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INFORMAÇÕES
OBRIGATÓRIAS
NOS RÓTULOS
AULA 01: O QUE NÃO PODE EM UM RÓTULO
O que NÃO pode conter em um rótulo, porque saber o que não
pode estar lá é tão importante quanto saber o que deve estar!
A regra principal aqui e que deve ser levada muito a sério é que um rótulo NUNCA deve
induzir o consumidor ao erro, engano ou confusão em relação a sua verdadeira
natureza, composição, procedência, tipo, qualidade, quantidade, validade, rendimento,
ou forma de uso do alimento.
Quem nunca viu a imagem de uma fruta no rótulo, mas, quando vai ver a lista de
ingredientes só tem aroma e corante?
Ou ainda aquela famosa frase “sem conservantes” ou “sem aromas
artificiais”
IT 70 de 19 de janeiro de 2016
sem
Ex: destacar no painel principal sem ovo, sem
ovo
soja, sem leite. Atenção ao caso do GLÚTEN!
No entanto, apesar de todos estes itens proibidos nos rótulos, é permitido que na
rotulagem conste, além das informações obrigatórias, qualquer outra informação ou
representação gráfica, desde que não estejam em contradição com os outros
requisitos obrigatóriosou proibidos, incluindo informações nutricionais.
AULA 02: REGRA GERAL DAS INFORMAÇÕES.
3 regras gerais
declaração de alergênicos, da
presença de lactose e também da
tabela nutricional.
Denominação
de venda
Informações referentes a:
Conteúdo líquido aromas,
corante artificial,
transgênicos,
alimentos irradiados,
redução ou aumento de peso líquido,
nova fórmula ou
algum outro tipo de informação presente
em legislações específicas, quando for o
caso.
Demais painéis:
Informação Nutricional
E também informaçöes de
lista de ingredientes,
identificação de origem,
lote, Unidades pequenas, cuja
prazo de validade, superfície do painel
advertências como as de glúten, principal seja inferior a
lactose e alergênicos, 10cm² devem apresentar
instruções sobre o preparo, uso e conservação do denominação de venda e
marca do produto, mas
alimentos, quando necessário, podem ficar isentas da
expressão do registro do rótulo apresentação das demais
informações obrigatórias.
DENOMINAÇÃO DE VENDA
nome específico e não genérico que indica a verdadeira natureza e as
características do alimento.
E como
definir esta
denominaçã
o de venda?
Em geral, esta denominação de venda será
encontrada no regulamento técnico específico
do produto ou então, caso o alimento não tenha um
regulamento técnico específico, aí sim a empresa será
responsável por definir a denominação de venda. Mas,
lembrando que ela precisa ser clara para o consumidor e
indicar a natureza e as principais características, então,
aqui não é hora de inventar.
REGRAS ESPECÍFICAS
CONTEÚDO EM MASSA
Suplementos Alimentares:
Segundo a RDC 243/2018, ela deve ser declarada em caixa alta, negrito, cor contrastante com o fundo do
rótulo e tamanho mínimo equivalente a 1/3 (um terço) do tamanho da maior fonte utilizada na marca do
produto e nunca inferior aos limites mínimos estabelecidos na tabela abaixo:
DENOMINAÇÃO GEOGRÁFICA
As denominações geográficas de um país, região ou população, reconhecidas como lugares onde são
fabricados alimentos com determinadas características, não podem ser usadas na rotulagem ou na
propaganda de alimentos fabricados em outros lugares. Se os alimentos forem fabricados segundo
tecnologias características para obter alimentos com propriedades sensoriais semelhantes com aquelas que
são típicas de certas regiões, na denominação do alimento deve estar a expressão "tipo", com letras de
igual tamanho as correspondentes à denominação aprovada no regulamento vigente no país de consumo.
(Ex: queijo brie, presunto parma).
DENOMINAÇÃO DE QUALIDADE
Expressões como premium, extra e gourmet.
Essas denominações só podem ser utilizadas quando forem estabelecidas
especificações correspondentes para um determinado alimento em regulamento
técnico específico e desde que se cumpra com totalidade os parâmetros.
Tabela I
O próximo passo é saber com qual tamanho vamos declarar esta informação no
rótulo e esta informação está na tabela II e III da portaria 249/21.
Tabela II
Tabela III
A determinação da área da vista principal deve ser efetuada através da multiplicação da maior dimensão de largura pela maior altura da face
adotada como vista principal, estando a embalagem fechada, incluindo a tampa.
