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Notas de Aula

PLATAFORMAS DE E-COMMERCE
E MEIOS DE PAGAMENTO

Aula 2

Prof. MsC. Kleber Silva


prof.kleber.silva@gmail.com
versão 3.3
10/08/2022
Marketing Digital e e-Commerce

1.2 – Plataformas
Nesta aula iremos apresentar uma arquitetura sugerida de plataformas de
ecommerce e 3 tipos de implementações mais comuns: código aberto,
desenvolvido sob demanda e SaaS. Esses tipos não valem apenas para
plataformas de ecommerce, como também são encontrados para outros
sistemas: ERP, CRM, etc.

1.2.1 – Arquitetura
Após a apresentação das características do Data Center na primeira aula,
é possível sugerir uma arquitetura de uma plataforma de e-commerce e seu
ecossistema.

Figura 4: Arquitetura sugerida de uma plataforma de eCommerce e seu ecossistema

Do lado esquerdo os clientes da loja virtual conectados na internet e


acessando um servidor Web em um Data Center em qualquer lugar do mundo.
Este servidor “trabalha” em conjunto com o servidor de banco de dados (que
em ambientes menores, pode estar fisicamente no mesmo equipamento) para
formar a plataforma de eCommerce. Ao lado esquerdo temos a comunicação
com outros sistemas: pagamentos, frete, ERP, etc, que normalmente estarão
localizados em Data Centers diferentes, até mesmo outras cidades ou até
países.

1.2.2 – Código aberto


Neste cenário, as ferramentas CMS (Content Management System) como
Wordpress e Joomla permitem a implementação de uma loja virtual em um site

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corporativo para uso geral, agregando as funcionalidades de comercio


eletrônico. No Caso do Wordpress o plugin Woocommerce é o mais difundido,
mas existem outros plugins. Já as plataformas específicas de ecommerce
como Magento, Prestashop e OpenCart entregam uma interface voltada para a
venda de produtos apenas, porém com mais funcionalidades para esse
propósito.
O perfil de empresas que normalmente escolhe uma ferramenta de código
aberto é o que está começando sua operação de ecommerce com orçamento
baixo, mas gostaria de ter liberdade de complementar com módulos e plug-ins
adicionais sem elevação de custos, apesar de muitos módulos adicionais
serem pagos. Um conhecimento razoável em administração de sistemas e
tecnologia é necessário para operar uma ferramenta dessas.
Apesar de ser feito para uma administração simples, há uma interação
grande para se obter um bom resultado. O nível de customização
(personalização) que essas ferramentas permitem com o gerenciamento é
razoável. Porém é possível entregar um layout interessante e construir novas
integrações, com a contratação de desenvolvedores de código.
Este modelo é caracterizado como PaaS (Plataforma As a Service)
Uma referência sobre o assunto é o “Desenvolvimento de loja virtual
utilizando plataforma de e-commerce open source” de Jone Emilio Maass de
2014.
“A comercialização por meio da Internet é, em geral, sustentada por
sistemas de comércio de eletrônico, também chamados de lojas virtuais. Esse
trabalho tem como tema a utilização de uma plataforma de e-commerce open
source para a personalização e implantação de uma loja virtual. Foi realizado
um levantamento sobre plataformas de e-commerce disponíveis no mercado,
identificadas algumas plataformas open source e verificado quais dessas são
mais utilizadas. Dentre as plataformas estudadas, a plataforma chamada
Magento foi selecionada para realização de um estudo de caso, referente à
criação de uma loja virtual para comercialização de produtos de informática.
Todo o processo realizado para instalação e configuração da loja virtual é
descrito nesse trabalho. Com base na experiência adquirida, a recomendação
é de que seja feito um estudo antes da utilização de qualquer plataforma, para
entender bem o seu funcionamento, evitando assim problemas durante o
processo de instalação ou personalização causados por desconhecimento da
ferramenta. Conclui-se que o Magento é uma plataforma bem completa, com
muitas funcionalidades, que exige um pouco de estudo para ser utilizada, mas
pode-se considerar uma ótima plataforma para desenvolvimento fácil e rápido
de uma loja virtual.”

