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Unidade III

Unidade III
7 NOVAS SOLUÇÕES NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Com a maturação da indústria de software, problemas com uma possível demora entre as necessidades
do cliente e as entregas começaram a surgir, e a necessidade de encontrar novas soluções se tornou
óbvia. Foi então criada a Metodologia Ágil, que tem a função de agilizar o processo de desenvolvimento,
principalmente no que diz respeito à utilização do software pelo cliente.

Assim, em 2001, um grupo de programadores lançou o Manifesto Ágil, pregando uma metodologia
que tem como objetivo satisfazer os clientes entregando com maior rapidez e com maior frequência
versões do software conforme as necessidades. Ou seja, a partir de uma versão lançada, embora não
absolutamente completa, pode-se modificar o software de acordo com as necessidades do cliente.
Do contrário, o software final demoraria tanto para ficar pronto que poderia se tornar ultrapassado.
Afinal, é melhor ter um software para entregar – e com a possibilidade de ele ser melhorado com o
tempo – do que passar todo o processo sem qualquer entrega, e depois de pronta ela ser ultrapassada
pela versão de um concorrente.

A Metodologia Ágil viabilizou como elaborar um projeto com intensa interatividade. Toda a equipe
deve trabalhar de um jeito consistente para obter bons resultados, devendo acontecer a colaboração,
tomada de decisões em conjunto, fazendo com que todos sejam um só em busca de um objetivo.
Também é fundamental que o cliente faça parte dessa abordagem interativa, garantindo que suas
expectativas sejam atendidas.

As entregas aos clientes são feitas com mais rapidez, que por serem entregas incrementais, e não
a entrega de todo o projeto, que teoricamente seria mais rápido, pois muitos pensam que com a
Metodologia Ágil a entrega total é mais rápida, e isso não é necessariamente verdade.

Basicamente, a Metodologia Ágil foi criada para o desenvolvimento de softwares, mas, com o
tempo, outras áreas começaram a perceber a possibilidade de êxito dos projetos ao adotar essa forma
de gestão de projetos. E por que isso? Porque, atualmente, não há mais tempo para ficar esperando
pela conclusão de um projeto inteiro. As empresas querem otimização do tempo e recursos, e,
principalmente, dos resultados. Por isso, se conseguir uma forma de entregar uma parte e já conseguir
algum feedback com essa parte, experimentar a aceitação do cliente e adequar as próximas entregas
baseando-se nos feedbacks.

No mundo, as mudanças chegam a uma velocidade incrível; assim, na fase atual, quem não for
ágil, principalmente em época de instabilidades econômicas e políticas, o que pode fazer para mudar
cenários inteiros? Aqui está o grande ganho nos métodos ágeis. Por isso, a Metodologia Ágil ganhou
força em vários setores e deu uma nova opção aos profissionais ao arquitetarem um projeto.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

Outro pensamento incorreto de muitos: “Vou para o método Ágil porque não precisa planejar nem
deixar nada documentado”. Esse é o pensamento do indivíduo que gosta de sair fazendo. Na realidade,
por vezes dá até mais trabalho, pois muitas vezes a pessoa começa um projeto sem ter clara a visão
do todo lá no final, por visualizar a parte que será feita no sprint que está por iniciar. Aí, muitas vezes
ouve-se: “Puxa vida, se eu tivesse essa visão do todo lá no início, eu teria feito de forma diferente”.

Pense que a ideia é gerar valor ao cliente, pelas entregas incrementais, e não pensar como um
preguiçoso, do que é mais fácil para si mesmo.

7.1 O que é o Manifesto Ágil?

Muitas pessoas usam o termo metodologia Ágil e metodologia Ágil Scrum como se fossem a mesma
coisa, e não são. Na realidade, o Scrum é uma das formas que se pode usar para aplicar os métodos
ágeis. Dizemos que é um dos frameworks ágeis. Existem outros, mas o Scrum é o mais conhecido, sendo
o método Ágil mais usado na atualidade. Focado na gestão do projeto, o Scrum tem foco nas pessoas
e garante mais dinâmica ao envolver o cliente diretamente com o desenvolvimento dos produtos do
projeto. Tem como base o desenvolvimento iterativo incremental (de melhorias), que se dá por etapas
de tempo fixo, denominadas sprints.

Observação

Iteração é o processo que se repete diversas vezes para se chegar a


um resultado e a cada vez gera um resultado parcial que será usado na
vez seguinte.

O Scrum tem três papéis muito importantes e definidos para garantir o sucesso da empreitada.
São eles: scrum master, que é líder da equipe; o PO (project owner), que é a pessoa de negócio do
projeto, que faz a interface entre o cliente e a equipe; e o scrum team, que é a equipe responsável pelo
desenvolvimento do projeto.

Existem outras formas de aplicar os métodos ágeis, entre eles, a Metodologia Ágil XP (Extreme
Programming), que é dirigida ao desenvolvimento de softwares, realizada a partir de três suportes:
agilidade no desenvolvimento da solução, economia de recursos e qualidade do produto final. Para
chegar à excelência dos serviços, esse método também é focado em valores como a comunicação, a
simplicidade, o feedback, a coragem e o respeito.

No entanto, também poderíamos citar outros: o FDD (Feature Driven Development), que engloba
as melhores práticas dos outros métodos, focando na funcionalidade, com planejamento de entregas
incremental e que pode ser integrado ao Scrum, buscando sempre o método mais vantajoso para o
desenvolvimento do projeto em questão. Outro método Ágil é o MSF (Microsoft Solutions Framework),
que é muito utilizado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas por equipes reduzidas, focando
na redução dos riscos e aumento da qualidade final.

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Outra ferramenta da metodologia ágil é o DSDM (Dynamic System Development Model), que é um
dos métodos ágeis mais antigos para desenvolvimento de projetos. É destinado ao desenvolvimento de
projetos com orçamento fixo e prazos reduzidos, sendo que também tem desenvolvimento incremental
e frequente.

7.2 Visão geral do Scrum

O Scrum é uma metodologia usada para a gestão dinâmica de projetos, sendo muitas vezes aplicada
para o desenvolvimento ágil de projetos, no qual as pessoas podem lidar com problemas adaptativos
complexos enquanto fornecem produtos de maneira mais produtiva e criativa possível.

