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Universidade do Minho

Mestrado em Estudos de Gestão


Escola de Economia e Gestão

Aluno: Luis Jordan Gomes do Nascimento Lócio


Nº PG39765

Proposta de Dissertação
UC Metodologia de Investigação e Competências
Transversais
Prof. Gina Gaio Santos

A hiper maximização dos lucros e os baixos salários nas


organizações: uma obsessão dos gestores e suas
consequências sociais e políticas.

Braga, 11 de Maio de 2020


ÍNDICE GERAL

1. INTRODUÇÃO 03

1.1 Tema da Pesquisa 04

1.2 Enquadramento do Tema 04

1.3 Motivação para o tema e Contributos Esperados 04

2. REVISÃO DA LITERATURA 09

3. METODOLOGIA 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
1. INTRODUÇÃO

A maximização dos lucros (e sua distribuição) e as questões salariais nas


organizações sempre foram objecto de estudos desde o advento do capitalismo com
a revolução industrial no século XVIII. A partir daí surgiram inúmeras teorias,
ideologias políticas e filosóficas que pretendiam explicar muitas das questões
sociais, econômicas e políticas do mundo, estabelecendo uma dicotomia entre
Capital e Trabalho. Fixada a oposição entre estes dois fatores de produção nas
organizações, iniciou-se uma disputa que dividiria o mundo, geraria tensões e
guerras, e que em algum momento poderia levar a humanidade à sua completa
destruição, sem exagero algum aqui.
“A organização é um artefato que pode ser abordado como um conjunto
articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado fim e
balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, culturas
etc.)” (Meireles & Paixão, 2003, p.46).
Obter lucros é o objetivo de qualquer negócio. Sem lucro um negócio não
prospera. No entanto, não é preciso apenas obter lucro, é preciso maximiza-lo. Eis
aí o objetivo final de qualquer negócio.
“As organizações são influenciadas e influenciam o ambiente. O ambiente é o
que proporciona às organizações seus meios de sobrevivência”. (Johnson et al.,
2011, p.46)
Segundo o dicionário da língua portuguesa Priberam (s/d), maximizar
significa: levar ao máximo, dar a uma grandeza, a um facto ou a uma idéia o mais
alto valor possível. Também segundo o Priberam (s/d), o prefixo hiper é um elemento
que tem o seguinte significado: muito, em alto grau, além. Pode parecer que usar a
hipérbole, hiper maximização, no título de nosso trabalho seja algo desnecessário,
um exagero sem sentido, visto que, o significado de maximização já é levar ao
máximo. No entanto, o fiz de propósito, como forma de demonstrar que nas
organizações e para muitos gestores o “máximo” vai além do que se vê.
O objectivo deste trabalho é oferecer um humilde contributo àquela que ainda
hoje é uma discussão que fomenta grandes debates e está no cerne das grandes
tensões sociais e políticas que estão espalhadas pelo mundo hoje, três séculos após
a primeira revolução industrial. É perceber que a maximização do lucro deve ser
parte de algo muito maior: a maximização de resultados. Perceber que a questão
salarial, que foi por um bom tempo esquecida ou negligenciada pelos teóricos
comportamentais em detrimento de outros factores motivacionais, é central para a
fixação de uma estabilidade a nível da organização e do macroambiente.

1.1 Tema da Pesquisa

O título da pesquisa será: A hiper maximização dos lucros e os baixos


salários nas organizações: uma obsessão dos gestores e suas consequências
sociais e políticas.

1.2 Enquadramento do Tema

A área temática abordada é a responsabilidade social das organizações.


O objetivo é identificar de que maneira as organizações podem obter
máximos resultados e contribuir para criar ambientes sociais e políticos estáveis,
através da conciliação de lucros aceitáveis para os investidores e salários
satisfatórios para os trabalhadores, sem que para isso, haja medidas coercitivas por
parte do estado.

