Você está na página 1de 49

PREFEITURA MUNICIPAL DE BAYEUX

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


CENTRO DE REFERÊNCIA E INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

CURSO DE LIBRAS

MÓDULO I
BAYEUX
2022

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
1
CURSO DE LIBRAS
MÓDULO I
2022

Professora Ana Claúdia Rosa


Ministrante

Luciene Gomes
Prefeita de Bayeux

Jerônimo Figueiredo
Secretário de Educação

Mª Carlúcia Soares
Diretora Geral do CRIS

Isabelle Lins
Diretora Adjunta do CRIS

Rosângela Medeiros
Coordenadora do CRIS

MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSOR ANA CLAÚDIA ROSA


PROIBIDO REPASSE!
MATERIAL INDIVIDUAL!

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
2
SUMÁRIO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS:


O QUE É LIBRAS
QUEM SÃO OS SURDOS E QUEM SÃO OS
OUVINTES
CULTURAS E IDENTIDADE
ALFABETO MANUAL
NÚMEROS
PRONOMES
SAUDAÇÃO
CALENDÁRIO
FAMÍLIA/ PESSOAS
VERBOS
ADVERBIOS DE TEMPO
CORES
MEIOS DE TRANSPORTES
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
ANIMAIS
FRUTAS
ELEMENTOS NATURAIS
TIPOS DE FRASES
ANEXOS
REFERÊNCIAS

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
3
O que é LIBRAS?

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS define a Língua


Brasileira de Sinais – LIBRAS como a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá
ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. Como
língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática,
semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os requisitos científicos
para ser considerado instrumento lingüístico de poder e força. Possui todos os elementos
classificatórios identificáveis numa língua e demanda prática para seu aprendizado, como qualquer
outra língua. (...) É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela linguística.

Segundo SÁNCHEZ (1990:17) a comunicação humana “é essencialmente diferente e


superior a toda outra forma de comunicação conhecida. Todos os seres humanos nascem com os
mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os desenvolvem normalmente,
independentes de qualquer fator racial, social ou cultural”. Uma demonstração desta afirmação se
evidencia nas línguas oral-auditiva (usadas pelos ouvintes) e nas línguas viso-espacial (usadas
pelos surdos).

As duas modalidades de línguas são sistemas abstratos com regras gramaticais. Entretanto,
da mesma forma que as línguas orais-auditivas não são iguais, variando de lugar para lugar, de
comunidade para comunidade a língua. De sinais também varia. Dito de outra forma: existe a
língua de sinais americana Inglesa, francesa e varias outras línguas de sinais em vários países, bem
como a brasileira.

A estrutura da língua brasileira de sinais é constituída de parâmetros primários e


secundários que se combinam de forma sequencial ou simultânea. Segundo brito (1995, p. 36 – 41)
os parâmetros primários são:

A) Configurações das Mãos: em que as mãos tomam as diversas formas na realização de


sinais. De acordo com a autora, são 46 configurações de mãos na língua brasileira de sinais;

B) Ponto de Articulação: que é o “espaço em frente ao corpo ou uma região do próprio


corpo, onde os sinais são articulados. Esses sinais articulados no espaço são de dois tipos, os que
articulam no espaço neutro diante do corpo e os que se aproximam de uma determinada região do
corpo, como a cabeça, a cintura e os ombros”; (brito, 1995).

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
4
C) Movimento: que é um “parâmetro complexo que pode envolver uma vasta rede de
formas e direções, desde os movimentos internos da mão, os movimentos do pulso, os movimentos
direcionais no espaço até conjuntos de movimentos no mesmo sinal. O movimento que as mãos
descrevem no espaço ou sobre o corpo pode ser em linhas retas, curvas, sinuosas ou circulares em
várias direções e posições”. (brito, 1995)

D) Expressões Faciais: “muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima, têm
como elemento diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, traduzindo sentimentos e
dando mais sentido ao enunciado e em muitos casos determina o significado do sinal” (silva, p. 55,
2002). Ou seja, podem expressar as diferenças entre sentenças afirmativas, interrogativas,
exclamativas e negativas.

QUEM SÃO OS SURDOS E QUEM SÃO OS OUVINTES?

Antes de começarmos nossa caminhada para o aprendizado da língua brasileira de sinais é


importantíssimo que você compreenda que esta língua não é a língua de um país, mas, é a língua de
um povo que se autodenomina de povo surdo. Os Surdos deste povo são pessoas que se
reconhecem pela ótica cultural e não medicalizada possuem uma organização política de vida em
função de suas habilidades, neste caso a principal é a habilidade visual, o que gera hábitos também
visuais e uma língua também visual.