No Scrum, os projetos acontecem em uma série de iterações, com um mês de duração, chamadas
sprints. Ele é ideal para projetos cujos requisitos mudam rapidamente ou são altamente emergentes.

O trabalho a ser feito em um projeto Scrum é registrado nas pendências do produto (product backlog),
que é uma lista de todos os desejos de mudança no produto. No início de cada incremento é feita uma
reunião de planejamento de incremento (sprint planning meeting), na qual o dono do produto (product
owner) prioriza as pendências do produto (product backlog), e a equipe Scrum (Scrum team) seleciona
as tarefas que ela pode completar durante o próximo incremento.

Lembrete

No Scrum, os projetos são divididos em ciclos (tipicamente mensais)


chamados de sprints. O sprint representa um time box dentro do qual um
conjunto de atividades deve ser executado.

Essas tarefas são, então, movidas das pendências do produto para as pendências do incremento.
Durante um incremento, são conduzidas curtas reuniões diárias chamadas de Scrum diário (daily scrum),
que ajudam a equipe a manter-se no rumo.

7.3 Scrum e planejamento estratégico

Desde a quinta Edição do Guia PMBOK, as metodologias Ágil e Adaptativa têm sido mais adotadas
no gerenciamento de projetos. A sexta edição incluiu uma subseção chamada “Considerações para
Ambientes Adaptativos”, no início das Seções 4 a 13. Algumas ferramentas e técnicas específicas da
Metodologia Ágil foram introduzidas no Guia PMBOK, como sprint e planejamento de iteração.

7.4 O que é a Metodologia Scrum

É um método para intensificar o trabalho da equipe de projetos e controlar a evolução do produto


de forma eficaz, mantendo a visão na qualidade e nos prazos. Ela é composta por ciclos de atividades
programadas — os sprints —, com planejamento de tarefas e datas de início e fim determinados.

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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

Scrum é, portanto, uma alternativa para otimizar e organizar a equipe de desenvolvimento.


Com a estruturação das demandas e etapas do projeto, pode-se melhorar o rendimento e entregar mais
resultados, sempre de forma rápida, escalável e organizada.

Observação

A palavra scrum não tem tradução para o português. Esta palavra é


uma referência a um tipo de jogada do Rugby, em que todo o time se reúne
em uma única jogada com um único objetivo.

7.5 Visão geral da Metodologia Ágil Scrum

O Scrum não é um processo padronizado no qual o indivíduo segue uma série de etapas sequenciais
e que vão garantir a produção no prazo e no orçamento, um produto de alta qualidade e que encanta
os seus clientes. Ao contrário, o Scrum é um framework (estrutura) para organizar e gerenciar trabalhos
complexos, tal como projetos de desenvolvimento de software.

No cenário atual, as organizações buscam soluções de software para aperfeiçoar seus processos e,
principalmente, reduzir seus custos de produção. Para adaptar-se a essa necessidade, as software house,
responsáveis por projetar, desenvolver, fazer manutenção e, ainda, comercializar softwares que atendam
às necessidades dos clientes, estão buscando diversas soluções de entregar seus produtos em menor
tempo e com mais qualidade.

No caso de aplicações a projetos, existe um grande debate sobre o que é o Scrum. Alguns dizem que
é uma metodologia; outros, que é um modelo, porém a Scrum Alliance, organização sem fins lucrativos
que regulamenta o Scrum e suas certificações, o classifica como um framework que baseou-se no
Manifesto Ágil, sendo o Scrum um conjunto de valores, princípios e práticas leves, mas incrivelmente
poderosos, que trabalha dividindo grandes produtos e serviços em pequenas partes que podem ser
concluídas (e liberadas) por uma equipe multifuncional em um curto espaço de tempo, promovendo
mais produtividade e flexibilidade na entrega do produto.

Observação

Agile Alliance Brazil, ou AAB, é uma associação sem fins lucrativos


criada com o objetivo de desenvolver a comunidade através da
disseminação da cultura ágil.

Ainda que o Scrum seja muito utilizado no setor de tecnologia da informação, devido a sua
flexibilidade, ele pode ser aplicado em diversos seguimentos como marketing, logística, projetos de
negócios etc., porque funciona de forma frequente e incremental com o objetivo de entregar um produto
funcional ao final de cada fase.

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Devido a essa flexibilidade e produtividade, o Scrum vem sendo a ferramenta ideal para organizações
que têm como seus principais funcionários a geração Y.

Observação

A geração Y é aquela de nascidos entre o início de 1980 até o final dos


anos 1990, superexposta ao novo nível de informação, afastada dos trabalhos
braçais e sobrecarregada de prêmios e facilidades materiais em troca de
pouco ou nenhum esforço físico.

Conforme Pinheiro (2012), a seguir serão vistos quais são os papéis desempenhados por cada
componente da equipe:

– Product owner é o responsável pelo ROI (return on investment), por


traduzir as necessidades do cliente para o time de desenvolvimento,
priorizando e definindo o product backlog, sempre de olho na visão
da empresa.

– Time é a equipe multidisciplinar que vai atuar efetivamente no projeto.


Ela é composta por 5 até 9 participantes.

– Scrum master é responsável por garantir a perfeita utilização do Scrum


pelos participantes do projeto, removendo as possíveis objeções.

De acordo com Pinheiro (2012), vejamos outros significados do Scrum:

– Visão (View) é aonde queremos chegar com esse produto, por que
precisamos dele, qual o nosso objetivo, qual nosso real propósito?
Depois da visão definida, passamos para a definição do nosso
product backlog.

– Product backlog é uma lista de tarefas e suas prioridades, como


também de resultados esperados para o projeto e suas características.

– Sprint backlog é o conjunto de tarefas retiradas a partir do product


backlog que a equipe se compromete a completar em um sprint.

– Burndown é um gráfico para que todos os envolvidos (stakeholders)


no projeto possam acompanhar o andamento das atividades. Algumas
empresas utilizam dois gráficos, um para o sprint atual e outro para o
projeto total.

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100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Restante Estimado

Figura 41 – Exemplo de gráfico burndown

– O gráfico de burnup oferece informações do progresso do projeto


como um todo, e não apenas de um sprint, como no caso do gráfico
de burndown. Ele mostra claramente em que ponto a equipe está
(Entregas) e onde ela deve chegar.

Sobre a fase de planejamento, temos a seguinte posição, segundo Pinheiro (2012):

– Sprint planning: reunião de planejamento do sprint em que a equipe


se reúne com o product owner para escolher um conjunto de tarefas
para entregar no próximo sprint, definindo assim o sprint backlog.

