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CURSO DE PSICANALISE CLINICA

MATÉRIA A PSIQUIATRIA

PALAVRA DO REITOR DO SETEAD

Estamos vivendo tempos de fome espiritual, onde heresias têm procurado se instalar no seio
da Igreja; Deus levantou o projeto para um grande avivamento espiritual. Não basta apenas
termos talentos naturais ou compreensão das conseqüências das crises que o mundo
atravessa. Precisamos,exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a
ensinar a Palavra de Deus. é muito importante porque nos dará ampla visão da teologia
Divina, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará um ambiente mais espiritual na nossa
Igreja (Koinonia). Aprendizados errados geram desastres e resistência à Obra de Deus.
Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência e submissão ao Espírito
Santo que rege a igreja. Temos que combinar estratégias de ensino com o nosso caráter
revelado em nossas vidas; devemos incentivar a confiança dos alunos na Escritura, com
coerência e potencial. Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, começando do
mundo interior das consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores
capacitados na Bíblia. Tome esta certa decisão: Estude, antes, o material, reúna seus alunos,
apresente os planos de aula, dê um tempo para refletirem, divulgue a doutrina, em conjunto,
como facilitador do processo educacional, tranqüilize e encoraje os outros a fazerem parte de
novas turmas. Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para
ajudar e corrigir as almas,com amor, esperando que Deus lhes conceda o entendimento do
Reino dos Céus.
Como facilitador da visão de ensino, conheça os quatro pilares da Educação:
1) Aprender a Conhecer: -Tenha a humildade de saber que não sabes tudo; Seja
competente, compreensivo, útil, atento, memorizador e informe o assunto de forma
contextualizada com a realidade atual.
2) Aprender a fazer: -Seja Preparado para ministrar as aulas, conhecendo a matéria
previamente, estimulando a criatividade dos alunos, preparando-os para a tarefa determinada
de Jesus de serem discípulos.
3) Aprender a Viver juntos: -Estimule a descoberta mútua entre os alunos da Palavra de
Deus, em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo auto-conhecimento e auto-
estima entre os alunos, na solidariedade da compreensão mútua; o objetivo do curso não é
apenas ter conhecimento, mas “ser cristão”.
4) Aprender a Ser: -Resgate a visão holística (completa) e integral dos alunos, preparando-
os para integrarem corpo, alma e espírito com sensibilidade, ética, responsabilidade social e
espiritualidade, formando juízo de valores, Lembrem-se de que a primeira impressão é a que
fica marcada na consciência.
Deus vos abençoe.
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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

Teoria e Clínica Psicanalítica de Sigmund Freud

Através dos pressupostos principais em que se apoia a proposta freudiana introduz os


alunos nos conhecimentos básicos a respeito da teoria e da metodologia freudiana.
Identificar, articular, refletir sobre os conceitos básicos da teoria e da metapsicologia
freudiana e articulá-los às experiências emocionais as quais estes se referem.
Compreender a amplitude do fenômeno psicológico em sua interdependência com os
fenômenos biológico e social, nos distintos contextos. Compreender a proposição
freudiana de que a psicologia individual é social. Discriminar e compreender os
processos envolvidos na constituição do sujeito em seu desamparo fundamental. Identificar
os fatores que facilitam e que dificultam o desenvolvimento psíquico.

Refletir sobre a teoria e a metodologia freudiana em relação à promoção, prevenção,


intervenção em saúde.

Compreender a ética pressuposta pela Psicanálise.

Refletir sobre a adesão teórica: Os riscos da aplicação de um campo de conhecimento


dotado de sentido e de finalidade próprios, para um outro campo de conhecimento.
Riscos: de dogmatismo e de ecletismo

Sigmund Freud

Sigmund Schlomo Freud

Sigmund Freud (Příbor, 6 de maio de 1856 — Londres, 23 de setembro de 1939) foi um


médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise. Nasceu em Freiberg, Morávia
(hoje Příbor), quando esta pertencia ao Império Austríaco.

Interessou-se inicialmente pela histeria e, tendo como método a hipnose, estudou pessoas
que apresentavam esse quadro. Mais tarde, com interesses pelo inconsciente e pulsões,
entre outros, foi influenciado por Charcot e Leibniz, abandonando a hipnose em favor da
associação livre e da interpretação dos sonhos. Estes elementos tornaram-se as bases da
psicanálise. Freud, além de ter sido um grande cientista e escritor (Prémio Goethe, 1930),
possui o título, assim como Darwin e Copérnico, de ter realizado uma revolução no âmbito
humano: a idéia de que somos movidos pelo inconsciente.

Freud, suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena
do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. Suas idéias são
freqüentemente
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discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo


debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.

Biografia

Nascido Sigismund Schlomo Freud (mas em 1877 abreviou seu nome para Sigmund Freud),
aos quatro anos de idade sua família transferiu-se para Viena por problemas financeiros.
Morou em Viena até 1938, quando, com a vinda do nazismo (Freud era judeu), foge para a
Inglaterra. Era um excelente aluno, porém, por ser judeu, só poderia escolher entre os
cursos de Direito ou Medicina, optando por este último.

Sigmund Freud é filho de Jacob Freud e de sua terceira mulher Amalie Nathanson (1835-
1930). Jacob, um judeu proveniente da Galiza e comerciante de lã, muda-se a Viena em
1860.[1]

Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos, já que ele destruíra seus escritos pessoais
em duas ocasiões: a primeira em 1885 e novamente em 1907. Além disso, seus escritos
posteriores foram protegidos cuidadosamente nos Arquivos de Sigmund Freud, aos quais só
tinham acesso Ernest Jones (seu biógrafo oficial) e uns poucos membros do círculo
da psicanálise. O trabalho de Jeffrey Moussaieff Masson pôs alguma luz sobre a natureza do
material oculto.