1.3 Motivação Para o Tema e os Contributos Esperados

Sempre encantou-me o empreendedorismo. Ver pessoas criarem riqueza e


superarem desafios através das idéias, da criatividade e da coragem sempre foi
motivo de inspiração. Desde muito cedo percebi que somente os indivíduos podem
gerar desenvolvimento através da organização. As organizações criadas pelos
indivíduos estão representadas em todos os nossos contactos diários, presentes ao
primeiro raiar de sol para mais um dia de trabalho, seja em um pequeno almoço na
padaria do bairro, no abrir do frigorífico para um copo de água, no acelerar do
automóvel ou do autocarro para mais um dia de trabalho em busca do salário que
vai possibilitar adquirir bens de consumo para a sua família.
Todas estas tecnologias são possíveis porque alguém um dia teve uma idéia
e coragem para colocá-la em prática. Este indivíduo colocou em risco seu dinheiro
e/ou sua reputação (às vezes é preciso dinheiro de terceiros) para gerar riqueza. No
entanto, a idéia e a coragem não fazem um negócio. Ele sozinho não conseguiria.
Ele precisaria, como bem definiu Meirelles & Paixão (2003, p.46), de um conjunto
articulado de pessoas, métodos e recursos materiais para o seu objectivo. As
pessoas são umas das divisões deste artefato chamado organização. É o
“humanware”, segundo Meireles & Paixão. (2003, p.46), As pessoas detém um ativo
valioso para vender ao empreendedor: Tempo. No entanto, este valioso ativo, que ao
meu ver, é o mais importante para qualquer indivíduo, é muitas vezes mal
remunerado. É aqui que entra o segundo ponto motivador desta pesquisa: porque
esse ativo tão valioso é tão mal remunerado na grande maioria dos casos (mesmo
para pessoas altamente qualificadas)? E por que a má avaliação deste ativo pelos
gestores causam perigosas tensões sociais e políticas há mais de 200 anos, com
reflexos atuais gravíssimos, inclusive na própria sobrevivência das propriedades
destas organizações?
Segundo dados do Banco Mundial (s/d), o mundo cresceu em média 3% ao
ano durante o século 20, com especial atenção para o crescimento pós Segunda
Guerra Mundial até os choques do petróleo na década de 70. Após isso, houve uma
desaceleração, no entanto o crescimento continuou acima da média. A população
mundial quadruplicou desde 1900. Assim, o PIB mundial cresceu acima da
expansão populacional. A partir da década de 60, com a chamada globalização,
houve uma mudança drástica no consumo e no acesso da população mundial, em
especial de países subdesenvolvidos, a bens de capital.
Não há dúvida de que o mundo cresceu e se desenvolveu nos últimos 200
anos. Também não há dúvidas de que as condições sociais evoluíram muito durante
este período. Mas há uma discussão que prevalece e me parece que também não
há dúvidas: apesar da grande expansão mundial da riqueza e do acesso às pessoas
a tecnologias que permitiram grande ganho de qualidade de vida, a má
desigualdade de renda (aquela desigualdade extremamente elástica) perdura e é ela
a grande causadora de tensões no mundo. Se de um lado o mundo produz mais e
mais necessidades para todos, os recursos são cada vez mais escassos para a
grande maioria, causando frustrações e a ascensão de políticos populistas (e
supostos salvadores da pátria) em todos os continentes, como visto no Brasil,
Venezuela, EUA, Itália, Ucrânia entre outros. O mundo, mais uma vez, parece não
aprender com a história (vide ascensão de regimes totalitários, tanto de esquerda
como de direita, na primeira metade do século XX), pois parece que ela está
repetindo-se (Bezerra, J., s/d).
Mas, o que as organizações empresariais têm com isso? Grande parte das
teorias filosóficas, que deram início a regimes autoritários (tanto de direita como de
esquerda) idealizados por líderes populistas em todos os continentes do globo,
foram organizadas a partir de observações das relações entre empresários e
trabalhadores dentro das fábricas. Foram as divergências (que a princípio parecem
irreconciliáveis) entre empreendedores e empregados, que criaram grandes
distúrbios, e que pensava-se, estavam superadas pelo fim da guerra fria. O intuito
deste trabalho é ser o estopim para estudos que busquem a conciliação definitiva
entre esses protagonistas das organizações. É possível gerar riqueza para
acionistas e trabalhadores de forma a gerar uma harmonia organizacional que reflita
na sociedade? Qual o nível salarial ideal?
Recentemente deparei-me com uma reportagem da BBC Brasil com o título:
Por que foi bom negócio dar aumento para todos e reduzir meu salário em US$ 1
milhão por ano?. Esta reportagem mostra a decisão do empresário Dan Price, em
2015, de estabelecer um salário mínimo de 70.000 (setenta mil) dólares ao ano para
os empregados de suas empresa. Ele chegou a este valor ao ler um estudo dos
economistas Daniel Kahneman e Angus Deaton, vencedores do prêmio Nobel,
analisando quanto dinheiro um americano precisa para ser feliz. A maioria dos
empregados da empresa teve seu salário dobrado. À época, ele foi bombardeado
por críticas. Muito vaticinaram que a empresa ia simplesmente falir, que era
insustentável. Todos erraram. Hoje a empresa dobrou o número de funcionários e
praticamente triplicou seu faturamento. Para conseguir isso, certamente o
empresário não tomou uma decisão aleatória e irresponsável, ele precisou fazer
estudos e cortar seus próprios resultados. Mas os ganhos para empresa foram
estruturais. Criou equilíbrio na organização que permitiu estabilidade para a
obtenção de resultados bem melhores. Apesar da redução de seus ganhos
pessoais, o ganho de qualidade foi imenso para todos. Algumas outras empresa
seguiram o exemplo, mas a mudança estrutural generalizada não aconteceu. É
