Você está na página 1de 25

1

"APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS"


“GRUA/GUINDASTES”

CURSO DE ENGENHARIA
4º SEMESTRE

BRASILIA –DF
2020
2

COLABORADORES

DELANO CAIO CANDIDO CARQUEIRA RA: N410JE0


FABIANA AKARI OKUBO RA: D9479F5
FRANCIELLE OLIVEIRA GOMES RA: N4996H0
GABRIELLA TERESA DA SILVA DOS SANTOS RA: D86EGG6
VENICIOS SANTOS DE MENEZES RA: T482314
3

INTRODUÇAO

O guindaste (também chamado de grua e, nos navios pau de carga) é uma


máquina utilizada na elevação e movimentação de cargas de materiais
pesados, em geral, equipado com um cabo de elevação, correntes e roldanas
e são, geralmente, usados na construção civil, em indústrias e terminais
portuários e aeroportuários.

A maior parte do conhecimento sobre os primeiros guindastes, vem dos escritos


do arquiteto romano Vitrúvio (século I A.C.) e de Héron de Alexandria (século I
D.C.). O mais simples dos guindastes compunha-se apenas de um a única
estaca fincada no chão, no qual erguida e sustentada por um par de cabos
amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por
onde corria a corda utilizada para suspender os materiais. Essa corda era
normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto base.

Figura1https://www.google.com/search?q=gruas+medievais&tbm=isch&hl=pt-
BR&sa=X&ved=2ahUKEwiA_eTpz9vsAhWOBLkGHXJkCQ4QBXoECAEQKQ&biw=1343&bih=600

Porem os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Pois apesar de


a carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à
direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito. Sem
contar que, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema
era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada etapa
da construção. Entretanto os construtores medievais conseguiram superar a
maioria desses problemas. A força humana - utilizada para fazer funcionar o
molinete - permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor.
Por mais que exista um a grande variedade de guindastes em uso, essas
máquinas podem ser divididas em dois grupos principais: os guindastes de
ponta e os de lança. Qualquer modelo, no entanto, utiliza numerosos acessórios
para os trabalhos de suspensão: nos ganchos de aço adaptam-se redes, tramas,
4

cordas, cabos de aço, etc. Para operar com materiais a grande e de pequeno
porte, mas soltos e em grande quantidade (tais como minérios ou grãos), os
guindastes são equipados com uma garra (ou concha) composta de duas
mandíbulas articuladas.
O funcionamento de um guindaste necessita de uma relação matemática entre
a força utilizável no gabo de aço e o ângulo em que se encontra o material a ser
erguido. A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina,
se dá sempre a essa relação matemática. Os guindastes de lança são quase
sempre autônomos e destinados à utilização ao ar livre e impulsionados por
motor diesel. A lança oferece grande mobilidade para realizar as operações,
porque tanto pode ser erguida ou baixada verticalmente quanto girar
horizontalmente, em círculo, acompanhando sua superestrutura.
A maioria dos modelos de guindaste, ação de levantamento de carga é
executada por um ou mais cabos de aço que se enrolam em um tambor situado
dentro da superestrutura.
Importante lembrar que, para todos os tipos de guindastes, o problema do
equilíbrio torna-se crítico nos modelos de torre, muito em pregados na
construção civil. Pois sua torre serve de suporte para um braço horizontal que
se prolonga em direções opostas e em comprimentos distintos. A extremidade
mais curta do braço possui um contrapeso; na outra, o mecanismo de
suspensão movimenta-se sobre um trole. A capacidade de carga aumenta à
medida que o trole trabalha mais próximo da torre central. Serviços portuários
de carga e descarga de navios valem-se de diferentes equipamentos,
especialmente destinados a trabalhos específicos. Porém, os guindastes mais
utilizados em docas é o que possui a lança conectada com um braço
articulado, ou seja, o modelo mais conhecido como grua.
Nos estaleiros há guindastes com mais de 120 metros de altura que suspendem
1500 toneladas numa única operação.

