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Aluno(a)(x): Nº.:

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JOVEM COM SÍNDROME DE DOWN É APROVADO EM curso de teatro da faculdade explica que diversas provas
UNIVERSIDADE DO RS GABRIEL NOGUEIRA INGRESSOU são desenvolvidas ao longo da vida letiva do concorrente.
NO CURSO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. ―O edital tem uma série de peculiaridades. Mas o positivo
EXEMPLO DE SUPERAÇÃO, ESTUDANTE FAZ PLANOS disso tudo é que mais pessoas estão tendo acesso às
PARA O FUTURO COM NAMORADA. universidades‖, fala Marina de Oliveira. Os professores e os
colegas de Gabriel também estão entusiasmados com a
convivência. ― Ele é muito carismático e espontâneo. O
maior desafio é dos próprios professores, já que é uma
novidade para todos. Estamos construindo novas formas
de relacionamento, de construir o conhecimento‖, retrata
a coordenadora. Em um curso dividido em três eixos,
pedagógico, prático e teórico, a maior dificuldade de
Gabriel, segundo sua mãe, será as matérias com caráter
Desde o dia 5 de março, os almoços da família Nogueira
mais subjetivo. ―Apesar de adorar filosofia, o desafio dele
ganharam uma alegria diferente em Pelotas, no sul do Rio
será na compreensão. Ele demora um pouco mais para
Grande do Sul. É na mesa, ao lado dos pais, que o
acompanhar as coisas‖, explica. Já no olhar do próprio
estudante Gabriel conta com empolgação cada detalhe de
aluno, estar na universidade tem sido um grande presente.
sua nova façanha: a aprovação para o curso de teatro na
―Eu acho interessante teatro. A matéria que mais gostei
Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). O jovem de 24
até agora é a de improvisação‖, conta. Na infância, Gabriel
anos tem Síndrome de Down e foi um dos selecionados
participou de algumas peças na escola. Amante de violão,
pelo Programa de Avaliação da Vida Escolar (Pave), que
lançou-se em 2011 na sua primeira interpretação no filme
analisa o currículo escolar dos alunos. "Está sendo uma
―Down City‖, que conta a história de uma pessoa que
emoção permanente", conta a mãe de Gabriel, Joseane de
nasce normal em uma cidade de portadores da Síndrome
Almeida, que vibra com cada uma das histórias que o
de Down. Com a vaga garantida na faculdade, o garoto
garoto traz das aulas. Em vez de isolar o menino, os pais
agora faz planos com a namorada. ―Comemoramos dois
optaram por outro caminho. Desde a infância, o jovem
anos em abril. Quero casar e constituir família‖, completa,
participou de atividades que despertassem sua
feliz, Gabriel.
criatividade e aptidões. Integrante de um projeto da Ufpel,
o Carinho, Gabriel fez aulas de natação e também de
dança. ―Sou faixa preta em Taekwondo‖, conta o
estudante que pratica a atividade há alguns anos. O
primeiro filho de um casal pelotense sempre estudou em
escolas normais. ―Ele nunca repetiu o ano, sempre foi
muito esforçado‖, diz Joseane. Quando sua irmã mais nova
decidiu cursar jornalismo, Gabriel entusiasmou-se com a
ideia e também quis virar calouro. ―A ideia foi dele. Nos
questionávamos se ele iria conseguir, mas ele não se deixa
intimidar, é de bem com a vida e conseguiu uma nota
suficiente para entrar‖. O Pave é um programa da Ufpel
paralelo ao Enem, que avalia o desempenho escolar
durante todo o ensino médio, possibilitando o ingresso de
diferentes pessoas na universidade. A coordenadora do
01. O fator que impulsionou Gabriel a tornar-se um (E) O preconceito sofrido por quem tem síndrome de
calouro da universidade foi Down.

(A) a aprovação de sua irmã mais nova em uma faculdade

de jornalismo.
(B) o fato de sempre ter estudado em escolas consideradas 5. O trecho “Ele é muito carismático e espontâneo. O
―normais. maior desafio é dos próprios professores, já que é uma
(C) participar de uma peça interpretando um personagem novidade para todos.” (linha 29) indica
de Down City.
(A) a comprovação do preconceito.
(D) provar para os colegas que seu plano era possível de ser
(B) a descrição da reação do jovem.
realizado.
(C) uma opinião do autor da matéria.
(E) poder obter uma vaga através de um programa para
(D) um pedido dos pais de Gabriel.
deficientes.
(E) um fato mencionado no texto.

