Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fundição Um Texto Inicial
Fundição Um Texto Inicial
Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais
Belo Horizonte
Junho de 2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
2 FUNDIÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO ............................................................. 5
3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS........................................................................... 8
4 MERCADO DE FUNDIÇÃO ........................................................................... 10
5 PROCESSOS DE FUNDIÇÃO ....................................................................... 14
5.1 Fluxograma geral do processo de fundição ............................................. 14
5.2 Classificação ........................................................................................... 16
5.3 Processos de fundição em molde temporário.......................................... 17
5.3.1 Fundição em molde de areia ............................................................... 17
5.3.2 Fundição em casca ............................................................................. 21
5.3.3 Fundição com cera perdida ................................................................. 23
5.4 Processos de fundição em molde permanente ........................................ 26
5.4.1 Moldes permanentes por gravidade .................................................... 26
5.4.2 Fundição sob pressão ......................................................................... 29
5.5 Outros processos .................................................................................... 32
5.5.1 Fundição por centrifugação ................................................................. 32
5.5.2 Processos no estado semissólido: tixoconformação ............................ 35
5.6 Critérios de escolha do processo de fundição ......................................... 38
6 FLUXO DE CALOR ....................................................................................... 41
6.1 Considerações iniciais ............................................................................ 41
6.2 Modelagem analítica ............................................................................... 43
6.3 Modelagem numérica .............................................................................. 51
7 MATERIAIS ................................................................................................... 54
7.1 Ligas ferrosas ......................................................................................... 55
7.1.1 Ferros fundidos ................................................................................... 55
7.1.2 Aços para fundição.............................................................................. 68
7.2 Ligas não ferrosas................................................................................... 69
7.2.1 Ligas de alumínio ................................................................................ 69
8 DESCONTINUIDADES DE FUNDIDOS ......................................................... 73
8.1 Porosidade .............................................................................................. 73
8.2 Cavidades de contração.......................................................................... 74
8.3 Falta de alimentação ............................................................................... 76
8.4 Junta fria ................................................................................................. 77
ii
1 INTRODUÇÃO
Este texto foi pensado como uma contribuição para a disciplina “Processos
Metalúrgicos de Fabricação” do curso de Engenharia Metalúrgica da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e o título escolhido, “Fundição: Um texto inicial para a
disciplina Processos Metalúrgicos de Fabricação”, tenta refletir o seu objetivo de fornecer
uma referência bibliográfica inicial bem estruturada para a disciplina, abrindo caminho
para estudos direcionados mais avançados através das referências pesquisadas. Este
tem como público alvo estudantes de graduação em engenharia e busca abordar de
forma ampla o processo de fabricação por Fundição, entretanto sem ser elusivo.
As primeiras peças fundidas são datada de 5000 a 3000 A.C., sendo trabalhos
com cobre fundido em moldes de pedra lascada e martelados para adquirir resistência
mecânica. Os primeiros objetos metálicos conhecidos datam de 10000 A.C., mas estes
não foram fundidos. O ouro foi o primeiro metal obtido e utilizado, seguido do cobre,
bronze (resultado talvez da redução de minério “impuro”) e finalmente o ferro, este último
mais tardiamente devido à dificuldade em alcançar as temperaturas necessárias para a
sua obtenção. O ouro foi primeiramente utilizado por ser maleável e poder ser
prontamente martelado na forma requerida à temperatura ambiente. Foi a descoberta
posterior de cobre que deu origem à necessidade da fundição. Embora o cobre pudesse
ser forjado, o processo era mais difícil devido ao encruamento e limitado à criação de
formas relativamente simples. Acredita-se que a fundição do cobre foi realizada pela
primeira vez, provavelmente, por acidente durante a redução do minério de cobre na
preparação do metal para martelá-lo em alguma forma útil. O início da utilização do
metal, e particularmente da fundição, se deu na Mesopotâmia, de onde migrou para
China e para a Índia, para finalmente retornar ao Egito, Grécia e Roma(1,3,4).
Foi uma inovação importante para a humanidade, pois perfis mais complexos
podiam ser fabricados por vazamento ao invés de martelamento. Assim, ferramentas
mais sofisticadas e armas podiam ser fabricadas; implementos e ornamentos mais
detalhados podiam ser elaborados; joias de ouro fino podiam se tornar mais valiosas e
mais belas do que aquelas feitas pelos métodos anteriores. Nesta época, o processo em
“cera perdida” foi desenvolvido na China e Mesopotâmia e usado na fabricação de
objetos artísticos de paredes finas e desenhos sofisticados. Descobriu-se que a mistura
de cobre e estanho ou arsênico, formando a liga bronze, produzia fundidos de maior
dureza do que os feitos de cobre puro, permitindo ao homem produzir armas e armaduras
de maior resistência, iniciando-se então a Idade do Bronze, em torno de 3300 A.C. A arte
6
cerâmica e fundição estiveram sempre muito ligadas, tanto no que se refere à fabricação
de materiais refratários e cadinhos, como na execução de moldes(1,4,5).
