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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE

Curso: Tronco Comum 2° Semestre Agosto 2023


Disciplina: Introdução à Auditoria
Aula prática Nº 2

Parte I: Coloque X na alternativa correcta.

1. É comum falar-se em objecto e objectivo da auditoria financeira. Pretende-se com isto dizer que:

a) O objectivo da auditoria consiste em confirmar a boa condução dos negócios e garantir a


viabilidade da entidade.

b) O objecto da auditoria consiste nas asserções subjacentes às demonstrações financeiras.

c) O objecto da auditoria consiste em todos os documentos existentes na empresa que suportam as


demonstrações financeiras.

d) O objectivo de uma auditoria de demonstrações financeiras é o de habilitar o auditor a expressar


uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão preparadas, em todos os aspectos
materiais, de acordo com uma estrutura conceptual identificada de relato financeiro.

2. Relativamente ao dever de independência pode-se afirmar que:

a) Tal dever é aplicável, exclusivamente, ao auditor certificado responsável pela direcção ou


execução do trabalho, não abrangendo os demais profissionais incluídos na equipa de auditoria.

b) Ao auditor certificado de uma entidade de interesse público está proibida a prestação, em


simultâneo com a auditoria, de diversos serviços profissionais, entre eles, os que envolvam
elaboração de registos contabilísticos e preparação de demonstrações financeiras, avaliação de
activos, estudos actuariais e selecção e recrutamento de quadros superiores.

c) O auditor deve recusar qualquer trabalho que possa diminuir a sua independência, integridade e
objectividade, situação que não se aplica à Firma de auditoria em que o mesmo se integre.

d) A proibição de trabalhos adicionais em entidades de interesse público pode ser removida se os


mesmos forem efectuados sob a responsabilidade dum sócio diferente do que tem a seu cargo a
responsabilidade da auditoria.

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3. A prestação de serviços de não auditoria em simultâneo com a prestação de serviços de auditoria a
entidades de interesse público encontra-se fortemente limitada. Entre os serviços não
especificamente proibidos contam-se:
a) A avaliação de activos e de passivos.
b) O recrutamento de quadros superiores;
c) Formação profissional genérica;
d) Elaboração de declarações fiscais

4. O relatório do auditor independente é importante para os destinatários da informação financeira, na


medida em que:
a) Permite confirmar o posicionamento da empresa dentro do sector em que se insere.
b) Permite confirmar a eficiência da gestão
b) Permite confirmar a inexistência de distorções por erro ou fraudes.
c) Permite confirmar se a preparação da informação financeira é consistente com o referencial
contabilístico aplicável.

Parte III: Coloque V nas afirmações verdadeiras e F nas Falsas e justifique as falsas.
1. O Código de Ética e Deontologia aplicava-se à todos os contabilistas e auditores certificados com
inscrição em vigor e que exerçam a sua actividade em regime de trabalho dependente ou
independente, integrados ou não em sociedades profissionais. Sendo que a forma de exercício e a
natureza jurídica da sociedade é relevante.
2. O auditor não deve ficar associado à matéria que cria o conflito, devendo avaliar se deve afastar-se
da equipa do trabalho ou mesmo da firma. Mas nunca pedir aconselhamento junto á OCAM.
3. Um auditor não deve ficar conscientemente associado a relatórios, declarações, comunicações ou
outra informação quando acreditar que existem informações falsas ou materialmente erróneas,
informações ou declarações produzidas de forma descuidada ou omissões relevantes susceptíveis de
induzir em erro. Contudo, não há violação quando o relatório for modificado.
4. O auditor deve determinar se existem ameaças, avaliar a importância das ameaças identificadas e
aplicar salvaguardas. São exemplos de salvaguardas:
a) Sair da equipa de trabalho;
b) Aplicar procedimentos de supervisão;
c) Não Terminar o relacionamento financeiro ou comercial que dá origem à ameaça;
d) Discutir a questão com os responsáveis superiores;
e) Não discutir a questão com os encarregados da governação dos clientes.

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5. Sobre o princípio de Competência e zelo profissional è correcto afirmar que o auditor deve manter
conhecimentos e competências profissionais no nível exigido e actuar com diligência de acordo com as
normas técnicas e profissionais aplicáveis.

6. O princípio de Confidencialidade impõe a obrigação do auditor se não abster de: divulgar informação
confidencial recolhida em resultado de relações profissionais, a menos que esteja autorizado por escrito
pela entidade a que respeite a informação ou exista um direito ou um dever legal ou profissional de
divulgar; De usar a informação para vantagem pessoal ou de terceiros.