– Daily scrum: reunião que a equipe faz diariamente para compartilhar


suas dificuldades e sucessos. As dificuldades apresentadas devem ser
resolvidas pela própria equipe ou com a ajuda do scrum master. Essas
reuniões devem ser objetivas e não ter duração maior que 15 minutos.

– Sprint review: a equipe deverá demonstrar ao product owner o que


foi concluído durante o sprint.

– Retrospective: reunião de retrospectiva em que a equipe procura


formas de melhorar o produto e o processo.

Você deve estar pensando: “Se o Scrum é tão bom, vamos utilizá-lo em tudo”. Na prática, podemos,
sim, utilizá-lo em quase todos os projetos, mas se você tiver uma equipe que não é dinâmica, nem
participativa, talvez o Scrum seja uma ferramenta inadequada.

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A despeito de todos os recursos que o Scrum oferece para você administrar seus projetos, cada
projeto deve ser tratado como um projeto único, e as ferramentas empregadas devem retratar a
sua conveniência.

7.5.1 Scrum e planejamento estratégico

Em diversas organizações com consultorias, o planejamento estratégico é elaborado com um enorme


uso de horas nobres, com o envolvimento de diretores e alta gerência, até que uma lista de ações estratégicas
são publicadas tendo como essência a transformação da empresa para seus novos objetivos estratégicos ou
recuperação do foco para realizar os seus objetivos reais. Encontramos aí a aplicação de duas ferramentas
para a gestão de projetos: o Excel e o correio eletrônico.

Após a reunião do planejamento, o Excel vira anexo obrigatório e membros da alta, média e baixa
gerência são convidados a tomar parte das ações necessárias à efetivação do planejamento estratégico.
Em muitos casos, profissionais recebem apenas um resumo das ações e não têm a noção do vínculo de
suas atividades com outras que serão necessárias para o atingimento das metas.

Seguramente, há boas opções no mercado de softwares que podem contribuir para o detalhamento
e acompanhamento de um planejamento estratégico, e um deles é o Project Builder.

No entanto, o que precisamos entender é que independentemente da ferramenta (Excel, e-mail,


Project Builder etc.), poderemos nos encontrar em uma próxima reunião com a alta diretoria para
descobrir que a grande parte das ações estratégicas não aconteceram em função de urgências, rotinas
de trabalho, reuniões, compromissos com fornecedores ou cliente etc.

Em uma abordagem tradicional para o planejamento estratégico, os envolvidos irão realizar


um detalhamento das atividades através da ferramenta 5W2H, em que são descritos o que será
feito (what), quando será feito (when), como será feito (how), por quanto financeiramente será feito
(how much), por que será feito (why), onde será feito (where) e por quem será feito (who).

A listagem de o quê/quando será feito/e por quem será feito dará origem a um cronograma em
que cada item tem uma data final, não necessariamente coordenada em entregas específicas para a
empresa, definindo o prazo final.

Em uma abordagem com princípios ágeis e que no Scrum vamos chamar de sprints, nós temos a criação
de time box (literalmente caixa de tempo) ou períodos pré-definidos de tempo em que os participantes
terão objetivos claros para um conjunto de entregas. Em outras palavras, a partir de prazos pré-estipulados
(datas de entregas de pacotes), os participantes irão definir o trabalho que será encaixado.

No Scrum, os projetos são divididos em ciclos chamados de sprints, que correspondem cada uma das
fases de um projeto. O sprint representa um time box dentro do qual um conjunto de atividades deve
ser executado, sendo o conceito principal do método Scrum. Nele, os projetos são divididos em ciclos,
normalmente mensais, chamados de sprints. Metodologias ágeis de desenvolvimento de software são
iterativas, ou seja, o trabalho é dividido em iterações, que são chamadas de sprints no caso do Scrum.
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Início
Definição do backlog
Fim da sprint e delegação
Scrum master, das atividades ao time
product owner Equipe define os de desenvolvimento
e time de papéis scrum
desenvolvimento
Produto Equipe realiza
finalizado reunião da sprint
PO define o
backlog do produto
Equipe aprensenta
o sistema
Equipe realiza resultante da
1ª reunião da sprint ao PO
sprint

Equipe inicia a Equipe finaliza


sprint a sprint
Time box

Figura 42 – Time box e passos a serem seguidos

Conforme o site Desenvolvimento Ágil (SCRUM, [s.d.], p. 2):

As funcionalidades a serem implementadas em um projeto são mantidas em


uma lista que é conhecida como product backlog. No início de cada sprint,
faz-se um sprint planning meeting, ou seja, uma reunião de planejamento
na qual o product owner prioriza os itens do product backlog e a equipe
seleciona as atividades que ela será capaz de implementar durante o sprint
que se inicia. As tarefas alocadas em um sprint são transferidas do product
backlog para o sprint backlog.

A cada dia de uma sprint, a equipe faz uma breve reunião (normalmente
de manhã), chamada daily scrum. O objetivo é disseminar conhecimento
sobre o que foi feito no dia anterior, identificar impedimentos e priorizar o
trabalho do dia que se inicia. Ao final de um sprint, a equipe apresenta as
funcionalidades implementadas em uma sprint review meeting. Finalmente,
faz-se uma sprint retrospective, e a equipe parte para o planejamento do
próximo sprint. Assim reinicia-se o ciclo.

Quem já fez gerenciamento de projetos sabe que há desafios a serem vencidos todos os dias, pois são
muitos os elementos envolvidos para conseguir produzir um item de qualidade que atenda aos requisitos,
prazos e custos definidos inicialmente. Para melhorar esse processo, foram criadas metodologias,
conjuntos de melhores práticas para otimizá-lo e manter a empresa competitiva no mercado. Uma delas
é a metodologia Scrum, muito usada por desenvolvedores de software.

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Ela tem ganhado espaço e se mostrado capaz para a entrega de projetos com qualidade e altos níveis
de satisfação. A implantação dessa metodologia ágil está diretamente relacionada à necessidade de
oferecer respostas rápidas e entregas que liberem produtos funcionando, com mais agilidade e índices
de qualidade excelentes.