Durante a Renascença (nos séculos XV e XVI), com o ápice das artes, houve
também um grande surto no desenvolvimento da fundição. Sinos e estátuas fundidos
eram feitos para a igreja, e canhões, inicialmente de bronze e posteriormente em ferro
fundido, para o exército. O tempo e o esforço necessário para fundir grandes sinos de
bronze na época moveram o processo de fundição da arte para o domínio da tecnologia.
Além de avanços nas técnicas de fusão e preparação de moldes, os fabricantes
aprenderam as relações entre o tom produzido pelo sino e o seu tamanho, forma,
espessura e composição do metal e a qualidade do produto. Grandes sinos
tradicionalmente representavam os limites da capacidade de fundição. O grande sino de
Kremlin, o “Sino do Tsar”, foi lançado em 1735 e pesava 200 toneladas, porém se
rompeu no incêndio de 1737. Cronologicamente, o canhão seguiu o sino, e, portanto,
muitas das técnicas de fundição desenvolvidas para os sinos foram aplicados para a sua
fabricação(1,3,4,6).
Com a evolução das armas de fogo e dos canhões de ferro fundido são
desenvolvidos os fornos de fusão industrial para a produção de ferro fundido (forno
cubilô) entre 1300 e 1400. Porém, o forno cubilô na forma em que é conhecido hoje,
surgiu na Inglaterra em 1794, datando daí um importante surto da indústria de fundição
do ferro. Em 1710, no inicio da Revolução Industrial na Inglaterra, o coque substituiu o
7
No Brasil a fundição surgiu por volta de 1580 em São Paulo, e era destinada à
fundição de ouro. No decorrer do século XVIII, muitas fundições foram criadas em Minas
Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia. No século XVII a fundição do ferro começou a ser
feita, e nos últimos dias do domínio da coroa portuguesa, os primeiros altos-fornos foram
construídos na colônia. A demanda por ferrovias e portos aumentou a demanda das
fundições no Brasil, de modo que os pátios de reparo das companhias ferroviárias e os
estaleiros passaram a ter as mais bem equipadas oficinas metalúrgicas do país. Mais
tarde, com a construção de Brasília e a chegada da indústria automotiva no Brasil o setor
de fundição teve um papel importante no desenvolvimento da indústria nacional(5).
8
3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
4 MERCADO DE FUNDIÇÃO
ano por duas décadas. A partir de 2001, a indústria brasileira de fundição passou a
apresentar crescimento consistente, ultrapassando a barreira de três milhões de
toneladas produzidas no ano de 2006. Em 2009, entretanto, o setor sentiu os efeitos da
crise financeira mundial, produzindo 2,3 milhões de toneladas de fundidos, o que
representou uma queda de 30% em relação à produção do ano anterior e voltando aos
patamares observados em 2003(5).
Figura 4.5: Produção total de fundidos em toneladas, no período de 2004 a 2013 por
tipo de liga fundida(9).
5 PROCESSOS DE FUNDIÇÃO
5.2 Classificação
Os machos são utilizados para fundição de peças com cavidade. A Figura 5.5
representa esquematicamente a sequência de operações até o momento anterior ao
vazamento para fundição de peças com cavidades internas.
casca resistente e rígida (2) cuja espessura tende a aumentar com o tempo de contato da
areia com o modelo (entre 15 e 60 s). A caixa é reposicionada de modo que as partículas
não curadas se soltam da casca formada (3). Molde e modelo são levados a uma estufa
aquecida a aproximadamente 315°C por alguns minutos para completar o processo de
cura (4). O molde em casca é retirado do modelo (5). A outra metade do molde é
confeccionada de modo idêntico. As duas metades do molde em casca podem ser
coladas ou montadas, apoiadas por areia ou granalhas em uma caixa, quando, se
necessário, machos são colocados na cavidade. Em seguida, procede-se o vazamento e
a solidificação do metal líquido (6). O canal de vazamento é removido, resultando na
peça acabada (7)(1).
O processo pode ser mecanizado para produção em massa, sendo vantajoso para
a produção de grandes quantidades de peças. Exemplos de peças feitas por fundição em
casca incluem engrenagens, corpo de válvula ou de registro, buchas e eixo de comando
de válvulas(1).
As lingoteiras podem ser inteiriças ou com o fundo constituído de uma placa sobre
o qual o corpo da lingoteira se apoia. As lingoteiras verticais são utilizadas para fundição
de lingotes de aço, já as lingoteiras horizontais são mais utilizadas para metais não
ferrosos e suas ligas(2).
Moldes metálicos preenchidos pela ação da gravidade também podem ser usados
para a produção de peças. A Figura 5.10 mostra um molde metálico utilizado em
fundição.
