CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS Disciplina: Filosofia das Ciências Sociais Professora: Thaís Perez Aluno: José Arthur Feitoza da Silva
Fichamento: 2
BERGER, Peter L. Perspectivas sociológicas: uma visão
humanística. Petrópolis, Editora Vozes, 2001.
"A 'sociedade ' consiste num complexo de tais fatos sociais".
(p.37)
" A trama de significados, expectativas e conduta que resulta
dessa orientação mútua constitui o material da análise sociológica". (p.37)
"O fato de fazer perguntas sociológicas, portanto, pressupõe que
o sociólogo esteja interessado em olhar além das metas de ações humanas comumente aceitas ou oficialmente definidas". (p.39) "Seria plausível, portanto, que o pensamento sociológico tivesse melhores condições de desenvolvimento em circunstâncias históricas marcadas por severos choques na autoconcepção de uma cultura, sobretudo na autoconcepção oficial e comumente aceita". (p.39)
"Bastará acentuar mais uma vez que o pensamento sociológico
marca o amadurecimento de várias correntes intelectuais que podem ser localizadas com toda precisão na moderna história ocidental". (p.41)
"O sociólogo estará mais interessado em descobrir a maneira
como poderosos interesses influenciam ou mesmo controlam as ações de autoridades eleitas segundo as leis". (p.43)
"Geralmente se diz que existe um ' problema social ' quando
alguma coisa na sociedade não funciona como deveria funcionar segundo as interpretações oficiais ". (p.47)
"A tendência desmistificadora do pensamento sociológico pode
ser ilustrada de várias maneiras". (p.49)
"Na análise funcional, a sociedade é analisada em termos de seus
próprios mecanismos como sistema, e que muitas vezes se apresentam obscuros ou opacos àqueles que atuam dentro do sistema". (p.51)
"Diríamos agora explicitamente que a sociologia está muito
sintonizada com o carácter da era moderna justamente por reapresentar a consciência de um mundo em que os valores têm sido radicalmente relativizados". (p.59) "Em outras palavras, as sociedades tradicionais conferem identidades definidas e permanente a seus membros. Na sociedade moderna, a própria identidade é incerta e mercurial." (p.59-60)
"Diríamos que a consciência sociológica se caracteriza pela
mesma espécie de cosmopolitismo. E por isso que uma estreiteza de interesse constitui sempre sinal de perigo para a atividade sociológica (sinal de perigo que, infelizmente cremos que se aplica a um número bastante grande de estudos sociológicos nos Estados Unidos atualmente)". (p.64)
CONCLUSÃO CRÍTICA
Concluindo, o livro detém uma abordagem que estabelece um
papel ao sociólogo na sociedade. Nessa linha de pensamento, a sociedade "entrelaça" os seus membros e cabe ao sociólogo examinar essa relação entre homem e corpo social. A menção a questão de identidade, traz uma discussão que é consequência de um longo processo social, uma vez que os fatos sociais fazem uma rede de conexões que influenciam os indivíduos a agir de determinada maneira. Tal ação contribui para uma definição exata de identidade, que torna-se prejudicial, pois afeta a maneira pessoal e individual de agir das pessoas. A pressão da sociedade sobre as pessoas, acaba por fazer uma linha de pensamento que faz pensar em realmente desejar aquilo e conformar-se aos padrões postos. Nas palavras do autor, "Seu espírito, senão seu corpo e suas emoções, sente-se à vontade onde quer que haja outros homens que pensem" (p.64). A afirmação anterior faz uma relação analógica ao pensamento sociológico, que foge das premissas impostas a sociedade.