Figura 2https://pixabay.com/photos/gothenburg-port-cranes-crane-1914856/

O guindaste, na construção civil, é um suporte temporário fixado no chão ao lado


da edificação ou montado em um veículo apropriado para isso. Podem, também,
ser operados com cabine, a qual possui um controlador ou operador para dirigir
a máquina. Para assim mover cargas além da capacidade normal de um
humano.
5

OBJETIVO

Conforme tivemos disponibilizado pela Universidade Paulista-UNIP, neste


trabalho tem como o planejamento de comparativos através de estudos
bibliográficos dos tipos de guindastes/gruas. O qual esses, utilizados nos
segmentos da construção civil, na operação em portos e em competições
estudantis (normalmente feitos com palito de picolé).
Descrever sobre os aspectos mecânicos, elétricos, eletrônicos, da capacidade
e das diferenças entre eles (guindaste/gruas). Descrever também das
habilitações que o profissional deva ter para operar um guindaste.
Descrever para os guindastes/gruas utilizadas nas competições, exceto quanto
as habilitações profissionais que um profissional deva ter. Também sobre as
competições de guindastes/gruas nos mais variados lugares do Brasil e do
mudo.
Relatar e apesentar os projetos e formas em que as competições ocorrem,
descrevendo a metodologia (passo-a-passo) para a realização de uma
competição dessas na UNIP. Ainda, relatar os projetos, cargas e capacidades
que as gruas campeãs suportaram.

DESENVOLOVIMENTO TEÓRICO
História
Não se sabe ao certo a origem dos guindastes, mas acredita-se que já na época
da construção das pirâmides do Egito. A sistemática de elevação de blocos de
pedras por meio de sistema de polias (Roda presa a um eixo, e cuja
circunferência, cavada ou não de um canal, recebe uma correia da qual uma das
extremidades é aplicada à força e a outra à resistência-carga a ser elevada). E
a esse sistema de polias trabalhando em conjunto com cabos é denominado de
talha, logo, conduziu a uma substituição de rampas de acesso como o principal
meio de movimento vertical de cargas. Estamos relativamente bem informados
sobre suas técnicas de levantamento, graças a relatos bastante extensos dos
engenheiros Vitrúvio (de arquitetura;
século I a.C.) e Héron de Alexandria (de
mecânica; século I d.C.).
Foram desenvolvidos na Roma antiga o
mais simples dos guindastes que
compunha apenas de uma única estaca
fincada no chão, que era erguida e
sustentada por um par de cabos
amarrados em sua extremidade superior.
Em seu topo, prendia-se a roldana por
onde corria a corda utilizada para Figura 3
suspender os materiais. Essa corda era https://goingtoup.wordpress.com/2010/12/26/historia-dos-
guindastes/
normalmente operada por um molinete fixo
6

num dos lados da estaca, junto à base, os modelos conhecidos eram o


Trispastos (“Guindaste de 3 polias”), o tipo mais simples de guindastes (150 kg
de capacidade) e o Pentaspastos (“Guindaste de 5 polias”), uma variação (cerca
de 450 kg de capacidade).
Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações, apesar da carga poder
ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar à direita ou à
esquerda sem se desequilibrasse, era muito restrito. Além disso, só poderia se
erguida até a altura das estacas, outro problema era a imobilidade do
equipamento, que precisava ser desmontado a cada etapa da construção.
Na Alta Idade Média, guindastes portuários foram introduzidos para
carregamentos, descarregamentos e em construções de embarcações, alguns
eram construídos sobre torres de pedra para ter maior estabilidade e capacidade.
Fontes pictóricas da época sugerem que as máquinas recém-introduzidas, como
guindastes de molinete ou carrinhos de mão, não substituíram completamente
os métodos mais trabalho-intensivos como escadas, cochos e padiolas. Em vez
disso, as máquinas antigas e novas continuaram a coexistir em locais de
construção medieval e os portos.
A partir de 1839, o aço começou a ser usado na construção naval, o que
possibilitou um grande aumento nas dimensões das embarcações, tornando
impraticáveis os sistemas existentes para carga e descarga e, de quebra,
obrigando os fabricantes a desenvolver guindastes com maior capacidade,
alcance e mobilidade. Esses projetistas, contudo, ainda não estavam
tecnologicamente prontos para dispensar o uso da madeira, testada e
consagrada por centenas de anos. Foi então que surgiu uma solução mista, com
estruturas de madeira com reforços metálicos.
Em 1850, produzido por Sir William Fairbairn, o primeiro guindaste a vapor. Ele
tinha acionamento manual e capacidade de içar 12 t a uma altura de 9,1 m num
raio de 9,8 m, o suficiente para os navios da época. Posteriormente, foi fabricado
um guindaste com capacidade de 60 t, também de acionamento manual,
posteriormente convertido para acionamento a vapor.
A direção do porto encomendou então um guindaste a vapor que fosse capaz de
içar 35 t, diretamente de um vagão ferroviário para o navio. Ele foi entregue em
1878 pela Stothert & Pitt, que o produziu dentro dos conceitos de Fairbairn. A
solução tinha comprimento de 7,6 m, pesava 120 t e possuía alcance vertical de
12 m num raio máximo de 11 m. Também era equipada com caldeira vertical
interna, para produzir vapor usado no acionamento de dois cilindros, um para o
giro e outro para a corrente de içamento.
Na segunda metade do século XIX, Thomas Smith & Sons recebeu ampla
aceitação, tratava-se de um pequeno guindaste com propulsão por vapor,
baseado num pivô central e numa lança contrapesada pela caldeira. Essas
máquinas ficaram conhecidas como “guindastes tipo Leeds”. Quando não
precisavam se mover, eram montados sobre trilhos ou sobre fundação.
7