Em 14 de Setembro de 1886 em Hamburgo, Freud casou-se com Martha


Bernays.[3]

Freud e Martha tiveram seis filhos: Mathilde, nascida em 1887, Jean-Martin, nascido
em 1889, Olivier, nascido em 1891, Ernst, nascido em 1892, Sophie, nascida em 1893 e
Anna, nascida em 1895. Um deles, Martin Freud, escreveu uma memória intitulada Freud:
Homem e Pai, na qual descreve o pai como um homem reservado, porém, amável, que
trabalhava extremamente, por longas horas, mas que adorava ficar com suas crianças durante
as férias de verão.

Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada, particularmente
no campo do tratamento de crianças e do desenvolvimento psicológico. Sigmund Freud foi
avô do pintor Lucian Freud e do ator e escritor Clement Freud, e bisavô da jornalista
Emma Freud, da desenhista de moda Bella Freud e do relacionador público Matthew Freud.

Por sua vida inteira Freud teve problemas financeiros. Josef Breuer foi um aliado de Freud
em suas idéias e também um aliado financeiro.

Nos tempos do nazismo, Freud perdeu quatro irmãs (Rosa, Dolfi, Paula, e Marie Freud).
Embora Marie Bonaparte tenha tentado retirá-las do país, elas foram impedidas de sair de
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Viena pelas autoridades nazistas, ,e morreram nos campos de concentração de Auschwitz e


de Theresienstadt.

Maturidade

Freud inicia os estudos na universidade aos 17 anos, os quais tomam-lhe inesperadamente


bastante tempo até a graduação, em 1881. Registros de amigos que o conheciam naquela
época, assim como informações nas próprias cartas escritas por Freud, sugerem que ele foi
menos diligente nos estudos de medicina do que devia ter sido. Em lugar dos estudos, ele
atinha-se à pesquisa científica, inicialmente pelos estudos dos órgãos sexuais de enguias
— um estranho, mas interessante presságio das teorias psicanalíticas que estariam por vir
vinte anos mais tarde. De acordo com os registros, Freud completa tal estudo
satisfatoriamente, mas sem distinção especial. Em 1877, desapontado com os resultados e
talvez menos excitado em enfrentar mais dissecações de enguias, Freud vai ao laboratório de
Ernst Brücke, que torna-se seu principal modelo de ciência.

Com Brücke, Freud entra em contato com a linha fisicalista da Fisiologia. O interesse de
Brücke não era apenas descobrir as estruturas de órgãos ou células particulares, mas sim,
suas funções. Dentre as atribuições de Freud, nesta época, estavam o estudo da anatomia e
da histologia do cérebro humano. Durante os estudos, identifica várias semelhanças entre a
estrutura cerebral humana e a de répteis, o que o remete ao então recente estudo de Charles
Darwin sobre a evolução das espécies e à discussão da "superioridade" dos seres humanos
sobre outras espécies.

Freud, então, conhece Martha Bernays, e parece ter sido amor à primeira vista. O seu
desejo de desposar Martha, o baixo salário e as poucas perspectivas de carreira na pesquisa
científica - fazem-no abandonar o laboratório e a começar a trabalhar no Hospital Geral, o
principal hospital de Viena, passando por vários departamentos do mesmo. O próprio
Brücke aconselha-o a mudar, apesar de seu bom desempenho e com razão, já que Freud
precisava ganhar dinheiro.

No hospital, depois de algumas desilusões com o estudo dos efeitos terapêuticos da


cocaína — com inclusive um episódio de morte por overdose de um amigo da época do
laboratório de Brücke —, Freud recebe uma licença e viaja para a França, onde trabalha com
Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital psiquiátrico Saltpêtrière que estudava a
histeria.

De volta ao Hospital Geral e entusiasmado pelos estudos de Charcot, Freud passa a


atender, na maior parte, jovens senhoras judias que sofriam de um conjunto de
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sintomas aparentemente neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira parcial,


alucinações, perda de controle motor e que não podiam ser diagnosticados com exames. O
tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na época, massagem, terapia de repouso e
hipnose.

Apenas em Setembro de 1886 Freud casa-se com Martha Bernays, com a ajuda financeira de
alguns amigos mais abastados, dentre eles Josef Breuer, um colega mais velho da
faculdade de medicina. Foi com as discussões de casos clínicos com Breuer que surgiram as
idéias que culminaram com a publicação dos primeiros artigos sobre a psicanálise.

O primeiro caso clínico relatado deve-se a Breuer e descreve o tratamento dado a


uma paciente (Bertha Pappenheim, chamada de "Anna O." no livro), que demonstrava
vários sintomas clássicos de histeria. O método de tratamento consistia na chamada "cura
pela fala" ou "cura catártica", na qual o ou a paciente discute sobre as suas associações
com cada sintoma e, com isso, os faz desaparecer. Esta técnica tornou-se o centro das
técnicas de Freud, que também acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas
quais baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual. Breuer não
concordava com Freud neste último ponto, o que levou à separação entre eles logo após a
publicação dos casos clínicos.

Na verdade, a classe médica em geral acaba por marginalizar as idéias de Freud


inicialmente; seu único confidente durante esta época é o médico Wilhelm Fliess. Depois
que o pai de Freud falece, em outubro de 1896, segundo as cartas recebidas por Fliess,
Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-
os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses.
Tais anotações tornam-se a fonte para a obra A Interpretação dos Sonhos. Durante o curso
desta auto-análise, Freud chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a
uma atração por sua mãe e a uma hostilidade ao seu pai. É o famoso "complexo de Édipo",
que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus
pacientes.

Nos primeiros anos do século XX, são publicadas suas obras A Interpretação dos Sonhos e
A Psicopatologia da Vida Cotidiana. Nesta época, Freud já não mantinha mais contato nem
com Josef Breuer, nem com Wilhelm Fliess. No início, as tiragens das obras não animavam
Freud, mas logo médicos de vários lugares — Eugen Bleuler, Carl Jung, Karl Abrahams,
Ernest Jones, Sandor Ferenczi — mostram respaldo às suas idéias e passam a compor o
Movimento Psicanalítico.