Fundição sob pressão consiste em forçar o metal líquido, sob pressão, a penetrar
na cavidade do molde metálico, chamado de matriz. A matriz é geralmente constituída
em duas partes, que são hermeticamente fechadas no momento do vazamento do metal
líquido. Ela pode ser utilizada fria ou aquecida a uma temperatura próxima da do metal
líquido, o que exige materiais que suportem essas temperaturas. A matriz é geralmente
feita de aço ferramenta resistente a elevadas temperaturas, como por exemplo, o aço
H13(8).
O processo de fundição sob pressão pode ser realizado por dois tipos diferentes
de máquinas: (a) de câmara quente e (b) de câmara fria. A fundição sob pressão em
câmara quente está esquematizada na Figura 5.12. No equipamento, o metal líquido está
contido em um recipiente aquecido (forno). No seu interior está um pistão hidráulico, que
ao descer força o metal líquido a entrar em um canal que o leva diretamente à matriz. O
processo em câmara quente é mais utilizado para ligas não ferrosas de menor ponto de
fusão, como as ligas de zinco.
30
A matriz da máquina de câmara quente possui uma parte fixa e uma parte móvel.
Na parte fixa estão localizados uma metade da matriz e o sistema de injeção do metal
líquido e, na parte móvel, estão a outra metade da matriz, o sistema de extração da peça,
o sistema de abertura e o cilindro hidráulico de fechamento e travamento da máquina(2).
A força centrífuga decorrente é suficiente não apenas para que o metal não
escorra como para garantir uma microestrutura colunar praticamente livre de defeitos. Um
dos exemplos mais conhecidos de utilização do processo corresponde à fabricação de
tubos de ferro fundido para transporte de água e esgoto, sem costura, com elevada
produtividade (cerca de 100 tubos por hora). É usado também na fabricação de tubos pra
indústria petroquímica e cilindros para laminadores, com dupla camada e cerca de 9
toneladas cada. A centrifugação é usada para a produção de buchas e mancais em ligas
de cobre. O processo é normalmente restrito à fabricação de peças de forma geométrica
cilíndrica (8).
33
𝑚𝑣 2
𝐹= (5.1)
𝑅
𝑚𝑣 2 𝑣2
𝐺𝐹 = = (5.2)
𝑅𝑚 𝑅
𝜋𝑁 2
(𝑅 )
30
𝐺𝐹 = (5.3)
𝑔
30 2𝑔𝐺𝐹
𝑁= √ (5.4)
𝜋 𝐷
As principais limitações do processo são o alto custo do material inicial (de difícil
obtenção) e dos equipamentos do processo. A primeira limitação é ligada, pelo menos
em parte, com a elevada dificuldade para o controle da microestrutura (muito sensível à
temperatura de processamento) do material inicial. A microestrutura afeta a viscosidade
da pasta no ESS e controla a suas condições de fluxo e, assim, a formação da peça(8).
Reofundição: após a total fusão da liga, esta é resfriada sob agitação até o ESS e
imediatamente injetada na matriz.
Tixofundição: parte-se de um material sólido previamente condicionado e
parcialmente refundido que após um tempo de espera (aproximadamente 20 ou
30 min) é injetado no molde com uma fração de sólido baixa (fS < 0,5).
Tixoforjamento: processo similar ao da tixofundição utilizando matriz muito
semelhante à de forjamento convencional. Diferentemente dos anteriores este
processo requer uma alta fração de sólido (fS > 0,5).
Molde
Molde
Areia Em Cera metálico
Propriedades metálico
verde casca perdida (sob
(gravidade)
pressão)
39
Tolerância
0,025 a
dimensional 1,0 a 4,0 0,25 a 5 0,02 a 4,0 Aprox. 0,4
0,25
(mm)
Peso do fundido
"Ilimitado" 120 45 45 35
(kg)
Espessura
2,5 2,5 1,6 3,2 0,8
mínima (mm)
Acabamento
Razoável Bom Bom Bom Ótimo
superficial
Capacidade de
fundição de
Razoável Bom Ótimo Razoável Bom
peças
complexas
A Figura 5.18 exemplifica como pode variar o custo para a produção de um dado
fundido de acordo com o processo de fundição adotado e o número de peças a serem
fabricadas.
40
Figura 5.18: Preço unitário em função do número de peças para fundição em cera
perdida (microfusão), moldagem em casca, molde permanente e fundição sob
pressão (8).
Não se pode esquecer que a competição, na ampla maioria dos casos, se dá não
só entre os processos de fundição, mas entre esses e os demais processos de fabricação
- como conformação mecânica, metalurgia do pó ou usinagem. Além disto,
frequentemente, diferentes processos de fabricação podem ser combinados de forma a
definir uma rota de fabricação competitiva para uma determinada peça. Assim o processo
(ou conjunto de processos) escolhido será aquele que produza a peça (ou lote) dentro
das especificações e com o mínimo custo. Exceção à regra do preço mínimo pode
ocorrer no caso de produção de peças para a indústria aeronáutica ou aeroespacial
quando o fator segurança supera o aspecto custo(16).