Em 1874, mais uma invenção veio acelerar a evolução dos guindastes,


desenvolvidas para a construção de pontes, as estruturas em treliça apareceram
inicialmente em guindastes alemães. Pelos registros, a primeira aplicação
parece ter sido um pórtico construído em Hannover nessa época. Mas o
progresso continuou em todo o mundo industrializado da época. Ferrovias,
pontes, portos e navios cada vez maiores obrigaram os projetistas a pensar em
máquinas maiores e mais funcionais.
Conceito
Os guindastes/gruas são usados principalmente para levantar coisas pesadas e
transportá-los para outros lugares. A principal diferença entre os dois, é que, a
grua é usada em construções enormes e o guindaste um pouco alto, além disso,
é uma máquina projetada especialmente para erguer, mover e baixar cargas,
podendo ser fixo ou móvel. Já a grua, é como o setor da construção civil costuma
chamar os guindastes torre. Porém, a parte usada para erguer e abaixar as
cargas (o braço mecânico) também podem ser chamados de grua.
As gruas servem para viabilizar e melhorar a movimentação vertical e horizontal
de cargas e materiais nos canteiros de obras, geralmente são treliçadas e
composta por duas extremidades, uma é a pinça que eleva a carga e outro fica
o contrapeso, usado para estabilizar seu peso para que não haja queda. Elas
são fundamentais para o construtor que deseja obter mais produtividade, sendo
assim, quanto maior for a altura do prédio em construção e mais elevado for o
grau de industrialização da obra, maior será a demanda por esses
equipamentos.
Um guindaste é um tipo de máquina, em geral, equipado com um cabo de
elevação, correntes e roldanas, que pode ser usado tanto para levantar e baixar
materiais e para movê-los horizontalmente, eles são comumente empregados no
transporte para a carga e descarga de mercadorias, na construção para a
movimentação de materiais e na indústria de transformação para a montagem
de equipamentos pesados.
Tipo de guindastes/gruas
São vários os tipos de guindastes e eles podem ter estruturas fixas no chão, em
outros suportes ou em caminhões. Cada modelo possui suas peculiaridades e
formas de utilização, podendo variar em tamanho,
sustentação e aparência.
 Guindaste sobre caminhão (“Truck crane”)
Apresenta um guindaste com lança telescópica giratória
montada na parte traseira em um chassi de caminhão
comercial, possuem também apoio nas laterais para uma
melhor estabilização, chamado de patolas. Geralmente é
utilizado para pegar, elevar e transportar materiais em
diversos locais.
8

Os guindastes de caminhão variam em capacidade de Figura4https://www.liftandaccess.com/content/


