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SALÃO PARCEIRO

A lei
Em 26 de janeiro de 2017 entrou em vigor a lei do Salão
Parceiro (lei nº 13.352/2016) que, para estimular os empre-
endedores, propõe aos salões de beleza a não obrigatorieda-
de de assinatura da carteira de trabalho dos seus profissionais
e sugere a criação de uma relação com base contratual.

A lei tem a finalidade de reduzir encargos trabalhistas e tri-


butos que, muitas vezes, pesam no bolso dos empreendedo-
res. Isso possibilita ao proprietário do salão gerir melhor os
recursos humanos e financeiros, com mais segurança em
relação às questões trabalhistas e tributárias. Por outro lado,
o profissional contratado recebe comissões com base nos
valores de mercado, tornando-se um profissional-parceiro.

Para ser considerado um profissional-parceiro as atividades


previstas nesta lei são de:
• Cabeleireiro(a);
• Barbeiro(a);
• Esteticista;
• Manicure;
• Pedicure;
• Depilador(a);
• Maquiador(a).
Mas isso não quer dizer que o Salão Parceiro pode ser confi-
gurado no sistema MEI, por suas atividades não competirem
ao microempreendedor individual.

Em resumo, a lei do Salão Parceiro possibilita ao empresário


contratar profissionais autônomos sem que haja as mesmas
demandas trabalhistas de uma empresa no formato padrão.

Como funciona?
A primeira coisa a se atentar é a relação entre as partes. Mas
como se estabelece esse vínculo empregatício sem que se
torne uma relação empregado-empregador?
Para isso é importante gerar um contrato específico, de acor-
do com o Portal do Empreendedor, que contenha os seguin-
tes elementos:
• O percentual que o salão-parceiro terá de cada serviço do
profissional-parceiro;
• A obrigação do salão-parceiro com relação à contribuição
social e tributo previdenciário;
• As formas (valor, data e meio) de pagamento do profis-
sional-parceiro;
• A obrigação do profissional-parceiro na manutenção da
regularidade de sua inscrição perante as autoridades fa-
zendárias;
• Os direitos e deveres de ambas as partes - uso e higieni-
zação de materiais, termos de rescisão, atendimentos etc.
Uma vez elaborado o contrato ele deve ser homologado no
sindicato laboral. Caso não haja acordo com o sindicato ou
na falta dele, o contrato deverá ser homologado no órgão
local do Ministério do Trabalho, na presença de duas teste-
munhas.

Na ausência de um contrato, a relação será reconhecida como


vínculo empregatício e, assim, o salão deverá arcar com as
despesas do regime CLT. Vale salientar que qualquer cobran-
ça no sentido de assiduidade ou subordinação pode caracte-
rizar como relação trabalhista.

Essa lei trouxe benefícios que ajudará a manter o setor aque-


cido, estimulando novos empreendedores, gerando economia
e possibilitando o aumento da renda tanto dos salões como
dos parceiros.

Uma mudança desse porte na legislação gera dúvidas. Nesse


caso, você pode acessar o Portal do Empreendedor (www.
portaldoempreendedor.gov.br) ou buscar um bom suporte
jurídico para assessorá-lo(a)

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