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ANDREIA CARDOSO
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
RESUMO
Segundo Cameron e Quinn (2005), a maioria dos autores concorda que o conceito de
cultura se refere aos valores assumidos (taken for granted), pressupostos básicos (SCHEIN,
2009), expectativas e definições que caracterizam as organizações e seus membros. Para tais
autores, a quantidade de fracassos da maioria das mudanças organizacionais planejadas está
relacionada à negligência com a cultura organizacional, que tem um poderoso efeito no
desempenho e na efetividade de longo prazo das organizações. Considerando a importância
do entendimento da cultura das organizações para o seu sucesso, Cameron e Quinn (2005)
elaboraram um instrumento para diagnosticar tipos de cultura organizacional, o
Organizational Culture Assessment Instrument (OCAI), com base em um modelo teórico
denominado Competing Values Framework (CVF), que resultou de uma pesquisa realizada
com os principais indicadores de efetividade organizacional. Para Cameron e Quinn (2005), o
OCAI é provavelmente o instrumento quantitativo mais utilizado no mundo para o
diagnóstico de cultura organizacional.
No entanto, os numerosos estudos que utilizaram o OCAI o empregaram com que
finalidade? Quais as justificativas para a escolha desse instrumento? Em quais categorias de
análise o OCAI foi utilizado? Foi usado como instrumento de diagnóstico organizacional?
Um levantamento da literatura nacional e internacional, sem filtro de período, nas bases
de dados da CAPES, SPELL, SciELO, EBSCO e ProQuest, utilizando as palavras
Organizational+Culture+Assessment+Instrument e Competing+Values+Framework nos
títulos e resumos dos artigos, não encontrou estudos que analisassem aspectos como
finalidade, objetivos e justificativas da utilização do OCAI, nas pesquisas acadêmicas
internacionais e nacionais.
Assim, tendo em vista os questionamentos abertos a respostas, este artigo tem por
objetivo analisar criticamente o uso do OCAI, como e por que ele é utilizado na produção
acadêmica nacional. Os objetivos específicos deste estudo são: entender quais os objetivos,
resultados e justificativas para a escolha do OCAI; analisar se ele é utilizado para o
diagnóstico da cultura organizacional, como variável dependente e independente, ou para
estabelecer relação com outros constructos; e verificar o tipo de escala utilizado na aplicação
do instrumento (ipsative ou normativa).
A contribuição deste trabalho para a literatura é esclarecer como e por que o modelo
Competing Values Framework é utilizado, revelando a abrangência e as possibilidades desse
instrumento para a pesquisa de cultura organizacional.
O estudo inicia com esta introdução, seguida por uma revisão da literatura sobre cultura
organizacional e a fundamentação do modelo teórico do Organizational Culture Assessment
Instrument (OCAI). Na sequência é descrito o procedimento metodológico que orientou a
revisão sistemática. Em seguida são apresentadas a análise e discussão dos resultados, e, na
última parte, articulam-se as considerações finais, as contribuições e limitações do estudo,
além de uma agenda para futuras pesquisas.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Quinn e Rohrbaugh (1983), embora cada uma dessas três dimensões tenha sido
reconhecida individualmente e discutida como problemas para os gestores resolverem, elas
nunca foram identificadas como elementos integrados de um único quadro conceitual. A
integração tridimensional destas dimensões torna possível a identificação de quatro modelos
básicos de efetividade organizacional. Quando os resultados da escala multidimensional são
analisados, torna-se claro que a separação dos 17 indicadores de eficácia em um espaço
tridimensional define graficamente quatro modelos e traz precisão considerável para o
desenvolvimento de um constructo de efetividade.
Cameron e Quinn (2005) chegaram a um framework baseado nas dimensões de Quinn e
Rohrbaugh (1983) para efetividade organizacional, o Competing Values Framework (Figura
2). A cada quadrante foi dado um rótulo para distinguir suas características principais - clã,
adhocracy, mercado e hierarquia. É importante notar que os nomes dos quadrantes não foram
selecionados aleatoriamente. Eles são derivados da literatura acadêmica, que explica como, ao
longo do tempo, os valores organizacionais têm-se associado com formas diferentes de
organizações. Os quatro quadrantes que emergiram dessas análises coincidem com as
principais formas de organização desenvolvidas na ciência organizacional. Estes quadrantes
também coincidem com as teorias de gestão sobre sucesso organizacional, abordagens
organizacionais de qualidade, e papéis e habilidades de liderança, conforme mencionados por
Cameron e Quinn (2005).
Cameron e Quinn (2005) concluíram que cada quadrante do CVF representa um tipo de
cultura, e desenvolveram uma ferramenta (OCAI) para diagnosticar quais, entre os quatro
tipos, são dominantes em uma organização. Os autores definem os quatro tipos de cultura
baseados no CVF, como abordado a seguir.