ATENÇÃO
É preciso se preocupar também com a altura dos caracteres utilizados
para a grafia dos símbolos das unidades de medida, estes deverão ter
ao menos 2/3 da altura dos algarismos!
EXCEÇÕES
Quando tivermos uma embalagem múltipla, aquela que têm um agrupamento de unidades de
produtos, onde os produtos forem iguais, não será obrigatória a indicação da quantidade da
embalagem como um todo. Mas, isso desde que esta embalagem seja transparente e incolor, de
forma que possibilite a perfeita visualização da indicação quantitativa individual.
ATENÇÃO EXTRA!
Ter um conteúdo líquido padronizado significa que aquele determinado alimento, quando
comercializado pré-medido e embalado, deverá ter um peso líquido específico, sem variações
permitidas no intervalo estabelecido.
A legislação que estabelece quais produtos terão pesos líquidos padronizados e quais são
estes pesos líquidos é a:
Nesta portaria, fica determinado a obrigatoriedade de constar no painel principal, em local de fácil
visualização, com caracteres legíveis em caixa alta, negrito, cor contrastante com o fundo do
rótulo e altura mínima de 2mm, exceto para as embalagens com área de painel principal igual ou
inferior a 100 cm², cuja altura mínima dos caracteres é de 1mm, as seguintes informações:
Não há uma expressão definida para a declaração desta informação. A forma com que ela será
apresentada no rótulo fica à critério do fabricante, desde que, sejam cumprindo todos os
requisitos citados anteriormente.
Além de estar no painel principal, é preciso garantir que ela
não estará em locais encobertos e de difícil visualização
como as áreas de selagem e de torção. Caso não exista
espaço suficiente para a declaração em uma única superfície
contínua da embalagem, o fornecedor poderá informar,
apenas, a ocorrência da alteração da quantidade do produto.
Estas informações sobre alteração de peso líquido devem constar nos rótulos dos produtos pelo prazo mínimo de seis meses, a
contar da data de sua alteração. Esta informação pode ser declarada através de etiquetas, desde que indeléveis.
As informações detalhadas sobre a alteração quantitativa do produto em relação à sua versão anterior, devem ser
disponibilizadas também pelo Serviço de Atendimento do Consumidor (SAC), código QR ou por outros meios e tecnologias.
Sendo uma das informações mais importantes ou não, fato é que a lista de ingredientes
também é uma das informações obrigatórias nos rótulos de todos os alimentos, segundo a
RDC 727/2022.
REGRA GERAL
Ingredientes compostos são aqueles elaborados com dois ou mais ingredientes, por exemplo, o
leite condensado, uma geleia, o requeijão, entre outros. Estes são alimentos elaborados por 2
ou mais ingredientes e que podem ser ingredientes de outro alimento.
Neste caso, a gente precisa seguir a seguinte regra: se estes ingredientes composto estiverem
presentes em uma quantidade 25%, poderão ser declarados como tal desde que venham
acompanhados imediatamente de outra lista, entre parênteses, com seus ingredientes também
em ordem decrescente de proporção.
Então vamos pensar em uma receita de brigadeiro, por exemplo. Eu tenho lá 70% de leite
condensado, 25% de achocolatado em pó e 5% de manteiga, eu posso declarar o leite
condensado como leite condensado e o achocolatado em pó como achocolatado em pó? POSSO!
Mas, desde que logo após eu coloque a lista de ingredientes deles. Então, ficaria assim..
Ingredientes: leite condensado (leite, açúcar e lactose), achocolatado em pó (cacau em pó,
açúcar e emulsificante lecitina de soja) e manteiga.
Caso o ingrediente composto represente menos que 25% do alimento e tenha um nome
estabelecido em uma norma do CODEX ALIMENTARIUS FAO/OMS ou em um Regulamento Técnico
específico não será necessário declarar seus ingredientes. E é exatamente aqui que a manteiga
se enquadra.
NÃO
SIM
Abre a lista
Não tem necessidade
Exceção: o corante Tartrazina deve obrigatoriamente ter seu nome declarado por extenso.
Quando um alimento irradiado for utilizado como ingrediente, isso precisa ficar claro ao
consumidor na lista de ingredientes. Por exemplo, se na composição do meu alimento tiver
uma cebola tratada por processo de irradiação, eu não posso declarar na minha lista de
ingredientes simplesmente cebola, a informação sobre a irradiação deve estar entre
parênteses após o nome do alimento. Então o correto seria cebola (tratada por processo de
irradiação). E vale dizer que os alimentos tratados por processo de irradiação são
regulamentados pela RDC 21/2001 e a única alteração que os rótulos destes alimentos terão
será a advertência “ALIMENTO TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAÇÃO” no painel principal do
rótulo, com as letras de tamanho não inferior a um terço (1/3) do da letra de maior tamanho
nos dizeres de rotulagem.