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Freud morre de câncer na mandíbula aos 83 anos de idade (passou por trinta e três
cirurgias). Supõe-se que tenha morrido de uma overdose de morfina. Freud sentia muita dor,
e segundo a história contada, ele teria dito ao médico que lhe aplicasse uma dose
excessiva de morfina para terminar com o sofrimento, o que seria eutanásia.

Inovações de Freud

Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da


conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente.
Alguns de seus seguidores afirmam estar influenciados por um, mas não pelo outro campo.

Provavelmente a contribuição mais significativa que Freud fez ao pensamento moderno é a


de tentar dar ao conceito de inconsciente um status científico (não compartilhado por várias
áreas da ciência e da psicologia). Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e
repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida em camadas ou níveis,
dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e
que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.

Em sua obra mais conhecida, A Interpretação dos Sonhos, Freud explica o argumento para
postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao
mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose.

Como parte de sua teoria, Freud postula também a existência de um pré-consciente, que
descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente (o termo subconsciente
é utilizado popularmente, mas não é parte da terminologia psicanalítica). A repressão em si
tem grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas
experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que
não podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações
associadas a eles) não podem ser expulsos da mente, mas, em troca, são expulsos do
consciente para formar parte do inconsciente.

Embora ao longo de sua carreira Freud tenha tentado encontrar padrões de repressão
entre seus pacientes que derivassem em um modelo geral para a mente, ele observou que
pacientes diferentes reprimiam fatos diferentes. Observou ainda que o processo da repressão
é em si mesmo um ato não-consciente (isto é, não ocorreria através da intenção dos
pensamentos ou sentimentos conscientes). Em outras palavras, o inconsciente era tanto causa
como efeito da repressão.

Divisão do Inconsciente

Freud procurou uma explicação à forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura
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particular. No primeiro tópico de sua teoria ele estava preocupado em estudar o que levava à
formação dos sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria, por isso apenas os
conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes). Quando sua
preocupação se virou para a forma como se dava o processo da repressão, passou a adotar os
conceitos de id, ego e superego.

• O id representa os processos primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud,


o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana
seria advinda do id. Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem
sexual, ou que atuariam no sentido de auto-preservação. Posteriormente, introduziu o
conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de
agregação e preservação da vida. O id é responsável pelas demandas mais primitivas e
perversas.
• O ego, permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e nossas
crenças éticas e morais. É a instância na que se inclui a consciência. Um eu
saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo
exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego.
• O superego, a parte que contra-age ao id, representa os pensamentos morais e éticos
internalizados.

Freud estava especialmente interessado na dinâmica destas três partes da mente.


Argumentou que essa relação é influenciada por factores ou energias inatas, que chamou de
pulsões. Descreveu duas pulsões antagónicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à
preservação da vida, e Tanatos, a pulsão da morte, que levaria à segregação de tudo
o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre
trabalhando em conjunto. Como no exemplo de se alimentar, embora haja pulsão de vida
presente, afinal a finalidade de se alimentar é a manutenção da vida, existe também a pulsão
de morte presente, pois é necessário que se destrua o alimento antes de ingerí-lo, e aí está
presente um elemento agressivo, de segregação.

Libido

O primeiro investimento objetal da libido, segundo ele, ocorreria no progenitor do


sexo oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se
chama (complexo de Édipo.

Freud também acreditava que a libido amadurecia nos indivíduos por meio da troca de seu
objeto (ou objetivo). Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos",
no sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter
a pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual. O desenvolvimento
psicosexual ocorreria em etapas, de acordo com a área na qual a libido está mais
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concentrada: a etapa oral (exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a chupeta, que não
tem nenhuma função vital, mas apenas de proporcionar prazer); a etapa anal (exemplificada
pelo prazer das crianças ao controlar sua defecação); e logo a etapa fálica (que é
demonstrada pela manipulação dos órgãos genitais). Até então percebe-se que a libido é
voltada para o próprio ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma. O primeiro
investimento objetal da libido, segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta
fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores se chama (complexo
de Édipo). A criança percebe então que entre ela e a mãe (no caso de um menino) existe o
pai, impedindo a comunhão por ele desejada. A criança passa então a amar a mãe e a
experienciar um sentimento antagônico de amor e ódio com relação ao pai. Ela percebe
então que tanto o amor vivido com a mãe como o ódio vivido com o pai são proibidos e o
complexo de Édipo é então finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da
criança com relação à mãe e com a identificação do menino com o pai.
Crítica ao modelo psicossexual

O modelo psicossexual que desenvolveu tem sido criticado por diferentes frentes. Alguns
têm atacado a afirmação de Freud sobre a existência de uma sexualidade
infantil (e, implicitamente, a expansão que se fez na noção de sexualidade). Outros autores,
porém, consideram que Freud não ampliou os conhecimentos sobre sexualidade (que tinham
antecedentes na psiquiatria e na filosofia, em autores como Schopenhauer); senão que Freud
"neurotizou" a sexualidade ao relacioná-la com conceitos como incesto, perversão e
transtornos mentais. Ciências como a antropologia e a sociologia argumentam que o
padrão de desenvolvimento proposto por Freud não é universal nem necessário no
desenvolvimento da saúde mental, qualificando-o de etnocêntrico por omitir determinantes
sócio-culturais.

Freud esperava provar que seu modelo, baseado em observações da classe média austríaca,
fosse universalmente válido. Utilizou a mitologia grega e a etnografia contemporânea como
modelos comparativos. Recorreu ao "Édipo Rei" de Sófocles para indicar que o ser humano
deseja o incesto de forma natural e como é reprimido este desejo. O complexo de Édipo foi
descrito como uma fase do desenvolvimento psicossexual e de amadurecimento. Também
fixou-se nos estudos antropológicos de totemismo, argumentando que reflete um
costume

ritualizado do complexo de Édipo (Totem e Tabu). Incorporou também em sua


teoria conceitos da religião católica e da judaica; assim como principios da Sociedade
Vitoriana sobre repressão, sexualidade e moral; e outros da biologia e da hidráulica.

