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'ÁGUA
Vi só lágrimas e
lágrimas. Entretanto,
ela sorria feliz. Mas eram tan-
tas lágrimas, que eu me perguntei
se minha mãe tinha olhos ou rios caudalosos
sobre a face. E só então compreendi. Minha mãe
trazia, serenamente em si, águas correntezas.
Por isso, prantos e prantos a enfeitar o seu
rosto. A cor dos olho s de minha mãe era cor
de OLHOS D'ÁGUA. Águas de Mamãe
O XUll1! Rios calm os, mas profun dos e
enganosos para quem contempla a vida
apenas pela su perfície. Sim, águas
de Mamãe OXUIll.
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I\.IlN IS. . .~ n. I < ) l:'i\ c I : I · U R i\ Secretari.l de
Politlcou dg Promo ç,So tln Igunld lldo Rnclnl
Fundação BIBUOTECA NACIONAl. PA is AIC O E PAI s S E M P O B RE ZA
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lner - Ana 1'''' '1\ a, ndl • Dt zu-Ouerençs , atalín; , t v m os se IS nomes: ME. [Llx 01 fo i se encolhendo, e e 1-
Luan ar d , Cida, a meni nr lar a. li rão oda n es , r ca o tê gan I ar J iç o de fe O H, A orça s rnb ól c. d
ull er, ca p ad , c recriada f calei o 'ú p o d , IH ' t Iíc , al ssão ísíca e emocíon é de uma sín tese irre vel,
m ari: dos i ·t, n âneos (a \ ida? Di 'rem elas m i ad . 1 seu perc irso, o li ro, além o m undo de m ilheres de
e o n ju n ras de e n nci las co 11 rtílham d es- m ino, in corpora homens co 10 protagoníst (Oulm bá ,
a vida de ferro, equ llbran o-se n OI i:Í lil v ra" que I os : rdoca), li, p rsp ctiva, oca onzIm n te, pas sa a com andar
no o n to MO Co ler de i a ", a . . cord ê m do l m n a arração.Oi so d izerqueotlu ona rr lvoatíngeose clima:
Na verdade, sa m ulh r c m ulti faces é e b m átíca n o jã clt o OI ,e nte combinamos de 1 ao rorrer" em ue,
e ill oes de br Hei s i ocíedad • i; c exc lus - s que e p la prlmelr vez, d iversos arradores ei camlnhr m a ao.
nos s: . . gil vara, co d barr h. fios e rro, ferro as- -ra a-se um a uni vocldade f m nlna, po r m ls d sp cr
sr r, ir dan a das etáforas as enlaça e retro nstról a 'd, de múltipla q e esta 13 oss . A par d 5S0 , onst, ta- , num
pesSOil ' de spossuíd a qual .xp res , ap ~r d e n o, m cresc ndo, II estíl aç J fic lon I que o text ssume ao
vltalidr d e pr ópr! a ue o te to e Con íção lns ist em cel re upllcar a precariedad e de se 15 per.50nagens. a a q uem
brar: rt F L o tão d oce, tão " 0 2.0, tão dor! ", sin te tiza " An a <rãs vezes a m orte e leve como a poeí a. Ea vida se confun de
av "a "'. Os o n s, assim , c u lll r' -se en t . afirma - com p é bra nco qu alque r", O conto lmplod e r s la p r -
ç o a I ação, T t a en 'lI 'i, a celc ço da vld J en- pria técnica narratlva. Em um verdade ro avess o de a )() t -
re o n, cl i e n o' to rre; " n: 'cu en iria parir ur ftlh o . se, o e,' o ficdonal, rad i l át co da ocledad e, amb m
m lho que for:' o nce bído 1 S f âge l lirn tes d vida e da se pulv ríza: Algué
lO c n o J ped e o segredo foi rompi-
morte." " Quanto" filhos atalina t ve?" " do, d a vaza dos poros d t r a. O tl U Ido plode,
N liv ro e t, o prcse 1 m ães. rn it s rr aes. E ta bêm eres e mil m os agarram tu do. fada esca ." Ater ao,
flIha • av ós, a a t te , I om 'ns c 1 I - todo o ca- leitor. E: com você. e conosco, é com t dos , que qu t ia.
dos em eus i c " . d ile as soda s, L las a positlv dade te. tual prevalece, r de tud o. Um
11 ma ural dad' vuln er:a ilid ade ql (! '0 11 posítl 'Idade em que cre er ê, rL. me l te, um, rr ar ira
mil a ondlç o . lU q lSq\l "'r Idealizações , de n r"; ma t mbém de lnvoc r e e ca 'idas COSlur. -
d co m firmeza • tal ento a ras co mliçõ 5 "com fios de err " - po ém q u p eser '<idas co 11 a per-
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CO M I Ç,l,O EVA IUST O O LHO S D ' GUA
• • 19
A Dav ng
~ a assim onde andava o seu, lá q c . d as out s sta , (1 1 eri.. aquilo? E.s a r am gJ. ardan o U a dor p ro Inda c
ali? Por o n e nd ava o seu homem? POr qu Dav nga não ma ma a ndo o sofrim en o pa ra q e ela nr o 50 r 'S '?
estav a aLH .. ' rl"l a lguma b rín de íra de Dav 'nga? Ele estaria es cond i o
Davenga n, o estava all, Os ho mens rodearam Ana (,.·0 1 por " li?' Não! Davenga neo era ornem de la s modo ! E e
cuidado, e as m ulh eres t mbêm. f :'I< preciso cu ida o. IJa- IL" brincava , porém, só com os co rnp nhelros. sst m s-
venga era bo m . Inha um coração de Deus, mas, i n v oca o, III de u ma mncadel ra bruta . ocos, pon ta pês, sa nõ s, a-
era o próp rio diabo. To dos 11 av' am apI n d ld o a o lhar Ana 1)11.5, , s ' US lhos d a puta" ". ais parcc a bnga, O n I estava
Dave nga , Ol h avam mulh er b can do nao pe -\ cr vida I il\'e nga. Teria se 1 etldo en algl.l la confusê 07 Sim, ' l t -
e as delici as que ex plod iam por tod o seu o rn ' 11 .s · i ha ta manho . No a is cri n ça em t\ l O . Fazia
O barraco de Davenga era UH pécíe de . uart I-g n ) 15a5'qu el T ' m estava d·. P nsar, \ ezes, ficava ias e
[<1, e ele e a o c hefe. AI se decidia tu do. No pri ncípio, OS I s, m .ses i! é. fo ragido, e quan do di} menos esperava dava
cornpanhelros d e Davenga olh ara m Ana c m ciúm e, cobi ça om I n tr de asa. Pols ê, ) . venga parecia ter mesmo
e descon fian ça. O h omem mo rava sQ7J nl o. . \ Ii armav I) pod r s to m a r In síve l, Um pouco q ue el saia pa ra
confabu lava com o outros to dr a. roeza s, ~ pen t , I USCLH 10 ipas no v ral o I Ial r ta ntlnh o com s a jga:;,
sem consultar os companhei ros, mete a li de n tr u ma mu - \1 . do o itava d va co m el , d ' itad na cama, uzinho.
