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CONSTITUCIONALISMO
1. Definição
Deve-se identificar dois sentidos para definir o constitucionalismo: um SENTIDO AMPLO, referindo-se à existência
de uma Constituição dentro de um Estado, sentido este pouco utilizado, uma vez que todo Estado possui uma
Constituição, ainda que não escrita; e um SENTIDO ESTRITO, referindo-se à garantia de direitos e à limitação dos
poderes existentes no Estado.
NOTA: a ideia principal do constitucionalismo não era formular Constituições aos Estados, mas sim fazer com que
preceitos asseguradores do ideal de liberdade humana – direitos e garantias fundamentais e separação dos poderes –
fossem previstos como instrumento de limitação do poder estatal.
2. Evolução histórica
a) Constitucionalismo Antigo
O constitucionalismo antigo compreende o período da Antiguidade até o fim do século XVIII. E, tem como
principais características: inexistência de uma Constituição escrita, uma vez que era baseada em costumes e
precedentes judiciais, falando-se, então, em constituições consuetudinárias; forte influência da religião; e a supremacia
do monarca ou do Parlamento. Sobre tal período destacam-se quatro importantes experiências:
ESTADO HEBREU
O surgimento do constitucionalismo foi identificado na sociedade hebraica, ainda que de forma
embrionária, com a limitação dos poderes do governo por meio de dogmas religiosos, que serviam
como limites aos súditos e, também, ao poder do soberano.
GRÉCIA
Durante dois séculos, a Grécia foi um Estado político plenamente constitucional, pois adotava a forma
mais avançada de governo – democracia.
ROMA
A experiência grega foi, posteriormente, reproduzida em Roma.
INGLATERRA
Na Inglaterra, embora não existisse uma constituição escrita, o poder real sempre encontrou algum
tipo de limitação em documentos como: Magna Carta (1215); Petition of Rights (1628); Habeas corpus
Act (1679); e o Bill of Rights (1689).
b) Constitucionalismo Moderno
CONSTITUIÇÕES LIBERAIS
O constitucionalismo liberal ou clássico tem início no fim do século XVIII e se estende até o fim da Primeira Guerra
Mundial (1917). O principal diferencial do constitucionalismo clássico, em relação à fase anterior, é o aparecimento das
primeiras constituições escritas. A partir delas, surgem as noções de rigidez constitucional e supremacia da
constituição. E, nessa fase, merecem destaque as experiências constitucionais estadunidense e francesa.