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PROCEDIMENTO Data: 24/10/2019

OPERACIONAL
PADRÃO POP Nº 004

COLETA MICOLÓGICA
Elaboração: Anna Gabrielle Verificação: Laís Soares
Marraccini

LABORATORIO EVERDEEN
Rua Presidente Neves, 76 – Distrito Treze CEP 30987-000 – Belo Horizonte , MG – telefone: 3345 – 6754

OBJETIVO
Descrever a execução correta, de acordo com os padrões e medidas de
segurança para a coleta de material micológico em amostras de pele, unhas,
couro cabeludo, membranas mucosas, ouvido, olho e amostras subcutâneas.
PROCEDIMENTO
O processo se inicia, com a chegada do paciente à recepção, onde serão
coletados seus dados e apresentados os exames solicitados a serem
realizados.
Para a execução deve – se, antes de tudo, realizar a antissepsia das mãos.
Em seguida pegar o material necessário para o procedimento, sendo: bisturi
pequeno ou lâmina de bisturi, pinça e depilação, estiletes, tesouras, lâminas
de microscopia, placas de Petri, frascos, tubos de ensaio com salina
esterilizada, swabs, fita adesiva – Scotch 3M. O material varia de acordo
com a coleta requisitada.
Com isso, apresentar – se ao paciente, checar e conferir com ele os dados
de identificação e orienta – lo sobre o procedimento.
Pele: deve – se fazer a assepsia do local e colher o material através do
processo de raspagem utilizando, preferencialmente, uma lâmina de bisturi
descartável ou com a borda da lâmina de vidro de microscopia, muito
limpa; deve-se colher, raspando em vários pontos da lesão, procurando as
bordas das lesões mais recentes onde o fungo se encontra em crescimento
ativo. Não é necessário fazer raspagem profunda porque o fungo se
encontra na camada mais superficial da pele chamada córnea, e uma
amostra úmida, favorece o desenvolvimento de bactérias e fungos
contaminantes. Nos casos em que não há escamas aparentes, procura-se
raspar bem o local e apelar para a técnica da fita adesiva.
Nas lesões cutâneas com vesículas (bolhas pequenas) e pústulas (bolhas
pequenas inflamadas com pus) faz-se punção com seringa e agulha ou
pressiona-se com o swab, dispondo a amostra em tubo contendo salina. O
teto das vesículas (pele que cobre as vesículas) deve ser retirado com pinça
de depilação.
Se o paciente tiver “frieira” (lesão úmida) entre os dedos das mãos ou pés,
colher a amostra com swab acondicionando em tubo com salina. Se a lesão
for seca, descamativa fazer duas lâminas com durex e tentar obter por
raspagem, em placa as escamas, usando lâmina de microscopia ou bisturi.
Nas lesões inguinais, inguino-crurais ou axilares, como são regiões de
dobras, geralmente encontram-se úmidas, fazendo-se necessária a assepsia
com álcool a 70%. Deixar a região secar um pouco e tentar raspar a pele.
Colher também em salina, e fazer duas lâminas com durex tentando obter
pêlos (raros) presos na fita. Na lesão anal e perianal, além de colher a
amostra na salina, fazer duas lâminas com durex.
Unhas: Deve-se retirar esmaltes pelo menos 2 dias antes da coleta. Após a
assespsia do local colhe-se: fragmentos de unha, por raspagem; o material
que se deposita embaixo da unha. Desprezar sempre o material mais
superficial.
Couro cabeludo: os cabelos do paciente devem estar limpos e secos antes
da coleta. As amostras de lesões no couro cabeludo devem ser obtidas
através da raspagem do local. Raspam-se as escamas com bisturi cego ou
lâmina de microscopia. A amostra deve conter tocos de cabelo, o conteúdo
dos folículos tapados e as escamas de pele. Os cabelos devem estar limpos
e secos.
Membranas mucosas: Para as infecções de boca ou vagina, o raspado com
lâmina de bisturi ou espátula, nas partes afetadas (áreas com eritema e/ou
placas brancas), é melhor do que o swab, se o material for processado
imediatamente.
No caso de coleta vulvar/vaginal, o swab (sempre embebido em salina ou
água estéril) é o mais adequado. Não esquecer que o swab tem que ser
mantido úmido até ser processado o exame.
Ouvidos: A raspagem do material é a mais indicada, mas o swab também
pode ser utilizado.
Olhos: Deve ser solicitado meio de cultura ao laboratório e o material
retirado das áreas de ulcerações e supurações pelo oftalmologista deve ser
inoculado imediatamente no meio. Lágrima e fluídos podem se coletados
com pipeta plástica estéril.
Amostras subcutâneas: Aspirado do pus e/ou biopsia, são os mais
apropriados para o exame. O pus é coletado assepticamente de abscessos
não drenados com uma agulha estéril em seringa. Após a coleta, retirar a
agulha com uma pinça e passar o material para um frasco estéril. Se algum
grão for visível no pus, este deve ser incluído na amostra.
Obs.: No dia da coleta, o paciente pode e deve fazer a higiene corporal
normal. Entretanto, não é permitido o uso de cremes, loções, pomadas, ou
outras substâncias gordurosas, pois além de formarem artefatos
dificultando a detecção de estruturas fúngicas, impede o isolamento dos
fungos.

FLUXOGRAMA DO FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO

REALIZAÇÃO DA COLETA DE
ACORDO COM OS PADRÕES

IDENTIFICAÇÃO DO DESCARTE ADEQUEADO


PACIENTE DOS MATERIAIS
UTILIZADOS
RECEPÇÃO
ORIENTAÇÕES SOBRE O ENCAMINHAMENTO DAS
PROCEDIMENTO AMOSTRAS PARA ANÁLISE

Local: Laboratório de Coleta


Frequência de atualização: Anual
Forma que será gerado (digital ou físico): digital no site do laboratório
O físico será disponível na recepção e no laboratório de coleta de
sangue. Este procedimento será afixado em cada um dos locais citados
acima.
Gestor: Anna Gabrielle Marraccini
REFERÊNCIAS
http://www.hupe.uerj.br/hupe/Administracao/AD_coordenacao/AD_Coorden_public/POP
%20CDC.%20044.COLETA%20DE%20SANGUE%20VENOSO.pdf
http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=172
http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?mode=PRINT_VER

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