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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE PESQUISA E AÇÃO SOBRE


MULHER E RELAÇÕES DE SEXO E GÊNERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GÊNERO E
DIVERSIDAE NA ESCOLA (GDE)

DIAGNÓSTICO

DADOS DA ESCOLA

Qual o nome da instituição em você atua?

ESCOLA MUNICIPAL DO ENSINO INF. E FUNDAMNTAL RENATO


RIBEIRO COUTINHO
Qual sua localização
PRAÇA RENATO RIBEIRO- CENTRO CRUZ DO ESPÍRITO SANTO-PB

Qual o horário de funcionamento da instituição?

MANHÃ-07:00HS AS 11:00HS/TARDE-13:00HS AS 17:00HS/NOITE:


19:00HS AS 22:00HS
Registre aqui um breve histórico da instituição (ano em que foi fundada, por
quem, com que finalidade...).
A escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Renato Ribeiro Coutinho, fundada no
ano de 1964. Atende a um público de aproximadamente 800 alunos, divididos nas modalidades:
Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Educação especial e EJA (Educação de jovens e adultos).
Oferecendo ainda os programas: Se liga e Acelera e o Mais Educação. Distribuídos nos turnos: manhã,
tarde e noite.
Inicialmente, a mesma foi fundada para atender alunos e alunas das séries iniciais, como a demanda
aumentou e a procura para outros níveis também. Passou por uma reforma, hoje atende uma grande
quantidade de alunos e alunos do município, principalmente da zona rural, no ensino fundamental II e
Eja.

RECURSOS HUMANOS

Quem e quantos são os sujeitos do espaço em que você atua?

Atende alunos e alunas com idade entre 5 anos a 70 anos( jovens e adultos), os
mesmo são oriundos da cidade e da zona rural. Esses alunos e essas alunas
trazem consigo experiências distintas, pois são de espaços físicos extremamente
opostos. Distribuídos aproximadamente em 800. Os alunos e alunas da zona rural
vêm de uma formação especifica do seu convívio, a educação do campo, a qual,
parte do seu cotidiano e segue para uma educação com maior amplitude, no
entanto, está intrínseco em seus comportamentos, aprendizado de uma vida
voltada ao cotidiano do campo, mesmo com interferência da mídia, ou demais
paradigmas sociais. Já os alunos e alunas da zona urbana vêm de uma realidade de
periferia, de uma educação diferenciada dos da zona rural. Nesse contexto há um
choque de conceitos, ideologias, comportamentos, linguagem, até mesmo de
espaço de convivência. Pois na maioria das escolas do campo (realidade nossa),
não existem muros. Há uma imensidão de espaço e pode ser caracterizado como
liberdade (grifos meus).

Quem são os sujeitos para quem a ação pedagógica se destinará?

OS SUJEITOS SÃO: Os alunos e alunas do ensino infantil, os quais são oriundos


da cidade, do fundamental 1 e 2, onde os mesmo e as mesmas, são oriundos da
zona rural, como também os jovens e adultos. Os quais contam com
características diversificadas, até porque são de idades e convívio diferenciado.

Caso você fosse desenvolver um projeto didático-pedagógico, com o enfoque de


gênero e sexualidade/orientação sexual, quais e quantos seriam os sujeitos
parceiros desse projeto?

Os parceiros são diversos, pois, os municípios em geral detém uma estrutura


parecida. Os SUJEITOS seriam o CRÁS, o qual conta com o serviço de
fortalecimento de vinculo e disponibilizam psicólogos, assistentes sociais. A
Secretaria de saúde, que pode disponibilizar os profissionais para palestras.
Sindicato dos trabalhadores rurais, que conta com profissionais que podem ajudar,
Ministério Público, que sempre se disponibiliza palestrantes, secretaria de
Cultura, que conta com profissionais para parcerias com as escolas, as OSCIPs
OPFAD E RESGATANDO VIDAS que contam com projetos destinados as
escolas. PORTANTO, seriam 7 as instituições parceiras.