preciso que aconteça, mas de forma voluntária como fez Dan Price, e não uma
imposição dos governos. E por quê? Hegarty (2020)
Uma das primeiras decisões de governos autoritários e populistas é sobre a
propriedade privada. Nos países que implantaram o comunismo no século XX, a
primeira decisão do governo era a expropriação de empresas que passaram a
administração do estado. Assim, de nada adianta acreditar que manterá sua
empresa a salvo praticando este desequilíbrio de rendimentos. A chance de políticos
populistas ascenderem ao poder em uma sociedade onde prevalece a conciliação e
a harmonia entre empregados e empregadores é praticamente zero.
As idéias neoliberais que prevaleceram sobre a gestão das organizações a
partir da década de 70 e que está baseada na idéia de maximização dos lucros a
qualquer custo, tiveram pontos muito importantes para a eficiência da gestão dos
custos destas, o que elevou consideravelmente o resultado financeiro nas empresas.
Houve ganhos significativos de produtividade com novas técnicas de gestão. No
entanto, criou-se um resultado nefasto para a renda dos trabalhadores, ao ponto de
criar discrepâncias surreais entre rendimentos da alta gestão e dos demais
empregados. A diferença entre os salários do gestores e dos demais trabalhadores
nos EUA é 190 vezes. Em Portugal é 46 vezes conforme matéria do Diário de
Notícias Barroso (2018). Esse fosso só faz aumentar ano após ano, o que nos leva a
crê que é possível que as organizações elaborem estratégias para aumentar os
rendimentos dos seus empregados reduzindo o ganho da alta gestão. Não há aqui a
pregação de igualdade de funções ou de recebimentos, o que é economicamente
improdutivo e ineficiente. O que há aqui é a discussão sobre a moralidade de
tamanha diferença salarial entre o tempo vendido pelo empregado e o tempo
vendido pelo gestor.
Na outra ponta está o consumo cada vez mais responsável das pessoas. Já
há demanda cada vez mais crescente e responsável de consumidores que buscam
adquirir produtos de empresas ambientalmente sustentável, socialmente
responsável. E aqui vem a pergunta que pode mobilizar as equipes de marketing e
direcionar a estratégia de negócios de uma empresa: você (consumidor) aceitaria
pagar um valor maior por um produto/serviço se soubesse que determinada
empresa paga salários maiores que a média das organizações e mantém alta taxa
de satisfação destes empregados?
É óbvio que o pagamento de melhores salários por parte das organizações
demanda um replanejamento naquelas organizações já existentes. Essa ação vai
realocar custos, reduzir diferenças abissais de salários e até redução dos lucros.
Mas a questão principal está na capacidade e vontade deste empreendedor de
gerar valor para a sociedade. É de fato a maximização dos resultados. E aqui o
resultado não é sinônimo de lucro, o lucro é apenas parte dele, é o efeito das ações.
O resultado aqui é a soma de todos os ganhos da organização, incluindo o lucro
satisfatória para os acionistas. São eles: produtividade, redução do absenteísmo e
rotatividade, aumento das vendas, geração de valor para a marca, entre outros. A
soma destas partes é maior que o todo. É a sinergia criada pela ação da estratégia
voltada para a ampliação da renda dos trabalhadores. Mas qual o salário mínimo a
pagar para alguém ser feliz?
Assim como havia um estudo nos EUA que direcionou a tomada de decisão
de Dan Price para determinar o salário mínimo de seus empregados e para 70 mil
dólares anuais, há também alguns estudos em outros países. E caso estes estudos
não existam, certamente serão incentivados pela crescente busca das empresas por
esse valor mágico. Em Portugal, há um estudo de 2017 chamado "Rendimento
Adequado em Portugal (raP) - Quanto é necessário para uma pessoa viver com
dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades,
entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza. Esse
estudo sugere que um casal com dois filhos deveria ganhar anualmente
aproximadamente 27 mil Euros para viver dignamente. Não vamos aqui entrar no
mérito da pesquisa, se é suficiente ou não, mas o estudo já demonstra um valor bem
acima do limiar de pobreza de 2017 (439 Euros por mês) e acima do salário mínimo
daquele mesmo ano (557 Euros por mês) Lusa (2017, Jul. 04).
As organizações privadas devem assumir estas mudanças e serem o motor
da diminuição das desigualdades de renda como forma de inibir a ascensão de
políticos populistas e nacionalistas que poderiam pôr em risco a paz e a
sobrevivência dos povos. Ao fomentar esta mudança, as empresas forçariam a
diminuição da influência do estado sobre os indivíduos e consequentemente a
necessidade destes de buscar “heróis” improváveis para a solução de suas
dificuldades financeiras provenientes dos baixos rendimentos. Se as necessidades
são ilimitadas, há pelo menos a urgência em ampliar as necessidades satisfeitas
pelos indivíduos. Segundo Johnson (2011, p.46), o ambiente, além de proporcionar
os meios de sobrevivência, também é fonte de ameaças para a organização. O
macroambiente é fonte constante de ameaça e de pressão sobre as organizações.
No entanto, a soma das organizações impactam e influenciam este macroambiente,
e elas sabem disso, pelo menos as grandes corporações sabem e agem para
influenciar. O problema é: qual o objetivo desta influência? este o objetivo é tudo,
menos altruísta, pelo menos até o presente momento. Se não houver uma
reviravolta que busque reduzir as desigualdades de renda entre o indivíduos, o
mundo entrará em uma espiral de estupidez que deixará os saudosistas da guerra
fria com uma baita inveja.
2. REVISÃO DA LITERATURA