Cultura Hierárquica
O grande desafio das organizações na virada do século XX foi o de produzir bens e
serviços eficientemente, para uma sociedade cada vez mais complexa. Para conseguir isso,
Max Weber (1947, apud CAMERON; QUINN, 2005) propôs um modelo que se tornou
clássico na teoria organizacional: a burocracia. A burocracia introduziu regras, especialização,
meritocracia, hierarquia e impessoalidade nas organizações. Como o ambiente era
relativamente estável, a chave do sucesso para as organizações estava em fazer com que
tarefas e funções fossem integradas e coordenadas, produtos e serviços uniformizados, e os
trabalhadores estivessem sob o controle de linhas claras de autoridade e de tomada de
decisões. A Cultura Hierárquica avaliada pelo OCAI é a cultura organizacional compatível
com esta forma de atuar, e é caracterizada por um lugar formal e estruturado para trabalhar,
onde os procedimentos definem o que as pessoas fazem. Os líderes eficientes são bons
coordenadores e organizadores. As preocupações de longo prazo da organização são a
estabilidade, previsibilidade e eficiência, e as regras e políticas formais são importantes para
manter a organização unida.
Cultura de Mercado
Devido aos desafios competitivos da década de 1960, outra forma de organização
tornou-se conhecida, com base nos trabalhos de estudiosos como Oliver Williamson (1975) e
William Ouchi (1981), conforme Cameron e Quinn (2005), e que enfatiza os custos de
transação. Este tipo de organização é orientado para o ambiente externo, e seu foco está nas
transações com grupos externos, como fornecedores, clientes, sindicatos e órgãos reguladores,
operando principalmente através de mecanismos de economia de mercado, dinâmica
competitiva e câmbio monetário, para criar vantagem competitiva. Lucratividade e resultado
das vendas são o foco principal, e os valores fundamentais que dominam esta cultura são
competitividade e produtividade. Os pressupostos básicos em uma cultura de mercado são que
o ambiente externo é hostil. A cultura de mercado, avaliada pelo OCAI, é a de um local de
trabalho orientado a resultados. Os líderes são duros, concorrentes difíceis e clientes
exigentes. A “cola” que mantém a organização unida é a ênfase em vencer. A preocupação de
longo prazo é determinar as ações competitivas para atingir metas e objetivos. O sucesso é
definido em termos de penetração de mercado, de ultrapassar a concorrência e obter a
liderança.
Cultura Clã
Pesquisadores como Ouchi (1981), Pascale e Athos (1981) e Lincoln (2003), conforme
Cameron e Quinn (2005), estudaram as organizações japonesas no final dos anos de 1960 e
início dos anos de 1970, e observaram diferenças fundamentais entre as organizações focadas
em mercado e hierarquia, nos Estados Unidos, e as organizações com a forma de clã, no
Japão. Os valores e objetivos comuns, coesão e participação, fazem parte da cultura clã. No
lugar das regras e procedimentos das hierarquias ou do foco em rentabilidade da cultura de
mercado, as características típicas do clã são o trabalho em equipe, programas de
envolvimento dos trabalhadores, e compromisso corporativo com os funcionários. Alguns
pressupostos básicos em uma cultura clã são que o meio ambiente pode ser mais bem gerido
por meio do trabalho em equipe e do desenvolvimento de funcionários. Os clientes são
tratados como parceiros. A cultura clã avaliada pelo OCAI refere-se a um lugar tipicamente
amigável para se trabalhar, onde as pessoas compartilham informações sobre si mesmas. A
organização é como uma grande família, na qual os líderes são tratados como mentores; ela é
mantida unida por lealdade e tradição, e o compromisso é alto. A organização enfatiza os
benefícios do desenvolvimento individual em longo prazo, dando grande importância à
coesão e à moral; e o sucesso é definido pelo clima interno.
Cultura Adhocracy
Segundo Cameron e Quinn (2005), a origem da palavra adhocracy é ad hoc, que
significa algo temporário, especializado e dinâmico. Enquanto o mundo desenvolvido sai da
era industrial e entra na era da informação, um quarto tipo ideal de organização surge, que é
mais sensível às condições turbulentas e aceleradas que, cada vez mais, tipificam o mundo
organizacional do século 21. Os pressupostos básicos são que as iniciativas inovadoras e
pioneiras levam ao sucesso, e as organizações estão no negócio principalmente para o
desenvolvimento de novos produtos e serviços e para se prepararem para o futuro. A maior
tarefa da gestão é fomentar o empreendedorismo e a criatividade. Assume-se que a adaptação
e a inovação levam a novos recursos e à lucratividade, então o foco está na criação de uma
visão de futuro, em uma anarquia organizada e na imaginação disciplinada. A cultura
adhocracy, avaliada pelo OCAI, é caracterizada por um ambiente de trabalho dinâmico,
empreendedor e criativo. As pessoas assumem riscos e a liderança eficiente é visionária e
inovadora. A “cola” que mantém a organização unida é o compromisso com a experimentação
e inovação. A ênfase é estar na vanguarda de novos conhecimentos, produtos e serviços. A
agilidade para a mudança e para enfrentar novos desafios é importante, e o sucesso significa
produzir produtos e serviços únicos e originais.