elevação de cerca de 14,5 toneladas curtas e a cerca de groves-new-115-ton-truck-crane-combines-
roadability-reach-construction-news
2.240 toneladas curtas. Embora a maioria gire apenas
cerca de 180 graus, os guindastes montados em
caminhões mais caros podem girar 360 graus completos.
 Guindaste Pórtico
Esse guindaste é encontrado em portos e ferrovias, onde
descarregam e transportam containers enormes dos navios
e trens. Possui duas vigas ligadas por um único feixe de
spanning no topo de uma extremidade e rodas orientáveis,
uma em cada esquina. Eles possuem vários tamanhos e
alguns podem movimentar cargas muito pesadas.
Figura5https://www.directindustry.com/p
 Guindaste flutuante t/prod/henan-weihua-heavy-machinery-
co-ltd/product-159651-1715283.html
Servem para montar portos, pontes ou salvar navios
naufragados e são usados para carregar e descarregar
cargas especialmente pesadas ou difíceis dentro e fora de
navios. Além disso, tem capacidade de içamento superior
a 10.000 toneladas curtas (8.929 toneladas longas)
Figura6http://www.sindogeesp.com.br/notic
 Guindaste Torre (“Tower crane”) ia/maior-guindaste-flutuante-das-americas-
chega-a-vitoria
Comum em grandes obras o guindaste de
torre fica fixada em uma enorme base de
concreto. A base é então fixada ao mastro que
dá sua altura, além disso, o mastro é preso à
engrenagem e motor que permite que o
guindaste gire. No topo da unidade de giro, há
três partes principais, que são: a lança longa
horizontal, contra lança mais curta e a cabine
do operador.
A longa lança horizontal é a parte do guindaste
que transporta a carga. A contra lança carrega
um contrapeso, enquanto a lança suspende a
carga de e para o centro do guindaste. O
Figura7https://issuu.com/sobratema/docs/manual_guindaste
operador senta-se em uma cabine no topo da _de_torre__grua__r4
torre conectada à mesa giratória. Para
enganchar e desenganchar as cargas, o operador
geralmente trabalha em conjunto com um
sinalizador.
 Mini guindaste de Torre
Devido à falta de espaço nos canteiros de obras, o mini
guindaste de torre, também conhecida como grua de pequeno
Figura8http://www.orionelevadores.
porte ou mini grua ascensional, foi projetado para ser prático, com/grua-pequeno-porte
9

seguro e econômico para otimizar o transporte de cargas em canteiros,


proporcionando grande economia e agilidade em sua operação
 Guindaste Articulado
Consiste em um guindaste articulado acoplado em um
caminhão. Durante o processo de içamento, para manter a
estabilidade durante a operação, estes equipamentos possuem
um sistema de estabilização e nivelamento em relação ao solo
que chamamos este processo de patolamento. São muito
utilizados em içamento de máquinas e equipamentos, suporte
Figura9https://www.researchgate.net/figu
na montagem de estruturas, transporte rodoviário, mudanças re/Figura-1-Guindaste-Articulado-
industriais e demais movimentações de carga. Fonte_fig1_274833293

 Guindaste Telescópico
O guindaste telescópico atinge altas alturas de trabalho com
rapidez e facilidade. Possuem uma mesa de giro de 360º e
possuem lanças que estendem e retraem, se elevam e descem
de acordo com a necessidade da situação.
Figura10http://blogdoguindaste.com.br/
2013/07/12/estreia-ltr1220-liebherr/
 Guindaste sobre esteira (“Crawler crane”)
Trata-se de uma máquina que possui lança treliçada ou
telescópica com acionamentos mecânicos, elétricos ou
hidráulicos e conta com alta capacidade de movimentação de
carga e longo alcance. As esteiras fundamentalmente são
responsáveis pela estabilidade do guindaste e permitem a sua
operação sem o uso de suportes, além disso, facilidade de
locomoção em superfícies irregulares e terrenos de difícil Figura11http://blogdoguindaste.com.br/2
acesso. 012/05/03/guindastes-trelicados-sobre-
esteira-chineses-que-falam-ingles-
É usada para operações de montagem de torres eólicas, chegam-ao-brasil/
caldeiras, pré-moldados, estruturas metálicas e silos, bem
como para atividades em petroquímicas, barragens, usinas, mineradoras,
estaleiros, manutenção industrial, entre outros.
 Guindaste Florestal
Também chamado de grua florestal, essa máquina é
bastante utilizada no processamento e transporte de
indústrias de carvão vegetal, papel, celulose e para
alimentação de caldeiras.
Figura12https://www.directindustry.com/pt/fa
bricante-industrial/grua-florestal-80433.html
10

 Guindaste Aéreo
São helicópteros capazes de se deslocar e levantar em áreas
de difícil acesso por guindastes convencionais, também usados
em combate a incêndios e missões humanitárias.