Parte II: Responda as questões que se seguem

1. O que deve ser feito pelo novo auditor num processo de substituição, por término ou por cessação
antecipada do mandato de auditoria numa determinada empresa?
2. Em uma situação em que vás auditar a empresa PARMALAT, SA, e i dentificas ameaças ao cumprimento
dos princípios fundamentais de auditoria contidos no Código de etica do auditor, e pelas negociações feitas com a
empresa não foi possivel eliminar nem reduzir as ameaças a um nível aceitável. Como auditor formado no
ISCAM, quais salvaguardas adoptaria no cumprimento do Código de etica do auditor?
3. Qual é o seu entendimento sobre competência e zelo profissional em auditoria?
4. Explique a ameaça de interesse pessoal para o auditor e apresente as situações que podem causar a
mesma e as respectivas salvaguardas aplicáveis.
5. Explique a ameaça de auto-revisão para o auditor e apresente as situações que podem causar a mesma e
as respectivas salvaguardas aplicáveis.
6. Explique a ameaça de advogacia para o auditor e apresente as situações que podem causar a mesma.
7. Explique a ameaça de familiaridade para o auditor e apresente as situações que podem causar a mesma e
as respectivas salvaguardas aplicáveis.
8. Explique a ameaça de intimidação para o auditor e apresente as situações que podem causar a mesma e
as respectivas salvaguardas aplicáveis.
9. Em que circunstâncias podem constituir uma ameaça à independência um empréstimo ou deposito
bancário numa instituição financeira?
10. Em relação aos relacionamentos empresariais, em que circunstâncias a compra de bens e serviços a um
cliente pela firma, por um membro da equipa de trabalho ou por um familiar íntimo pode constituir uma
ameaça significativa no trabalho de auditor?

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11. Em que circunstâncias, as relações familiares e pessoais de qualquer membro da equipa de auditoria e
um quadro superior ou qualquer elemento chave do cliente podem criar ameaças de interesse pessoal,
familiaridade ou intimidação?
12. Quais são as ameaças que possam existir no caso de um quadro de um cliente em foi auditor e em que
circunstâncias?
13. Em relação à questão anterior, qual é o período de tempo necessário após a saída da firma para que a
independência não seja considerada comprometida?
14. Quais são as ameaças que possam existir no caso de um auditor que foi quadro de um cliente e em que
circunstâncias?
15. Quais são as actividades de auditoria interna que podem ser realizadas pelos auditores sem colocar em
risco a independência do auditor?
16. Em que cenário a prestação de serviços de auditoria interna a um cliente de auditoria cria uma ameaça
de auto – revisão?
17. O que a firma de auditoria deve fazer para que possa prestar serviços de auditoria interna e auditoria
externa sem colocar em causa a sua independência?

Parte III: Casos de estudo

1. A Empresa ALFA sediada na avenida 25 de Setembro, vocacionada na comercialização de material


de escritório, pretende fazer um empréstimo bancário para reforçar o seu capital, para o efeito o
banco solicitou o relatório das contas auditadas na empresa referentes ao exercício económico 2018,
e para o efeito foi contratada a Sociedade ISCAMADOS Auditores SA sediada na Av. John Issa.

Por sua vez, a Sociedade ISCAMADOS Auditores SA enviou uma equipe composta por 6 técnicos
incluindo o líder da equipa. A equipa deslocou-se ao terreno sem antes fazer um plano de trabalho e
apresentar a empresa ALFA; O técnico "A" responsável pela análise das contas (banco e caixa), é
grande amigo do chefe da tesouraria da empresa ALFA; O técnico "B" responsável pela análise dos
diários e balancetes é formado em Geografia e não conhece os princípios contabilísticos geralmente
aceites; O Líder da equipa estava sempre no gabinete do director financeiro numa conversa a porta
fechada; O Técnico "C", pediu boleia ao motorista da empresa ALFA para compra de refeição e pelo
caminho comentava com o motorista dizendo que os dados apresentados pela empresa indicam que
estão a entrar na falência.
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Da informação obtida pelo Director geral Sociedade ISCAMADOS Auditores SA o relatório de
auditoria é entregue num período máximo de 60 dias do calendário o que não aconteceu com a
empresa ALFA pois o relatório dos trabalhos só foi entregue 90 dias depois.

De salientar que a empresa ALFA é fornecedora de material de escritório à ISCAMADOS Auditores


SA e o tal negócio é feito em condições anormais do mercado. Isto é o preço de venda aplicado para
a Sociedade é relativamente inferior (metade) a que é aplicado para os outros clientes da empresa.

Pretendido: Discuta o caso a luz dos princípios de código de ética que aprendeu.

Bom trabalho e boa preparação para o mini-teste e a 1ª Avaliação.

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