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Camila Jardim
Eliúde Abreu
Elizângela Cruz
Gilmária Santos
Ritiane Ponsada
O filme Terapia de Risco foi lançado em maio de 2013 sob a direção de Steven
Soderbergh, tem sua origem nos EUA, e a duração de 1h43min. O filme retrata a trama
de uma jovem chamada Emily. Ela é casada, e seu marido havia sido preso por um
crime de colarinho branco. Emily ficou deprimida quando o mesmo foi preso. Ao
procurar ajuda de uma psiquiatra ele recebe um diagnóstico de depressão. Alguns anos
depois o seu esposo estava sendo solto da prisão, porém Emily não estava bem, a
mesma joga o seu próprio carro contra a parede, indo para o hospital. Para não ficar
internada ela combina de fazer acompanhamento com um psiquiatra em seu consultório
particular. Depois de alguns acompanhamentos e do contato com a antiga psiquiatra ele
receita um remédio para ela com o nome Ablixa. Ela supostamente toma o remédio e
começa a ter reações “estranhas” de sonambulismo, onde faz coisas que não vê, por
causa do efeito do medicamento. Emily que estava com a vida “parada” pela doença,
agora volta a dormir, comer, e até fazer sexo com o esposo. Mas chega um dado
momento que Emily assassina o seu marido alegando sonambulismo, então a partir daí a
vida de seu psiquiatra vira um “inferno”.
Ética essa, usada pelo psiquiatra Jonathan Banks ao injetar água misturada com sal
para comprovar que a paciente (Emily) estava mentindo e assim conseguir desvendar
todo o caso, mesmo sabendo que as consequências viriam, não desistiu de tal ato e
decidiu se responsabilizar por elas. Concordo com a ação do psiquiatra, pois não se
preocupou somente com a ação e sim no processo por completo, inclusive com o
resultado que seria descobrir toda a verdade e sair ileso das acusações.
De acordo com o que Kant, o imperativo categórico é visto como guias para tornar
a vida mais ética, formando assim a moral universal, agindo racionalmente que sua ação
seja considerada universal. Sendo ela, o que faz como certo e que traz benefícios a
todos. Por outro lado, algumas ações podem ir contra essa racionalidade prejudicando
os outros. A ideia de imperativo categórico se baseia no que diz respeito a “não fazer
aos outros aquilo que não quer que faça a você”. As normas universais não foram
pensadas pela Doutora e Emily, pois não se importaram com os danos que estariam
causando ao psiquiatra Banks ao colocá-lo nessa situação.
E para Aristóteles, o saber prático envolve o saber fazer para que se tenha uma
finalidade. Se pensa em um bem maior, um bem que serve para refletir mediar a relação
com o outro. Quando Emily e a psiquiatra decidem executar o plano sem pensar em
quem iria prejudicar elas usaram o bem para si, o bem individual.
Marcondes (2005) ressalta que as vezes é preciso ir ao extremo da ética. Essa fala
lembra a postura que o psiquiatra Bankas teve, pois, ele foi além do que a “ética” pedia.
Isso fortalece a ideia de que na vida profissional vai ter certos casos ou situações que os
profissionais têm que sair da sua zona de conforto para poder atingir seu objetivo ou
mesmo contemplar uma maioria (bem maior). O filme é bem inteligente e muito bem
produzindo. Faz com que os telespectadores possam refletir acerca do quanto somos
capazes de colocar os nossos interesses pessoais acima daquilo que é correto fazer.