IDENTIFICAÇÃO DE ORIGEM
Como o próprio nome já diz, essa é a informação que identificará de onde vem aquele produto, qual
é o fabricante e, se for o caso, qual é a empresa responsável pela comercialização.
E aqui, valem algumas ressalvas. Primeiro que, como você pode perceber,
não é permitido colocar somente o CNPJ do fabricante, é preciso colocar
todos os dados.
Ou seja, são informações diferentes e que tem objetivos diferentes. Já que a identificação de origem prevista na
RDC 727/22 informa a (s) empresa responsável por aquele produto. Enquanto industria brasileira está ligada a
parte fiscal/tributária do negócio.
Mas Aline, eu preciso informar as duas coisa? Industria brasileira e brasil? Olha, nada diz que uma informação
anula a outra. Mas, eu já vi posicionamentos da Anvisa dizendo que somente industria brasileira está ok (deixar o
print). Porém, eu sugiro que você declare ambos.
Fabricado
por: XXX
Para: XXX
Caso o fabricante seja diferente do distribuidor, ambos devem ser indicados no rótulo.
O mesmo para fabricante e detentor da marca
REGISTRO DO PRODUTO
Não são todos os alimentos que precisam de registro, porém, quando exigido, o número deste
deve obrigatoriamente estar presente no rótulo.
Ministério da Saúde:
Produtos que precisam ser registrados junto ao ministério da saúde devem trazer em seu
rótulo os 9 primeiros dígitos deste registro precedidos da sigla MS (Decreto-Lei nº
986/1969).
A lista de produtos com obrigatoriedade e dispensados de registro está na RDC Nº 27, DE 6 DE
AGOSTO DE 2010.
É importante lembrar que produtos isentos de registro não precisam declarar em seu rótulo
nenhuma expressão referente a isto.
Dentro dos produtos de origem animal, existem algumas exceções que não precisam de registro.
São eles: torresmo, pururuca, farinha láctea, pólen apícola, própolis, apitoxina e própolis de
abelha sem ferrão. Nestes casos, na rotulagem dos produtos isentos de registro deverá constar a
expressão “Produto Isento de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”
O formato deve ser REGISTRO MAPA ou Registro do importador no MAPA (se for o caso): 00000
0000-0 de forma a reproduzir fielmente a codificação impressa no certificado de registro.
Já o prazo de validade sim, é uma informação obrigatória no rótulo de todos os alimentos e bebidas.
Pode acontecer de alguns produtos, como a água mineral por exemplo, possuirem em seu
regulamento técnico específico orientações de como o prazo de validade deve ser declarado, mas,
caso não esteja previsto de outra maneira, ele deve ser indicado da seguinte forma:
*Se o mês de vencimento for dezembro basta indicar o ano com a expressão "fim de (ano)”.
Exemplo: fim de 2023.
Vinagre.
Açúcar sólido.
Gomas de mascar.
Qualquer tipo de informação será mais difícil de ser encontrada se o produto não estiver
identificado, não atoa, esta é uma informação obrigatória nos rótulos.
Todo rótulo deve ter uma indicação em código ou linguagem clara, que permita
identificar o lote a qual pertence o alimento. Essa indicação deve ser feita de forma
visível, legível e indelével e será determinada pelo fabricante, produtor ou fracionador
do alimento, segundo seus próprios critérios, desde que sigam uma das regras abaixo:
Código iniciado pela letra "L" seguida de um código chave. Este código deve estar à
disposição da autoridade competente e constar da documentação comercial
quando ocorrer o intercâmbio entre os países.
Quando necessário, o rótulo deve informar ao consumidor o modo apropriado de uso, incluindo
Casos específicos:
As carnes suínas cruas, incluindo miúdos, toucinho, pele, embutidos, carne moída e produtos
cárneos moldados, e as carnes de aves cruas, incluindo miúdos e produtos cárneos à base de
carne moída ou picada de aves, incluindo aqueles temperados, maturados, refrigerados,
congelados ou embalados a vácuo devem conter a declaração das instruções de preparo, uso e
conservação previstas na tabela apresentada no ANEXO IV da RDC 727:
I - "O consumo deste alimento cru ou mal cozido pode causar danos à saúde"; e
II - "Manter os ovos preferencialmente refrigerados".
Estas informações podem ser complementadas com ilustrações, de forma a facilitar a
sua compreensão.
Nos vemos no