No entanto, a palavra – surdo – possui vários sentidos. O mais usado é aquele ligado à ideia
de doença, de falta, de incapacidade, de deficiência. Nem todos os surdos se identificam como
surdos há aqueles que ouvem pouco e/ou usam a oralidade identificando como deficientes
auditivos, outros com o mesmo histórico preferem identificar como surdo, logo não se tem uma
definição exata do termo.

Neste curso quando nos referimos aos surdos, estamos nós referindo àqueles que utilizam a
LIBRAS assim como você utiliza a língua portuguesa. Os surdos para identificar aqueles que não
são surdos costumam perguntar: _ você é ouvinte? Assim o termo ouvinte.

Talvez não tenha ficado claro o suficiente quem são os surdos e quem são os ouvintes, mas
com certeza gradativamente com o decorrer do curso você compreenderá o significado tais termos.

CULTURAS E IDENTIDADES

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
5
Quando falamos sobre cultura muitas coisas podem vir a nossa mente, há diferentes culturas
e diferentes modos de conceituar cultura, depende do espaço onde ela é discutida. Aqui, neste
espaço lingüístico, usamos o termo cultura para expressar “jeitos de ser e estar no mundo”, e
ressaltaremos a todo o momento os jeitos de ser e estar no mundo do povo surdo, ou seja, a cultura
surda. Sobre cultura surda podemos dizer com as palavras de Sá (p.01, 2006) que “cultura”, neste
texto, é definida como um campo de forças subjetivas que dá sentido(s) ao grupo”. No século xxi,
mais do que nunca, tem-se dado extremo valor à estética do corpo e da linguagem, mesmo que
ocultamente tem se mantido o paradigma da alta e da baixa cultura. O discurso que ecoa é que
surdas são pessoas deficientes, que precisam entrar na linha da normalização, precisa urgentemente
ser igual à maioria, precisam falar ver, ouvir, andar fazer parte de uma cultura dita padrão para
então serem considerados incluídos na sociedade. O embate acontece exatamente porque existe
um campo de forças subjetivas que dá sentido(s) ao grupo, ou seja, existe a cultura surda e é a
língua de sinais a marca subjetiva que dá sentido(s) a esta cultura. Os surdos são organizados
social e politicamente, possuem um estilo de viver que é próprio de quem usa a visão como meio
principal de obter conhecimento. A cultura surda é também híbrida e mestiça, pois não se encontra
isolada no mundo, está sempre em contato direto com outras culturas e evolui da mesma forma que
o pensamento humano. Há narrativas normalizastes que põem os surdos como pessoas sub-
culturais relatando que:

Acho que os surdos não têm uma cultura própria, têm apenas algumas
adequações. (...) Os surdos interagem com outros surdos, porque eles se
entendem na sua linguagem, e se afastam dos ouvintes pela falta de
compreensão, dando a ilusão de ter uma cultura própria.

A contradição acontece nas narrativas surdas, elas revelam que pessoas surdas não vivem
de adaptação ou reabilitação, vivem em evolução, criam meios de ser e de estar no mundo, como
qualquer ser humano faz. Possuem a necessidade de estar em permanente contato com outros
surdos, não porque os ouvintes não os compreendem, mas pela força da identificação cultural, pela
força da subjetividade que os atrai como um imã da mesma forma que acontece com outros grupos
sociais. Para compreender por que existe uma cultura surda é fundamental entrar em contato com
esta cultura deixando de lado preconceitos que se costuma fazer antes de conhecer, seja aberto ao
novo e torne-se um ser plural.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
6
LEIS PARA OS SURDOS E LIBRAS NO BRASIL

1 - Lei nº 14.191

Foi sancionada, no dia 03 de agosto de 2021, uma lei que dispõe sobre a modalidade de
educação bilíngue de surdos. A Lei nº 14.191 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), no âmbito do artigo 3º, incluindo que deve ser respeitada a diversidade humana, linguística,
cultural e identitária das pessoas surdas, surdocegas e com deficiência auditiva sinalizantes. A lei
determina que, quando necessário, haverá serviços de apoio educacional especializado, como o
atendimento educacional especializado bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos
estudantes surdos.