Ih er, Penseram em e scolher o u ro hefe . Ou tr al p i' a n ito o . '\ 11 J vestido com a p I ' q ue Deus lhe deu . ma
qu ar tel- ene ral, ma s não tive ran co ragem . Depois de certo p le ne gra, c tíca da, i slnha, bri lhosa. Ela mal íec h va a p or-
tempo, Dave nga comu nioo u a todos q ue aque la m u l her ". a se abria odínha p ra o se orne n. Davengal Daven a!
cana com ele e n ada m udar! . Ja era çeg<i, 511rd m da I~ . í acon ecia O que ela n o ent nd ia. Da renga que era tã o
no q e se re er l a as, un tof,)~ J :s. EI ', 1 re anto, queria , a nde , tã o ortc, mas l o menln • til' la o I . zer ban ado
dize ma suma tsa: ualquer LI q ue I ísse com e la a· rn lãgrírn as, "'t O 01\ feito cri n ça. S h va, umedecia 'hl
ve a de mo rr e a tg rand nas I fio ' . ele 'ito porco ((I P"· tod . Seu rc O, u co rpo icavarn úmidos das íágnmas de
do . Os m lgo entenderam, E qu a ndo o d ejo atlo "..."1 ao ve ge, E t das a ezes que ela "ia aquele homem no o-
vlslu mbrat o pê'i o s-m.a.çã:'> .silli 1l~1~ da m' Jlher, ,plgo co mo ? pran o , en tia uma dor in tensa. Era como se Dav nga es-
um a d or pro f u nrl ~ doía n il:'> [Jiilrtt!"S de: l1aixo cJ I . O des jo I 'eSse 50 ~ n do mesm o, e fo se " Ia <l cu lpada. DepoIs en ã o,
abaLxava e n t:lO. c.saJ t:ccn d , dil u ind o 4l pos:;ib ili lade de . s dOI.a· a ' corpos nus, ç.wam ali. Ela enxuga nd o ' :i
ere . o do prazer. I.:. Ana pa sou . s.'r IU;;U; II ,j\ irmã qu e I rimas d 'le. F udo l o doe , tão g()l.o, t o dorl Um d '
povo v os 50nh IH tu oso, ( os ho c ns 'om p<1 rSiU d os pe l SOU em s ' r g r par< não ver ilveng choran o tanto.
el1lo e dos: crimes de Davt:nU'I. 1as ele p 'dia, caça a, b s-cava, rão res aa n da a z, i'J
O peilo d ~ Ana Dilvcng.LdoíiL d • tf:mo r. Todo5 es avam 1 o ser llxugar o oz.o~p . nt o d I:U omem.
all t menos o d ,la. O. h (lme.ns TQd aVn na . ' as ulhe· l b d os continua \ m pa 0 5 o lham ú Ana Da 'e g , Ela
I'C:.SJ com o e l ivi.!ss.em o r and o par pa r: uma dan ça, rccordOl q li un~ cmpo atrâs um eles e r amigo.
rodeavíu seu comp a 1 iros, ~n' do a tTil5 d seu h omem I' • lU in imi ' 0 5, quase. E.les d ete :ita....a m , l a. E li n o os ama-
ce rLo. AI , OI1OU tut.1os ' n ~o P ' TÇ 'LI ristez(! Igum a, O ~' nem os cxllav . ma n o sa bia on 'el es es av m na v jd il
22 •
II
CO N CE tç,llo E...AR JST O OAVE N G/ .
d ave ga. E quando perce eu , viu que nro poder a ter h mem n ão deu traba lho algum . Pressen rlu a ar a
por e l lndif ten ça , Teria de am ã-los ou od á-los. O tou LI 1 • ~l \'en ga n m tln ht sacad o . inda. q ua ndo isto acon-
p<)r a fi-los, ntã o. Foi díficil. les n ão ~ q ueriam. N o era .eu, o pró rio dep Lado á tinha ~ l an tado o serviço en-
dó agroil { o d e hum deles a uela m ulh er en tro do q t ar- r "!-l, n do tudo . Da ver gL! olho ( m a. 11 do e rmo, tudo esc -
t 1-& n ral do ch efe, saben o de to dos os segred os. Acha- r . t>.- àd rngad e frio. }.,'(íllldo u que o homem ab risse o carro
vam q ue Da ven g Iria se da r ma l e co mprometer lodo o ru - l ' p .d iu as Ch ~1 'es. O d eputado tre mla, as chaves Illn t vam
po, Mas av n ga rava mes m o , pal .o nad o pe la mu lher. ' Dl suas m ao . Davenga m ord eu o ] i bio, co n te ndo o riso .
Ouan do Davenga con eceu Ana em um a. r da de sa mba, Ih ° polít tco bem no f ndo d os 01hos, mandou e n tã o
ela estava alil aceíra, dan çando macio. Davenga gos o u dos. I ucele Li < saro pa c fO I reco lhendo tudo.
mov ime to s d o {:O[po da m ulh e Ela fazia m m ovlmen to - lão, do utor, a rue < n o! 5 I c uect n ãol Sei lã se. o
bon ito e Ligeiro de b Inda. Estava o dís aíd a n a dan ça qu . 'Ii t r tem a i una do n o u se t " co 10 cu sujol
nem percebeu Davenga olh ando lnsistentemente pt1 < el . Quan do, rrecadou tu do em urrou o home m p ara de n -
Naq ueles d las, e le andt a com ern o r no petto . Era pre ciso I rn cln ca rro. Olho u parn e le e balanço as cha es. Deu 1 m
cuidado. O ' homens estava m arr ãs dele . Tln ha h avld o um I ~ lS ~LO dep ita do, que correspon deu ao gesto. D, venga ti-
assalto a UJU banc o e o ca lxa descrevera alguém parecldo t I i o I lto c slod índo em 7argalh. das, mas con teve o riso .
com ele. A po lida Já L nha subId o o m orro e entrado em Ap irto u o pas. J inha de abre a r. ·r. m três e qu inze da
seu barraco vãrtas vezes, O pior e q e eLe n o estava me ld o t 1,ld rugilda. aí pouco passa r po 1L u m a patr lhl nha.
L
naq uela rn ma. Seria burro de assaltar um b nco : Li mes n o . Ias t ele via est dado o a ibíen e.
n o ba lrro, t o per to ele? faz a OS· se us ser vlço s ma is longe, Fu i por aq ue les d ia do a alt o o de uta do q e D enga
e além do mals rt o gostav a d e a saltos a bancos. Já a té par- nheceu Ana . A venda ti relógio h e iavla ren dido algum
ticipara de alguns, mas ach ava o se -lcl nh o sem :Yraça. Nao rlln h 'ir(), fo ra () qu e '. Lava n a cart e ra. E de cabeça leve re-
dava tem po de ver as Ielçoes das vitimas. O qu~ ele os ·a\ .~ I v LI ir X'> I O ' arn í s I ara o samba. Sabia, po ré m, q ue
m esmo em de ve r o medo, o tem or, o avo r nas fe çõ e mo- I 'vh r r atei t . F.stava at ento, 5 m , Estava atento a os m o-
dos das p essoa s. Quan Lo n a s fo rte o su e to, me lhor, Ado- \11m H W~ • a
dan ça da m ulher. E lhe lembra a ima baila-
rava er os che tõ , os tu, ndach uvas se cagando de medo, rlna nua, ta l q ual a q te ele 'ira um d no filme da televlsi o .
L
telro aquele dep ut ado q e ele assoIlO U um d i Foi a tn . ior hailari na dançava livre Dita na fes ta de m a a lde ia afri-
co médi<l , F c L na ronda erio d a C<l.Sa do ho me m. Qu Ildo In'L . :Ii · q uan do a ba teria I rO foi que Ana lam bem aro I
ele ch egou e salLo u do al o; Da venga se a pr xin ou . • • ' rK;'] 1T inl o 1 ) 1 d o u r ::; pata o banI elro. Davenga
- Pois e, do uto a v da n o Lã feie lll Indil be 1 q ue tem
J L ~ i :'i ti ' l a udo . a vo l a e! p, sso por ele, o lho u-o e deu-
homem Lá e m c m a co mo o se nhor defendei do a gente, O. 111 • li n 14Lrgo sorri o. .Ic riou cora em. ' a p ec o co ragem
pobres. - E.ra nem 1 , - Do utor:, eu \'0 le i 110 se n ho r. - I il ri!' g41r a um <l mu i ler_ a is COI gem iJtl~ do que para
Er;ll me.nt ra. lam bém. - E. não me ô1rrepcndi. Veio visi t<l r a r, 7. um .:; .......'iço . r'\prox imou-se OOrlV dou~a pa ra U l a cc -
I
f. mill a( Eu ta m bém l O u do ver a m in }a e quero levar u ~ 'Ia. ', li agrad ceu. fuitava com ede quei ia ág <I e deu· lhe
presen L!lhos.. Q erO che ar bem-\'cstido, (lm () o 'lhor. 11 m sorri o . is lTo f m do hlda. Da en se emoc on o 1.
rc o V"' R.STO A O" VEN CiA
e brou da Jl ã , das irmã , d t as, d s primas e até a 'I qu eria a marca do 1 o rnem
v ó, a velha I i a. aqucl n ulheres tod s que el nã orne.