41
6 FLUXO DE CALOR
𝐻𝑖𝑛𝑡 = 𝑓𝑆 ∙ 𝐻𝑆 + 𝑓𝐿 ∙ 𝐻𝐿 , ou (6.1)
𝐻̇ ∆𝐻𝑓
𝑇̇ = 𝐶𝑖𝑛𝑡 − 𝐶𝑃
∙ 𝑓̇ 𝑆 (6.3)
𝑃
Condição hi (W/m2K)
Molde Isolante
Será considerado, neste caso, que a resistência térmica do molde (RM) é muito
maior que a soma das outras resistências (isto é, durante a solidificação, variações
significativas de temperatura ocorrem apenas no molde). Esta variação de temperatura é
obtida resolvendo para o molde a equação de condução de calor para a condição inicial
(T = T0, -∞ < x < 0) e as condições de contorno (T(0) = Tf e T(-∞) = T0):
𝑥
𝑇 = 𝑇𝑓 + (𝑇𝑓 − 𝑇0 ) ∙ 𝑒𝑟𝑓 ( ) (6.4)
2 √𝛼 𝑚 𝑡
Figura 6.7: Perfis térmicos do molde calculados para diferentes tempos após o
vazamento.
fluxo de calor é dado calor latente (Hf) liberado pelo avanço da frente de solidificação,
assim:
48
𝑑𝑇
−𝑘𝑚 (𝑑𝑥) = −𝜌𝑆 ∙ ∆𝐻𝑓 𝑅 (6.5)
𝑥=0
𝑑𝑇 𝑘𝑚 (𝑇𝑓 −𝑇0 ) 𝑘𝑚 𝜌𝑚 𝑐𝑚
−𝑘𝑚 (𝑑𝑥) =− = −√ 𝜋𝑡
∙ (𝑇𝑓 − 𝑇0 ) (6.6)
𝑥=0 √𝜋𝛼𝑚 𝑡
𝜋𝑡
𝑅𝑚 = √𝑘 (6.7)
𝑚 𝑚 𝑐𝑚
𝜌
2 (𝑇𝑓 −𝑇0 )
𝐿=
√𝜋 𝜌𝑆 ∆𝐻𝑓
√𝑘𝑚 𝜌𝑚 𝑐𝑚 ∙ 𝑡1/2 (6.8)
característica das peças (a relação entre o volume e a área superficial, V/A) ao final da
solidificação (t = tS) e a Equação (6.8) pode ser rearranjada para:
𝜋 1 𝜌 ∆𝐻𝑓 2 𝑉 2
𝑡𝑆 = ( 𝑆 ) ∙ ( 𝐴) (6.9)
4 𝑘𝑚 𝜌𝑚 𝑐𝑚 𝑇𝑓 −𝑇0
𝑉 2
𝑡𝑆 = 𝑘 ∙ (𝐴) (6.9b)
onde k é uma constante que depende das propriedades dos materiais envolvidos
e das condições particulares de escoamento de calor. Pode-se, ainda, supor que os
tempos de solidificação de placas, cilindros (longos) e esferas do mesmo material e com
a mesma razão V/A apresentem, aproximadamente, a seguinte relação entre os seus
tempos de solidificação:
50
ℎ𝑖 ∙(𝑇𝑓 −𝑇0 )
𝐿= 𝜌𝑆 ∆𝐻𝑓
∙𝑡 (6.12)
𝜌𝑆 ∆𝐻𝑓 𝑉
𝑡𝑆 = ℎ ∙ (𝐴) (6.13)
𝑖 (𝑇𝑓 −𝑇0 )
A liberação de calor latente pode ser introduzida como um termo fonte (S) na
equação de condução de calor:
dT d 2T S
2 (6.14)
dt dx c
𝜕𝑓𝑠 (𝑥,𝑡)
𝑆 = 𝜌∆𝐻𝑓 𝜕𝑡
(6.15)
onde a derivada descreve a variação da fração de sólido (fs) com o tempo (t) em
um dado local (x). As Equações (6.14) e (6.15) podem ser reescritas como:
d 2T f T
k 2 c H f S (6.16)
dx T t
52
Para a Equação (6.16) poder ser discretizada, por exemplo, pelo método de
diferenças finitas, é preciso saber como a fração de sólido varia com a temperatura.