2 – Lei de nº 10.436

No que diz respeito às leis para surdos e Libras no Brasil, essa é considerada uma das mais
importantes. Ela foi oficializada no dia 24 de abril de 2002 e fala a respeito da Língua Brasileira de
Sinais (Libras). A publicação dessa lei consiste em uma das conquistas mais celebradas dos surdos
brasileiros. Por meio dela, foram possíveis grandes avanços no campo do ensino e difusão da Libras
em todo Brasil.

3– Lei de nº 12.319

Com tema relacionado aos surdos, essa lei oficializada no dia 1 de setembro de 2010, veio
regulamentar a profissão de tradutor e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
No campo da Libras, ela é considerada uma das mais importantes, já que trouxe o necessário
reconhecimento e maior segurança aos profissionais que atuam como tradutores/intérpretes de Libras.
Essa lei abriu portas para a criação e realização de cursos que ensinam essa língua de sinais.

4 – Lei de nº 8.160

Essa foi uma das primeiras leis para os surdos e Libras no nosso país. Ela foi oficializada em
8 de janeiro de 1991.
Por meio dessa lei foi possível caracterizar o símbolo que permite a identificação das pessoas
que apresentam surdez.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
7
5 – Lei de nº 4.309

Entre as leis para os surdos e Libras, essa é outra das que estão associadas ao campo da
educação. Ela trata sobre o ingresso de surdos nas universidades públicas estaduais brasileiras.

6 – Lei de nº 11.796

Publicada no dia 29 de outubro de 2008, essa lei oficializou em todo território brasileiro o Dia
Nacional dos Surdos.Com isso, esse dia passou a ser comemorado todos os anos, em 26 de setembro.

7– Lei de nº 10.098 de 2000

Com relação às leis para os surdos e Libras aqui no Brasil, essa é considerada pela
comunidade surda como uma das mais relevantes.
Oficializada em 19 de dezembro de 2000, essa lei trata de várias questões sobre acessibilidade.
Essa lei define critérios básicos e normas gerais com o intuito de favorecer a acessibilidade das
pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou que apresentem mobilidade reduzida.

8– Lei de nº 4.304 de 2004

Essa lei para os surdos e libras foi oficializada no dia 7 de abril de 2004. Ela trata sobre o uso
de recursos visuais, destinados às pessoas surdas, na veiculação de propaganda oficial.
Essa lei foi de grande importância para ampliar o uso da comunicação em Libras por diversos
canais televisivos.

9 – Lei de nº 10. 845

Oficializada em 5 de março de 2004, o intuito dessa lei foi criar o Programa de


Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência.

11 – Decreto de nº 5.626

Esse decreto foi oficializado no dia 22 de dezembro de 2005. Ele foi feito com o intuito de
regulamentar a Lei nº 10.436, que trata sobre a Libras.

12 – Decreto de nº 2.592

Datado de 15 de maio de 1998, esse decreto conferiu aprovação ao Plano Geral de Metas para a
Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
8
Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado
no Regime Público.

13 – Decreto de nº 3.298

Oficializado em 20 de dezembro de 1999, esse decreto define uma tabela com o intuito de
enquadrar as pessoas portadoras de deficiência conforme determinadas categorias estabelecidas.

14 – Resolução de nº 25 de 2008

Essa resolução que foi publicada em 26 de fevereiro de 2008 oferece cumprimento ao conteúdo
do artigo 1º da Lei de nº 12.522, oficializada em 2 de janeiro de 2007.

15 – Resolução de nº 734 de 1989

Essa resolução foi elaborada pelo Contran – Conselho Nacional de Trânsito. Ela traz detalhes
sobre todas as questões associadas ao direito dos surdos de obter a CNH – Carteira Nacional de
Habilitação e dirigir.

16 – Portaria de nº 1.679 de 1999

Oficializada em 2 de dezembro de 1999, essa portaria menciona os requisitos de acessibilidade


de pessoas que são portadoras de deficiência.
O objetivo é oferecer instrução para os processos que autorizam e reconhecem os cursos e
credenciamento de instituições.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
9
FONTE: GOOGLE IMAGENS

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
10
O que significa de datilologia?

É um recurso das línguas de sinais que utiliza as mãos para representar o alfabeto das línguas
orais. Cada letra ou número são representadas por configurações de mão específicas.
O Alfabeto Manual também é conhecido como Alfabeto Digital, Datilologia ou Dactilologia.