via há m ritos n )~, esde q ue começs a v r r o mundo. o pr ie 10 rnorne t
eri :- bom aquela mu lher quisesse ficar co m el , mo- Ana e se era também. -or
rar co m I , I a ..'ida de le, r Ias como? Ele queria u a
mu ll er, 1 a SÓ. • ava c n do d e n ão ter pouso ce o. : a
11 e len va b i1a 111 l ua ha ia me" o o
H a . i ' lá dent ro dele, Ela lhe tro ixera sa da-
d e de um rnpo paz. u r 1 t ' r 11)( r n , um tem po fina .
la te ar, ia t ta r..; r , ballarlm de suas lemb ranças. be-
be á 1 a enq an ta D ve ga enarno do toma, cerv ia,
sem sen ' r o gosto o líquido. Quando te m in ou, pego a
m o da mu lh r e sai u, :'i am igos de Dave g v am qu a do
el e, descuí lado d qua lquer pe rl o , a trav essou o terr Iro da
roda d sarn . " I inhou fel to namore o puxan do ' u-
h er pe la ~O, gan lu d O s paço lá [o ' .' q ase esquecido
d o pe rí o ,
Desd aqu dia a ficou para sempre no ba rraco e a
vlda Da en a, ão I ' r 'u n tou d q ue o o ie via,
Ele azia c pr d inh ira e co is , No te! pos em que •
ca a {o ra e C3 • , e ram o omp I lro dele que, através
das m ulheres, lhe tr Ziar 1 o t n to. . a n o estra h ava
na da . Iu ít s v Z , l) a n ' n d a q e ela fosse entre-
r d lnheíro o i co isa pa ra as r ulhere dos am igos de le.
Ela J bl mas ncorncndas c m al da I I pe r mu r qt an-
do e s seu hom n s vo ltariam, a eng às ezes fal va do
regres ' 0 , ã v ZCS, ão. A la sa ) j- bem u, I etc a at íví ade
de seu home ' iabia ri 'o . c o rrla ao lado ele, Mas
chava arn b ê I I • .1 ti r Vida era rm risco e o risco l' 'a r aT41m en 1-
26 27
I 11
v d.l? '
do, las ta m
vez na V d , li
-pran-
. I)
( IÇ o . '''R I ro
rosa, que Ana Daven • ha ia rc ildo de seu horn m na xo c U 5 un as su jas, Um orne passo u e o lho u para a
fe .ta p rime ira de seu . fi versa lo , vtnte e sete, se ahría . I ' Il ~ l 'il, co u a e xpr ~o d asco. Ela Ih d vn lv 11 m
,I uir (f zomba ria. O ho > pr s o pass o, temendo
111 ' 'I, se levan asse e viesse lhe atrapal ar o cam in ho .
I Iz..ll 01 ou no fund o da Iata, en co a do apenas
111 '( "';:'1'-0. Insistiu ain CI , Diversas v zes lev ou a 1 ;1 lá
II'nt J e re ornou com um im glnãrio attmen to ue jogo va
I" I ~' rosa me n te ã boca. Ql ando se rtou este sonho, ar-
Irl l I I < tlsfelta, abandonan o a lata escadaria a igr ia
II nhou até n ais ad ian te, se atas ando dos.out ros rnen-
Ilh . , Agachou se qu eta . FIcou por algu e po olh t nd
30
I N 1:1 EVAJlIS O OUZU' li ER E ç ...
eu·
ücan -
I o par rãs, víi
do aImoço , co n tem -
m balean -
ti d" I r-
quere d
pernas não
speran . De
I recíso
)
32
COt-f CEIÇJio E\'AR IS TO OUZ U' Q1JEIl:EN ÇA
m d ia quem abrlu a port de 5UP tão oi D. . q u 'Ic I ossu í ma rm e que a co verm elho-sangue
. Estava brava. Se a me i a qu i s itar .orn m .m • 14) I r un va em s \ id ,
d < Õ um coisa el n o ia rrn i ir: rnu lh 'r citando 4 '11111 IH rte de Tát lco, Duzu anhou n ova or para
com h omem, ebaíxo do te o del , t sando qu rto e c. ll1 , e IH l no >elto. ' cava ai , amuada. diante da r a da
Jl ando o nhei o sozinha. i aras rta. vela I " I. • { Ih a os san os Lá dentro . os h o mens c - fo a, se
e me a nd . Ql ería od o o di já! 7.U n ue le I I I '( 11 I um. ' • pre 50 descob r u a form a de
mo mento ente d li o porq I > o lhe U' r dl n iro . 1 1 11111. a dor. Pensa nd o n isto, resolve I voltar ao mo o .
en deu O porque e ta tas m Iher s • de ar :; qu arto ' ond . d nte a os an os, epoLs q ue ela havi deíx do
ali. En ten deu o porqi de nunca a i t T OS' id v r
ê II 11. , Io n o r com s lh os, Fol retornando all q e
a s la m e e o seu pai. de nca D, Esrn ral i a er I 1- 1[1".11 e brin r de faz de co a. E foi aprofundando
r do. remessa d ix á-la s ) ar. [~ ) I;: de u . rnb ém I .1. tias d o deUrio q e ela se a an o para íver o tempo e
qual ser a sua vida . É, i ficarIa n trar- t ra n do sem sab er Il S ú lLi m ( s d ias.
quand o e po que ara r, ) 11. 0 1hou em o lta, fi a guma s ou as no vare I. Le-
Dom Esmer ald ina arrumou u m quarto par, uzu, que m dl ücu ldades e [o até . Com di ficul dad e lor
ssou a receber homens rnbê • io 1 fr ~ u e II r I:L, Iicou m pontlnhas os pés abrindo OS braços. As
D zu m oro 1 ali mu i os a os d I: rti ra it zo- I 1I as In m ao sabor do ve to , Ela, i no melo, se
as, cost m o -se aos i os da mu H;;' apa h I do dos -nt • mo um pássaro q ue a po r clma de udo e de todos.
homens, ao sangue das 1Lh r assassina da. . Acostumo -se 'a o morro, o m ar, a d dade. As pernas doí I m s
às pane da s dos c fet , aos ando e ( rnan os das caf '- as pan oar. D U2U roava n o alto do mo ro. 'lo;, " a
ínas. Hab 1 o u-se ã o te como u ma orrna vida. 11 md o ' rêU lbu). pe la cidade. Voava q uand o esta va all
Os filhos de D Z I fora m m ui tos. O" , . V' m 'S) ' I . , i d <t .é1 po rta d I ej. D zu est va fel . Havl se agarra-
dos pelos morros, pelas zona s e ta cid ad ' . ' Lo, ( Ih I l il s elírlos, en io pece do a do E foi se misturando às
verarn ül hos, unca m os de doi " Den r os : eus neto I ' I( S do ral que ela ga lha . sas e ass In ía íava voa a,
r ês ia rcav assento ma ior se I cora ção, Tr ê . neto lhe 1 l I r i nd o-se o mais pos íve l do re I.
a ndav: mos 1.1 50. ~ géltco, que c ho rava porque ão ' OS- : t \ '<1 C i e ando uma épc em que o sofrer e rolb do,
la d e se homem. Ql ria ser la r a p m ite dá in P ra lusn o 0 0 od d gnldad e It a ada, m esmo q ue malas-
pod er dar r I ti ao pai. T' ico, qu não ria s 'r nada. ~ a , ' 111 ( ~ s , mesn o com a fo me cantand o no estômago de
me n na Qu erenç que re to ava so los ' de )jos d r ta r t 'I :-i, co m o [n o rach do a pele de t u tos, com a doen-
o tros que tlnhat i
á une ido o cor , om o dese IO d an te daq el v ·
D entrou em desespero no di a m qu r so be da m or- 1"-1 ror r, por m o r que fosse dor, era pro ibido o sofre .
t e de Tá ti co. Ele havia s i ' o apa <Ido d ~urp re' por u m I g st va d este tem po. Ale rava-se tan tol Ern o cama • 1.