Equações descrevendo esta relação foram obtidas no tópico de solidificação desta
disciplina tanto como a condição de equilíbrio como para situações fora do equilíbrio
termodinâmico. Contudo, aqui será considerada uma relação mais simples (e irreal), isto
é, fs varia linearmente de zero (0) na temperatura líquidus (TL) até um (1) na temperatura
sólidus (TS):
𝑇 −𝑇 𝜕𝑓𝑠 1
𝑓𝑠 = 𝑇 𝐿−𝑇 ou = −𝑇 (6.17)
𝐿 𝑆 𝜕𝑇 𝐿 −𝑇𝑆
Usando a Equação (6.17), a Equação (6.16) pode ser discretizada, por diferenças
finitas, para:
Fo
Ti n1 Ti n (Ti n1 2Ti n Ti n1 ) (6.18)
a
H f
a 1 (6.19)
c (TL TS )
Em geral, estes programas apresentam uma arquitetura que envolve uma etapa
de pré-processamento, em que o tipo de análise é selecionado, o modelo é criado e
descretizado (subdividido em pequenas partes) e as condições iniciais e de contorno
introduzidas. As equações resultantes são processadas por um método numérico
(frequentemente, pelo método de elementos finitos) e a solução é apresentada no pós-
processamento. Esta última etapa, como as soluções criadas são tabelas com milhares
(ou milhões) de números, envolvem programas gráficos poderosos para criar animações
(Figura 6.9) e mapas da variação ou distribuição de diferentes propriedades de interesse.
7 MATERIAIS
Cinzento Fe - C - Si – Mn
Nodular Fe - C - Si - Mg
Ferro fundido
Branco Baixo teor de Si; resfriamento rápido
Os ferros fundidos são ligas ternárias Fe-C-Si que se caracterizam por apresentar
a reação eutética na sua solidificação, tendo, tipicamente, um teor de carbono é superior
a 2%. Diversos outros elementos de liga e impurezas podem estar presentes na
composição dos diferentes tipos de ferro fundido.
Os principais tipos de ferro fundido são: ferro fundido branco, ferro fundido
cinzento, nodular e ferro fundido com grafita compacta (ou vermicular).
O ferro fundido branco é uma liga do sistema terciário Fe-C-Si, com menores
teores de silício, baixos teores de elementos que favorecem a formação da grafita e a
presença de elementos que inibem a formação desta. Praticamente todo o carbono está
na forma combinada de carboneto de ferro Fe3C. A microestrutura a base de cementita
confere ao fundido elevada dureza, baixa tenacidade, elevada resistência ao desgaste,
baixa ductilidade e baixa usinabilidade. Essas propriedades tornam o material adequado
para a fabricação de fundidos como cilindros de laminação e para componentes
resistentes ao desgaste(5).
Figura 7.3: Ferro fundido branco eutético (Fe, 4,17%C, 0,4%Si, 0,45%Mn, 0,95%Cr).
Aspecto micrográfico da ledeburita transformada: Glóbulos de perlita (escuro)
sobre um fundo de cementita (branco).
Fonte: http://www.doitpoms.ac.uk/miclib/browse.php?cat=1&sys=13&list=cmp.
Figura 7.4: Ferro fundido branco hipoeutético (Fe, 3,56%C, 0,2%Si, 0,37%Mn,
0,91%Cr). A estrutura apresenta dendritas de perlita, áreas pontilhadas constituída
de ledeburita transformada.
Fonte: http://www.doitpoms.ac.uk/miclib/browse.php?cat=1&sys=13&list=cmp.
60
O teor se silício, em geral, é maior que 1,5%, sendo este um elemento grafitizante
por ser capaz de aumentar a diferença de temperatura entre os eutéticos estável e
metaestável. Teores de enxofre e oxigênio elevados favorecem a formação de grafita em
veios (ou em flocos).
%𝑆𝑖+%𝑃
𝐶𝐸 = %𝐶 + (6.1)
3
Figura 7.6: Esteadita em ferro fundido cinzento. Ataque: Nital 2%. Aumento: 400X(3).
Figura 7.7: Forma e distribuição dos veios da grafita, segundo as normas da ASTM
e da AFS(18).
63
No tipo B, rosetas de grafita com orientação aleatória ocorrem; elas são formadas
quando a nucleação é difícil ou a velocidade de resfriamento é mais elevada em
comparação com o tipo A. Colônias com veios finos crescem rapidamente até o
recalescimento pela liberação de calor latente retarda o seu crescimento e aumenta o
tamanho dos veios(3).
Figura 7.8: Microestrutura do ferro fundido cinzento ferrítico (Fe, 3,52%C, 3,26%Si,
0,47%Mn). Ataque: nital.
Fonte: http://www.doitpoms.ac.uk/miclib/browse.php?cat=1&sys=13&list=cmp.
(a)
(b)
Figura 7.9: Micrografia do ferro fundido nodular (Fe, 3.2%C 2,5%Si 0,05%Mg)
perlítico (a) e, após tratamento térmico, ferrítico(a). Ataque: Nital.