CADEADO
BOLA
BONECA
COPO
SALADA
MESA
CADEIRA
GARRAFA
SACOLA

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
11
FONTE: GOOGLE IMAGENS

345
123
56
90
202

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
12
CULTURASURDA
Você sabia que o “batismo” do sinal pessoal faz parte da Cultura Surda?

QUAL SEU NOME? AGORA PENSE NO SEU SINAL?

FONTE: GOOGLE IMAGENS

Todas as pessoas podem ter seu sinal em Libras. O ato de “dar um sinal” a uma pessoa recebe o
nome de batismo. Uma pessoa possuidora de um sinal próprio, sempre que for apresentada a um surdo,
soletrará seu nome através da datilologia, ou seja, soletrar cada letra do seu nome por meio do alfabeto
manual e em seguida apresentará o seu sinal pessoal.
Este sinal deve ser criado e é dado por um surdo, sendo antiético ser batizado por um ouvinte,
pois o batismo faz parte da Cultura Surda. O surdo, após observar as características da pessoa e
conversar com ela, irá atribuir o sinal de identificação pessoal, não podendo mais ser alterado.
Este sinal é usado como uma forma mais prática e visual de identificação das pessoas dentro da
comunidade surda e ouvintes na sociedade.
O sinal é atribuído a partir da observação de três aspectos principais:
▪ Característica física;
▪ Comportamento marcante, manias;
▪ Apelido.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
13
Pronomes Pessoais

A LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso:

Primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4NÓS-
GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S;

•Primeira Pessoa do Singular: EU


Apontar para o peito do enunciador (a pessoa que fala)

Figura 1: Libras em Contexto

Figura 2: Libras em Contexto²

1
imagens ilustradas Libras em contexto
2 imagens ilustradas Libras em contexto

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
14
•Segunda Pessoa do Singular: VOCÊ

Figura: Libras em Contexto¹

VOCÊ
Apontar para o interlocutor (a pessoa com quem se fala)

• Segunda Pessoa do Plural: VOCÊ-2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊ-TOD@:

Figura 4: Libras em Contexto²

Figura 5: Libras em Contexto³

¹ imagens ilustradas Libras em contexto


² imagens ilustradas Libras em contexto
³ imagens ilustradas Libras em contexto

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
15
Terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@S-
GRUPO, EL@S/EL@S-TOD@S:

Figura 6: Libras em Contexto


Figura 6: Libras em Contexto¹

PRONOMES POSSESSIVOS

Os pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, também não possuem marca


para gênero e estão relacionados às pessoas do discurso e não à coisa possuída, como acontece em
português:
Para a primeira pessoa: MEU, pode haver duas configurações de mão: uma é a mão aberta com
os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a configuração da mão em P com o
dedo médio batendo no peito - MEU-PRÓPRIO. Para as segunda e terceira pessoas, a mão tem esta
segunda configuração em P, mas o movimento é em direção à pessoa com que se fala (segunda pessoa)
ou está sendo mencionada (terceira pessoa).
Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quadrial e plural (grupo),
nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes.
Exemplo: NÓS FILH@, "nosso(a) filho(a)”

Figura 7: Libras em Contexto²

¹ imagens ilustradas Libras em contexto


² imagens ilustradas Libras em contexto

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
16
PRONOMES INTERROGATIVOS
Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da frase, mas o
pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está sendo usado com o sentido de "quem
é" ou "de quem é" são mais usados no final. Todos os três sinais têm uma expressão facial
interrogativa feita simultaneamente com eles.
Na variante do Rio de Janeiro, o pronome interrogativo QUEM, dependendo do contexto, pode
ter duas formas diferentes, os sinais QUEM e o sinal soletrado QUEM. Se quer perguntar "quem está
tocando a campainha", usa-se o sinal QUEM; se quer perguntar "quem faltou hoje" ou “quem está
falando" ou ainda "quem fez isso", usa-se o sinal soletrado QUEM, como nos exemplos abaixo:

1-QUEM

QUEM NASCER BAYEUX?


QUEM FAZER ISSO?

PESSOA, QUEM-É?

CANETA, DE-QUEM-É

QUEM-É?

Interrog.

2-Q-U-M

Q-U-M TER LIVRO?

Q-U-M FALAR?