:Tropo InlmLgo , Era ão novol Tre'".l ano . Ti 1<1 a i <I voz. e I, h a ia ah:: ima i ad o a ro a para o desfi le da esco la.
eIto de menino, Q"l"ndo ~I vi h a lr çn m la, p·sa.. . a 111 'iria n a ala d s bala.n. s. Es ava faze ndo ma fan tasia
às vezes. a oite ali, Disfarçava, Pedia a e ç l0. ~ la .. b j ' p o- t ( • _ -:a tavíl paJ ~ I~ bri lha n tes e cos Ia paaenleme te
3.., •
em seu vestido 01 bado , Um co m pa nh el ie d go
havia lh e i u rou pa, assim tão c l.fellad de papéls
reco r os m fo a d tr ta , mais pareci oupa de f da
do Clt e o ia a. i U 7.U rea giu. Q em d sse q e estrela era
só Ia as fa as! Es r ' a era iara ela, Duzu, Estr ela el a par
Tã I o, par g êlíco. Estrela era p ra a menl a Q e eriça ,
ora 'a nova, b r di to ayc, onde ancest Is e vlt ls so nhos
averíam d flo r 'S r e a OI '
D U Zl on inu V3 c n f 'itand . ld e o vesl1do. di
do desfi le chegou. Er pr ci inau ra r foi a. espertou os, cac 5
c o. Foi e vo ltou. ·va nto u '0 0 e a err ZOU . ' foi escor-
rega do b randam nte em us fami n to so n hos que Duz
si al ízou s m os pla nti c fartas colheitas. Estr elas p óxí-
ma s .dis ao s e istíum c In sis iam. Rosto s dos presente s se
ap rox imavam. F~ d os ausentes retornavam. Vó J lafala,
Vô Kiliã, Tia Barnb nc . sc I ' , ua m ãe, seus filho s e netos .
M nina Q r nça a d ían t a-se ma is e m ais, Sua Im agem
crescia cr scia. Duro eslíz ra e m Isoes e so h os por um
n s r rloso e no cami 1Ú• • •
Men i a Q ren , an d o soub e da pa agem d a Avó
Du zu, tinh a acabodo J h • r escola. Sub t mel te se
sen ti u assisti a vi ita po r p re nt es que ela nem co nhe-
cera e d e que ó o v ira con t r as h stó rl s. Buscou na me-
m órn os n omes a lgu n s. AI faia , iliA, Bambe e... Es
tou os ass bios d o p rimo Táti co lá fora ch amando po el• .
Sorriu pesa a, avia u ns três m eses q e ele a ibé rn tln a
i o .. Q I rcn ça d cu o morro re ordan o a h istória de
sua faml ia. d ' seu povo. v ô DU2.u ha I uslnado para ela
(I brinca eira ( a as, o o . 'o gora estava ali de ada nas
escada rias a ígr rja.
E o i no d lírio da a ') na forma aludo dt de seus - t i-
mo ias. qu la, Qu er n ça, h ver ia de se mpre um edecer
seu s OI h os pa ra gu -I s flo rcsoesser e se cumprissem vi-
vos e reais, r P I" SO rei '11 ar a ida, encon rar novos
• . )
'ia I ra r o )()o to do ôní-
.1d i t âr j fosse menor.
i r li aco tu mand om
CO eE l çAO EV,>,R IS TO
c ia n s nunca tínharn comi do mel ão , S r{ s que o m en i- m ·a lav , m a co tinua 'a est ático , preso, fi.. to no
I IO U
nos. lrlam o s ar de mel, o? 1.11 I. : h' J ava com Maria as palavras, 'em en tre an o
pt lma de m de SUiI'i mã os do ia , I I ha sofrido um cor- 'li I ,, 11 I o la o de ] . Ela sa i.l () q ue o hon in d a. :le' -
. b ' 1l1 no lo , enq ua o cortava o pern il par ' 1 I 'I roa. I , I [ ze d de dor, de praz 'r, e, le rla, d filho, de vi
Qu o lsal FaC' lase corta a c a v da , •I 11\ '" de d 53 -dl da. ° burra co- udad e no uo el ...
Q ando o - il s epo nto lã na esquina. M<lrlii ab, i . ou II I \' ~7.ele oc h í o In pc qu nho m ais alto. Ela, ah -
o corpo, pegando a sacola que tava no hao en r a suas II ' '11 1 o vir di rei 0 , a ivln hou a fala de le: urr abraço, um
m a, ônib us I lia estav ch lo, havia Iuaare s. El poderia li 111 , u n cari h no filho. : lo o a ós, -an to u r ãpíd
scans ar m]JO co, cochila r tê a hora da esc! i . I ' lIId o ar a. Ou tro lã , I rás "rito que cn u m assalto .
rar, um hom e 1E:\ nt liÍ de trás , do últi mo b nco, ax ' I - I 11 1. co u v ' com m uito rn do, Não d os a, S ' I an leso ão
d um s nal para o trocado . r . ou em si ên o, pag do I I l U te, Sim da víd . n h a tr ê filh os, O rnai: velh o co
~a rem ele e d . 1 a I . Ell'l reconh ece o tornem . Q ian- 1I I I l i n Si era I o daq uel homem q e es ava a i 13 n t
to t m po, que sauda des! Co me) era dlfi i nt ínuar a vida I 11111 11 U I. rma a mão O lá de ir' v ' ha reco lh en do
sem d e. íarla s u-se r n te, O ho em entou- a eu I I ~. · to c ri sta seg a a vj ger l. Ht vi o i [:11 o de to-
lad o. I, se I m hrou do pa . Do orne citado u m IH no ôu b us. II nas a voz do ( U ' se ouvi ' pedindo ao .
ela. Da vldc dos ois no rr' O, os primeiros enjoes. Da I I 'j~. ' el r' S qu ' J rc assem rue o pldam en te, medo da
b: íga enorm q ue todos d iziam êrneos, da ale ria I ne. 'I I. I 1 ar ia ia aur en tando, 1' u cus, co o rla a v ld
Q m! 1 asc ul era um m ilnol E ha v ria de se t mar 'U filhos? lá a p rnel ra \' -z que ela via im alto n o
um o n em . 1 a ria viu, sem o lha r; que era o p, I de se u I o. 111 1 I .~ , Imaginava o erro da s p s so a , O comparsa de 5 J
Ele cu in ava o me smo. Bonito, ar<lnde, o o lh a 11:>51. 5 ad • I nu ·i11 ~ S50 por ela e n -o pedl nada. ' foss ci o u-
n o ' fi.\: ndo m nada e e nín gu é 1. Sen iu um áaoa I 11 I ~ • ss It. n t ?" terla par a dar u ma cola d e r U L.lS,
ruen a. Por qu e não p d a ser d u t o u ra fo rma? Por q e I 1 II S de pern il urna gorjeta I> ti cruzeiros. ao Ilha
n, o pod iam ser feliz '? E o n ino, ·faria? o rno vai o 1 , lu 'lu , 1 m no ra . as fios n hum an e l ou allança.
n ? oc ic o u o h nem. ab qUE: sinto {ai de vocês? T - • nns m os tinl <1 I 1! Tin a um p ro fun o corte feito
nho um trace no I lto, . h a saudad l Tou so zin l 01 I 1 1 I I I, e a las r q ue: pare a cor ' r at é a Ida .
lão arrum ei, ão qu i mais nin zuém. Você 'á Leve outro '.., ) issaltan t desceram rápi o. ri, 011 ti saud osa
o itr :; 111 os? \ ui er ba o os olhos c 10 qu e p d índ o I. [' 11'r, da ra o primeiro, 'oi a ndo ma voz ac o rdou a
perdã o. t . ma teve mais dois filhos, ma nao in} < nInguém 4 11'1 ' 111 { s dema 's. AJ uém i u q e ..qu ela l U a saf. a
Lt mb ' n . icav , a I <l . de vez ~ q uan do, co m um u 0 11- II I, Ir 'nle ron heda :\ assaltemt . Mar. se . ~u~to . Ela
t o ho em. Era t.:"o difí I fi r Q71 111<1' deI as .nh e ia assalt llte aI m. r)1 eeia o pai ( . seu ri-
rep en in ' S. lo 1('85, S rg'ram 0 5 I is filho s n nores. E v i 111 f i ' !ilho . Co n h ·ci ho mem que Lmha sido dda e qu
só, ho 1 -n também ! I o mens tam m? Eles h v ri, m de r '111 IIml'l . mav tanto . Ou h. l im a '0.2.: reg. .. 50fa I, 1 I ~'f1"
ou tra vi . Com el s tudo ha er ia de ser d i ren le_ t.. aria, I n 1/l'.1 ti colâ o com (J dois. Ou t V0 2. inda lá do run
n el0 te sq uedI Tâ tu do <Iqu no bur co do eito... 411, 'I hl , cre sce tou : Cab Ul "n te! Se '/ ." ;IJlW
40 41
(IN CEI '\ 0 ' AIII TO
J-
I. Ih
li fi n in a
42 •
é 11;;, CJ EVA R rS TO ) 11,0, TO I lIl H o\I A I EVE.