Fonte: http://www.doitpoms.ac.uk/miclib/browse.php?cat=1&sys=13&list=cmp.
pode ser colocado no interior de uma panela contendo ferro líquido e a panela é girada
de modo que o metal líquido escorra sobre o magnésio. O magnésio é vaporizado e seu
vapor atravessa o ferro líquido, diminuindo o teor de enxofre e provocando a formação de
grafita esferoidal(18).
Uma grande variedade de aços pode ser usada para fundição. Estes incluem aços
ao carbono (tanto de baixo, médio como de alto teor de carbono) e aços de baixa, média
e alta liga, estes últimos incluindo os aços inoxidáveis. De forma similar ao aço
trabalhado, uma enorme gama de diferentes características pode ser obtida com aços
fundidos em função de sua composição química, condições de fundição e uso de
tratamentos térmicos posteriores. Porém, esse aço, em relação às propriedades
mecânicas, tende a ser de qualidade inferior ao aço trabalhado, podendo apresentar
defeitos superficiais e internos, típicos dos processos de fundição.
Composição
Série Aplicações principais
química
Al comercialmente
1XX.X Contatos elétricos
puro (≥ 99,0%Al)
Ligas Al-Si
Nessas ligas, o silício aumenta a fluidez do alumínio líquido, permitindo que ele
preencha melhor as cavidades do molde, conseguindo obter dessa forma, produtos
fundidos com formatos mais complexos e com menos descontinuidades. O silício propicia
também o aumento da resistência à abrasão, reduz a contração durante o resfriamento,
reduz a presença de porosidade do fundido, reduz o coeficiente de expansão térmica,
reduz a ductilidade do fundido, melhora a sua soldabilidade e, em teores elevados,
dificulta a usinagem(8).
8 DESCONTINUIDADES DE FUNDIDOS
8.1 Porosidade
8.5 Trincas
8.6 Rebarba
São protuberâncias metálicas que se encontram nas junções entre molde e macho ou
nas linhas de divisão dos moldes, Figura 8.7(3,8).
8.7 Desalinhamento
Inclusão pode ser definida como as partículas não metálicas e, por vezes, as
fases intermetálicas incorporadas na matriz metálica. Elas são geralmente simples
óxidos, sulfetos, nitretos, ou misturas complexas destes em ligas ferrosas e podem incluir
fases intermetálicas em ligas não ferrosas. Em quase todos os casos de fundição de
metal, inclusões são consideradas como prejudiciais para o desempenho do componente
fundido. Inclusões têm origem das escórias do forno de fusão, panelas de vazamento ou
de adições não dissolvidas ao banho metálico(8). Podem ser evitadas aumentando o
cuidado e a limpeza durante o vazamento.
9 FORNOS DE FUNDIÇÃO
Estes fornos podem ser do tipo cuba (alto forno; cubilô), reverberação ou rotativo
e de cadinho.
O forno cubilô é um forno cilíndrico vertical, com carcaça feita de aço, revestido
internamente por tijolos de material refratário e equipado com um bico de vazamento em
sua base. É utilizado apenas para a fusão de ferros fundidos, sendo caracterizado por
alta eficiência térmica e baixo custo de operação. Características de construção e
operação gerais do forno cubilô são ilustradas pela Figura 9.1(2).
com diâmetro de 12,5 a 25 mm. Ao furo de vazamento é anexada a bica de corrida que
conduz o metal à panela de fundição. Mais acima, a 90° ou 180°, situa-se a bica de
escória, formada durante o processo. A posição desse furo deve ser tal que permita a
formação de um volume suficiente de metal líquido. Ainda mais acima se situam as
ventaneiras ou aberturas, onde é introduzido o ar comprimido no interior do forno, que
provém da caixa de vento que envolve o cubilô. Por sua vez, a caixa de vento é
alimentada por um ventilador ou ventoinhas rotativas, de modo a ter pressões variáveis,
de acordo com o diâmetro do cubilô. No topo do forno, fica o nível de carregamento do
forno. A sua altura deve ser a maior praticável, de modo a permitir um pré-aquecimento
mais eficiente da carga(2).
ferro. Não é comum o uso de carvão vegetal nesse forno devido ao seu baixo poder
calorífico por unidade de volume e menor resistência mecânica(8).
O forno elétrico a arco apresenta uma carcaça cilíndrica de aço, montada sobre
um sistema que permite o seu basculamento. A Figura 9.2 mostra, de forma
esquemática, um forno elétrico a arco.
O forno elétrico a arco pode fundir qualquer tipo de sucata. Na fusão de ferro
fundido a carga é constituída geralmente de sucata de ferro fundido e de aço e o controle
dos teores de carbono e silício é feito adicionando-se carbono na forma de coque e Fe-Si.
A formação de escória é importante, visto que ela atua como uma cobertura protetora na
superfície do metal líquido, diminui a sua oxidação e estabiliza o arco.