Em um planejamento estratégico, a definição dos princípios é extremamente importante, pois


estabelece os pilares do caráter da empresa. Os princípios jamais serão feridos, independentemente da
razão que possa tentar a empresa a comprometê-los. Tipicamente, são definidos por palavras simples,
mas fortes, carregadas de sentido: liberdade, inovação, cooperação, democracia. Se necessário, no
exercício do planejamento estratégico, tais palavras podem ser definidas e interpretadas de comum
acordo com todos os participantes. Os princípios da empresa devem ser também parte integral dos
princípios de cada indivíduo que dela participa. Mas como o Scrum pode nos ajudar a definir estes
princípios? Pela função do scrum master, que deve ser a de remover obstáculos. Aqueles que tiveram a
curiosidade, e que já tiveram alguma experiência com planejamento estratégico, captaram o ponto no
qual queremos chegar. Devemos ter um formato de reunião que se dá em três dias:

• um dia para o planejamento;

• um dia para a execução do que foi planejado;

• um último dia para a entrega do produto.

No planejamento, cria-se um product backlog que terá cada uma de suas tarefas definida, iniciada,
concluída e verificada (o que pode ser feito com o acompanhamento de um sprint backlog simplificado).
Vamos usar esta sequência para dar início ao nosso próprio planejamento.

No primeiro dia, faremos uma reunião de nivelamento, conduzida por alguém que terá a função de
scrum master. Nesta reunião, serão apresentados todos os aspectos necessários ao nosso planejamento
estratégico e será passada à equipe presente uma lista de tarefas a ser concluída até a próxima reunião,
assim como as ferramentas necessárias para o acompanhamento da lista de tarefas, para as quais será
negociado o prazo devido e com o qual todos se comprometerão.

A primeira tarefa será a definição dos princípios da empresa. O scrum master terá que ser duro no
questionamento destes e qualquer princípio que corra o risco de não ser seguido será, a grosso modo, eliminado!

Os valores de uma empresa são o seu alicerce, e em cima deles é que tudo é construído.
Uma empresa deve ter seus princípios bem definidos e jamais deve abrir mão deles. Em sua primeira
reunião de planejamento estratégico com o auxílio do Scrum, caberá ao scrum master apresentar a
metodologia e as ferramentas que serão utilizadas. Os que leram sobre Scrum notarão que as ferramentas
que utilizaremos serão apenas versões do product backlog e sprint backlog.

Você irá notar que uma planilha é composta de uma folha para o product backlog, uma ou mais
para os sprint backlogs e uma para o material de leitura que será entregue à equipe de planejamento.
O product backlog acompanha as três fases e as três principais reuniões que irão compor o método do
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

planejamento estratégico. Aqui é importante destacar que o produto de um planejamento estratégico


não é um plano estático a ser impresso. O produto deste planejamento é um conjunto de processos
dinâmicos e contínuos que preparam a organização para atingir seus objetivos e para melhor reagir
a mudanças em seu ambiente. Dessa forma, a ideia é que, ao final deste processo, o Scrum esteja
efetivado, com a metodologia para o acompanhamento dos planos de ação definidos pela empresa,
servindo como seu instrumento de melhoria contínua. Todos os funcionários terão direito de edição
desta planilha para que possam contribuir com suas ideias na medida em que elas também surgirem e
terão a oportunidade de defendê-las presencialmente nas reuniões.

Feita a apresentação da metodologia, que pode incluir um resumo dos planejamentos anteriores,
faz-se uma rápida apresentação da equipe e tudo o mais que se julgar necessário para que todas
as pessoas tenham a informação devidamente nivelada e, assim, passa-se para a primeira atividade
do planejamento.

O scrum master deverá motivar as pessoas para que definam seus princípios pessoais e que
preparem-se para defendê-los se interrogadas. Cada pessoa deve definir entre três e cinco princípios,
e, se quiser, deixar preparada uma explicação para cada um deles. Todos os colaboradores terão
15 minutos para pensar e escrever e, no máximo, cinco minutos para apresentá-los. Para cada princípio
que for questionado por outros colaboradores (inclusive pelo scrum master), o autor terá direito a uma
argumentação de, no máximo, um minuto e meio, e, ao final, haverá uma votação aceitando a defesa
ou não. Em caso da defesa não ser aceita, o princípio será descartado. Princípios devem ser fortes o
suficiente, pois devem ser indiscutíveis para todos os colaboradores que fazem parte da empresa.

Esse rápido exercício servirá de base para o próximo, que segue a mesma metodologia, mas que agora
irá definir os princípios da empresa, os quais serão escritos por todos em uma folha à parte, na mesma
planilha que já estamos utilizando. O scrum master ainda motivará a equipe a elaborar a missão e a visão
da empresa e a pensar também em quais objetivos ela deverá atingir no curto, médio e longo prazo.
Evidentemente, isso será colocado na próxima reunião, sob os princípios da empresa, garantindo que tudo
o que for feito não prejudicará nenhum deles.

Em vez de definir o que é a missão e a visão de uma empresa, o scrum master passará mais uma tarefa
à equipe: coletar e transcrever para o documento coletivo a missão e a visão de outras empresas que
estejam ou não no mesmo mercado da organização, o que é um bom exercício para os colaboradores.
Para a próxima reunião, antes de definir o que cada um quer como objetivo da empresa, todos devem
trazer uma lista de coisas que espera que a empresa possa lhes assegurar, junto com ideias sobre a forma
por meio da qual isso possa acontecer no curto, médio e longo prazo.

Uma das coisas que se recomenda em exercícios de planejamento estratégico é que, na pesquisa de
missão, visão e princípios de outras empresas, busquem-se organizações do mesmo ramo de negócios,
empresas concorrentes e aquelas que não tenham nada a ver com o que a organização faz. Pede-se que
os envolvidos no planejamento se imaginem trabalhando em uma área diferente de onde estão e em
uma empresa que não tem nada a ver com a sua, buscando descobrir os valores dessas empresas. Isso
é um exercício bem eficaz e estimulante. Somente depois dele, e com base nos exemplos, a equipe de
planejamento busca explicar, com suas próprias palavras, o que é missão e visão.
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Em resumo, se define a visão como a resposta para a pergunta “O que a empresa quer se tornar?”,
ou “Onde queremos chegar?”. Para trazer inspiração na definição da visão, devemos imaginar a empresa
dos sonhos e como ela deverá ser. As perguntas a seguir nos ajudam nesta reflexão:

• Por que vim trabalhar nesta empresa?

