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CURSO DE LIBRAS
MÓDULO I
BAYEUX
2022
Luciene Gomes
Prefeita de Bayeux
Jerônimo Figueiredo
Secretário de Educação
Mª Carlúcia Soares
Diretora Geral do CRIS
Isabelle Lins
Diretora Adjunta do CRIS
Rosângela Medeiros
Coordenadora do CRIS
As duas modalidades de línguas são sistemas abstratos com regras gramaticais. Entretanto,
da mesma forma que as línguas orais-auditivas não são iguais, variando de lugar para lugar, de
comunidade para comunidade a língua. De sinais também varia. Dito de outra forma: existe a
língua de sinais americana Inglesa, francesa e varias outras línguas de sinais em vários países, bem
como a brasileira.
D) Expressões Faciais: “muitos sinais, além dos parâmetros mencionados acima, têm
como elemento diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, traduzindo sentimentos e
dando mais sentido ao enunciado e em muitos casos determina o significado do sinal” (silva, p. 55,
2002). Ou seja, podem expressar as diferenças entre sentenças afirmativas, interrogativas,
exclamativas e negativas.
No entanto, a palavra – surdo – possui vários sentidos. O mais usado é aquele ligado à ideia
de doença, de falta, de incapacidade, de deficiência. Nem todos os surdos se identificam como
surdos há aqueles que ouvem pouco e/ou usam a oralidade identificando como deficientes
auditivos, outros com o mesmo histórico preferem identificar como surdo, logo não se tem uma
definição exata do termo.
Neste curso quando nos referimos aos surdos, estamos nós referindo àqueles que utilizam a
LIBRAS assim como você utiliza a língua portuguesa. Os surdos para identificar aqueles que não
são surdos costumam perguntar: _ você é ouvinte? Assim o termo ouvinte.
Talvez não tenha ficado claro o suficiente quem são os surdos e quem são os ouvintes, mas
com certeza gradativamente com o decorrer do curso você compreenderá o significado tais termos.
CULTURAS E IDENTIDADES
Acho que os surdos não têm uma cultura própria, têm apenas algumas
adequações. (...) Os surdos interagem com outros surdos, porque eles se
entendem na sua linguagem, e se afastam dos ouvintes pela falta de
compreensão, dando a ilusão de ter uma cultura própria.
A contradição acontece nas narrativas surdas, elas revelam que pessoas surdas não vivem
de adaptação ou reabilitação, vivem em evolução, criam meios de ser e de estar no mundo, como
qualquer ser humano faz. Possuem a necessidade de estar em permanente contato com outros
surdos, não porque os ouvintes não os compreendem, mas pela força da identificação cultural, pela
força da subjetividade que os atrai como um imã da mesma forma que acontece com outros grupos
sociais. Para compreender por que existe uma cultura surda é fundamental entrar em contato com
esta cultura deixando de lado preconceitos que se costuma fazer antes de conhecer, seja aberto ao
novo e torne-se um ser plural.
1 - Lei nº 14.191
Foi sancionada, no dia 03 de agosto de 2021, uma lei que dispõe sobre a modalidade de
educação bilíngue de surdos. A Lei nº 14.191 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), no âmbito do artigo 3º, incluindo que deve ser respeitada a diversidade humana, linguística,
cultural e identitária das pessoas surdas, surdocegas e com deficiência auditiva sinalizantes. A lei
determina que, quando necessário, haverá serviços de apoio educacional especializado, como o
atendimento educacional especializado bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos
estudantes surdos.
2 – Lei de nº 10.436
No que diz respeito às leis para surdos e Libras no Brasil, essa é considerada uma das mais
importantes. Ela foi oficializada no dia 24 de abril de 2002 e fala a respeito da Língua Brasileira de
Sinais (Libras). A publicação dessa lei consiste em uma das conquistas mais celebradas dos surdos
brasileiros. Por meio dela, foram possíveis grandes avanços no campo do ensino e difusão da Libras
em todo Brasil.
3– Lei de nº 12.319
Com tema relacionado aos surdos, essa lei oficializada no dia 1 de setembro de 2010, veio
regulamentar a profissão de tradutor e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
No campo da Libras, ela é considerada uma das mais importantes, já que trouxe o necessário
reconhecimento e maior segurança aos profissionais que atuam como tradutores/intérpretes de Libras.
Essa lei abriu portas para a criação e realização de cursos que ensinam essa língua de sinais.
4 – Lei de nº 8.160
Essa foi uma das primeiras leis para os surdos e Libras no nosso país. Ela foi oficializada em
8 de janeiro de 1991.