Esperava que sua investigação proporcionasse uma sólida base científica para seu método
terapêutico. O objetivo da terapia freudiana ou psicanálise é, relacionando conceitos da
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mente cartesiana e da hidráulica, mover (mediante a associação livre e da interpretação dos


sonhos) os pensamentos e sentimentos reprimidos (explicados como uma forma de energia)
através do consciente para permitir ao sujeito a catarse que provocaria a cura automática.

Outro elemento importante da psicanálise é a pouca intervenção do psicanalista para que o


paciente possa projetar seus pensamentos e sentimentos no psicanalista. Através deste
processo, chamado de transferência, o paciente pode reconstruir e resolver conflitos
reprimidos (causadores de sua doença), especialmente conflitos da infância com seus pais.

É menos conhecido o interesse de Freud pela neurologia. No início de sua carreira


investigou a paralisia cerebral. Publicou numerosos artigos médicos neste campo. Também
mostrou que a doença existia muito antes de que outros pesquisadores de seu tempo tiveram
notícia dela e de a estudarem. Também sugeriu que era errado que esta doença,
segundo descrito por William Little (cirugião ortopédico britânico), tivesse como causa
uma falta de oxigênio durante o nascimento. Ao invés disso, Freud afirmou que as
complicações no parto eram somente um sintoma do problema. Somente na década de 1980
suas especulações foram confirmadas por pesquisadores modernos.

Do ponto de vista da medicina, a teoria e prática freudiana têm sido substituídas


pelas descobertas empíricas ao longo dos anos. A psiquiatria e a psicologia como ciências
hoje apresentam questionamentos relevantes à maior parte do trabalho de Freud.[carece de
fontes?] Sem dúvida, muitas pessoas continuam aprendendo e praticando a
psicanálise freudiana tradicional. No âmbito da psicanálise moderna, a palavra de Freud
continua ocupando um lugar determinante, embora suas teorias freqüentemente apareçam
reinterpretadas por autores como Jacques Lacan e Melanie Klein.

Críticas a Freud

Atualmente muitas críticas tem sido feitas ao método psicanalítico, porém, por mais que a
ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psique humana e os
resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de
muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para
estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método
clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em
toda a história da ciência. Porém é de se constatar certamente que em muitos escritos de
Montaigne e de Pascal a idéia da auto-análise já era usada para explicar problemas
subjetivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente
em desafios universais, com os quais todos os homens se deparam.

Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da
ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria seria
científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos.
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Um exemplo é a teoria freudiana do "Complexo de Édipo". Freud afirmava que esse


complexo era universal, mas com que base de dados chegou a essa conclusão? Na época da
formulação da psicanálise, a sua "amostra" era bastante limitada; parte dela vinha de sua
experiência subjetiva (a sua "auto-análise" precedendo a publicação de A Interpretação dos
Sonhos) e da sua prática clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma
Áustria vitoriana. Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem específicos e que
não podem fundamentar a universalidade pretendida pelo autor.

Pacientes de Freud

Esta é uma lista parcial de pacientes cujos estudos de caso foram publicados por Freud.

• Anna O. = Bertha Pappenheim (1859-1936), paciente de Breuer, tratada pelo


método catártico (associação livre).
• Cäcilie M. = Anna von Lieben
• Dora = Ida Bauer (1882-1945)
• Frau Emmy von N. = Fanny Moser
• Fräulein Elizabeth von R.
• Fräulein Katharina = Aurelia Kronich
• Fräulein Lucy R.
• O pequeno Hans = Herbert Graf (1903-1973)
• O homem dos ratos = Ernst Lanzer (1878-1914)
• O homem dos lobos = Sergei Pankejeff (1887-1979)

Discípulos de Freud

• Alexander Mitscherlich
• Alfred Adler
• André Green
• Anna Freud
• Bruno Bettelheim
• Carl G. Jung
• Didier Anzieu
• Donald Meltzer
• D. W. Winnicott
• Edward Glover
• Emilio Rodrigué
• Enrique Pichon Rivière
• Erik H. Erikson
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• Ernest Jones
• Frances Tustin
• Franz Alexander
• Hanna Segal
• Harold Searles

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• Heinrich Racker
• Heinz Kohut
• Hélène Deutsch
• Hellen Fátima
• Hermann Rorschach
• Horacio Etchegoyen
• Jacques Lacan
• Jean Bergeret
• John Bowlby
• Jose Bleger
• Karen Horney
• Karl Abraham
• Larissa Shermie
• Leopold Szondi
• Lou Andreas-Salomé
• Marcelle Spira
• Margaret Mahler
• Marguerite Sechehaye
• Marie Bonaparte
• Masud R Khan
• Melanie Klein
• Michael Balint
• Otto F. Kernberg
• Otto Rank
• Raymond de Saussure
• René Spitz
• Sabina Spielrein
• Sandor Ferenczi
• Sigmund Heinrich Foulkes
• Theodor Reik
• Victor Tausk
• Wilfred Bion
• Wilhelm Reich
• William R D Fairbairn

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O INCONSCIENTE

1. Introdução

• A repressão não visa a destruição da idéia que representa um instinto, mas evitar que
se torne consciente

• Enquanto inconsciente, pode produzir efeitos, até mesmo atingir a consciência

• O reprimido não abrange tudo o que é inconsciente

• Só tomamos conhecimento de algo inconsciente através da tradução para algo consciente

• O trabalho psicanalítico, que lida com as resistências

2. Justificação do Conceito de Inconsciente

• Os dados da consciência apresentam um grande número de lacunas

• Parapraxias, sonhos, sintomas e comportamentos obsessivos

• Idéias estranhas e conclusões inesperadas

• Não se sustenta a idéia de que tudo que acontece na mente deve ser conhecido pela
consciência

• O conteúdo da consciência é muito pequeno

• A existência de idéias latentes

• Não se sustenta a idéias de que o que é psíquico é consciente

• Essa idéia rompe as continuidades psíquicas

• Todos os atos e manifestações notados em si mesmo, e de difícil compreensão, devem ser


julgados como se pertencessem a outrem

• Essa inferência leva à suposição de uma segunda consciência(ou mesmo outras


consciências)
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• Na verdade, tratam-se de atos psíquicos que carecem de consciência

• Alguns processos latentes são estranhas a nós e contrários aos atributos da consciência

• Como o físico, o psíquico não é o que nos parece ser

3. O Inconsciente: o ponto de vista topográfico

• O atributo de ser inconsciente é apenas um dos aspectos do elemento psíquico

• Um ato psíquico passa por duas fases, entre as quais se interpõe uma censura:

• Na primeira fase é inconsciente e pertence ao sistema Ics.