• Se ou quando eu sair daqui, o que vou deixar como a minha marca?

• O que eu estou fornecendo para os meus clientes além de produtos e serviços?

• Se esta empresa pudesse ser tudo o que eu sonhei, como ela seria?

A missão descreve o que a empresa faz e propõe mais algumas questões que auxiliam na criação da
declaração de missão da empresa:

• Qual o propósito de sua empresa?

• Por que ela está no mercado?

• O que faz a empresa?

• Quais os seus produtos e serviços?

• O que é importante para o seu negócio?

• Quais são os princípios que regem o seu negócio?

Mas o que o Scrum tem a ver com isso? Até agora usamos conceitos do Scrum para a divisão dos
trabalhos do planejamento estratégico em fases de planejamento, execução e entrega. Colocamos essas
fases em um product backlog. Após a primeira reunião, montamos um primeiro sprint backlog com a
equipe, em que foram definidas as tarefas de preparação para uma segunda reunião na qual os conceitos
serão revistos e os princípios, missão e visão serão escritos. Nesse tempo, em que nosso sprint tem três
dias úteis, o scrum master buscou, nas reuniões diárias de 15 a 20 minutos, saber o que cada pessoa fez
no dia anterior, suas tarefas para o dia atual e quais as dificuldades a serem eliminadas, principalmente
sobre os conceitos de planejamento estratégico.

Nessa segunda reunião, o scrum master irá buscar saber também como as pessoas transformariam a
organização na empresa dos sonhos, com a base sólida dos princípios definidos e cumprindo sua missão
através da definição de objetivos estratégicos.

Lembra-se do Manifesto Ágil e seus princípios? O Scrum também os segue. Além disso, ele possui
cinco valores que dão personalidade aos papéis (scrum master, product ower e developer team).
Os valores são crenças e atitudes que se esperam do time Scrum, a fim de que sejam obtidos resultados
saudáveis e de sucesso para a adoção. São eles:
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

• Foco: você já esteve em um projeto em que você ou seu grupo de trabalho retalha um produto
para cada um fazer uma parte e, no final, não resulta em nada? Ser multitarefa é desperdício de
energia, já que na era da multitarefa produz mais quem faz uma coisa de cada vez. Para ampliar
a importância das atividades, o time deve manter o foco em pequenas partes por vez, o que
aumenta a produtividade e a autoestima do time, possibilitando entregas de valores mais rápidos.
Essas pequenas partes devem estar alinhadas com o negócio. O product owner deve manter o
foco nas necessidades mais urgentes do negócio. Para se manter o foco, o scrum master auxilia
na remoção de impedimentos.

• Coragem: você já trabalhou em projeto de propósito fechado e no meio do projeto foram


necessárias diversas mudanças, gerando muito conflito entre as partes envolvidas? A coragem
envolve aceitar mudanças como parte do processo de desenvolvimento do produto, confiar
no time para que ele trabalhe o necessário para atingir metas acordadas. Coragem em errar,
falhar, expor as falhas e aprender com elas o quanto antes. Ter coragem de entregar as partes do
produto dentro do tempo acordado. Ter atitude em executar as ações necessárias para remover
impedimentos com o objetivo de melhorar a produtividade da equipe.

• Franqueza: você já teve dificuldade de expressar sua opinião para o grupo? A franqueza
envolve oferecer e receber feedback dentro do time, do time para com o product owner ou
cliente, assim como scrum master, o que cria visibilidade sobre os problemas e estimula a
busca por soluções.

• Comprometimento: quantas vezes você disse que ia começar a parar de fumar depois do último
cigarro? Quando a equipe se compromete em realizar algo, ela deve fazer sua parte para garantir
que isso ocorra, ou seja, planejar, monitorar, executar, controlar e encerrar suas atividades, sendo
responsável pelos seus resultados. Como também o product owner, que se compromete em
priorizar as necessidades do negócio, bem como em fazer com que o Scrum ocorra conforme
recomenda o framework.

• Respeito: você já se sentiu constrangido em uma equipe, na qual qualquer crítica construtiva é
vista como destrutiva? O valor do respeito engloba as ações e permitir realizá-las por meio de
diálogo, consentindo a criação de possibilidades. O respeito se trata em reconhecer as diferenças
entre as pessoas da equipe, preservando o diálogo, sabendo ouvir e respeitar as opiniões dos
demais. A equipe também respeita as decisões do product owner, e este, por sua vez, deve respeitar
os julgamentos técnicos da equipe. E, finalmente, são considerados o bem-estar e o direito das
pessoas que trabalham no projeto a uma vida privada.

Percebam que os valores são voltados à parte humana da gestão de projeto. Quanto mais você
entender e praticar esses valores como time, mais auxiliará na adoção do Scrum. Lembre-se de que a
aprendizagem sobre os valores pode ser lenta ou rápida para algumas equipes, dependendo das pessoas,
da cultura organizacional da empresa e do quão elas estão preparadas para as mudanças.

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Saiba mais

Para conhecer mais sobre o Scrum, inclusive sobre as certificações


profissionais, acesse o link a seguir:

https://www.scrumalliance.org

A recomendação é começar o Scrum com passos pequenos, pois ele sempre estará em uma contínua
mutação, devendo ser usado para ajudar a organização a chegar a uma forma melhor no que tange à
configuração da mente e aos processos de gestão de projetos e de produtos.

7.5.2 Quando usar Scrum

A metodologia Scrum é bastante flexível e pode ser adaptada a vários tipos de negócios ou
projetos. É fundamental ter um bom profissional da área para determinar como implantar a estratégia
de negócio com o auxílio do método, sendo esse um dos fatores que determinam o sucesso ou o
fracasso da iniciativa.

Para quem está inseguro quanto à adoção dessa metodologia ágil, vale implantá-la inicialmente em
um único projeto, talvez um de baixo risco, para comparar seu desempenho com o método tradicional.
É essencial que seja demonstrada a agilidade das entregas e o foco em qualidade.

Os integrantes da equipe devem ter 100% das habilidades necessárias para que possam alcançar
os objetivos. É preciso que sejam capazes de entregar os resultados no prazo estipulado, sem atrasos.
As diversas partes do projeto devem ser cumpridas por eles de forma satisfatória para que a visão do
product owner se torne possível.

A motivação desses profissionais deve ser constante, para garantir o nível de entrega e compromisso
necessários. Afinal, eles são os responsáveis por construir o produto.