la cre scer, crescer a • UI ia arr eben ar no mundo. ão, la II I 11 Jlll possíve l d e ca sa. an l o L ros arn iuos tarn-
11. O queria, p recisa 'a . ver li ' te da quilo. III I " ju n to com oi t a men in a- ulJ er que tal •
A me na es ava começando ficar de P rad a, Torna v fill O, torn ei u n tr em para mal l o e
05 chás e n o reso lvia. m i , n e per n to i-lh e como . e irou a livJ d a. S ~ 1rax J ao a p . ", ria n unca.
es av in do udo. ' Ia não r S )Onde 1. A mãe en ten 1.1 a r • '1 • ba rrtaa ! sabia t do q e ia ac I c r. a
pos ta muda da I a. A ora el iesrn é q uem ia pr pa ra r os II I I l "- su nda for ap nhada e surpresa. li co.
chás. Como c ríar ma um Cf an ça? Ou ' . lnfá j .L, escera om ela. Os ois ha iam des
quand o o til o da m n ina n ascesse? a ca sa lã h v ia ta ta I 1' 111' 1 juntos o cor o. Fo i co ele que el, oh u q te,
g n te Ela, o a rido . t cri ' . E, OI erla O filho da 1I I • r <I · <I er um pouco . o -u b raco : bria ali d entro
filha? la tentar mai um I >uCO de beragens, se não des s 11 I , f ) 111 z r, c na alegria. Q ando a cria ç , a ceu era
certo, levaria a m i a a ~ Prax d _. A velha p arteira cob .• I I , I ' le U Ilc . I 'U I, I alzi ~ . El consegi i , f L de
•L um pouco mil' " Iri' li rCS de tudo. Nat alina s guro I ;;0 q 1 ria o men in o, mas arnb êrn 11:10 qu e-
temor e 1 sil n in. . á Pra x d ,nao] Ela morria de m do , 1' 1' '1' Ios co mido pela v I a. m en rrne ira quis o
da ve la. Diziam li I co m ia I ien l os. '1ull eres ba rri ' u- 1111 Ih ln . A m ni a-m ãe sa I I c -azl do os p] a I e ra
da L t , \. m n o bana o de . Praxedes, aI I as, q l an do
-,
CO N I ~ I) YAH: I ' . 0 QU ANT OS r L1' lI . NA". INA TEV E]
qu nã o dese ] sse e
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46 • 47
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te lh adas nr m rn ôrla. ogOU . lgu mas CO pas na tanq ue; e ! egna, danças co r-
L
54 " I
I (~ I o '" FA CE
5 Ó • 57
uam nda
60
co C E IÇ ÃO E\'A RJ5TO
6 4l • .63
CO CE I ç;i,o CV'" I IJ
c pe de id
CO NU I ,O J::VA 1:5 o CO O P E R (I IDA
6 • 7
co IÇÃ O I. 'MU~ T1)
• b)
CON CEIÇÃ D E\',\R I.". ro
I,em bro u-se de que qu and o ela cri a ça, um a d SU<J d lver-
:s(> li era ro lar o adlnho no ouvi do ' t1 ar ouvin o a nar -
ção do r tebo l, TL ha a im p ress-o d que a fala do lo cutor
cramats rápldt do que a bola os pé do:'> joga dores. Parecla
4.1 UC cr a palavra d o homem qu e e p urrava (] j(}gú . Pedr o
bradava, bradava , O tem po estava passa 11 do e c-Ia continue 'la
ali <Ipalermad . O que estava acont em. o. $ô co tão Clda
p 'rccb ru o mo tivo deafl ção do amigo, Ela 'staHl c ie rau-
d o ara. . da do cooper, Tin ha cornpron tido . e xtra lado q uece de gu rd a
ternj o. O que ha vla acontecido? Não, 1 ão tir h . con tecl-
nada . N dO Unha sido assalta da . P iI de mora ra mais,
brinquedos
mu ito mais do q ue o o stume, S ~ istra íra, squecera das
horas. ~Ie poderia lr, lá esta va bastan e atrasado, luje ele
não iria trabalhar, qu eria parar um pou ·0 , não fazer nada
{ Inada talvez. ' sõ en rao fa lou sígnífica tíva mt ' uma ex-
r r ' no que tan tas ezes usara e escutara. a fa lnu tão bal-
xin h r C mo se Ios:e um momen o i o d ' uma m ísterl u-
ü
o
CU Nl: IÇA0 rv RI:' T DOS
72 7
OH C EI , O :V"'AI S 11 u I'T... E5 QUE EU DE .o\ROA R os m Q U f.O O S
t ijolos, arela, - en to e cal nas com i IÇ es d i'. pai das co nseguiria co m p r CJ a..e n ada, l:sta an e a. m a t n l ,
gêmeas, ue d Ir- n te os m orou COIll lia m ãe, na ialhava de au te ar o zan ro, I. <I rra [ar tra ialho para o na ís
i uíto ' n u ca tra zia o lso c e 0_ me o via mui eres, de sem an. . O pri ie iro till o nca ed ia dl nh elro, mas ela
omen s e a té mesmo .rl 1« 1 alnda 1 io OI orru x ido ,
I sabia q c ele pr x lsava. E: q o c l ndo ou sse, B •
sai em para o tra balí (J volta r m I oh Cc UH foram, 41CLJ- n lcía co o ava u s troc dln os de alx o do ravesselr üI
r iult dos e ca nsaço aI nas. Q ria, poís, arru ma .1 vid de ele, c li n o ele vin h o qu a el. Haví . i b é o alug e I
outra forma. I avi algun que traba lhava m tle u tro 000 taxa de água ~ de z, 1- avi a a ind a trma com J Iilho
• Ii CLI r cos. Era só insls I , só Ler . rtI ~l: IIl . ió dornin r uenos e co m 110 em que ga n hava tão JoOU
O med e I ad ian te . isde pequeno cl v in ha acu mu land m ã de Zaíta, ti vezes, C ega va a . sa r qu e o ' zi nd
rxperlên ci s. j ovo, cri nç ain a, a m: n em dcsco fia- filho tJ I a razão. Vin ( ' l i ] ta d de a ita r (J d nh iro que
\71 e ele já tra ça ra O S I caminho. Corrla t1gil pel I),; becos, e l . o fe ia sempre, ma s não L 'ri -I co mpac uar COm,] esco -
colhla recad os, n t egav: e LO l eJ ti s, e díspl C' uumen te Ih dele, Or I o some te, n - o c i a ue cl contribu LS
ssob lava um. 1' sita in fan til, 50 n ind o li ivo de q ue os COm nada em casa, Esta a, po r J ,cl gando à concl .:-
che 'a do. d ' que trabalho orno o de la nao resolvia latia, }... 5 o 4. e
Za ít . nd " e b o em h -co â )r( U ti d , irm• . -'ho ra- faz r? Se pa rasse, ti fome viria mais râpída e 'o r z ain . B -
1/<1 . Algu m as ' , soa conhecidas r unta iIl I I r rqu ê de rícia. o ar por falta tas en lnas, i terro m peu os pe nsa
la esta r tão lon ge de C~ISíl . A n lna ~ I mhr li :a rm e m e to s, ão ou i voz 'S das duas I algum tem po . D _
á