• Se for rejeitado pela censura, é reprimido e permanece inconsciente

• Se for aceito pela censura, entrará na segunda fase e pertencerá ao


segundo sistema(Cs.)

• Porém, ainda não é consciente, embora seja capaz de se tornar consciente

• Essa capacidade de se tornar consciente dá a ele a qualidade de “pré-consciente”

• O sistema Pcs. participa das características do sistema Cs.

• A censura rigorosa exerce sua função no ponto de transição do Ics. para o Pcs.(ou
Cs.)

4. Emoções Inconscientes

• Além das idéias, haverá também instintos, emoções e sentimentos inconscientes

• Um instinto nunca pode tornar-se objeto da consciência, só a idéia que o


representa pode

• Mesmo no inconsciente, um instinto só pode ser representado por um idéia


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• Se um instinto não for representado por um idéia ou manifestado através de


um estado afetivo, nada saberemos sobre ele

• Faz parte da natureza de uma emoção que ela se torne conhecida pela consciência

• Porém, um impulso afetivo pode ser sentido mas mal interpretado

• Devido à repressão, a emoção liga-se a outra idéia

• Portanto, o afeto não é inconsciente, mas sua idéia sofre repressão

• Um afeto pode sofrer três diferentes tratamentos:

• Ou ele permanece, no todo ou em parte, como é;

• Ou é transformado(sobretudo em ansiedade);

• Ou é suprimido, impedido de se desenvolver.

• Suprimir o desenvolvimento do afeto constitui a verdadeira finalidade da repressão

• Os afetos reprimidos é que são chamados de inconscientes

5. Topografia e Dinâmica da Repressão

• A repressão é um processo que afeta as idéias na fronteira entre os sistemas Ics. e Pcs.

• A idéias reprimida permanece capaz de agir no Ics., portanto mantém sua catex

6. As Características Especiais do Sistema Ics.

• O sistema inconsciente tem características próprias

• O núcleo do Ics. consiste em representações instintuais que procuram descarregar


sua catexia

• Impulsos carregados de desejo

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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• Existem lado a lado sem se influenciarem mutuamente

• Podem se combinar para formar uma finalidade intermediária, um meio-termo

• Isenção da contradição mútua

• Não há nesse sistema lugar para negação, duvida ou certeza

• No Ics. só existem conteúdos catexizados com maior ou menor força

• Presença dos processos de deslocamento e condensação

• Predomínio do processo psíquico primário

• No sistema Pcs. predomina o processo secundário

• Os processos do sistema Ics. são intemporais

• Não se alteram com o tempo

• Não são ordenados temporalmente

• A referência ao tempo vincula-se ao sistema Cs.

• Os processos Ics. estão sujeitos ao princípio do prazer

• Os processos Ics. só se tornam conhecidos sob as condições de sonho ou neurose

• Os processos do sistema Pcs. exibem uma inibição da tendência das idéias catexizadas
à descarga

• Cabe a ele efetuar a comunicação entre os diferentes conteúdos, a fim de dar-


lhes uma ordem no tempo e estabelecer uma censura

• O princípio da realidade

• A lembrança consciente

7. Comunicação Entre os Dois Sistemas

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• O Ics. não permanece em repouso ou é algo liquidado, um resíduo do processo


de desenvolvimento

• O Ics. permanece vivo e capaz de desenvolvimento, mantendo grande número de


outras relações com o Pcs., inclusive a cooperação

• O Ics. influencia e é influenciado pelo Pcs.

• Não existe uma distinção muito nítida entre os dois sistemas psíquicos

• Existem no Ics. derivados de características do sistema Cs., altamente organizados:


as fantasias inconscientes

• A cada transição de um sistema para o que se encontra imediatamente acima


dele, corresponde uma nova censura

• Derivados do Ics. se tornam conscientes na qualidade de formações e


sintomas substitutivos

• Numerosas formações pré-conscientes permanecem inconscientes

• A distinção mais importante encontra-se entre o pré-consciente e o inconsciente

• O Ics. é afetado pelas experiências oriundas da percepção externa

• Todos os caminhos desde a percepção até o Ics. permanecem abertos e só os


que partem do Ics. estão sujeitos à repressão

• Constitui fato marcante que o Ics. de um ser humano possa reagir ao de outro, sem
passar através do Cs.

• Uma total separação dos dois sistemas é o que caracteriza uma condição de doença

• Uma divisão acentuada e final entre o conteúdo dos dois sistemas não ocorre até
a puberdade

ESBOÇO DE PSICANÁLISE

Qualidades Psíquicas

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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• O psíquico é inconsciente em si mesmo

• Alguns processos psíquicos se tornam facilmente conscientes, deixar de sê-lo, e voltam


a ser conscientes, sem dificuldades

• A consciência é um estado fugaz

• Tudo o que for inconsciente e que facilmente troca seu estado ( de inconsciente
para consciente), é descrito como pré-consciente

• Há outros processos psíquicos que não têm um acesso tão fácil à consciência, e que têm
de ser traduzidos, os quais são denominados inconscientes

• Atribuem-se três qualidades aos processos psíquicos: conscientes, pré-conscientes


ou inconscientes

• A resistência tenta impedir a conscientização do material inconsciente, e é uma


condição da normalidade

• Um relaxamento da resistência ocorre no estado de sono, quando o material


é impulsionado para a frente, oferecendo elementos para os sonhos

• Inversamente, o material pré-consciente pode ser bloqueado


por resistências(esquecimentos temporários)