7.5.3 Como funcionam os sprints

Quando se usa Scrum, todas as atividades são feitas dentro de sprints, que são os ciclos de
desenvolvimento. A duração de cada sprint depende do projeto, mas sua principal característica é a
curta duração. O resultado deve ser a entrega de algo tangível para o cliente.

Outro ponto fundamental é a definição das datas de início e fim de cada sprint. Durante o sprint,
todos os dias, deve haver uma reunião pela manhã – chamada de daily scrum –, para garantir que todos
os envolvidos no projeto tenham conhecimento das atividades do dia anterior. Isso ajuda a identificar
impeditivos e problemas.

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Já a sprint review meeting é o momento em que os integrantes da equipe apresentam as funcionalidades


implementadas. Ao final de cada ciclo, é feita uma sprint retrospective para que a equipe, com base nos
aprendizados e no que foi feito anteriormente, faça o planejamento do próximo sprint.

Os participantes da equipe devem estar bem integrados em relação aos objetivos do projeto e da
organização, com a ideia de manter o foco na solução ideal para as necessidades levantadas no escopo.
Se não houver essa integração, o andamento e o resultado podem ser prejudicados.

7.5.4 Etapas

A implementação do Scrum não ocorre de um dia para o outro, pois uma mudança cultural radical
é incômoda. Uma boa forma de mitigar riscos é começando com um projeto em um determinado setor,
aprender com os erros e somente depois expandir a metodologia para outras equipes.

Conforme Duarte (2015, p. 1), diversos são os benefícios em se utilizar o Scrum, entre eles,

– entregas frequentes de retorno ao investimento dos clientes;

– redução dos riscos do projeto;

– maior qualidade no produto gerado;

– mudanças utilizadas como vantagem competitiva;

– visibilidade do progresso do projeto;

– aumento de produtividade.

O maior benefício que pode ser evidenciado é a redução do desperdício.

Dentro do framework Scrum, o product owner é o responsável pela manutenção do produto através
do product backlog ou backlog de histórias.

Esse backlog é uma lista de requisitos (conhecidos no mundo ágil como histórias, as quais descrevem
uma necessidade ou situação futura) funcionais e não funcionais escritos com uma ou duas frases que
retratam as funções a serem desenvolvidas. Lembre-se que o backlog nunca estará completo, ou seja,
histórias podem ser adicionadas ou removidas conforme necessário.

O product owner, dentro do framework Scrum, é o facilitador e único para um time de Scrum, pois
é importante haver apenas um foco de decisões sobre o produto para o time de desenvolvimento; deve
ficar disponível para esclarecer itens do product backlog para o time de desenvolvimento, estar presente
nas reuniões de sprint planning, sprint review e sprint retrospective, para interagir com os clientes e
demais partes interessadas e para manter e priorizar o product backlog.

191
Unidade III

7.6 Kanban

Kanban é um termo de origem japonesa e significa literalmente “cartão” ou “sinalização” para indicar
o andamento dos fluxos de produção em empresas de fabricação em série.

O Kanban não é parte do framework Scrum, mas é uma excelente ferramenta de planejamento e
funciona em conjunto com o framework, dependendo das circunstâncias e do contexto.

Basicamente, é um quadro com quatro lista de tarefas: “para executar ou fazer”, “em andamento ou
em progresso”, “esperando verificação” e “finalizado ou feito”. Essa é uma ótima maneira de visualizar
rapidamente o status de um projeto, independentemente do uso do Scrum. A empresa japonesa de
automóveis Toyota foi a responsável pela introdução desse método devido à necessidade de manter um
eficaz funcionamento do sistema de produção em série. Atualmente, o Kanban é muitas vezes usado
em conjunto com o Scrum, pois são duas metodologias usadas no desenvolvimento ágil de software.

Lembrete

Kanban é um conceito relacionado com a utilização de cartões (post-it


e outros) para indicar o andamento dos fluxos de produção em empresas
de fabricação em série.

O Sistema Toyota de Produção (em inglês Toyota Production System – TPS) foi desenvolvido pela
Toyota Motor Corporation para fornecer a melhor qualidade, o menor custo e o lead time mais curto
por meio da eliminação do desperdício. O TPS é formado sobre dois pilares, just-in-time e jidoka. O TPS é
mantido por interações entre o trabalho padronizado e o kaizen (melhorias do tipo uma etapa por vez),
e visam ao aperfeiçoamento das pessoas e processos dentro da organização, seguidos de PDCA
(do inglês: plan ou “planejar”; do ou “fazer”; check ou “checar”; act ou “agir”), também chamado de ciclo
de Deming ou ciclo de Shewhart.

O desenvolvimento do TPS é creditado a Taiichi Ohno, chefe de produção da Toyota no período após
a Segunda Guerra Mundial. Começando nas operações de usinagem, Ohno liderou o desenvolvimento
do TPS ao longo das décadas de 1950 e 1960, e sua divulgação à cadeia de fornecedores nas décadas
de 1960 e 1970.

Esse trabalho foi trazido para o ocidente por James Womack e Daniel Jones no livro Mentalidade
enxuta, em 1996, criando a cultura lean nos anos 2000 (lean development, lean enterprise etc.), outra
tendência muito forte que influenciou e foi influenciada pela cultura ágil, sendo focado na eliminação
dos sete desperdícios da cadeia produtiva:

• defeitos;

• superprodução;

192
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

• espera;

• transporte;

• movimentação;

• processamento errado;

• estoque.

Saiba mais

Para saber mais sobre a filosofia lean, acesse o site do Lean Institute
Brasil no link a seguir:

https://www.lean.org.br

Quanto mais se trabalha na eliminação de desperdícios, mais próximos estaremos de produtos lean
(enxutos), com baixo custo, mais qualidade e tempo de entrega bem menor.

O conceito de Kaizen garante a melhoria contínua dos processos em uma busca pela perfeição,
algo mais tarde levado pelos “agilistas” através de cerimônias como as retrospectivas. E, finalmente, as
ferramentas de gestão do chão de fábrica japonês, como o Kanban, foram adaptadas para o mundo dos
projetos pelo americano David Anderson.