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
17
Figura 8: Libras em Contexto

Figura 9: Libras em Contexto

Figura 10: Libras em Contexto

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
18
CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência
Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
19
SAUDAÇÃO
Em todas as línguas há o ritual da saudação. Dependendo do contexto, esse cumprimento será
mais formal ou informal e geralmente é complementado por gestos. A LIBRAS tem também sinais
específicos para cada uma dessas situações. Assim pode-se utilizar os seguintes sinais: BO@ D-I- A,
BO@ TARDE, BO@ NOITE, O-I, TCHAU, acompanhados os não de gestos para cumprimento:

Figura: Saudação 1 Figura: Saudação 2

Figura: Saudação 3

Figura: Saudação 4 Figura: Saudação 5 Figura: Saudação 6 Figura: Saudação 7

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
20

Figura: saudação 8 Figura: saudação 9 Figura: saudação 10

Figura: saudação 11 Figura: saudação 12

VOCÊ
CONHECER
PRAZER BOM CONHECER
VOCÊ
Figura: Saudação 13 Figura: Saudação 14 Figura: Saudação 15 Figura: Saudação 16

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
21
CALENDÁRIO

DIAS
DA
SEMANA

Figura: calendário 1 Figura: calendário 2

Figura: calendário 3 Figura: calendário 4 Figura: calendário 5

DOMINGO SEGUNDA – FEIRA TERÇA-FEIRA

Figura: calendário 6 Figura: calendário 7 Figura: calendário 8 Figura: calendário 9

QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
22
MESES DO ANO

Figura: calendário 10 figura: calendário 11

MÊS ANO

Figura: calendário 12 figura: calendário 13 figura: calendário 14 figura: calendário 15

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

Figura: calendário 16 figura: calendário 17 figura: calendário 18

MAIO JUNHO JULHO

Figura: calendário 19 figura: calendário 20 figura: calendário 21 figura: calendário 22 figura calendário 23
AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
23
ADVÉRBIO TEMPO

Figura: Advérbio tempo 1 Figura: Advérbio tempo 2 Figura: Advérbio tempo 3 Figura: Advérbio tempo 4 Figura: Adv tempo 5

TEMPO MANHÃ TARDE NOITE MADRUGADA

Figura: Advérbio tempo 6 figura: Advérbio empo 7 Figura: Advérbio tempo 8 figura: Advérbio tempo 9

D.I.A (DATA) FÉRIAS FOLGA / FERIADO CEDO

figura:Advérbio tempo 10 figura:Advérbio tempo 11 figura:Advérbio tempo 12 figura:Advérbio tempo 13

ATRASAR ADIANTAR PASSADO FUTURO

figura: Advérbio tempo 14 figura: Advérbio tempo 15 figura: Advérbio tempo 16 figura: Advérbio tempo 17 figura: Adv tempo

CHEGAR AGORA AMANHÃ ONTEM ANTEONTEM

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
24
FAMÍLIAS/ PESSOAS

1 -FAMÍLIA 2 -HOMEM 3 -MULHER

4- PAI 5 -MÃE 6 -FILH@ 7 -IRM@

8- MADRASTA 9- TI@ 10- SOBRINH@

11-AV@ 12- NET@

4 FIGURAS Tema Família: 1-12 Retirados de: Sales, Penteado e Wanzeler (2015).

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
25
13-NORA 14 -GENRO

15 -SOGR@ 16 - CUNHAD@ 17 -FILH@ ADOTIVO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
26
Vamos aprender ... VERBOS

ABANDONAR

ABENÇOAR

ABRAÇAR

ACABAR

ACALMAR-SE/
CALMA

ACEITAR

ACOMPANHAR

ACONSELHAR/
CONSELHO

1
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
27
AVISAR

AZAR

BAGUNÇAR

BAJULAR

BANHAR-SE

BANIR/EXPULSAR

BATIZAR/BATISMO

CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.

BEIJAR

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
28
BERRAR

BLOQUEAR

BRIGAR (1)

BRIGAR (2)

BRILHAR

BRINCAR

BUSCAR

5 CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
29
CANTAR

CAPRICHAR

CARIMBAR

CASAR

CASTIGAR

CATAR/PEGAR

CENSURAR/
PROIBIDO

6
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
30
EMPRESTAR (1)

EMPRESTAR (2)

ENCARAR

ENCERRAR

ENCOBRIR/
ESCONDER

ENCONTRAR

ENFREQUECER
/FRACO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
31
ENGANAR (1)

ESTUDAR

EVITAR

EXAMINAR

EXECUTAR

EXIGIR

FALAR

FALTAR (1)/
objetos

7
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
32
FALTAR (2)/
pessoa

MARCHAR

MATAR

MEDIR

MELHOR

MEMORIZAR (1)