• A volta de material pré-consciente ao estado inconsciente desempenha grande papel


na causa dos distúrbios neuróticos

• Ego e superego têm qualidades conscientes, pré-cosncientes e inconscientes

• A únicas qualidade predominante no id é a de ser inconsciente

• Originalmente, tudo era id; o ego desenvolve-se a partir dele, através da


influência contínua do mundo externo

• Id e inconsciente acham-se tão intimamente ligados quanto ego e pré-consciente

• Os processos no inconsciente ou no id obedecem ao processo primário

• As ocorrência no pré-consciente, no ego, obedecem ao processo secundário

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A Interpretação de Sonho com Ilustração

• Conteúdos manifestos de um sonho e pensamentos oníricos latentes

• O processo que produz o conteúdo manifesto a partir dos pensamentos oníricos latentes
é descrito como elaboração onírica

• O material inconsciente oriundo do id força seu caminho até o ego

• Torna-se pré-consciente

• Em consequência da oposição do ego, experimenta as modificações


que conhecemos como deformação onírica

• A formação de um sonho pode ser provocada de duas maneiras diferentes

1. Um impulso instintivo que é suprimido(um desejo inconsciente) no sono faz-


se sentir pelo ego

2. Um impulso que sobrou da vida desperta(uma sequência pré-consciente


de pensamento) recebe reforços durante o sono

• Os sonhos podem originar-se do id ou do ego

• Durante o sono, a retirada das anticatexias dá ao id uma liberdade inofensiva

• Papel desempenha pelo id inconsciente nos sonhos:

1. A memória é muito mais ampla nos sonhos


2. Os sonhos fazem uso de símbolos desconhecidos da pessoa que sonha
3. A memória reproduz impressões da tenra infância
4. Os sonhos trazem material da herança arcaica(fonte da pré-história humana)

• O resultado da elaboração onírica é uma conciliação

• Há uma tendência impressionante à condensação, uma inclinação para formar


novas unidades a partir de elementos separados

• Intensidades psíquicas(catexias) são facilmente deslocadas

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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• No id inconsciente, a energia se acha num estado livremente móvel sempre em busca


de descarga

• As regras que regem a lógica não tem peso no inconsciente

• Todo sonho em processo de formação faz uma exigência ao ego adormecido

• O ego satisfaz a exigência por considerá-la inofensiva

• Os sonhos de ansiedade são, muitas vezes, aqueles cujo conteúdo experimentou a


menor deformação

• Se a exigência feita pelo inconsciente é grande demais e o ego não


consegue desviá-la, ele abandona o desejo de dormir e volta à vida desperta

• Os mecanismos inconscientes presentes na elaboração onírica são da mesma natureza


dos presentes na formação de sintomas nas neuroses e psicoses.

A TEORIA DOS INSTINTOS

1. Introdução

• O poder do id expressa o propósito da vida no indivíduo

• Consiste na satisfação das necessidades inatas

• É tarefa do ego manter-se vivo ou proteger-se dos perigos através da ansiedade, além
de buscar o meio mais adequado de obter satisfação, levando em conta o mundo externo

• O superego pode colocar novas necessidades em evidência, mas sua função principal
é limitar as satisfações

2. Os Instintos

• As forças que existem por trás das tensões causadas pelas necessidades do id
são chamadas de instintos

• Representam as exigências somáticas que são feitas a mente

• Presume-se a existência de apenas dois instintos básicos:


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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

Eros

• Tem como objetivo estabelecer unidades cada vez maiores e assim preservá-las –
em resumo, unir

Instinto de morte

• Seu objetivo é desfazer conexões, destruir coisas

• Seu objetivo final é levar o que é vivo a um estado inorgânico

• Os dois instintos básicos operam um contra o outro ou combinam-se mutuamente.


Ex. comer, o ato sexual

• Esta relação dá origem a toda a variedade de fenômenos da vida

• Os instintos se encontram em toda parte da mente

• Inicialmente, a energia de Eros(libido) está presente no id e serve para neutralizar


as tendências destrutivas do instinto de morte simultaneamente presentes

• Enquanto opera internamente, enquanto instinto de morte, ele permanece silencioso

• Só chama atenção quando é desviado para fora, como instinto de destruição

• É essencial à preservação do indivíduo que esse desvio ocorra e o aparelho muscular


serve a esse intuito

• Uma porção de autodestrutividade permanece interna, fixada no ego

• A força vital de Eros(libido) pode ficar toda dirigida para o ego(narcisismo primário)
ou dirigida para objetos (narcisismo secundário)

• A libido pode passar facilmente de um objeto para o outro

RECORDAR, REPETIR, ELABORAR

• Grandes alterações na técnica psicanalítica

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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• Em sua primeira fase(a da catarse de Breuer): recordar e ab-reagir, com auxílio, era
o que se visava

• Abandono da hipnose: descobrir, a partir das associações livres do paciente, o que


ele deixava de recordar;

• a resistência deveria ser contornada pela interpretação;

• foco de interesse ainda nas ocasiões que formaram o sintoma e nas


que antecederam o mesmo

• o elemento da ab-reação retrocedeu para segundo plano, sendo


substituído pelo esforço do paciente

• finalmente, o analista abandona a tentativa de colocar em foco um momento ou


problemas específicos

• estuda tudo o que se acha presente

• emprega a interpretação para identificar as resistências, tornando-


as conscientes ao paciente

• ao vencer suas próprias resistências, o paciente relaciona sem


dificuldade as situações esquecidas

• todas as técnicas guardam o mesmo objetivo: superar resistências devidas à repressão

• o paciente, muitas vezes, não recorda coisa alguma do que esqueceu ou reprimiu,
mas expressa-o pela atuação(acting out)

• ele o reproduz não como lembrança, mas como ação

• repete-o sem saber que o está repetindo

• a transferência é , ela própria, apenas um fragmento da repetição e que a repetição é


uma transferência do passado esquecido

• quanto maior a resistência, maior a atuação(acting out)

• aprendemos que o paciente repete ao invés de recordar

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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• o que repete?