Figura13http://blog.hangar33.com.br/con
 Grua ascensional fira-10-helicopteros-guindaste-de-
transporte-/
Esses equipamentos são instalados nos poços dos
elevadores ou em aberturas feitas nas lajes dos
prédios e acompanham o avanço vertical da obra.
De modo geral, a grua ascensional pode ser
utilizada para transportar diversos tipos de
materiais: aço, blocos, caçambas de concreto etc.

Figura 14https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-
grua-ascensional.html

 Grua com Torre fixa


A torre estruturada em treliça espacial
vertical, fica fixa a uma fundação própria,
enquanto a lança pode ou não ter regulagem
de altura. Quando essa lança permite
movimento vertical, há mais flexibilidade no
transporte de cargas.
Apesar de haver uma fundação só para a
grua, é possível a fixação em outros
elementos como partes do edifício a
construir, gerando cargas horizontais que Figura 15 https://www.aecweb.com.br/revista/materias/grua-
ascensional-e-opcao-para-canteiros-com-limitacao-de-
devem ser consideradas. Uma vantagem é espaco/15106
permitir atender a mais de um edifício por
vez.
11

 G. com Torre Móvel


A grua torre móvel é preferencialmente utilizada nas
construções devido à sua mobilidade, se desloca com
relativa facilidade dentro de um terreno, além disso, é uma
estrutura prática, eficiente e segura. Essa capacidade se
mostra especialmente benéfica em projetos da construção,
pois há a necessidade de agilidade e movimento, em parte
causada pelas diferentes frentes de trabalho que ocorrem Figura16https://mundigruas.com/aluguer/
grua-automontante/4-3/
de forma paralela.

Habilitações que o profissional deva ter para operar um guindaste.


 Operador tem idade mínima de 18 anos;
 Possuir noções elementares de eletromecânica;
 Verificar diariamente o prumo da grua;
 Ser submetido a exame admissional médico e psicotécnico antes da sua
nomeação;
 Saber os principais mecanismos e interpreta a documentação que
acompanha a grua;
 Trabalhador qualificado, com função anotada em carteira de trabalho;
 Teve treinamento especifico de operação;
 Verifica os níveis de óleo dos redutores e conhece os pontos de
lubrificação;
 Operador e pessoal auxiliar usam capacete de segurança em todo o
momento;
 Cinturão de segurança (tipo paraquedista), em todos os trabalhos de
conservação, ancorados em pontos sólidos da estrutura da torre ou lança;
 Manobras de movimentação devem ser executadas por meio de códigos
de sinais convencionais;
 Usa luvas de raspa ao manusear cabos ou outros elementos ásperos ou
cortantes;
 Quando o local de lançamento de concreto não for visível pelo operador
do equipamento de transporte, deve ser utilizado um sistema de
sinalização, sonora ou visual, e, quando isso não for possível deve haver
comunicação por telefone ou rádio para determinar o início e o fim do
transporte.

A utilização da grua deve atender aos requisitos da norma NR18 “No transporte
vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a
circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga,
sendo a mesma isolada e sinalizada. (118.260-9 / I3) ”, especificamente ao item
12

18.14.24 Gruas, o qual aponta que o equipamento deve dispor obrigatoriamente


dos seguintes itens de segurança:
a) Limitador de momento máximo;
b) Limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação;
c) Limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades;
d) Limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão;
e) Alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e
Alerta, bem como de acionamento automático, quando o limitador de carga
Ou momento estiver atuando;
f) Placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, conforme
Especificado pelo fabricante;
g) Luz de obstáculo (lâmpada piloto);
h) Trava de segurança no gancho do moitão;
i) Cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e
Contra lança;
j) Limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico;
k) Anemômetro;
l) Dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de
aço;
m) Proteção contra a incidência de raios solares para a cabine do operador
conforme disposto no item 18.22.4 desta NR;
n) Limitador de curso para o movimento de translação de gruas instaladas sobre
trilhos;
o) Guarda-corpo, corrimão e rodapé nas transposições de superfície;
p) Escadas fixas conforme disposto no item 18.12.5.10 desta NR;
q) Limitadores de curso para o movimento da lança – item obrigatório para
gruas de lança móvel ou retrátil.
NORMAS TÉCNICAS E LEGISLAÇÃO
Há uma série de normas do Ministério do Trabalho que regulamentam o uso de
gruas. É o caso da NR-12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e
Equipamentos), que envolve projeto, fabricação, importação, comercialização,
utilização de máquinas e equipamentos; e da NR-18 (Condições e Meio
13

Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção). Essa última possui um item


específico para movimentação e transporte de materiais e define em seus
anexos a necessidade de haver um plano de cargas para gruas.
Adicionalmente, há normas municipais. Em São Paulo, desde 2010 uma portaria
define limites para instalação de gruas na cidade. A norma veta, por exemplo,
que cargas içadas e o contrapeso passem além do limite do terreno.
NBR ISO 4309 de 01/2009 – Equipamentos de movimentação de carga – Cabos
de aço – Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte que detalha as
diretrizes para os cuidados, instalação, manutenção e inspeção do cabo de aço
em serviço em um equipamento de movimentação de carga, bem como relaciona
os critérios de descarte a serem aplicados para promover o uso seguro do
equipamento de movimentação de carga. É aplicável aos seguintes tipos de
equipamento de movimentação de carga: – pórticos de cabo; – guindastes em
balanço; – guindastes de convés; – guindastes estacionários; – guindastes
flutuantes; – guindastes móveis; – pontes rolantes; – pórticos e semipórticos
rolantes; – guindastes com pórtico ou com semipórtico; guindastes locomotivas;
grua; É aplicável a equipamentos de movimentação de carga que utilizam
gancho, garra, eletroímã e caçamba, operados manual mecânica elétrica ou
hidraulicamente. Também é aplicável em talhas e moitões que utilizam cabo de
aço.
A NBR 14768 de 11/2012 – Guindastes – Guindaste articulado hidráulico –
Requisitos especifica os requisitos mínimos para o projeto, cálculo, inspeções e
ensaios de guindastes. Não se aplica aos guindastes articulados hidráulicos
utilizados em navios ou estruturas flutuantes, nem aos guindastes com sistema
de lanças articuladas projetadas como partes integrantes de equipamentos
especiais, como, por exemplo, os equipamentos autopropelidos. Especifica um
equipamento articulado e extensível, instalado sobre um veículo de carga,
destinado à elevação e movimentação de cargas. Esta movimentação é sobre o
próprio veículo ou independente dele. A NBR 7557 de 11/1982 – Guindaste de
pneus fixa as características operacionais dos guindastes de pneus, relaciona
termos usados na nomenclatura de alguns de seus componentes, bem como
prescreve condições gerais de medição.
Enfim, um guindaste é basicamente uma torre de grua com equilíbrio em sua
forma moderna. Os guindastes de torre geralmente fornecem mais utilidade,
devido à sua combinação de capacidade de elevação e altura, tornando-os um
deve ter na construção de edifícios altos. No entanto, com este grande poder do
guindaste de torre vem também um grande perigo em potencial.
Ao utilizar uma grua em um canteiro de obras, ou em qualquer outro tipo de local,
e uma carga cair a partir dele, é quase impossível parar a carga de bater no chão
ou alguém em seu caminho. Será também muito difícil emitir um alerta aos
trabalhadores para sair do caminho. Tal acidente pode causar ferimentos graves
ou mortes.
14

Aproximadamente 90% dos acidentes com guindastes são o resultado de erro


humano. Assim, é essencial treinar todos os operadores do guindaste e sobre
os regulamentos de segurança local e preparação. Ao garantir que os
trabalhadores que operam guindastes no local de trabalho são totalmente
educados na sua operação segura, os acidentes com guindaste podem ser
evitados.
Antes mesmo do início da operação de um guindaste de torre, é importante que
o operador avalie completamente suas características, tais como o peso do
guindaste, o anfitrião de classificação de cordas para a carga, como é a carga
que está sendo anexada e se isso está sendo feito corretamente. Estes são
alguns exemplos de avaliações diversas que o operador deve levar em
consideração para garantir que o guindaste é seguro para a operação.
A operação de um guindaste de torre não envolve apenas a pessoa que está no
comando. Há também o sinalizador ou rigger para o operador. O operador e o
sinalizador ficam em contato através do rádio e também usam sinais com as
mãos. O rigger auxilia no enganchar e desprender das cargas. Esta pessoa é
responsável pelo agendamento para retirada da grua, bem como a segurança
do equipamento e as cargas. É importante que o rigger e o operador trabalhem
bem em conjunto para garantir a segurança de todos os trabalhadores no local.
Se um ou outro não estão prestando atenção, o desastre pode acontecer levando
a um acidente potencialmente catastrófico.
CONTRUÇÃO CIVIL E COMPETIÇÕES
As competições em Engenharia são formas de reunir alunos de diferentes
estados e países com um objetivo em comum: difundir e aplicar os
conhecimentos da área, através de uma forma saudável e desafiante. E não
faltam exemplos de competições no Brasil e também no exterior.
Áreas distintas da Engenharia participam das provas, que têm o objetivo de
proporcionar desafios reais aos estudantes, para além dos conhecimentos
teóricos. Além do aprimoramento das experiências dos estudantes, há ainda
novas possibilidades aos estudantes participantes, mérito pelo esforço
empreendido, como o oferecimento de programas de estudos, estágios, bolsas
e convites de trabalho de empresas.
A várias competições de gruas / guindaste diferentes, com diversos tipos de
materiais, a mais famosa é a competição de grua de palito de picolé que como
as outras consiste em uma prova de resistência estrutural.
Outros tipos de grua:
Eletromagnética – consiste em uma prova de resistência estrutural e
movimentação de um peso através de um eletro ima.
Papelão – consiste em uma prova de resistência estrutural e inçamento de
movimentação de pesos através de roldanas.
15