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1.2.3 – Desenvolvimento sob demanda


Para atender um nível mais elevado de customização da loja virtual,
sistemas e banco de dados dentro na loja, integração com sistemas externos,
etc, se faz necessário um profissional ou uma equipe capacitada em
desenvolver sistemas. A mesma regra vale para aplicativos: se a empresa
deseja vender também ou apenas por apps, não há plataformas prontas.
Este modelo é caracterizado como PaaS (Plataforma As a Service)
Nos últimos 3 anos o desenvolvimento para aplicativo cresceu muito
principalmente pela criação de um modelo híbrido que otimiza a
disponibilização do mesmo código para Android e iOS. Anteriormente era
preciso desenvolver o mesmo App duas vezes. Outro ponto importante na
opção de negócio de Apps é a tecnologia que os smartphones dispõem como
diferenciais, se comparado a uma plataforma web responsiva sendo acessado
por um browser, por exemplo: um App pode fazer uso de geolocalização,
notificações, leitor de QR Code, etc
O custo de um projeto desse é mais alto devido ao tempo gasto no
desenvolvimento e nas customizações. Atende bem empresas com um poder
de investimento mais elevado. A maioria dos grandes ecommerces, como
walmart.com por exemplo, estão nesse modelo atualmente, mesmo que
inicialmente passarem pelas outras modalidades.
Quando comparadas, as duas opções viáveis para pequenas e médias
empresas, a plataforma SaaS (a ser falada na sequência) tem um custo menor
e um tempo para configurações mínimas também muito mais curto. Para quem
tem poucos recursos para investir, a plataforma SaaS é uma boa opção. Mas
para quem quer uma loja virtual que atenda às necessidades específicas do
seu negócio, com uma combinação personalizada de funcionalidades e sem
limites de produtos ou visualizações, a plataforma sob demanda é a melhor
opção.

1.2.4 – Ferramentas SaaS


É o método mais rápido de subir uma loja virtual e a que menos exige
conhecimento técnico da empresa. O software é disponibilizado na nuvem, com
hospedagem inclusa, e pago mensal como serviço (SaaS - Software as a
Service). Há várias ofertas desde R$50,00 a R$1.000,00 mensais, de acordo
com “tamanho” do seu ecommerce. Algumas ferramentas limitam a quantidade
de produtos cadastrados, outras cobram pela quantidade de acesso (pages

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views) pelos clientes e outras ainda cobram um adicional de porcentagem


sobre as vendas (caso da empresa VTEX, normalmente 2% de cada venda).
Um texto da empresa bleez aponta as vantagens e desvantagens desse
modelo: https://bleez.com.br/blog/loja-virtual-vantagens-e-desvantagens/
Uma referência sobre o assunto é o “Importância dos Aspetos em
Desempenho de Serviços: Estudo de Caso em Start-Up de ERP para E-
Commerce no Modelo de Cloud Computing (SAAS)” de Priscila Nesello et all
de 2014.
“As novas tecnologias baseadas na web e a oferta de recursos que
podem ser fornecidos como serviço (as a service) em um ambiente de
computação em nuvem (cloud computing) têm sido consideradas áreas de
atuação no contexto de serviços. Esse artigo analisa a importância dos
aspectos de desempenho em serviços de uma start-up desenvolvedora e
fornecedora de sistemas ERP (enterprise resource planning) para operações
de comércio eletrônico (e-commerce), bem como suas origens e trade-offs. A
avaliação foi realizada por meio de pesquisa quantitativa e exploratória. O
objetivo foi analisar como os clientes de uma empresa de tecnologia,
organizados em duas categorias (empresas médias e pequenas), reconhecem
a importância dos aspectos de desempenho em serviços. Os resultados
mostram que as empresas médias, ainda não têm claro quais aspectos são os
mais importantes para o seu negócio e os pequenos atribuem uma maior
importância para "atendimento".
A plataforma mais conhecida desse modelo é a VTEX, que possui mais
de 2.000 lojas online em 20 países e é utilizada por grandes empresas, como
Sony e Whirlpool. É reconhecida como líder no segmento pelo Quadrante
Mágico do Gartner:

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Figura 5: Quadrante mágico do Gartner para Comercio Digital 2017

O Gartner Group, renomada empresa de pesquisa e consultoria de


tecnologia do mundo, divulgou seu relatório anual (Quadrante Mágico) de 2017
específico para empresas de eCommerce. No segmento de e-commerce, a
VTEX é a primeira empresa da América Latina, entre o seleto grupo que inclui
Salesforce, IBM, SAP e ORACLE. Figurar no relatório atesta o crescimento
contínuo e global da companhia.
Após 4 anos, em 2021, nota-se uma evolução na avaliação da VTEX na
sua visão de negócios e inovação (à direita) e também na base instalada
(acima).

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Figura 6: Quadrante mágico do Gartner para Comercio Digital 2021

Referências bibliográficas
Maass, Jone Emilio. Desenvolvimento de loja virtual utilizando
plataforma de e-commerce open source. BS thesis. Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, 2014. Disponível em:
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2010
Nesello, Priscila, Vilmar Antonio Gonçalves Tondolo, and Flávio Régio
Brambilla. "Importância dos Aspetos em Desempenho de Serviços: Estudo
de Caso em Start-Up de ERP para E-Commerce no Modelo de Cloud
Computing (SAAS)”. Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 14, n.
3, p. 225-248, set./dez. 2014. Disponível em
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/41996142/Importncia_dos
_Aspetos_em_Desempenho_de_20160203-30232-a55wf7.pdf?
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