Lembre-se de que os princípios da agilidade são universais e aplicáveis a qualquer grupo de pessoas
que tenham de empreender em projetos complexos e adaptativos. E se você leu o que foi escrito
anteriormente sobre a origem da agilidade, deve ter entendido que uma equipe ágil:

• Trabalha como uma verdadeira equipe, que além de ser pequena (tem de seis a dez pessoas) é
auto-organizada, compartilhando suas responsabilidades.

• Colabora e comunica-se constantemente entre si, com clientes e com stakeholders, através de
comunicação direta.

• Foca na entrega de valor contínua e incremental, aprendendo a cada entrega.

• Elimina desperdícios e ganha mais agilidade através de melhoria contínua.

• Divide os seus aprendizados, tanto interna como externamente à equipe.

193
Unidade III

Note que não estamos depreciando os frameworks populares, já que possuir todas essas características
em um time não é uma tarefa fácil, exige pessoas maduras, organizadas, com desenvolvimento orientado
a valor e foco no cliente, e que, muito provavelmente, usar um método vai lhe ajudar a criar determinação
para se chegar a um time ágil.

Então, sim, usar o Scrum e outros métodos pode ser um caminho para se chegar a times ágeis e de
alto desempenho, mas eles são um meio, e não o fim. Ser ágil não é executar uma receita, mas reagir
às mudanças entregando valor de maneira contínua e progressiva, em um ciclo de melhoria contínua.
Ninguém te disse que seria fácil, certo?

8 OS TRÊS PILARES DA METODOLOGIA SCRUM

O Scrum é sustentado por três pilares:

• Transparência: absolutamente todos os documentos e dados importantes para o sucesso do


projeto devem estar visíveis para todos aqueles que fazem parte do projeto.

• Inspeção: periodicamente, é necessário fazer uma inspeção para verificar se o processo está
andando conforme as regras, atendendo aos padrões de qualidade. No Scrum, a inspeção acontece
em uma reunião diária (daily scrum). Nas reuniões, as pessoas envolvidas no projeto compartilham
informações e discutem assuntos como:

— o que está sendo feito;

— o que se pretende fazer;

— identificam impedimentos;

— definem prioridades conforme o que foi discutido e acordado em equipe.

• Adaptação: ocorre após o momento em que a inspeção é feita, em que as ações são criadas e
estabelecidas no processo para melhorá-lo. Qualquer adversidade deve ser ajustada o mais rápido
possível para que não haja falhas e sejam atendidas as necessidades do cliente final.

8.1 Ferramentas para o Scrum

Ficar pendurando post-its em um mural não está com nada, não é mesmo? Inicialmente, era assim
que se gerenciavam projetos Scrum e, em alguns lugares, muitas pessoas gostam disso. Porém, se bater
um vento, se alguém simplesmente esbarrar nos post-its, ninguém saberá mais o que estava sendo feito,
por fazer etc. Assim, informações importantes podem ser perdidas por estarem explanadas dessa maneira.

E já que estamos vivendo a transformação digital, a versão virtual da metodologia Scrum fica muito
mais fácil e prática de organizar tarefas e trabalhar em equipe com mais eficiência. Para ajudar os
profissionais, muitas ferramentas para Scrum, gratuitas ou pagas, estão disponíveis no mercado.
194
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

Vejamos algumas listadas por Vieira (2014):

Ferramentas gratuitas:

– O Scrum Half é uma ferramenta brasileira que facilita muito o uso do


Scrum. Foi pensada por um pessoal que conhece muito bem o framework,
o que faz toda a diferença. O seu quadro de Kanban virtual facilita muito
a colaboração e o acompanhamento do trabalho da equipe. Permite
também que a equipe trabalhe distribuída de forma simples. Outro
ponto forte nesta ferramenta é a facilidade de manutenção e priorização
do product backlog. Além disso, ela também gera automaticamente o
burndown chart e vários outros gráficos de controle. Possui uma versão
gratuita para uso em um único projeto.

– O Pango Scrum é mais uma ferramenta brasileira que cumpre muito


bem o seu papel. Nela, é possível fazer todo o gerenciamento do product
backlog, planejamento de sprints e monitoramento de progresso. [...]
Um ponto interessante desta ferramenta é o calendário de eventos
do projeto. Facilita bastante a visualização das datas das reuniões de
planejamento de sprint, retrospectivas etc. Um ponto interessante
desta ferramenta é o calendário de eventos do projeto. Facilita bastante
a visualização das datas das reuniões de planejamento de sprint,
retrospectivas etc.

– O Trello não é uma ferramenta propriamente de Scrum, ela somente


automatiza o quadro de Kanban. Mas sua usabilidade é tão boa
(inclusive você consegue sincronizar seus quadros com o iPhone e
iPad), que faz dela uma das referências no mercado. É muito simples
de usar, de criar quadros e compartilhar.

Ferramentas pagas:

– O SrumWize é talvez a melhor e mais completa ferramenta Scrum


do mercado. Infelizmente, ela é toda em inglês, mas como os termos
principais do Scrum não são normalmente traduzidos, mesmo que
você não domine o inglês vai conseguir se achar na ferramenta desde
que conheça o básico do Scrum. Nesta ferramenta você consegue
fazer toda a gestão do time scrum, products backlogs (com priorização
drag-and-drop), release e sprint planning, kanban, burndown chart,
time tracking etc. E tudo isso com um visual muito bonito e intuitivo.

– O Jira Agile (antigo Greehopper) é outra ferramenta que podemos


chamar de completa. É também uma das referências do mercado e
traz consigo toda a segurança, robustez e flexibilidade do Jira e todas
195
Unidade III

as demais ferramentas da Atlassian junto dela. Para equipe pequenas,


ela fica um pouco mais barata que o Scrum Wize e pode-se dizer que
é tão boa quanto no que tange ao Scrum. Mas se for considerar todo o
arcabouço de ferramentas e plugins da Atlassian que você leva junto, a
ferramenta vale muito a pena.

Agora se você quer uma ferramenta completa de Scrum, não


pode deixar de conferir a AxoSoft. Ela foi criada pelo Hamid
Shojaee, criador do mais famoso vídeo de Scrum do mundo,
o Scrum em Menos de 10 Minutos (versão em português
aqui). Nela, você encontra as seguintes funcionalidades:
Bug tracking, Gerenciamento de Requisitos, Quadro Scrum, Burndown
Charts, Team wiki, Help desk/incident tracking, Automação de
Workflow e muito mais.

Essas são as principais ferramentas, mas, com certeza, você poderá encontrar outras para seu projeto.

