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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA- UFRB

CENTRO DE ARTES HUMANIDADES E LETRAS- CAHL

FICHAMENTO

Curso: Comunicação social- Jornalismo

Discente: Caíque Fernandes

Disciplina: Introdução à teoria social


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA- UFRB
CENTRO DE ARTES HUMANIDADES E LETRAS- CAHL

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO

Emile Durkheim

O QUE É UM FATO SOCIAL?

Um fato social é uma forma de comportamento, pensamento ou sentimento que é


compartilhado por um determinado grupo de indivíduos em uma sociedade. É uma
ação ou comportamento que é coerente com as normas ou valores de uma cultura ou
sociedade específica e é aceito como "normal" pelos membros dessa sociedade.
Alguns exemplos de fatos sociais incluem casamento, religião, linguagem, educação,
trabalho, moda e muitos outros aspectos da vida social.
Para o sociólogo Émille Durkheim, o fato social é tudo aquilo que está presente na
sociedade de forma independente da vontade individual. Ou seja, é um fenômeno
coletivo que influencia o comportamento dos indivíduos e que é resultado da interação
entre eles. Um exemplo de fato social para Durkheim pode ser a religião, que afeta a
forma como as pessoas se comportam e se relacionam entre si e que é compartilhada
por um grupo maior da sociedade. Outro exemplo pode ser a língua falada por um
determinado grupo, que forma uma identidade cultural e que influencia a forma como
as pessoas se relacionam entre si.

O hábito coletivo não existe apenas em estado de imanência


nos atos sucessivos que ele determina, mas se exprime de
uma vez por todas, por um privilégio cujo exemplo não
encontramos no reino biológico, numa fórmula que se repete
de boca em boca, que se transmite pela educação, que se fixa
através da escrita. Tais são a origem e a natureza das regras
jurídicas, morais, dos aforismos e dos ditos populares, dos
artigos de fé em que as seitas religiosas ou políticas
condensam suas crenças, dos códigos de gosto que as escolas
literárias estabelecem, etc. (pag. 7)
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A primeira regra e a mais fundamental


é considerar os fatos sociais como
coisas. No momento em que uma nova
ordem de fenômenos torna-se objeto
de ciência, eles já se acham
representados no espírito, não apenas
por imagens sensíveis, mas por
espécies de conceitos grosseiramente
formados.(pag. 11)

O objetivo de Durkheim é demonstrar que pode e deve existir uma sociologia


pautada sobre fatos sociais sendo elas a forma de pensar, sentir, vestir.
Portanto considera os fatos sociais como coisas.
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Manifesto do Partido Comunista

Marx e Engels

O manifesto começa afirmando que a história da humanidade é a história da


luta de classes, onde os grupos dominantes oprimem aqueles que estão em
posição inferior. Em sua época, a classe dominante era a burguesia capitalista,
que explorava a classe trabalhadora proletária.

Marx e Engels argumentam que o capitalismo cria desigualdade social e


exploração, e que a luta de classes inevitavelmente levaria ao surgimento de
um sistema socialista. O socialismo seria uma sociedade sem classes, em que
a produção e distribuição de bens seria gerida pelo Estado e teria como
objetivo o interesse da sociedade como um todo.

O manifesto argumenta que o socialismo acabaria com a exploração do


homem pelo homem, pois todos teriam acesso igual aos meios de produção e
os benefícios da produção seriam distribuídos equitativamente. O Estado
socialista seria usado para alcançar esse objetivo e eliminar a propriedade
privada, concentrando-a nas mãos do Estado.

A revolução comunista é a ruptura mais O proletariado utilizará sua supremacia


radical com as relações tradicionais de política para arrancar pouco a pouco todo
propriedade; nada de estranho, portanto, capital à burguesia, para centralizar todos
que no curso de seu desenvolvimento, os instrumentos de produção nas mãos do
rompa, do modo mais radical, com as ideias Estado, isto é, do proletariado organizado
tradicionais. (pag. 13) em classe dominante, e para aumentar, o
mais rapidamente possível, o total das
forças produtivas. (pag. 13. 5º parágrafo)
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Ciência e Política, Duas Vocação


Marx Werber

A política como vocação

A política como vocação é a ideia de que a busca pelo poder político é uma
atividade nobre que deve ser exercida por pessoas que possuem uma vocação
para liderança e que estejam dispostas a dedicar sua vida a essa tarefa. A
política é vista como uma profissão, que se baseia em uma série de qualidades
e habilidades específicas, tais como capacidade de liderança, talento oratório,
visão, estratégica, carisma e comprometimento com o bem comum.

Que entendemos por política? O conceito é extraordinariamente amplo


e abrange todas as espécies de atividade diretiva autônoma. Fala-se da
política de divisas de um banco, da política de descontos do Reichsbank,
da política adotada por um sindicato durante uma greve; e é também
cabível falar da política. escolar de uma comunidade urbana ou rural, da
política da diretoria que está à testa de uma associação e, até, da
política de uma esposa hábil, que procura governar seu marido. Não
darei, evidentemente, significação tão larga ao conceito que ser· virá de
base às reflexões a que nos entregaremos esta noite. Entenderemos por
política apenas a direção do agrupamento político hoje denominado
"Estado" ou a influência que se exerce em tal sentido.

Para Weber, a política é uma atividade que exige responsabilidade e


compromisso, e deve ser exercida com integridade e dedicação. Marx Weber
explora as razões pelas quais os indivíduos se dedicam à política, bem como
as diferentes formas de liderança política e o papel do Estado na sociedade.

Weber descreve diferentes formas de liderança política, incluindo a liderança


carismática, a liderança tradicional e a liderança burocrática. Ele argumenta
que a liderança carismática é a mais poderosa, mas também a mais perigosa,
pois depende do carisma pessoal do líder e pode levar a excessos autoritários.
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Mas, que é um agrupamento "político", do ponto de vista de
um sociólogo? O que é um Estado? Sociologicamente, o 55
Estado não se deixa definir por seus fins. Em verdade, quase
que não existe uma tarefa de que um agrupamento político
qualquer não se haja ocupado alguma vez; de outro lado, não é
possível referir tarefas das quais se possa dizer que tenham pre
sido atribuídas, com exclusividade, aos agrupamentos políticos
hoje chamados Estados ou que se constituíram,
historicamente, nos precursores do Estado moderno.
Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo
específico meio que lhe é peculiar, tal como é peculiar a todo
outro agrupamento político, ou seja, o uso da coação física.

Referências;

Livro: DURKHEIM, Émille. As Regras do Método Sociológico. (PDF) (p. 01 a


38).

Livro: Manifesto Comunista. (PDF) p. 01 a 21

Livro: WEBER. Max. Ciência e Política duas vocações. (PDF) p. 20 a 58

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