MEMORIZAR (2)

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
33
MISTURAR

MODIFICAR/
MUDAR

MORAR

MORRER

MOSTRAR (1)

MUDAR/
LOCALIDA
DE

MULTAR

MULTIPLICAR

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
34
NAMORAR

TRADUZIR

TRAIR

TRANSFERIR

TRATAR

TRAUMATIZAR

TRAZER

TREINAR

8
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
35
CORES

CLARO ESCURO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
36
9

4 VIOLETA 5 CINZA 6 BRANCO 7 PRETO 8 ROXO

9 LILÁS 10 AZUL 11 VERDE 12 ROSA

13 LARANJA 14 VERMELHO 15 AMARELO 16 MARROM

16 DOURADO 17 PRATA

9 FIGURAS: Tema Família 2-5 / 7- 17: Retirados de: Sales, Penteado e Wanzeler (2015).
FIGURAS: Tema Família 1 . 4 Autoria de Ana Claudia Rosa

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
37
MEIOS DE TRANSPORTES

10

10
Imagens de meios de transportes retidas de sinalizandocomamor

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
38
1 Imagens de meios de transportes retidas de sinalizandocomamor

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
39
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
40
Imagens de Meios de Meios de Comunicação retiradas de blogspot.com/2014/02/meios-de-comunicacao-em-libras

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
41
REDES SOCIAIS

E-MAIL WIFI APLICATIVO TECNOLOGIA

WEBCAM S ITE INSTAGRAM TWITTER

FACEBOOK YOUTUBE TELEGRAM DOWNLOAD WHATSAPP

GOOGLE

11

FIGURAS: Tema Redes Sociais 1 . 4 Autoria de Ana Claudia Rosa

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
42
FRUTAS

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
43
ANIMAIS

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
44
Imagens tema animais retiradas do livro Honora, Márcia Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
45
CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência
Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
46
1
Imagens tema animais retiradas do livro Honora, Márcia Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
47
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E ELEMENTOS NATURAIS

TROVÃO CHUVA RAIO

NEBLINA FURACÃO NEVE

CALOR FRIO

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
48
REFERÊNCIAS:

1. (NAI). Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Curso básico de Libras. Belém, 2017.
2. Amanda Letícia Pontoja Barros
3. CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário Enciclopédico
Ilustrado Trilíngue. Vol. I e II. 3° edição. Editora: Edusp. São Paulo, 2013.
4. Honora, Márcia Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas
pessoas com surdez/M árcia H onora, M arv Lopes Esteves Frizanco São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.
5. http://enfLIBRAS.blogspot.com.br/2009/03/cultura-surda.html
6. http://feneis.org.br/wp-content/uploads/2016/05/LIBRAS-em-Contexto-Livro-do-Estudante.pdf
7. http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/33044
8. http://sinalizandocomamor.blogspot.com.br/2013/12/blog-post.html
9. http://www.palhoca.ifsc.edu.br/materiais/apostila-LIBRASbasico/Apostila_LIBRAS_Basico_IFSC-
Palhoca-Bilingue.pdf
10. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm
11. https://academiadelibras.com/blog/leis-para-os-surdos-e-libras/
12. https://prezi.com/mkadu0j4k_5m/tipos-de-frases-na-libras/
13. https://vidacff.blogspot.com/2014/02/meios-de-comunicacao-em-libras.html
14. https://www.ifspcaraguatatuba.edu.br/antigas/o-batismo-do-sinal-pessoal-faz-parte-da-cultura-surda
15. Ilustrações: Raimundo Cleber Teixeira Couto
16. Imagens: Curso Básico da Língua Brasileira de Sinais
17. Jaqueline Machado dos Santos
18. Jonathan da Silva Cardozo
19. NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
20. Organização: Elton de Souza Cardoso
21. Professora/Instrutora: Vânia Sanches Marchetti Antunes, pedagoga, pós-graduada em Libras e
habilitada no PROLIBRAS no ensino da LIBRAS.
22. SALES, Elielson Ribeiro; PENTEADO, Miriam Godoy; WANZELER, Edson Pinheiro. Educação
Matemática e Educação de Surdos: algumas abordagens. Belem: SBEM-PA, 2015.

CRIS- Centro de Referência e Inclusão da Pessoa com Deficiência


Av. José Lira, s/n – Sesi - Bayeux-PB
49

Você também pode gostar