Figura 9.3: Forno a cadinho por indução de alta frequência. Adaptado de (2).
Figura 9.4: Forno de cadinho com queimador, tipo estacionário. Adaptado de (2).
10 ASPECTOS DO PROJETO
Inúmeros aspectos devem ser considerados durante a fase do projeto. Isto inclui,
por exemplo, a escolha da posição da peça no molde, o que definirá a maior ou menor
facilidade na extração do modelo, o número e a complexidade de cada um dos machos,
detalhes de forma do modelo e os sistemas de enchimento e de alimentação do molde.
Tudo isso é determinado levando em conta o metal a ser fundido (as suas condições de
fusão e vazamento e as suas propriedades mecânicas e físicas após solidificação, por
exemplo), o molde (material empregado, características do processo, etc.) e o número de
peças a serem produzidas. Neste último aspecto, por exemplo, uma dada opção de
projeto pode ser conveniente para um lote de peças reduzido e não o ser para grandes
lotes.
10.1 Modelagem
Madeira
Para a preparação destes modelos pode ser empregada uma grande variedade
de madeira incluindo o cedro, imbuia, mogno, marfim, peroba e pinho. Diferentes tipos de
madeira podem ser usados em um modelo aproveitando as características de cada tipo.
Compensados são comumente usados na confecção de estrados e placas de modelos.
Modelos mais precisos e resistentes podem ser feitos com madeira impregnada com
resina, menos sensível às variações de umidade(8).
Resina
Metais
Os modelos são construídos a partir de placas de isopor, que são coladas para
formar o modelo. Como a resistência desse material é muito baixa, precisa ser moldado
com areia aglomerada com resinas de cura a frio ou silicato de sódio, que dispensam
assim a socagem (8).
Cera
Existem vários tipos de modelos, como é ilustrado na Figura 10.1. O mais simples
é feito de uma única peça, chamado de modelo inteiriço, que possui a mesma geometria
da peça fundida, ajustada em tamanho para compensar o encolhimento e usinagem.
Embora seja o mais fácil de fabricar, não é o mais fácil de utilizar para fazer o molde de
areia. Por exemplo, a determinação da localização da linha de separação entre as duas
metades do molde é mais difícil, dependendo do julgamento do operador e a
incorporação da rede de canais de enchimento e do canal de entrada no molde exige
92
Figura 10.1: Tipos de modelos: (a) Modelo inteiriço, (b) Modelo partido, (c) Placa-
modelo única, (d) Placas-modelo separadas. Adaptado de (1).
permitem que as partes superior e inferior do modelo se alinhem com precisão. Placas-
modelo separadas são semelhantes à placa-modelo única, exceto que as metades do
modelo partido estão em placas separadas, de modo que as seções superior e inferior do
molde podem ser fabricadas e usadas de forma independente (1).
Ao projetar-se uma peça para ser fundida, devem ser levados em conta, em
primeiro lugar, os fenômenos que ocorrem durante o enchimento do molde e a
solidificação do metal líquido no interior deste para evitar que descontinuidades
originadas por esses eventos apareçam na peça solidificada. Além disto, aspectos
relacionados com a modelagem e com eventos e etapas de fabricação posteriores à
solidificação devem também ser considerados. Alguns destes fatores serão apresentados
abaixo do ponto de vista do projeto de fundição.
Caso a peça fundida passe por uma etapa de usinagem, o modelo deve prever
um excesso de metal (sobremetal) para compensar o que será removido posteriormente
da peça. A Tabela X.1 ilustra acréscimos nas dimensões de modelos recomendados para
a fabricação de peças de ferro fundido que serão usinadas.
430-630 5 7 4 6
630-1000 6 9 5 7
1000-1600 7 11 6 9
1600-2000 9 14 - -
2000-2500 11 16 - -
Compensação da contração
Quando o metal solidifica e resfria até a temperatura ambiente, ele sofre uma
redução de volume. Assim, no projeto do modelo, as dimensões devem ser aumentadas
para compensar esta contração. A Tabela X.2 ilustra valores médios da contração linear
que podem ser esperados na fabricação por fundição de peças de alguns tipos de ligas
metálicas e, portanto, considerados no projeto.
Ângulos de saída
Paredes altas devem possuir ângulos de saída pequenos para reduzir a mudança
de forma da peça. Paredes baixas, ao contrário, devem possuir ângulos maiores
(Figura 10.5).
97
As paredes internas que delimitam bolos de areia (Figura 10.6) devem ter ângulos
do que os previstos para paredes externas, pois estes bolos quebram mais
facilmente na extração.
Marcação de macho
Garantir uma posição estável ao macho, tanto para fechamento do molde, quanto
para o vazamento do metal, apresentando resistência ao fluxo de metal líquido.