• Suas inibições, atitudes inúteis, traços patológicos de caráter,


sintomas(compulsão à repetição)

• Esta compulsão aumenta com o início da análise, e devemos tratar sua doença não
como um acontecimento do passado, mas como uma força atual

• O recordar(induzido pela hipnose) dava a impressão de um experimento de laboratório

• O repetir(no tratamento analítico) implica evocar um fragmento da vida real


• A “deterioração durante o tratamento” é inevitável

• O instrumento principal para reprimir a compulsão do paciente à repetição e transformá-


la num motivo para recordar reside no manejo da transferência
• Substituir sua neurose comum por uma “neurose de transferência”, da qual
pode ser curado pelo trabalho terapêutico
• A transferência cria uma região intermediária entre a doença e a vida
real
• A nova condição representa uma doença artificial acessível à nossa
intervenção

• O primeiro passo para superar as resistências ocorre com a revelação feita pelo analista
ao paciente sobre elas

• Deve-se dar ao paciente tempo para conhecer a resistência, para elaborá-la

O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO

1. A Religiosidade

• Uma criança recém-nascida não distingue o seu ego do mundo externo.

• Aprende a fazê-lo reagindo a diversos estímulos.

• O ego é contrastado por um “objeto”, sob a forma de algo que existe


externamente.

• Através do princípio do prazer, há o desengajamento do ego com relação à massa


geral das sensações.
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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• Gradativamente, há a diferenciação entre o que é interno, ou seja, que pertence ao


ego, e o que externo, ou seja, que emana do mundo externo.

• Introdução do princípio da realidade, que deve dominar o desenvolvimento


futuro.

• A origem da atitude religiosa pode ser remontada, em linhas muito claras, até
o sentimento de desamparo infantil.

• A “unidade com o universo”, conteúdo ideacional da religiosidade, soa como


primeira tentativa de consolação religiosa, para rejeitar o perigo que o ego reconhece a
ameaçá-lo a partir do mundo externo.

• O homem comum imagina uma Providência sob a figura de um pai


ilimitadamente engrandecido.

• Tudo é tão patentemente infantil.

• A vida, tão como a encontramos, é árdua demais para nós.

• “Não podemos passar sem construções auxiliares”, diz Theodor Fontane

• existem talvez três medidas desse tipo:

A. derivativos poderosos: nos fazem extrair luz de nossa desgraça


B. satisfações substitutivas: que a diminuem
C. substâncias tóxicas: que nos tornam insensíveis a ela.

• Só a religião é capaz de resolver a questão do propósito da vida.

• O que decide o propósito da vida é o programa do princípio do prazer.

• Não há possibilidade alguma de ele ser executado; todas as normas do universo


são- lhe contrárias.

• Assim, nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa


própria constituição.

• Já a infelicidade é muito menos difícil de experimentar.

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MATÉRIA A PSIQUIATRIA

• O sofrimento nos ameaça a partir de três direções:

A. De nosso corpo;
B. Do mundo externo;
C. De nossos relacionamentos com os outros.

• O próprio princípio do prazer, sob a influência do mundo externo, se transforma


no mais modesto princípio da realidade.

• A satisfação do instinto equivale a felicidade; mas existem várias defesas contra


o sofrimento.

• As religiões da humanidade devem ser classificadas entre os delírios de massa,


que não são reconhecidos como tal.

2. Felicidade X Sofrimento

• O nosso sofrimento provém de três fontes:

• O poder superior da natureza;

• A fragilidade de nossos próprios corpos;

• A inadequação das regras sociais.

NARCISISMO

• Presente em todo criatura viva, compreendendo um processo natural

• Há uma catexia libidinal original do ego(narcisismo primário), parte da qual


é posteriormente transmitida a objetos(secundário)

• O cuidado dispensado pelos pais aos seus filhos

• Quanto mais a libido do ego é empregada, mais a libido objetal se esvazia

• A libido objetal atinge sua fase mais elevada de desenvolvimento quando


uma pessoa se apaixona

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• A libido do ego tem seu ponto máximo no hipocondríaco e no megalomaníaco

• Na doença e no desejo de dormir, a pessoa deixa de se interessar pelas coisas do


mundo externo, retirando a libido dos objetos

• O desenvolvimento do ego consiste num afastamento do narcisismo primário e


dá margem a uma tentativa de recuperação desse estado

• Esse afastamento é ocasionado pelo deslocamento da libido em direção a um ideal do


ego imposto de fora

• A satisfação é provocada pela realização desse ideal

• Ao mesmo tempo, o ego emite as catexias objetais libidinais

• Torna-se empobrecido em virtude dessas catexias

• E se enriquece a partir de suas satisfações no tocante ao objeto

• A auto-estima tem sua parte:

• Primária: resíduo do narcisismo infantil

• Outra parte provem da onipotência corroborada pela experiência(a realização


do ideal do ego)

• Um terceira parte provém da satisfação da libido-objetal

• A finalidade e satisfação em uma escolha objetal narcisista consiste em ser amado

• A auto-estima parece ficar relacionada com o elemento narcisista do amor

• O ideal do ego impõe severas condições à satisfação da libido por meio de objetos

• Tornar a ser seu próprio ideal, como na infância, é o que as pessoas se esforçam
para atingir como sendo sua felicidade

• O estar apaixonado consiste num fluir da libido do ego em direção ao objeto

• Ocorre em virtude da realização das condições infantis para amar

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• Qualquer coisa que satisfaça essa condição é idealizada

• Uma pessoa amará o que foi outrora e não é mais, ou então o que possui as
excelências que ela jamais teve

• O neurótico procura a cura pelo amor, que ele geralmente prefere à cura pela análise

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

1. SEXUALIDADE E LIBIDO

• Libido : é uma fonte original de energia afetiva que mobiliza o organismo


na perseguição de seus objetivos

• A libido sofre progressivas organizações durante o desenvolvimento, em torno


de zonas erógenas corporais

• Uma fase de desenvolvimento é uma organização da libido em torno de uma


zona erógena, dando uma fantasia básica e um tipo de relação de objeto

• A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer

• É uma energia sexual no sentido de que toda busca por afeto ou prazer é erótica
ou sexual