(...)a organização é um artefato que pode ser abordado como um conjunto


articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado fim e
balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, culturas
etc.) (Meireles e Paixão, 2003, p.46).
Meireles e Paixão dividem este artefato complexo em cinco questões básicas:
Quem? Como? Com quê? O quê? Por quê?
O “quem” é o humanware – conjunto de pessoas requeridas pelo artefato.
O “como” é o software – tecnologia procedimental, a maneira de fazer as
coisas.
O “com o quê” é o hardware – conjunto de recursos materiais (incluindo
financeiros): equipamentos, máquinas, valores escriturais, créditos e valores.
O “o quê” é o foco – alvo de toda ação administrativa desenvolvida no interior
do artefato.
O “por quê” são os imperativos determinantes – fonte da ação humana
administrativa: apetites, sentimentos, interesses, atitudes, hábitos, cultura, crenças,
valores, princípios (Meireles & Paixão, 2003, p.46).
O Ambiente é o que proporciona às organizações seus meios de
sobrevivência (...) No entanto, o ambiente também é fonte de ameaças (Johnson, et
al.,2011, p.46).
Relativamente ao aumento da desigualdade, no livro fenômeno de vendas O
Capital do Século XXI, o autor aborda a rentabilidade do capital como sendo muito
superior ao crescimento do PIB, afirmando que as desigualdades observadas no
inicio do seculo XXI são comparáveis aos níveis de desigualdade dos séculos XIX e
XX (Piketty, 2014).
Economia é o estudo da forma como as sociedade utilizam recursos
escassos para produzir bens e serviços com valor e de como os distribuem pelos
indivíduos de uma sociedade (Samuelson e Nordhaus, 2011, p.3).
A responsabilidade social faz parte da maioria das empresas, e não está
vinculada somente à questão da filantropia. A adoção da gestão com
responsabilidade social pela empresa tende a estimular mais seus colaboradores
(Giuliani & Spers, 2014, p.8).
As desigualdades têm polarizado a atenção e a investigação de diversos
autores tanto em Portugal com nos restantes países, até porque é um problema que
tem motivado grandes movimentos sociais (Rosa, 2015, p.5).
O estado é necessário para preservar a nossa liberdade, é um instrumento
através do qual podemos exercer a nossa liberdade; mas ao concentrar o poder nas
mãos de políticos, é também uma ameaça à liberdade (Friedman, 2002, p.20).
No tocante à manufatura, as primitivas indústrias de beneficiamento da epoca
existiam quase exclusivamente em proveito dos ricos. A grande maioria do povo
(90% ou mais da população europeia) trabalhava na terra e não tinha contacto com
as indústrias (...). Esse rígido sistema da sociedade feudal imperou, por muitos
séculos, nas mais desenvolvidas regiões da Europa (Mises, 2010, p.14).
A atmosfera de hostilidade ao capitalismo, que em breve teremos de explicar,
torna muito mais difícil do que seria em outras circunstâncias forma uma opinião
racional acerca das suas realizações econômicas e culturais (Schumpeter, 2016,
p.101).
Como é que os salários, que representam, de longe, a parte mais significativa
do rendimento da famílias, são repartidos? (Piketty, 2014, p.16)