02. O meio pelo qual ele teve acesso à universidade foi

6. O texto supõe sobre o jovem que
através do
(A) é impossível que ele continue tendo sucesso, pois no
(A) ENADE.
ensino superior exige-se mais dos alunos.
(B) ENEM.
(B) ele será um grande gênio das artes cênicas, já que
(C) PAVE
obteve êxito mesmo com limitações.
(D) ProUNI.
(C) há grande possibilidade de ele ter sucesso no ensino
(E) vestibular.
superior já que teve nos níveis anteriores.
(D) não há meios de supor nada sobre o rendimento de
03. No trecho ―O primeiro filho de um casal pelotense seus estudos no ensino superior.
sempre estudou em escolas normais. A palavra sublinhada (E) sua vida no ensino superior será um fracasso já que
pode gerar um significado socialmente inadequado, que possui limitações de conhecimento.
seria
7. Quanto ao tipo textual, esse texto é classificado como
(A) A escola é normal, pois há elementos que a
(A) descritivo.
caracterizam assim.
(B) dissertativo.
(B) A escola era para pessoas normais, tal como o Gabriel.
(C) informativo.
(C) Aquela escola foi feita para pessoas que têm Síndrome
(D) injuntivo.
de Down.
(E) narrativo.
(D) As escolas precisam ser adaptadas para pessoas
deficientes.
(E) Há ou deveria haver escolas para pessoas como
Gabriel. 8. Destaca-se entre as características do texto

(A) a defesa de um ponto de vista através de argumentos.

4. O assunto principal deste texto pode ser resumido pela (B) a descrição detalhada de objetos e ambientes.
frase
(C) a exposição de dados colhidos em uma pesquisa.
(A) A inclusão de um aluno com síndrome de Down no
(D) expõe fatos ocorridos em determinado tempo.
ensino superior.
(E) uma sequência de ordens para o leitor seguir.
(B) A participação de um aluno com síndrome de Down em
uma peça de colégio.

(C) A vida escolar de um aluno com síndrome de Down.