• Há uma tendência natural para o desenvolvimento sucessivo das fases

• Caso surja uma angustia muito forte num dado momento da evolução, como
resultado do temor de se ligar a um objeto, cria-se um ponto de fixação

• A fixação é um momento no processo evolutivo onde paramos, por não


poder satisfazer um desejo

• O ego se torna mais frágil

• Se a angústia for muito forte, ocorre a regressão


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• A neurose é definida por Freud como um infantilismo psíquico

2. FASES DE DESENVOLVIMENTO

2.1. Fase oral

• Ao nascer, o bebê perde a relação simbiótica que possuía com a mãe

• A criança inicia sua adaptação ao meio

• Respirar marca o ponto inicial da independência humana

• A luta inicial é pela manutenção do equilíbrio homeostático

• Ao nascer, a estrutura inicial mais desenvolvida é a boca

• É pela boca que o bebê começara a provar e conhecer o mundo

• A primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio

• O seio é o depositário de seus primeiros amores e ódios

• Neste momento o bebê ama pela boca e a mãe ama pelo seio

• A libido está organizada em torno da zona oral e o tipo de relação será a incorporação

• A criança incorpora o leite e o seio e sente ter a mãe dentro de si

• Resquícios nos comportamentos adultos: o canibalismo e a comunhão

3. Fase anal

• No segundo ano de vida, a libido passa da organização oral para a anal

• No segundo e terceiro anos de vida, dá-se a maturação do controle muscular na criança

• É o período em que se inicia o andar, o falar e em que se estabelece o controle


dos esfincteres
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• Desenvolve-se o sentimento de que a criança tem coisas suas, coisas que ela produz
e pode ofertar ou negar ao mundo

• A libido passa a organizar-se sobre a zona erógena anal

• A fantasia básica será ligada ao valor simbólico das fezes

• As relações serão estabelecidas em termos de projeção ou controle

3.1. O valor simbólico dos produtos anais

• Quando a criança ama e sente que é amada pelos mais, cada elemento que a
criança produz é sentido como bom e valorizado

• A criança sente-se livre e estimulada a produzir

• Caso as relações de angústia predominem sobre as relações de amor, os


primeiros produtos infantis passam a ser armas destrutivas que agridem o mundo

4. Fase fálica

• Por volta dos três anos de idade, a libido passa a se organizar sobre os genitais

• Desenvolve-se o interesse infantil pelos genitais

• A masturbação torna-se frequente e normal

• A preocupação com as diferenças sexuais contaminam até a percepção dos objetos

• A discriminação entre os sexos se dá pela presença ou ausência do pênis

• A vagina é ainda desconhecida

• A erotização dos genitais traz a fantasia de meninos e meninas serem possuidores


de um pênis

• A tarefa básica deste momento consiste em organizar os modelos de relação entre


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o homem e a mulher

• Forma-se na criança uma espécie de busca de prazer junto ao sexo oposto

• É aprendendo a amar em casa que a criança se tornará o adulto capaz de amar fora

• Se aprender a amar é uma relação positiva, o amor incestuoso é uma relação proibida

• O esquema repressor é desencadeado com a entrada do pai em cena

• O pai coloca-se como um interceptor entre o filho e a mãe

• O menino mescla sentimentos de amor e ódio pelo pai

• A criança configura o desejo de eliminar aquele que lhe impede o acesso a mãe –
Complexo de Édipo

• O menino teme ser castrado pelo pai, como punição, e é obrigado a reprimir a
atração sentida pela mãe

• Com esta repressão fica encerrada a etapa fálica infantil, mas o modelo de busca
de um amor heterossexual foi estabelecido

5. Período de latência

• Com a repressão do Édipo, a libido fica deslocada de seus objetivos sexuais

• A energia sexual reprimida não pode ser eliminada

• É canalizada para o desenvolvimento intelectual e social da criança através


da sublimação

• É um período intermediário entre a genitalidade infantil e a adulta

• Não há nova organização de zona erógena

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6. Fase genital

• Alcançar a fase genital constitui atingir o pleno desenvolvimento do adulto


normal

• Aprendeu a amar, trabalhar e competir

• Discriminou seu papel sexual

• Desenvolveu-se intelectual e socialmente

• É capaz de amar num sentido genital amplo e de definir um vínculo


heterossexual significativo e duradouro

• Sua capacidade orgástica é plena e ligada a capacidade de amar

• A procriação é finalidade da vida e os filhos fonte de prazer

Registro da Profissão
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PSICANALISTA

A conclusão do curso dá ao aluno o direito de registrar-se como PSICANALISTA,


solicitando sua filiação à Ordem Nacional dos Psicanalistas. De acordo com o Ministério do
Trabalho, Portaria Mtb 1.334/94 e Decreto Lei n.º 76.900/75 – Psicanalista – CBO
Cód. 2515-50 – Profissional de Nível Superior ou Equivalente.

Reconhecimento:
Os psicanalistas têm sua profissão classificada reconhecida no Ministério do Trabalho têm
sua profissão na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) - Portaria nº 397/TEM de
09/10/2002, sob o nº 2515.50. podendo exercer sua profissão em todo o Território Nacional.
O Psicanalista é um profissional que pratica a Psicanálise em consultórios, clínicas e até
hospitais, empregando metodologia exclusiva ao bom exercício da profissão, quais sejam, as
técnicas e meios eficazes da psicanálise no tratamento das psiconeuroses.

REGULAMENTAÇÃO DA PSICANÁLISE
Em resposta as informações solicitadas a Central de Atendimento do MEC, conforme
protocolo de n° 9010154, finalizado em 4/7/2012, às 17:18 pela área responsável:

CONTATOS:

SETEAD-
SEMINÁRIO DE EDUCACÃO TEOLÓGICA KERIGMA DIDACHE

SECRETÁRIA DE COORDENAÇÃO NECAT/EAD-

FONE : CELULAR: 61 8423 4299 / 61 9179 5857 ( Wathassp )

NOSSOS CURSOS E INFORMAÇÕES :

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EMAIL: falecomsetead@gmail.com

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