Garantir a precisão da peça com a previsão de posicionadores e referências nas
marcações para impedir o deslocamento do macho ou permitir a sua colocação
correta no molde.
Facilitar a moldação suprindo contrassaídas, facilitando a colocação de
massalotes e minimizando o número de caixas de moldagem.
Facilitar a colocação dos machos e o fechamento do molde com folgas suficientes
para evitar o esmagamento e a quebra do molde.
Evitar queda de areia na cavidade do molde, projetando formas sem cantos vivos
e com a presença de locais para receber a areia que se solta na colocação do
macho e no fechamento do molde.
99
Facilitar a saída dos gases dos machos com perfurações, respiros e folgas.
Facilitar a realização do modelo, da caixa de macho e dos machos usando formas
mais simples.
Melhorar a resistência do macho.
Cantos arredondados
Secção mínima, em mm
Outros detalhes
Outra característica importante é que as nervuras não devem ser afetadas pela
usinagem, o que está ilustrado na Figura 10.14.
Figura 10.15: Dano de uma peça pela previsão incorreta das necessidades do
processo de usinagem. Adaptado de (8).
com o fundo da bacia e a relação dos diâmetros superior e inferior desse canal devem
ser estudados para que possa se evitar a formação de turbulências no início e durante o
vazamento(8).
O canal de distribuição conduz o metal líquido para os canais de ataque. Ele pode
ter seção variável para homogeneizar a pressão nos canais de ataque e pode ter um
prolongamento após o último canal para reter o primeiro líquido alimentado. Finalmente, o
canal de ataque transporta o metal líquido para a cavidade do molde, sendo que o seu
posicionamento e seção são fundamentais para a sanidade da peça fundida(3).
Figura 10.24: (a) Massalote direto aberto. (b) Massalote direto cego (8).
111
Figura 10.25: (a) Massalote lateral aberto. (b) Massalote lateral cego (8).
Os massalotes abertos são mais utilizados por facilitarem a saída dos gases
durante o vazamento. Contudo, eles têm maiores perdas de calor pela radiação através
da sua superfície superior. Para reduzir essas perdas e manter a superfície líquida,
podem ser usados isolantes na região lateral do massalote e pós de cobertura ou pós
exotérmicos na sua região superior. Para direcionar a solidificação para o massalote
garantindo que ele seja o último a solidificar, coquilhas e isolamento térmico podem ser
colocadas em regiões selecionadas do molde. Usada de forma adequada, esta medida e
outras medidas podem melhorar a eficiência do massalote e permitir a redução de seu
tamanho, Figura 10.26.
Os massalotes cegos possuem maior eficiência térmica, mas podem ser menos
eficientes para a alimentação da peça se a sua altura for menor do que a peça.
Adicionalmente, a sua pressão interna pode cair se o material do molde não for muito
permeável à entrada de gases, ver Figura 10.28. Com isto, o fluxo de metal líquido do
112
massalote que alimentaria a peça pode ser interrompido. Como consequência e com a
solidificação da ligação entre o massalote e a peça, uma cavidade de contração seria
formada na peça (Figura 10.28(b)). Neste caso, o uso de um macho com maior
permeabilidade à passagem de gases, ou uma cunha de areia, que age permitindo a
entrada de gases no massalote e mantendo a sua pressão elevada, permitiria manter a
alimentação da peça durante a sua solidificação e a cavidade seria formada apenas no
massalote (Figura 10.28(c)) (25).
Figura 10.26: (a) Massalote aberto. (b) Massalote aberto e coquilha. (c) Pequeno
massalote aberto e coquilha. (d) Pequeno massalote aberto com isolante e pó
isotérmico. (e) Pequeno massalote aberto com isolante, pó isotérmico e coquilha.
Adaptado de (25).
113
Figura 10.27: Formas de alimentar duas peças maciças ligadas por um canal de
união (25). (a) Massalote apenas na peça à esquerda, cavidade formada na peça à
direita. Utilização de (b) dois massalotes, (c) massalote e resfriador e (d) massalote
e isolante no canal.
114
Figura 10.28: (a) Formação da pele sólida no massalote cego e na peça. (b)
Cavidades são formadas tanto no massalote cego quanto na peça. (c) Macho
permeável colocado no massalote cego. Adaptado de (25).
115
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
11. Tuttle, R.B. Foundry Engineering: The Metallurgy and Design of Castings.
CreateSpace Independent Publishing, 2012.
21. GUESSER, W. L. Ferro Fundido com Grafita Compacta. Metalurgia & Materiais,
Caderno Técnico, p. 403-405, jun. 2002. Disponível em:
<http://www.tupy.com.mx/downloads/guesser/ferro_fund_grafita_compacta.pdf>.
Acesso em: 7 jun. 2015.
23. REVISTA ABIFA ANUÁRIO 2014. São Paulo: Associação Brasileira de Fundição,
2014. Guia ABIFA de Fundição.