Por meio dessa lei foi possível caracterizar o símbolo que permite a identificação das pessoas
que apresentam surdez.
Entre as leis para os surdos e Libras, essa é outra das que estão associadas ao campo da
educação. Ela trata sobre o ingresso de surdos nas universidades públicas estaduais brasileiras.
6 – Lei de nº 11.796
Publicada no dia 29 de outubro de 2008, essa lei oficializou em todo território brasileiro o Dia
Nacional dos Surdos.Com isso, esse dia passou a ser comemorado todos os anos, em 26 de setembro.
Com relação às leis para os surdos e Libras aqui no Brasil, essa é considerada pela
comunidade surda como uma das mais relevantes.
Oficializada em 19 de dezembro de 2000, essa lei trata de várias questões sobre acessibilidade.
Essa lei define critérios básicos e normas gerais com o intuito de favorecer a acessibilidade das
pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou que apresentem mobilidade reduzida.
Essa lei para os surdos e libras foi oficializada no dia 7 de abril de 2004. Ela trata sobre o uso
de recursos visuais, destinados às pessoas surdas, na veiculação de propaganda oficial.
Essa lei foi de grande importância para ampliar o uso da comunicação em Libras por diversos
canais televisivos.
11 – Decreto de nº 5.626
Esse decreto foi oficializado no dia 22 de dezembro de 2005. Ele foi feito com o intuito de
regulamentar a Lei nº 10.436, que trata sobre a Libras.
12 – Decreto de nº 2.592
Datado de 15 de maio de 1998, esse decreto conferiu aprovação ao Plano Geral de Metas para a
Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público.
13 – Decreto de nº 3.298
Oficializado em 20 de dezembro de 1999, esse decreto define uma tabela com o intuito de
enquadrar as pessoas portadoras de deficiência conforme determinadas categorias estabelecidas.
14 – Resolução de nº 25 de 2008
Essa resolução que foi publicada em 26 de fevereiro de 2008 oferece cumprimento ao conteúdo
do artigo 1º da Lei de nº 12.522, oficializada em 2 de janeiro de 2007.
Essa resolução foi elaborada pelo Contran – Conselho Nacional de Trânsito. Ela traz detalhes
sobre todas as questões associadas ao direito dos surdos de obter a CNH – Carteira Nacional de
Habilitação e dirigir.
É um recurso das línguas de sinais que utiliza as mãos para representar o alfabeto das línguas
orais. Cada letra ou número são representadas por configurações de mão específicas.
O Alfabeto Manual também é conhecido como Alfabeto Digital, Datilologia ou Dactilologia.
CADEADO
BOLA
BONECA
COPO
SALADA
MESA
CADEIRA
GARRAFA
SACOLA
345
123
56
90
202
Todas as pessoas podem ter seu sinal em Libras. O ato de “dar um sinal” a uma pessoa recebe o
nome de batismo. Uma pessoa possuidora de um sinal próprio, sempre que for apresentada a um surdo,
soletrará seu nome através da datilologia, ou seja, soletrar cada letra do seu nome por meio do alfabeto
manual e em seguida apresentará o seu sinal pessoal.
Este sinal deve ser criado e é dado por um surdo, sendo antiético ser batizado por um ouvinte,
pois o batismo faz parte da Cultura Surda. O surdo, após observar as características da pessoa e
conversar com ela, irá atribuir o sinal de identificação pessoal, não podendo mais ser alterado.
Este sinal é usado como uma forma mais prática e visual de identificação das pessoas dentro da
comunidade surda e ouvintes na sociedade.
O sinal é atribuído a partir da observação de três aspectos principais:
▪ Característica física;
▪ Comportamento marcante, manias;
▪ Apelido.
Primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4NÓS-
GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S;
1
imagens ilustradas Libras em contexto
2 imagens ilustradas Libras em contexto
VOCÊ
Apontar para o interlocutor (a pessoa com quem se fala)
PRONOMES POSSESSIVOS
1-QUEM
PESSOA, QUEM-É?
CANETA, DE-QUEM-É
QUEM-É?
Interrog.
2-Q-U-M
Q-U-M FALAR?