Resumo

Desde o surgimento do framework Scrum, ele tem crescido e sua


utilização vem se tornando cada vez maior na grande maioria das empresas.
Todavia, o fato de o framework Scrum ser muito simples, não significa
que ele é fácil de ser realizado. Mudanças organizacionais e quebra de
paradigmas por parte dos desenvolvedores são fundamentais para o seu
sucesso. Se você ainda se opõe à utilização de Scrum ou persiste com um
olhar cético, tente mudar.

O Scrum é um framework de desenvolvimento de projeto software


concebido na década de 1990 e a cada dia ganha mais seguidores, sendo
o mais utilizado pelo mundo pelo fato de ser simples, leve e adaptável.
O Scrum não se restringe ao pessoal de informática, pois pode ser
aplicado nas mais diversas áreas que apresentam as características de
projetos complexos.

Baseado na experiência, o Scrum utiliza a abordagem de ser iterativo e


incremental para entregar funcionalidades ao cliente, o que resulta em
minimizar riscos durante o projeto. Iterativo entende-se que a cada time box,
você entrega um item ou funcionalidade do produto para o cliente, ressaltando
que esse item deve agregar valor ao negócio do cliente. Já o incremental significa
que o item entregue faz parte do produto pensado. O item ou a funcionalidade
são acrescentados ao produto a cada iteração e no final do projeto temos o
todo do produto. Essa abordagem estimula o aprendizado acerca dos detalhes
do projeto no mesmo ritmo iterativo e incremental.
196
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS

Exercício

Questão 1. (FGV 2009) Scrum é uma metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos de
software. No Scrum, os projetos são divididos em ciclos chamados:

A) Product blacklog.

B) Sprint backlog.

C) Scrum master.

D) Daily scrum.

E) Sprints.

Resposta correta: alternativa E.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: product blacklog designa uma lista priorizada que contém breves descrições de todas
as funcionalidades desejadas para o produto, não sendo necessária em projetos ágeis.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: sprint backlog é uma lista de tarefas em que os itens são extraídos do product blacklog.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: o scrum master é um dos três papéis que compõem uma equipe Scrum e age como se
fosse um coach para a equipe de desenvolvimento do projeto.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: o daily scrum é uma reunião rápida e diária de aproximadamente 15 minutos que
acontece durante o sprint no sentido de promover o alinhamento entre o time e dar visão de como está
o progresso do projeto.

E) Alternativa correta.

Justificativa: entende-se por sprints como um conjunto de tarefas que devem ser executadas ou
desenvolvidas em um período predefinido de tempo. É uma das fases de um projeto, estipuladas em
espaços determinados de tempo que podem variar entre duas a quatro semanas.

197
Unidade III

Questão 2. (FGV 2014) Uma das características da Metodologia Ágil Scrum é:

A) Focar nas práticas de engenharia.

B) Focar na documentação formal do software.

C) Ser um método interativo e incremental.

D) Exigir o planejamento do projeto, de acordo com as práticas do PMBOK.

E) Não exigir interação com o cliente.

Resposta correta: alternativa C.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: a metodologia não está aplicada às práticas de engenharia, e sim para a gestão de
dinâmica de projetos.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: não é uma metodologia padronizada e que esteja rigidamente documentada.

C) Alternativa correta.

Justificativa: o Scrum é uma metodologia usada para a gestão dinâmica de projetos, sendo muitas
vezes aplicada para o desenvolvimento ágil de projetos, na qual as pessoas podem lidar com problemas
adaptativos complexos, enquanto fornecem produtos de maneira mais produtiva e criativa utilizando
da interação.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: o Scrum segue metodologia específica aplicada aos métodos ágeis.

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: a metodologia requer interação entre todos os envolvidos no projeto.

198
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

PYRAMID-315298__340.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2014/04/05/11/20/


pyramid-315298__340.jpg. Acesso em: 18 nov. 2019.

Figura 2

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 548.

Figura 3

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 18.

Figura 4

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI). Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 5. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2013. Adaptada.

Figura 5

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 549.

Figura 7

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 571.

Figura 8

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 121.

Figura 9

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 105.

199
Figura 10

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 71.

Figura 11

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 75.

Figura 12

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 179.

Figura 13

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 193.

Figura 14

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 211.

Figura 15

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 215.

Figura 16

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 235.

Figura 17

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 240.

Figura 18

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 248.
200
Figura 19

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 255.

Figura 20

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 255.

Figura 21

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 257.

Figura 22

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 264.

Figura 23

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 268.

Figura 24

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 273.

Figura 25

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 277.

Figura 26

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 283.

Figura 27

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 285.
201
Figura 28

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 288.

Figura 29

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 294.

Figura 30

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 298.

Figura 31

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 312.

Figura 32

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 321.

Figura 33

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 327.

Figura 34

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 328.

Figura 35

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 366.

Figura 36

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 366.
202
Figura 37

PROJECT MANEGEMENT INSTITUTE (PMI) Guia PMBOK: um guia do conhecimento em gerenciamento


de projetos. 6. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2017. p. 466.

REFERÊNCIAS

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https://brasil.pmi.org

https://www.lean.org.br

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Exercícios

Unidade I – Questão 1: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (FUNECE). COMISSÃO


EXECUTIVA DO VESTIBULAR – CEV/UECE. Prova objetiva para o cargo de analista de patrimônio:
Arquitetura. 2018 Questão 60.
205
Unidade I – Questão 2: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
SUDESTE DE MINAS GERAIS. Prova objetiva para o cargo de técnico em informação. 2016.
Questão 28. Disponível em: https://concurso.fundacaocefetminas.org.br/documentos/
TecnicoTecnologiaInformaao224636558307512298000.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019.

Unidade II – Questão 1: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Tribunal de Contas do Município de Goiás. Prova
objetiva para o cargo de auditor de controle externo: Informática. 2015. Questão 18.

Unidade II – Questão 2: CESPE. Tribunal regional Eleitoral do Estado de Pernambuco. Prova objetiva
para cargo técnico judiciário: Programação de sistemas. 2016. Questão 56.

Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS. Ministério da Educação. Prova objetiva para o
cargo de especialista: Analista de sistema. 2009. Questão 45.

Unidade III – Questão 2: FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS. Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Prova objetiva para o cardo de especialista: Desenvolvimento de sistemas. 2014. Questão 55.

206
207
208
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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