da r íva que da de 'ia s ta r, la apa mar muito q u 'ultlr vol- ' I' rn esta rne tk as c I uma ar e. Se n ti ce rto ten o • Veio
asse. ão se i portou t om aq u la Icml r. I '~ , , IClu 'l 010- • n an do afl ta c a %i 11a ' tTOI .çou J os bnr q uedas espar-
men to, el a buscav, na em ória c mo li .sen l o d, ení- ra 1 ados pelo c i ão, A prco - ip a ão ar mor s na l.S ormo
a- a r inh nascido su c le d O . " JiHurin 1 I ( i t r er raí -a. Q l c erda l 1- dos O · dias inha falar a 11 .s-
-índ em II I da quel s en 'd opes \ 1 o 111' ;10 , o . 'L ndo, m.. co isa, nd as d uas iav íam se me ido? P r u ~ Unh am
às e2' co l praVtl para ela_ ~l em sabe vi ra 111 mdo da. d i. a lo tlld o pal ' do. . P.ln Ol a boneca negra, a r ai
du plicata s que a • C gan 1 Vi] d, fllh.1 j;1 I ~l lrr I , LI .I·nda b l itin lil, a l e só alta a um braço, arra r co u o ou tro,
fruto al ma troca q l e ela fi ze r'l n" :,>c:o li1: ltls podl. depo is a be e i:J_ pernas. Em r o C05 m im tos a one ~
s~ r tal ' -m a r e d e u se redo que l't 11.11 11" , l;(J Hado
I esta va t cst íd a; c l los rra n a os e o h O$ v· zad( . A ti-
nem par sua ilnlal, a NaiLa.. guri l a ptld ia . 'r UI ) ,] d - a meni ar Naí to] , que es ava 110 oorraco a J lado, cu
quel. t 1., qu • ~I . 11 via c m prad U I d e) os berro s da m:i , vo tatl am a. f-oi re i a t pa.s
a u e tir r da 1 e l m q ue ~ I a p ["( ·l}('.'i:i . Z'Ii... po r m a is :sa aoe) «; , S, il churrmdo pa • procura r zaí ta. l in ho] duas
ql e se sforçasse Ido and as lembr'lI ~I. '., u. o l ~ gula tr is eza. pa a ontar 'l s a irm ã· L Havia per r do uma
in ar como a figu rl n ha. flor in a ~c L m 'ldn $1.1 • • oi a u zaíla os va m uito. I. manh< Li ha apa lado
m~e de Z· {to] ardou pid':lIu '111 " o.... 1101 Cu , ma ti - fi lrlr~ ha deh41 ixo do travesseiro. Qu 'ria s' t I o pe ume
me no s. Te a se nsa ão de l 'r peld id n • Igulll ([llIh ' ír I o d p€rto. go lã Sélbi ma nde ta·, or... / ou Lra
upermercado. lmpo 'ível, 1• ,. ra ;) 11 ' LoI I . l 1 'li, 1'10 r1ào cois< era qU(~ a na <e es ilva bravil po r U' o Irin l'd . S
74 • I~
co EI o EV,,"RI S1 0
76
CO N l ÇÃ{) E""'"1\ 1 T() DI Ll X1.0
ba ou 'Se pel ado . ' urando os vos- Id a. F f i e e - . ntiu vo d de ml ar, Qua r d el ira
cor en , ·C en anc o até h ar 'L I < o d feto. Pela n cal ças. S a ãe lh e bt t a mpre por isso,
pr m eíra vez, depois d udo se embrou da ãe, Aind bem numa em d raiva . o ver o n er lno to lo
q ue aq i la I u a ti h a mOU do El sal i q e iavia ma la- n i jo, pu ou ' bírn b ínhe dele a té qua ar reb ar. di zia
do ti IHI er, Tinha vist tudo d ir iti n o. 1 por ia I ego pa ra c a os berro q e aq 110 e pa ra m ijar, para l ija r.
·C po r perto, que su p ita, de al "Uf. I . epo ís m ijar, 11 i i" r.o.
iro i a a ti 'le t ela, (>01 ls : ~L1 aram po r d r Tqu 1 'ao sen I I1 qu lc d ia vo lta v O, . O
e x á-lo in p 2... • e abi em . L 'o lm 0[1<1",3 . ue d e - q e era aqu ilo . Naqu ele d mãe h. vi pu xado a bimb -
xasse 1 ho m m solt . Não gosta va mesmo d: iãe. J nha d ' I '. A ra el em de. ~ perím a o n i a, TI-
n 1 m a lt ela f~ . ao t en ava a fala o d la. Dl, r i nl ui va do J ch u e no a o n ovos. E oía pa r cacet ,
para a escola! Dl, ao ala com meus omens t [ i, cu nasc Avo ad d mi jar se conf nd ia COI a a r. aquela época,
aq I.. v ocê nas ceu aqu i. mas dá um j ai to de 1 dar o :oi -u ca- n avi'! q u bimbínha só s rv ia p ra n íjar, m ijo r, l ilar.
m i bo i P ta safada qu VIV que nd ' [1 In. <1 víd pt:l rJ
t Auor não ! 1nh a ere ldo , lmbin h a S i t ns orrnado e 11
ele. epois, xnrco adian ta v . lo a p r Z 11" CCi eLai mes- p a u, ca cct 'o Há rito tempo hav d ) -rto '111 bim l-
mo. Lã for' , ou ro un do t mb ê e ra ma zn n: . . abla nha nr.m d , pé, lnh o utr J fazer. Tí r p rime ado
que tinha ma ta o Ci mãe, E dai" O qu e ele tin h a com isso? is o no:'> quar tos daq 1 ut s.
s pa rte e bt íxo d Di Li.' o doia . O d nte .on ün a l-o i ra m '1 no quar o o l o do de sua rnã , com un a
lat jar, . 'rá q ue I i' morrer? r á quc , or ' cima i. 11 enina da i I d e ele, q e como ele havia a 'do ali, que
se centrar co m a OI d ixo? r" q ue e ncon tr o er a ex ri 11 o I o primeiro p ze r a oi . Q ua do acabo
ma dor ó? udo, a morreu de er o n 1 • r t<J V OCl ca a ai da e fi o
Pen sou 110 al ega íno h a I
ns ' mia parar, ão conseguia pa ar o rr ijo. ijou-se odo.
ido mais SI rto do I ' ele. ·uglra. " an h a , ( n undo . Já i Lixã es va co 1 u ad de mijar. Qu ' ria I nt r
tính bas e empo que o s do ivid ia lll aq I spa ço, I: ão pod ia. ia soltar fi s i " 1 ão pod ia fazer, / ma .
De d a ra rn ul m pe lá ru , c, da q ual n li zar 110. . quela pu a. era be 1 ca t z d iver (? ovo e vir ca tlg; ·10 .
l co n travam -se all no cio da oi eo• ~ vezes - IlVl'rs'l m Apalpo I, io se m jeito e e l \ ' 'rgo la do, 35 part - doidas.
J[ llo . '{IlaVal de t\1 te d e li pCl i, men • r lãc. Dl d t · latejou tu nda I o ro fun do da ca, Dor de d cn-
Lix o achwa que a h i • ri d m ãe (1 0ut " devi<J < er a ava. I ão 5Jbla. ab po rém qu . i o rreL Mas isto
com , da ' a m. e, . e fio b a se gO:oi t<l\'t1 lll l ã 1 d o tl1 . m, çomo a morte d m ãe, pou i portân cla ln ha.
n ino . Tn ' 111 q uase mc.'ilna dad . { U1t.'11 n ;Lp ar de
I O nd s v, o desg < do do outro ? ó não ~ erl. mo r Cf
pequeno, tinh a q ua o rz anos. E c, no fIlês m l ~rinr. um t ão so ~ in h o .