A grande variedade de formas de competições que a faculdade especifica


determina aos seus alunos, de acordo com a matéria cursada no semestre em
questão.
PROJETOS, FORMAS E METODOLOGIA (PASSO A PASSO) PARA
REALIZAÇAO DE UMA COMPETIÇÃO DESSAS NA UNIP
A aps consiste em projetar e construir um guindaste com roldanas, articulável
após demonstrar o nivelamento, podendo ser travado. O qual esse guindaste
deve suporta o peso de 50N e logo após de 100N, o cabo ligado a um
dinamômetro e obter a carga entre 200 a 400 gramas neste instrumento.
O trabalho proposto é motivar o desenvolvimento de habilidades
voltadas para a Engenharia que lhes permitam aplicar conhecimentos de -
resistência de estruturas.

O primeiro passo (Montagem torre) na construção os alunos fizeram corte das


barras nas medidas montagem da torre. Foram cortadas quatro barras com
950mm que serão as extremidades da torre, e posteriormente todas as barras
para serem soldadas formando uma estrutura treliçada. Nesta etapa é muito
importante que tudo seja montado e soldado verificando atentamente o
alinhamento para que a torre não fique torcida podendo prejudica a estrutura.
Todas as barras foram fixadas utilizando processo de soldagem eletrodo E 6013
de 2.5 mm.

Figura 17ARARAQUARA 2018 Engenharia Mecânica ATIVIDADE PRÁTIC ASUPERVISION AD A – APS GRU A FIXA
16

A segunda etapa (Montagem lanças) do projeto eles construíram as estruturas


das lanças, com seção triangular equilateral de 60mm. A lança para içamento
650 mm de comprimento a partir do centro d a torre, enquanto a lança do
contrapeso 375mm. desenvolveram também um gabarito em formato triangular
para evitar desalinhamento na fixação das lanças na torre, conforme figura
abaixo:

Figura 18ARARAQUARA 2018 Engenharia Mecânica ATIVIDADE PRÁTIC ASUPERVISION AD A – APS GRU A FIXA

A terceira etapa (Gancho e contrapeso) eles fixaram na ponta da lança elos de


corrente com um gancho de aço inox, que servirá para sustentação da carga.
Na lança menor foi soldado uma pequena chapa com encaixe para ser acoplada
uma caixa com 13,5 kg para trabalhar como contrapeso.
A caixa foi construída em aço 1020 e tem base de 200 x 200 mm e altura de
100 mm, e nela foram colocadas quatro pesos de 3 kg cada, que somados ao
peso da caixa resultam aproximadamente nos 13,5 kg calculados. Abaixo
seguem fotos do gancho e caixa de contrapeso.

Figura 19ARARAQUARA 2018 Engenharia Mecânica ATIVIDADE PRÁTIC ASUPERVISION AD A – APS GRU A FIXA
17

A quarta etapa (Base) a estrutura foi fixada no topo da chapa de aço A36 com
dimensões 2.1/2” x 240 mm x 260 mm. A espessura de 2.1/2” foi calculada de
acordo com as reações para evitar o tombamento da grua.