Figura: Saudação 3
VOCÊ
CONHECER
PRAZER BOM CONHECER
VOCÊ
Figura: Saudação 13 Figura: Saudação 14 Figura: Saudação 15 Figura: Saudação 16
DIAS
DA
SEMANA
MÊS ANO
Figura: calendário 19 figura: calendário 20 figura: calendário 21 figura: calendário 22 figura calendário 23
AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
Figura: Advérbio tempo 1 Figura: Advérbio tempo 2 Figura: Advérbio tempo 3 Figura: Advérbio tempo 4 Figura: Adv tempo 5
Figura: Advérbio tempo 6 figura: Advérbio empo 7 Figura: Advérbio tempo 8 figura: Advérbio tempo 9
figura: Advérbio tempo 14 figura: Advérbio tempo 15 figura: Advérbio tempo 16 figura: Advérbio tempo 17 figura: Adv tempo
4 FIGURAS Tema Família: 1-12 Retirados de: Sales, Penteado e Wanzeler (2015).
ABANDONAR
ABENÇOAR
ABRAÇAR
ACABAR
ACALMAR-SE/
CALMA
ACEITAR
ACOMPANHAR
ACONSELHAR/
CONSELHO
1
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.
AZAR
BAGUNÇAR
BAJULAR
BANHAR-SE
BANIR/EXPULSAR
BATIZAR/BATISMO
BEIJAR
BLOQUEAR
BRIGAR (1)
BRIGAR (2)
BRILHAR
BRINCAR
BUSCAR
CAPRICHAR
CARIMBAR
CASAR
CASTIGAR
CATAR/PEGAR
CENSURAR/
PROIBIDO
6
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.
EMPRESTAR (2)
ENCARAR
ENCERRAR
ENCOBRIR/
ESCONDER
ENCONTRAR
ENFREQUECER
/FRACO
ESTUDAR
EVITAR
EXAMINAR
EXECUTAR
EXIGIR
FALAR
FALTAR (1)/
objetos
7
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.
MARCHAR
MATAR
MEDIR
MELHOR
MEMORIZAR (1)
MEMORIZAR (2)
MODIFICAR/
MUDAR
MORAR
MORRER
MOSTRAR (1)
MUDAR/
LOCALIDA
DE
MULTAR
MULTIPLICAR
TRADUZIR
TRAIR
TRANSFERIR
TRATAR
TRAUMATIZAR
TRAZER
TREINAR
8
CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário EnciclopédicoIlustrado Trilíngue.
CLARO ESCURO
16 DOURADO 17 PRATA
9 FIGURAS: Tema Família 2-5 / 7- 17: Retirados de: Sales, Penteado e Wanzeler (2015).
FIGURAS: Tema Família 1 . 4 Autoria de Ana Claudia Rosa
10
10
Imagens de meios de transportes retidas de sinalizandocomamor
11
CALOR FRIO
1. (NAI). Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Curso básico de Libras. Belém, 2017.
2. Amanda Letícia Pontoja Barros
3. CAPOVILLA, Fernando César; RAPHAEL, W. D; MAURICIO, A. C.L. Dicionário Enciclopédico
Ilustrado Trilíngue. Vol. I e II. 3° edição. Editora: Edusp. São Paulo, 2013.
4. Honora, Márcia Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas
pessoas com surdez/M árcia H onora, M arv Lopes Esteves Frizanco São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.
5. http://enfLIBRAS.blogspot.com.br/2009/03/cultura-surda.html
6. http://feneis.org.br/wp-content/uploads/2016/05/LIBRAS-em-Contexto-Livro-do-Estudante.pdf
7. http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/33044
8. http://sinalizandocomamor.blogspot.com.br/2013/12/blog-post.html
9. http://www.palhoca.ifsc.edu.br/materiais/apostila-LIBRASbasico/Apostila_LIBRAS_Basico_IFSC-
Palhoca-Bilingue.pdf
10. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm
11. https://academiadelibras.com/blog/leis-para-os-surdos-e-libras/
12. https://prezi.com/mkadu0j4k_5m/tipos-de-frases-na-libras/
13. https://vidacff.blogspot.com/2014/02/meios-de-comunicacao-em-libras.html
14. https://www.ifspcaraguatatuba.edu.br/antigas/o-batismo-do-sinal-pessoal-faz-parte-da-cultura-surda
15. Ilustrações: Raimundo Cleber Teixeira Couto
16. Imagens: Curso Básico da Língua Brasileira de Sinais
17. Jaqueline Machado dos Santos
18. Jonathan da Silva Cardozo
19. NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
20. Organização: Elton de Souza Cardoso
21. Professora/Instrutora: Vânia Sanches Marchetti Antunes, pedagoga, pós-graduada em Libras e
habilitada no PROLIBRAS no ensino da LIBRAS.
22. SALES, Elielson Ribeiro; PENTEADO, Miriam Godoy; WANZELER, Edson Pinheiro. Educação
Matemática e Educação de Surdos: algumas abordagens. Belem: SBEM-PA, 2015.