dia ua lque r, tin h a fei to ( ui :re. Os pl il eiros t f . ba l ado r p.a:oi:sa \'a ap SJdos. Dl L -
d en d e O LLxã ICl te ja a con pas~Ld~1I 1 ntc. 1'.Ic e xão cv vo n ade de (haJ ar UI d ,] a silen cio o d e·
u la dor só. ,-\:) d res havia r se enco ral!o . [) ia ( " te. jo a gargan ta . O so l IHlIl 'i v i que nte. Ele, e ltre-
O< í mas part' de balx í.. o ódio. tern to , t r ia de frIo. J i um veLli ( ctlbeça, no pe to
79
78
CONCt:IÇ.\O E\lI\JlISTD LU UIIÃ
ela era I nda e q ue n. do is iam ser m II Iellzes. Havia ca- v aie 'a o a m ãe, Ora pel H irra d ria ue ava ca do
sais q ue respondia co ali " a ( le pr i .ava re ornar pa casa
I ul ta o de ve da), ou a nda, pelo in he ro, n o d seu
- .C ? E tam mnína do agora! tra a lh o. I ín ha si tomado po u m en íno ma o r... E
• os o i co . 'fi meloàs erdad -m en rír 5 ue tin l a inv n-
r ve c1do. lto l: io tp on '3: t d , Luml icí ia se de cobrin lo realm zn e tris l o tris f,
I
8 2 • •
C NC I Ç};O E VA ~ IS T O
Os amo e de Kirnb á
86
OS ...M ORE S ti BÁ
86 • •
CO N CEIÇÀQ v lU' T
o ( epo-
ma CIl ·
ra d r-
I Ú-
96
•
ent om bin os
de o no r er
n te ornblnan o de erl
ra s. vida é capim, at o, ll: o, é P le e cab Jo. É c ão é. va, ca nt a dia , com rant raiva,
. a viS( o de ca
I o 101
CO NC EIÇ.l.O EVA RISTO " GEln~ COMB INA tO S DE Ã ORR
1 0 04 •
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CO lCE çao EVA 11 I TO
A G re co I A r os /) N.\O O R. R
10 _
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Ayo w a ai gr ra o no 50 povo
I o , ai In tos, fi ' U , I a r, par os nossos pens arnen 05 c cen tro povoad o. 'ISoao dos corpo jovens d d c ' rados
so h05, pai a pa ra 41$ nossas OC SJ • nt os para nos a cru a pai gem m io corri et a d ían t e n sos olhos.
VOzes, O im rito , da r ç. , d e jo s pa ra O nossos corpo '. mila re da ida d u de • COn tt! r a érn, nenh ma
0$ mais velhos, cumu lado de tanto 50 men to. o lha- cri J ça CI ia , sem a C ega a do ' q l erros, ud piorou.
vam par a l as e do pa sad o na I rec nl ecl: IH no p en c. ve as partelras do povoado, an "i( ( e es rar por o.
u lu as, se fazer e . ber, udo ' 1reei, er e I crd do no vos nasci t s, -m nç. o, avi n d ístído ' U Im m t
tempo, O que fi zera , .n t o . era e clamar pela m or- de vi" r. Tlnh m percl; 'do na es s cz do pan os, qu ' S ras
te. . or Ins an e e le. pa r iam. E, c m a riste 1 d. alta mãos 50 tln lu m r ai a se en u de aparar a vida. I . h I_
d I ar 11 u mundo em qu e eles nao se recon hecia c ma arnili 1 1 fc. t java a es ra n ça q u re c1SC JlO su r s,
ne reco n l Iam ma is, mui 0$ se o ram. Dent r eles I 1 nto da prole, íanc s for 1 'sq idas, ücan o 10n fT
lem br d VÕ o '0, o q ie razía rd , de ti a d ora ão d s rim les, E os peque o " os ue j ' )i ' . ta ,
o afo t ma o. o velho bede r > l a nu L1 n çoado, e ou- c rn a nd a, d " ízal a qu vei p ra fJ<.~ r, la , a
tros e out rx . T os es av ai 1 íraqucc do s e esqu -cldos d ' proclu t! ra, yame, o c iado, I. ual r O uerrel ro, veran i,
ore q u traziat no signUi .ado d 'S lS pró prios 110m . O be m-vindo. s b .rn nov l hos , al 'lIns se IX la Oras ai .
J elh; s m Ih re s ta mbé m. Elas, que e p re ln ven ava m da na bo , s6 faziam io rar, Pran to em vão} ã que os pa i ,
Iorn as de e fi ntar e ve icer a do r, não acre d l avam mais cn tr gl es às suas p ró p rio tristezas, d prezavam a d li .
na ef . cia delas I puas. Como os 1 OI en , d esl rava m r 'b O '. O nos: ) povoa o ln fêrt ll rría .- míngua rnais
< potência que se acl ava resgu rd ac partir de Sl . s deno- e ma fs a ossa vi 1-' S iou a des P ira ·iU•••
m i aç .E iam vee i en '1 1 n te : -íd a que . uecess r oí te. q ua ndo re niamo. 'IU vo l a de u na o e ieíra
de las e que s íxasse p t ír, Fo co r esse', l do de • ni o ma is e c1nz s do qu de fogo, co m bust", o maior- vinha d e
qu' mui a dela em rccndeT<Hn <l d 'rradeira v a"cm: vov nossos lam en tos. E u de ' s ites d macambtlzia
Amin, a ífiç.l, tia Sele, a mulh r orle Ç()]n o l m el fa - fa a, d um esttltfo la l de baJ1Z0 , como se a dor J un a maIs
e, m e A~ nt wa', mulhe r de .r a llenelra, e • in 1 f ) c e <lJXI rt r d , nós, uma n uI r a a s jm'em da fes-
J
alik. , a I<J.i a. Co a id d nos sos nai dh s ficam~ f k4td~ rodei, l,rou . ~ ti boa fa . Bam ide c, a spcrança,
mais de alI para dos i a.' o que Iz.e par os no 50 jo- r u nClou que la t r Im 1 o.
v . , a nã ser" nossas I.r st·z s'! A r ir daq ~ o nto, não OU\'t: q 1 não fosse
até 'l 0 5 n ços, começo m a e
I
f :çu ndado pel. c pera \ <. do m que 8arnldeJe .razia o 5
mes o r 3 5 t Ol a -m d ize. Pu eram- e a ti de seu J omc. l tw:la a coa uni ad l ulherc ·, ho ne ns,
J
ao:; utrosJ a cn arem co ntm a pró r CI vida, () p ucos 'eJho s C) t e .a ln :l pers istia 1 vias.. algun ais
lid os maléficos ou a p iran do u m tipo de are ia 1 nha que. i~v 'n q e es<.'o lh · m n o filorr 'T , os peq u en in i l OS que
em P UCO$ dias a ll1lUl va e [ld urcd a denlro d CU5 plll-
J íU cJ n, o Jl l' n 'ido conla llh ( d s to ta lmc 1 c pe la ris-
l (kS. Ou 'nt, o c deixavam o er a "po t: s}md d la u m te . tod o
J cn "ra vid( r m d:J criança n O$ r d s r que LI
uq in bJ es 'ren te que u esse xistlr ou a vide :se ão gar. E an es, u ito antes de a rn os , a "'id'l d Je .
qu la, ( V' 'rem. .' S m es, d JS n01 s, chora" 1 no ava es 1I n li hil c1rc J r d' osso tem] o. Lá ' s t il VJ mai
112 • IB
O H( IÇ A0 EV RIS TO
84
CO CE I ao EV. RI5rO OS "'''011 1. DE KIMBÂ
~ o •
CO N e ·a À c) VA 15 o O ' A 10 Rf:S D 1(1 DÁ
um d [o j tenso por Kimb á a n ão tinha tido a co ra- íto. ão poderi a dize p r' nín , m to n eno
g m d e a ord ã·10 . TO dia em qu G l avo fal ou qUI:! ia pr r inc de íra. tê
senta-Ia a egro I ndo, H> h fi o se entus asm u, . ão ria ele qu e
v C I , ada dos exageros d -Ie. as co m poucos 11 r t IO , ria o sta do da rnoç •.
1 rirneiro lvez, ti ra a . ixo da. Uma c I c, av 11 e H ndo q ue diz iam n o
p eoc pa n o. TL 11. de resolv r sta q t est o soz in ha. I ão
podia 'qu c r e entre ela c ustavo havla um aro!" o
tácito . ada ciúmes, 1 ar a e dis p r e ue os d i r 50
um n volves com I ' rc iiro do o ro. Ma co m Ki bcí
l: ta va . n o dife rente. fio uport v. pens r nel d 'fado
re nd o e da ndo ca r n l 0$ r al u êm e nao f s - .\ .
o íor q re, ele q ue nt fi .ava tão sem [e to I a sít J ão,
é
Ora p r oi. tra Lta r, 'i.,. er, zer amor n . íural m ' J COI
os ois.