INFRAESTRUTURA
Como está organizado, fisicamente, o espaço em que você atua?Observe esses
espaços e indique aqueles que poderiam ser alvo de uma descrição/reflexão acerca
das relações de gênero e sexualidade/orientação sexual. Aqui citamos alguns
locais passíveis de serem observados:espaços para descanso, quadra de esportes
e/ou espaços para lazer, biblioteca ou sala de leitura, refeitório, banheiros, sala de
reunião, sala de aula. Atente para o fato de que você poderá incluir também outros
espaços.
Os espaços são diversos, os quais, acontece a todo instante, bullying que é o
caso dos corredores, onde alunos e alunas se agrupam esperando alguém passar
para serem alvos de agressão física. Alguns e algumas chamam de corredor da
morte, quem passa é empurrada ou empurrado de um lado para o outro,
podendo até se machucar; outro espaço é a sala de recursos, nessa sala é
atendidas e atendidos alunos com dificuldades de aprendizagem, surdos,
especiais. E esses alunos e alunas são alvo de discriminação e bullying,
quando chegam e quando saem. Isso acontece sem que professores, nem
professoras, nem mesmo direção percebam. A sala de leitura é outro espaço
que frequentemente ocorre bullying, onde os alunos e alunas que utilizam do
espaço são considerados nerdes, na linguagem deles e delas “só pensam em
estudar”; o pátio é os espaço das discriminações, do bullying. A todo o
momento se escuta um xingamento, o desrespeito à orientação sexual de
alguns alunos e alunas, “olha o gayzinho, olha a sapatão”. Os sanitários
masculinos e femininos são os espaços de grande densidão simbólica, de
desabafo e expressão, para uma busca das relações de gênero e sexualidade na
conjuntura e escolar. Por exemplo, encontramos algumas diferenças nas
escritas em banheiros femininos, onde elas escrevem muitas vezes, conselhos,
comentários referentes ao namoro, poemas, desenhos de sol, lua, casas,
pessoas de mãos dadas. (realidade do local) já nos masculinos, encontramos
frases agressivas, com referência a Homossexualidade, a masturbação,
desenhos de órgãos genitais, frases pejorativas (...deu a buceta a...caitano é
um...)

AMBIENTE EDUCATIVO
Como você tem observado as práticas didático-pedagógicas em sala de aula
(observação de uma aula ou de um conjunto de aulas), considerando as relações
de gênero e sexualidade/orientação sexual? Aqui citamos alguns aspectos
passíveis de serem observados: interesse diferenciado por determinados
conteúdos, avaliação de meninos e meninas, postura da professora ou do professor
em relação a meninas e meninos etc.

É perceptível a falta de conhecimento, o preconceito, dos professores e das


professoras frente aos temas gênero/orientação sexual e sexualidade. Muitos dos
professores e professoras expressam seu juízo de valor, principalmente quando se
trata de orientação sexual. Onde os mesmos devem oferecer um espaço de
reflexão e discussão sobre as temáticas, não seus pontos de vista e juízo de valor.
Muitos tratam a orientação sexual de alunos e alunos como doença ou aberração,
e expressam isso na sala de aula.
Obs.: Caso você não atue em instituição de ensino, observe um espaço de seu
local de trabalho que considere adequado para essa atividade. De acordo com a
sua inserção no seu espaço de trabalho, consulte as questões propositivas contidas
nas folhas de apoio.
Como você tem observado as práticas didático-pedagógicas fora da sala de aula,
considerando as relações de gênero e sexualidade/orientação sexual?Aqui citamos
alguns locais passíveis de serem observados: sala das (os) professoras (es),
brincadeiras das crianças ou adolescentes no pátio ou outros espaços de lazer,
conselho escolar, escolha de materiais didático-pedagógicos.Caso você não atue
em instituição de ensino, observe um espaço no seu local de trabalho em que
possua realizar sua observação.

Muitos estereótipos e falta de conhecimento entre os alunos são passíveis de uma


ação urgente. O bullying entre alunos e alunos, o preconceito entre alunos e
alunos, professores e professoras, coordenação pedagógica. No espaço escolar
observo que os temas dispostos acima são pouco explorados, quando acontece é
feito de forma sucinta, sem uma ação reflexão, ou feedback.

RELAÇÕES ESCOLA/FAMÍLIA COM ÊNFASE NAS RELAÇÕES DE


GÊNERO
Verificar se já ocorreu alguma demanda educativa, baseada nas relações de
gênero e sexualidade/orientação sexual, por parte das (os)estudantes ou de sua
família.

Não houve nesse período nenhuma demanda educativo frete aos temas propostos.

Registrar se já ocorreu alguma iniciativa por parte da escola, focalizando as


relações de gênero e sexualidade/orientação sexual.

Sim, está previsto uma ação com referência aos temas gênero, mas não a
sexualidade ou orientação sexual.

Identificar quais temas relacionados a gênero e sexualidade/orientação sexual a


escola gostaria de conhecer.

Gênero e diversidade na escola;


Sexualidade na adolescência;
Orientação sexual dos alunos e alunas

Verificar se há a necessidade de demanda de formação do corpo docente e da


equipe técnica-pedagógica sobre as relações de gênero na educação.
Sim, é de máxima urgência formação do corpo docente e da equipe técnica-
pedagógica sobre as relações de gênero na educação.

Obs.: Quem não atua em escola deve verificar a existência de demanda educativa
no seu espaço de trabalho.
Fonte:Instrumento de Diagnóstico adaptado do Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, Curso de Pedagogia, Campus
IV, bem como de CARRARA, Sérgio et al. Curso de Especialização em
Gênero e Sexualidade. V. 7. Brasília: Secretaria de Políticas para as
Mulheres, 2010.

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