3. METODOLOGIA

As referências metodológicas utilizadas serão as seguintes: Gil (2002),


Prodanov e Freitas (2013), Lakatos e Marconi (2003), Silva e Menezes (2005) e Flick
(2013). Esses referenciais serão utilizados como balizadores dos objetivos gerais e
específicos deste trabalho.
A pesquisa será predominantemente qualitativa (em especial de exploração
bibliográfica). No entanto, apesar do predomínio desta metodologia, não será, a
princípio, descartada uma pesquisa de natureza quantitativa. Entrevistas envolvendo
os dois lados (empresas e empregados) serão necessárias: para avaliar o nível de
aceitação da idéia por parte dos empresários; e do lado dos empregados, para
entender até que ponto um aumento salarial significativo teria impacto na felicidade
e produtividade dos mesmos. Também serão feitas entrevistas com consumidores
para determinar até que ponto estes estariam dispostos a pagar um valor maior em
um produto/serviço de uma empresa sabidamente praticante de salários acima da
média do segmento (exemplo: entrevista usando como referência a área de
restauração para saber se os frequentadores pagariam um preço maior em um
restaurante que pratica salários maiores que a concorrência).
O caminho a percorrer no estudo é explorar a literatura a respeito do assunto,
abordando casos reais e situações dentro do contexto atual das organizações, tanto
internamente como externamente. No decorrer do estudo certamente será
aprimorada a metodologia aplicada, no intuito a enquadrar de forma mais realista ao
objetivo do estudo, ou seja, o caminho inicial descrito aqui nesta proposta pode
mudar durante a realização do trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Banco Mundial (s/d). Acedido a 9 de Maio de 2020, em https://www.wordbank.org

Barroso, R. (2018, May.14). CEO ganham mais 40% em três anos. Trabalhadores
ficam na mesma. Diário de Notícias. Retrieved May 14, 2018, from
(https://www.dn.pt/dinheiro/ceo-ganham-mais-40-em-tres-anos-trabalhadores-ficam-n
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Bezerra, J. (s/d). Regimes totalitários na Europa. acedido a 11 de maio de 2020 , de


(https://www.todamateria.com.br/regimes-totalitarios-na-europa/)

Flick, U. (2013). Introdução a metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes (1th


ed.). Porto Alegre: Penso.

Friedman, M. (2014). Capitalismo e Liberdade (7th ed.). Lisboa: Actual Editora.

Gil, A.C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4th ed.). São Paulo: Atlas.

Giuliani, A.C., & Spers, V.R.E. (2014). Empresa sustentável (1th ed.). Jundiaí: Paco
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Hegarty, S. (2020, Mar.2). Por que foi bom negócio dar aumento para todos e reduzir
meu salário em US$ 1 milhão por ano. BBC. Retrieved March 2, 2020, from
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Johnson, G., Scholes, K., & Whittington, R. (2011). Fundamentos de estratégia (1th
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Lakatos, E.M., & Marconi, M.A. (2003). Fundamentos da metodologia científica (5th
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Lusa. (2017, Jul.04). Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em
Portugal?. Diário de Notícias. Retrieved July 04, 2017, from
(https://www.dn.pt/dinheiro/estudo-sobre-rendimento-adequado-revela-limiar-da-pobr
eza-subestimado-8612647.html#media-1)

Meireles, M., & Paixão, M.R. (2003). Teorias da Administração - Clássicas e


Moderna (1th ed.). Curitiba: Futura.

Mises, L.V. (2017). As seis lições - reflexões sobre política econômica para hoje e
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Piketty, T. (2014). A economia das desigualdades (9th ed.). Lisboa: Actual Editora.

Piketty, T. (2014). O Capital do século 21 (10th ed.). Lisboa: Temas e Debates.

Priberam (s/d). Acedido a 9 de Maio de 2020, em


https://dicionario.priberam.org/maximizar

Priberam (s/d). Acedido a 9 de Maio de 2020, em


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Rosa, E., (2015). Os números da desigualdade em Portugal (1th ed.). Alfragide: Lua
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