Kírn á jogou a àg a e . hão o c ' o esfre ando vio l
HCI a sujeír: como se
.ansa do do dLa dia no supermercado . e
no it co Beth e o rui o. ão a uen tav mal s, Ou era o
am igo li ra Beth. Eles 1 11:: dariam udo, c. so cl quisesse.
Tan o u co 10 o 1"0 já Lh haviam Ie to a p roposta, p ar.
que el d i ° sse d r' ba lhar e fosse m o rar e m ca s i ,
° dor. Deixar ti fav la. e' ar a mls éría. I i. 'ar a a-
mílía. , s rezas d e ó Lid urni a lhe i rrLtav n p ro mel rnen-
r . velha reza ra JOr t o por n da. Ecle não via mil. gre
ai rum. o v a n ada e b OI a ontecer co m d a o co m a
fam ília. av n e_ cera de mãe de pa que fo ram escravi-
ó
92 • .
')]
co . CEIÇÀQ 'i 11.15 "GEI'H CO MI3I1M 10 ' lE NÀ oR I{
A casa, o carro, a mesa, o uarda-ro upa . o pe le, tu do . a o is . condt da lQr dentro ti sap to, la n o ca 1 in lO da
ves tld o de n iva da ti de Carlos ~ lri l e ves tl todo o meia. E d epois ti. do ransíra 'LI d . ( ' em m ãos fclto que-
rnínho do altar. Atravessava de p OI ta a pon a o corredor 1. rl cade < i o en te e passa an I. m dia ld go b ri 'ou
un a rande ig ~ia. ': t o bom ver la. lao gost de r I da tu I 13 . ~ . melo . De j c In . I r ua nos d er teso
05 (me , ro I 5 em n otlcláríos ( ermo 1 'ela til o lto t o. Fak l do t lh ado, d os b co ito, do in nso
ai 'I ,é a rn i a ach a. i , me i b ro u ex. tam enr p i tde q ue, lã no fu nd o d a esco la o j a té nos n he ír s,
h o je, á CI ic o an os, me 1 Iil o :-cu o mo rr e cai I. ldago oci LIv' o r t. mbê 1 do tal o fi gico no p'::. de alguns ,
e ra t o oní o! r dia tra balh ar I el visã , fei a uelc ne- 0 5 a id fi 'a < I uros com ele. • ndaram ízer pata
10 q ue" tor, J dia ser can tor L<J m ' . '[1 h a o dun - . an- m ãe, que cui das se da ioca traido ra o filh o la. j ua
• v e assobl 'la tão bem q uan o ru rnenl o . FOI crcs mdo 'o r ada nao a la. Logo depoí he zr ra e P dl ram ( q ue
e ficar do ca a ve 131s cal ado, irrita o. brIgando s mpre a m c ta masse o pes e. U 1 me lno iaíor, qu l a cava
co m go e o m a irm B c . Tud o a mo lava Id a o. Lem br 'i a d v do a I a bala perd ida• . gu a.. . a co m as I ãos a boca
mus q uin na c ap ren com m i ha mãe c a 1\0 que a • ldag . E ou ro ou um vid ro d pi men ta P' a go-
ap ren deu om a ãe d ela. UI 1 dia Ida cant u a sim ara la (Ide (O daquel . qu • cul tivava língu a ven osa mente
m im: "uma mãe in ota t i g t>tl tt.', uma in~l - mola a ; t.'II I', Wil s lta. Pímen til no ' 0111 do s ( uros não rde. Aq uel ardeu
;/ imi TO amo (I ger te, , n ,oli itt! umolf. (1 geJJte" e foi di- ' T • os: olh e mãe e 3 é no meu.. Ela e lda o ch r: vam.
d o um I o r ao de coisa qu ai H lava vida d el . Acho I El as . tm e ita alv '7.. J fi al me I Irmão ã não ra l
pan Id o , mi ndo e ra s a mol ação . ino en te. Esta a com o ze a no s; eu tinha doze. E.1e já sab ia
O alcanc de suas palavras. Sab ia c o a cance falas co n o
E. , Icu, sei li o co do sl.-gr do . rn po 100 do saber q C]'I S. S palavr s, llS vez. " feriam egredos con e 'a-
basta. O saber co l pI mete, pe SQ U, Id íl. sabia. falo u. vam I la I delra a xo pa ra i do lá na d lega ia,
da nçou.. (C) TT I. Ferlu o ód h U ho ra , LI 1ala -ra dada,
I
palavra que ão se eso " p i • crita está n J ' I n a e é ca l tou a [ .dra e o e ired oi r n pld . A d is-
na alma ti .ada um. Ê pr tso traz r sempre a lllã <Ih r ; . raça vaz dos poro da terra . O rrn do x lode. res d
O o ú ~ lim po . T (I . ca u . Ida o me eu . Allás, er trai- mil Ir ãos a 'an I udo. ada ~ :tp <l , Tudo se orna ob etos
do r d esde me i o. Um b md ao, . '1 a o. N e ota, era to do ag r ; veI : gent " ca l ';a , bicho... : li vez s m' pego ass ta·
m ndo, u u quase to dos a deste lhar <I c. lna p r'd ar o di<m te da te\,· . r u ndo ex lo e c aq l mo . 1
a merend armõlze ada . Ur s b'am . o tro vi iavam. Só e rui ou o p hã d' iu • T toda a 1 oci ra. F ca amolada
q e[ [amo. (.) bis.co ito s, co n c r o ~m ececlenda, qu r c rh:J e pode ser um jogo I 'n o.. 6 i 1. o u nI. J rrane o
osso Premiar a ossa [OI e r ·or, a ci o m me o Da os do n[ da puta q ue m e traIu. Acerto as: e.mtas, i1
posterlor. . lã se era U 11 I o in( nt e ou m. tdoso . () o I- m n as. L "'o o co ncluid e,e t lTO ao b C'<JllJ . m c ta·
t o di dd c: áva os d car'd ( [)5 professo re . A d' tora se Ihei. Ele r ' ira () que "dele de ' Ive o q ue t: meu. o e n ~
desca lava t da. E a b a que r41 a m, ç. o do alu . a· er \' o ll ç~ o <llguma. cvo. Fa [t . A IV da o ou r c mio
b a La rnl ' n ue atgu 5 i l a m o utras ~uLl l a l l élS. TI ziiJm nh fvida. E? } a }<J rtam nto da chefia é JQ iLo . Ih<l nd
10 2 • I I
CO CE I~ o A G T E CO M O ' DE ' '' 0 OR
sei ex I .. r. 1 o ue se o rvi o sse ren e, ele daria u m ale ri a. feito o tro rno m to d 02.0 e m acon ece na
bom ri. L- ( ) . l'eço a v d a pa <I ar um bom te 11' 0 para le, ln fá ela. Eu L ' é! co n se i para se e anos e a a qu e
D rvl l: t á I r " por um üo. Puxo ass n t c IH I in as n i as pró rias mãos, um de tln o d e leite qu d n-
filh a. n c· · rre ad a fe ito ba de Quiabo. ça a e i h a b ca . inh mã e fi e C am ou de ornem.
Cuspi san l~ e. L pe baba rorn . costas da t ião, a J d
Porra, o c ra nan o t m ndo um pouco, mas cor ond i CIO elog io . Eu era u m
100 e . I ' um prazer in ten. ue rincou no I I l COr x.>
todo. Tive ate um p rin cí io d e 'y; o . Hoj e o u 10 raze r
desp zer fo rn a O meu co pt) po ntro po r fo ra.
ma la , o u mo r ' T. É lá no mar que ou ser mo ren te, ar-
-am ir, 1 r-amar} ma -m orrer t • É no p ofu do do r do,
guard rei pa sem} f as I ' >r. nças de r e u putinho
d di leta m -n h
1 0 (, I 7
co C I ~a EV"'R I~ l (
1•