Figura 20ARARAQUARA 2018 Engenharia Mecânica ATIVIDADE PRÁTIC ASUPERVISION AD A – APS GRU A FIXA

A quinta etapa e finalização do projeto, eles fizeram pintura em cor alaranjada,


para melhorar o visual e também para proteger o aço da oxidação. Após a cura
da tinta, foram passados dois cabos de aços por olhais que haviam sido fixados
das pontas das lanças e no topo da torre. Esses cabos devem ficar esticados e
terão a função de tirantes que colaboram na resistência aos esforços causados
pelos pesos.

Figura 21ARARAQUARA 2018 Engenharia Mecânica ATIVIDADE PRÁTIC ASUPERVISION AD A – APS GRU A FIXA
18

CONCLUSÃO

Após finalização da aps (revisão bibliográfica- devido estarmos em sistema on-


line) foi possível observar as diversidades de gruas, guindaste e a veracidade
dos cálculos utilizados para equilíbrio de forças e momentos, tensões e
esforços além da utilização do coeficiente de segurança para garantia do
projeto. Notamos que é importante ter o conhecimento básico sobre física,
dinâmica dos sólidos, equações diferenciais ..., para a aplicação dos conceitos
na realização dos devidos testes para obter melhor mobilidade.
Concluímos então que para projetar e construir uma grua deve se ter
conhecimento aos conceitos aplicados, desde interpretação de desenho,
Cálculos, planejamento e métodos até a construção e acabamento final.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

https://www.portalsaofrancisco.com.br/curiosidades/guindaste

https://www.lubrimatic.com.br/blog/guindaste-e-suas-funcoes-na-elevacao-de-
cargas-e-materiais

http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/simposio/article/view/674

https://www.aecweb.com.br/revista/materias/gruas-viabilizam-a-movimentacao-de-cargas-e-
elevam-a-produtividade/15677

https://www.lubrimatic.com.br/blog/guindaste-e-suas-funcoes-na-elevacao-de-cargas-e-
materiais

https://www.portalsaofrancisco.com.br/curiosidades/guindaste

https://www.grupowrlocacoes.com.br/blog/artigos/5-tipos-de-guindaste/

https://www.escolaengenharia.com.br/gruas/

https://www.aecweb.com.br/revista/materias/gruas-viabilizam-a-movimentacao-de-cargas-e-
elevam-a-produtividade/15677

https://cesarmaq.com.br/tipos-de-guindastes/

https://en.wikipedia.org/wiki/Crane_(machine)#Harbour

https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2012/12/22/como-funcionam-os-guindastes-
torre/

https://www.grupocesar.com.br/equipamentos/guindastes-
telescopicos/#:~:text=Os%20guindastes%20do%20tipo%20telesc%C3%B3pico,com%20a%20ne
cessidade%20da%20situa%C3%A7%C3%A3o.
19

https://www.grupocesar.com.br/equipamentos/guindastes-
articulados/#:~:text=Guindastes%20articulados%20s%C3%A3o%20ve%C3%ADculos%20vers%C
3%A1teis,um%20caminh%C3%A3o%20ou%20cavalo%20mec%C3%A2nico.

https://www.aecweb.com.br/revista/materias/guindaste-movel-sobre-esteiras-pode-
movimentar-cargas-a-longo-alcance/8511

https://precismec.com.br/guindastes/

https://hidratecguindastes.com/tipos-de-
guindastes/#:~:text=Mini%20Guindaste%20de%20Torre%3A&text=Por%20serem%20projetad
os%20para%20serem,Vantagens%20da%20Mini%20Grua%20Ascensional%E2%80%9C.

https://www.aecweb.com.br/revista/materias/grua-ascensional-e-opcao-para-canteiros-com-
limitacao-de-espaco/15106

http://www.maxxigrua.com.br/grua-torre-
movel#:~:text=A%20grua%20torre%20m%C3%B3vel%20%C3%A9,ponto%20de%20vista%20fin
anceiro%20tamb%C3%A9m.

http://www.gpsustentavel.ufba.br/downloads/Seguranca%20Grua%20-
%20Jaqueline%20Engel%20UCSAL.pdf

https://goingtoup.wordpress.com/2010/12/26/historia-dos-guindastes/

http://www.revistamt.com.br/Materias/Exibir/o-nascimento-dos-guindastes

https://pt.slideshare.net/Guindastes/histria-do-guindaste
20
21
22
23
24
25

Você também pode gostar