craniofacial;

O objetivo deste estudo foi descrever a evolução de crianças (cinco a 11 anos) respiradoras
orais, submetidas à terapia miofuncional orofacial com foco no trabalho de fortalecimento
da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e no treino da respiração nasal.
A pesquisa foi realizada em 2007, no ambulatório de Motricidade Orofacial do Setor
de Terapia Fonoaudiológica, Departamento de Otorrinolaringologista, da Irmandade
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).

O estudo foi composto por 8 crianças (que aguardavam na fila de espera para
atendimento fonoaudiológico) entre 5 e 11 anos, as quais realizaram triagem no Setor
MÉTODOS

de Terapia Fonoaudiológica ISCMSP, no período de janeiro de 2005 a junho de 2007.

Critérios de inclusão: crianças que apresentavam respiração oral ou oronasal e os


sintomas e sinais característicos desta alteração, como dificuldade de vedamento
labial, diminuição de força da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e que não
haviam realizado tratamento fonoaudiológico prévio.

Critérios de exclusão: não foram aceitos os indivíduos que apresentavam


alterações além da respiração oral e seus sintomas característicos verificados na
triagem.
Primeiramente, os indivíduos foram submetidos a uma avaliação detalhada dos órgãos fonoarticulatórios, da
capacidade de vedamento labial e avaliação da função nasal. E essa etapa foi composta por uma breve
anamnese (com detalhes da queixa), em seguida, uma análise clínica, através de inspeção oral.

Logo após, foi pedido que os participantes se posicionassem sentados em cadeira comum, com os pés
apoiados no chão, coluna ereta e cabeça em posição ortostática, dessa maneira, a fonoaudióloga observasse
os aspectos referentes às estruturas do sistema sensório motor oral (tipo facial, posição de lábios e língua no
repouso, frênulo labial, respiração, tônus, entre outros). Já a função nasal foi medida por meio do Espelho de
Glatzel.
MÉTODOS

Os atendimentos foram realizados individualmente, uma vez por semana, com duração de 30 minutos cada. Na
primeira sessão, quando necessário, os pais recebiam orientações sobre alguns exercícios em casa, os quais
eram selecionados de acordo com a idade de cada criança.

Os exercícios pedidos eram os do tipo isométrico e isotônicos, como por exemplo força de lábios e bochechas,
alongamento de filtro lábio superior, relaxamento da musculatura mentual, treino de respiração nasal, entre
outros.

Além disso, os pacientes foram orientados a realizar tratamento otorrinolaringológico para melhorar o aspecto
da obstrução nasal. A cada sessão a terapeuta verificava a realização dos exercícios, corrigindo-os e
alterando-os quando necessário. Após dez sessões, os indivíduos foram reavaliados utilizando-se a mesma
avaliação inicial, com os mesmos critérios para possibilitar comparação dos resultados obtidos.
6 crianças (5 meninos e 1 menina) na faixa etária dos 5 aos 11 anos, não tendo predominância de uma
determinada idade.

Dos seis, quatro indivíduos com diagnóstico de obstrução nasal, três (75%)
realizaram cirurgia antes do início da terapia, e um (25%) realizou a cirurgia após o
término das sessões;
Aqueles pacientes que realizaram cirurgia antes do início das sessões de terapia
apresentaram evolução do padrão de vedamento labial e respiração nasal, porém
RESULTADOS

cada um evoluiu de acordo com a condição dentária apresentada.;


Observou-se deformidades dentofaciais em três dos indivíduos estudados. As
deformidades dentofaciais encontradas foram sobressaliência aumentada e
mordida aberta anterior. Destes indivíduos, apenas um (33,33%) estava realizando
tratamento ortodôntico para correção da deformidade dentofacial.

Comparando as avaliações realizadas pré e pós-terapia, verificou-se


que antes da terapia, 100% os indivíduos apresentavam pelo menos
um padrão alterado, com relação ao vedamento labial, pouca força
da musculatura dos órgãos fonoarticulatório, e respiração oral;
Ao final das dez sessões, apenas 33,33% dos pacientes não
apresentaram evolução satisfatória, o que pode ser justificado pela
presença de deformidades dentofaciais e não realização de
tratamento ortodôntico. 66,66% dos pacientes apresentaram melhora
satisfatória do padrão de vedamento labial e possibilidade de
respiração nasal na maior parte do tempo.
Respiração oral: obstruções nasais e/ou laríngeas (66,66% do estudo) ou hipotonia dos
DISCUSSÃO

músculos faciais e mastigatórios (respiração oral funcional)

Síndrome do Respirador Oral: alterações craniofaciais, dentárias, de órgãos


fonoarticulatórios e etc...

100% dos pacientes apresentavam alterações fonoarticulatórias e 50% alterações


dentofaciais (apenas 1 em tratamento ortodôntico - maior progresso na terapia)
DISCUSSÃO

Avaliação clínica e eletromiográfica dos músculos periorbiculares - relação


terapia miofuncional e vedamento e repouso labial

Resultado: ação dos músculos orbiculares em respiradores orais se


assemelhou ao de respiradores nasais após a terapia

100% dos pacientes: progresso na musculatura dos órgâos


fonoarticulatórios após as 10 sessões da terapia
Contudo, a pesquisa se mostra eficaz, pois todos os indivíduos participantes apresentaram

melhora quanto ao vedamento labial, aumento de força da musculatura dos órgãos

fonoarticulatórios, além da possibilidade de respiração nasal após as 10 sessões de terapia.

Porém, como o número de entrevistados foi pequeno e com faixa etária limitada, não é possível

generalizar o estudo.

CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

https://www.scielo.br/j/rcefac/a/rPrgB5XYTd8HnxJMTpRG
6Nc/?format=html

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