(D) Como funciona o sistema PAVE de acesso ao ensino

superior.
9. No trecho: “...foi um dos selecionados pelo Programa
de Avaliação da Vida Escolar (Pave), que analisa o
currículo escolar dos alunos.” (linhas 5 e 6) a palavra
sublinhada é um elemento coesivo que retoma a ideia
expressa na seguinte palavra
(A) currículo escolar.
(D) selecionados.
(B) jovem.
(C) Pave.
(E) Síndrome de Down.
10. A tese defendida nesse texto é
(A) As universidades não podem em nenhuma hipótese
recusar a matrícula de quaisquer alunos.
(B) O Pave é uma ferramenta de inclusão de alunos que
possuem determinadas deficiências.
(C) Os alunos com Síndrome de Down ficam sempre
empolgados quando entram nas universidades.
(D) Todos, independente de suas limitações, devem
receber oportunidades de inclusão.
(E) Todos os indivíduos com síndrome de Down
possuem inclinações para Artes Cênicas.
Observe esta charge de Novaes.
11. A finalidade dessa charge é
(A) criticar a violência urbana à qual o país está
submetido.
(B) denunciar a situação precária das habitações
brasileiras.
(C) denunciar a ação da polícia, que deveria proteger a
população e não matar inocentes.
(D) elogiar o Ibama por manter animais silvestres em
locais seguros.
(E) fazer uma crítica ao sistema penitenciário do Brasil.
12. A crítica feita na charge acima se refere
(A) à substituição das pessoas pela Chapeuzinho
Vermelho.
(B) à Chapeuzinho Vermelho ter sido vítima de bala
perdida.
(C) ao erro na ação dos policiais e no relato dos
acontecimentos.
(D) ao fato do lobo ter conseguido fugir do cerco policial.
(E) ao fato dos policiais terem salvado a Chapeuzinho
Vermelho.
13. Sobre a imagem da charge acima, pode-se afirmar que
(A) se tentou criar uma propaganda para combater uma
ideia.
(B) há elementos suficientes para que se transmita uma
mensagem.
(C) não há um texto, pois não há frases que transmitam
uma mensagem.
(D) não é um texto, pois não há parágrafos, frases e
expressões.
(E) pode ser considerada um texto, pois há palavras
suficientes para isso.
14. Sobre os elementos da charge, é correto dizer que
(A) aparecem exclusivamente imagens.
(B) há elementos verbais e não-verbais.
(C) não há elementos textuais.
(D) possui apenas elementos verbais.
(E) somente aparecem elementos não-verbais.
Leia o texto abaixo para responder as questões 15 a 20.
O PROBLEMA DOS 35 CAMELOS
Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção,
quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na
qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs
em prática as suas habilidades de exímio algebrista.
Encontramos, perto de um antigo abrigo meio
abandonado, três homens que discutiam acaloradamente
ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e
impropérios gritavam possessos, furiosos:
— Não pode ser! — Isto é um roubo! — Não aceito! O
inteligente Beremiz procurou informar-se do que se
tratava.
— Somos irmãos - esclareceu o mais velho - e recebemos
como herança, esses 35 camelos. Segundo a vontade
expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu
irmão Hamed Namir uma terça parte e ao Harim, o mais
moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos,
porém, como dividir dessa forma 35 camelos e a cada
partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois
a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a — Poderás agora, meu amigo, continuar a viagem no teu
terça parte e a nona parte de 35 também não são exatas? camelo manso e seguro! Tenho outro, especialmente e
— É muito simples - atalhou o Homem que Calculava. para mim! E continuamos a nossa jornada para Bagdá.
- Encarrego-me de fazer, com justiça, essa divisão, se Retirado do livro ―O homem que calculava‖, de Malba
permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este Tahan.
belo animal que, em boa hora, aqui nos trouxe! Neste
ponto, procurei intervir na questão: 15. Quanto ao tipo textual, esse texto é classificado como
— Não posso consentir em semelhante loucura! Como (A) descritivo.
poderíamos concluir a viagem, se ficássemos sem o (B) dissertativo.
camelo? (C) informativo.
— Não te preocupes com o resultado, ó Bagdali! - (D) injuntivo.
replicou-me em voz baixa Beremiz. (E) narrativo.
— Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu
camelo e verás no fim a que conclusão quero chegar. Tal 16. Destaca-se entre as características do texto
foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive (A) a defesa de um ponto de vista através de argumentos.
dúvida em entregar-lhe o meu belo camelo, que, (B) a descrição detalhada de objetos e ambientes.
imediatamente, foi reunido aos 35 ali presentes, para (C) a exposição de dados colhidos em uma pesquisa.
serem repartidos pelos três herdeiros. (D) o desenvolvimento de ações por personagens.
— Vou, meus amigos - disse ele, dirigindo-se aos três (E) uma sequência de ordens para o leitor seguir.
irmãos - fazer a divisão justa e exata dos camelos que são
agora, como veem, em número de 36. E, voltando-se para 17. Durante a conversa com os três herdeiros, Beremiz
o mais velho dos irmãos, assim falou: tentou demonstrar
— Deverias receber, meu amigo, a metade de 35, isto é, (A) esperteza em benefício próprio.
17 e meio. Receberás a metade de 36 e, portanto, 18. (B) honestidade e inteligência.
Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando (C) indiferença aos problemas alheios.
com esta divisão! E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, (D) interesse por explicar o lucro que teria.
continuou: (E) revolta com os problemas sociais.
— E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35,
isto é, 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é, 12. 18. Percebe-se no fim da negociação que Beremiz na
Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível verdade foi
lucro na transação. E disse, por fim, ao mais moço: (A) ardiloso.
— E tu, jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu (B) corajoso.
pai, deverias receber a nona parte de 35, isto é, 3 e tanto. (C) honesto.
Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 4. O teu lucro (D) irresponsável.
foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo (E) matreiro.
resultado! E concluiu com a maior segurança e
serenidade: 19. O nível de linguagem empregado foi
— Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir - predominantemente
partilha em que todos os três saíram lucrando - couberam (A) culto.
18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o (B) formal.
que dá o resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 (C) informal.
camelos, sobraram, portanto, dois. Um pertence, como (D) relaxado.
sabem, ao Bagdali, meu amigo e companheiro, outro toca (E) vulgar.
por direito a mim, por ter resolvido, a contento de todos,
o complicado problema da herança! 20. No trecho “― Nada tens a reclamar, pois é claro que
— Sois inteligente, ó Estrangeiro! - exclamou o mais velho saíste lucrando com esta divisão!” o sentimento que
dos três irmãos. - Aceitamos a vossa partilha na certeza Beremiz queria despertar no herdeiro mais velho era de
de que foi feita com justiça e equidade! E o astucioso (A) admiração.
Beremiz - o Homem que Calculava - tomou logo posse de (B) compaixão.
um dos mais belos camelos do grupo e disse-me, (C) desinteresse.
entregando-me pela rédea o animal que me pertencia: (D) indiferença.
(E) raiva.
 GABARITO
1 A
2 C
3 E
4 A
5 E
6 C
7 E
8 D
9 C
10 D
11 C
12 C
13 B
14 B
15 E
16 D
17 B
18 A
19 B
20 B