Segundo Cameron e Quinn (2005), estudiosos apontam controvérsias relacionadas a
como definir, medir e quais dimensões devem caracterizar a cultura organizacional.
Quanto à definição, o conceito de cultura organizacional surgiu inicialmente de duas
raízes disciplinares diferentes: antropológica (organizações são culturas) e uma base
sociológica (organizações têm culturas). Em cada uma dessas disciplinas, foram
desenvolvidas duas abordagens diferentes para a cultura: uma abordagem funcional (a cultura
emerge do comportamento coletivo) e uma abordagem semiótica (a cultura reside em
interpretações individuais e cognitivas). O Competing Values Framework adota a definição de
cultura representada pela base sociológica e funcional (CAMERON; QUINN, 2005).
Para medir a cultura organizacional, Cameron e Quinn (2005) mencionam três
estratégias disponíveis: 1) abordagem holística, em que o pesquisador faz imersão e
observação participante; 2) abordagem metafórica ou linguística, em que o investigador
utiliza documentos, estórias e conversa; e 3) abordagem quantitativa, em que se usam
questionários e entrevistas.
Segundo esses autores, a pesquisa de culturas organizacionais torna-se impossível
quando a imersão em cada um dos indivíduos é obrigatória. Para realizar comparações entre
várias culturas é necessária a utilização de métodos quantitativos. É crucial, no entanto, que
ao responder a um instrumento de pesquisa, os indivíduos relatem valores subjacentes e
pressupostos (cultura), e não apenas atitudes ou percepções superficiais (clima).
Com relação à dimensão, Cameron e Quinn (2005) defendem que duas dimensões
merecem atenção, que são conteúdo e padrão. As dimensões de conteúdo se referem aos
aspectos da cultura organizacional que devem ser usados como pistas em cenários, para que
indivíduos identifiquem seus valores culturais. As dimensões de padrão As dimensões de
padrão referem-se a um perfil de cultura que é produzido pela pontuação dada em um
instrumento de avaliação da cultura. Para que isso ocorra os autores sugerem que seja
utilizado um procedimento de análise de cenários em que os respondentes identifiquem a
própria cultura da organização. Estes cenários servem como ferramenta emocional e cognitiva
para trazer atributos culturais fundamentais para a superfície. Pesquisadores descobriram que
indivíduos descrevem a cultura de suas organizações de acordo com arquétipos psicológicos,
e a informação cultural é interpretada no contexto de seus arquétipos subjacentes.
Cameron e Quinn (2005) observam que a maneira pela qual a cultura organizacional é
naturalmente interpretada é congruente com as dimensões do Competing Values Framework.
O OCAI possui seis dimensões que, combinadas, refletem valores culturais fundamentais e
pressupostos básicos sobre a forma com que a organização funciona. As seis dimensões são:
1) Características dominantes da organização, ou como as organizações se caracterizam de
forma geral; 2) O estilo e a abordagem de liderança que permeiam a organização; 3) O
gerenciamento dos funcionários, ou o estilo que caracteriza a forma pela qual os funcionários
são tratados, e como é o ambiente de trabalho; 4) A “cola” organizacional que mantém a
empresa unida; 5) A ênfase estratégica, que define quais as áreas que guiam a estratégia
organizacional; 6) O critério que define o sucesso, como a vitória é determinada, e o que deve
ser premiado e celebrado. Essas seis dimensões podem ser observadas na descrição dos tipos
de cultura do OCAI.
Segundo Cameron e Quinn (2005), foi possível provar a confiabilidade e a validade do
OCAI, pois o instrumento foi e ainda é utilizado por muitos pesquisadores em diversos tipos
de organizações. O resultado do coeficiente de confiabilidade (Alfa de Cronbach) foi
estatisticamente significante e satisfatório para os quatro tipos de cultura, todos acima de 0,7.
O limite inferior geralmente aceito para o Alfa de Cronbach é 0,7, podendo diminuir
para 0,6 em pesquisa exploratória (HAIR; ANDERSON; BLACK, 2005).
A validade mostra em que medida um fenômeno que se supõe ser medido é realmente
medido. Ou seja, o OCAI realmente mede cultura organizacional? Cameron e Freeman (1991,
apud CAMERON; QUINN, 2005) produziram evidências da validade do OCAI em um estudo
da cultura organizacional em 334 instituições de ensino superior, com a participação de 3.406
indivíduos, incluindo presidentes, pesquisadores, alunos, chefes de departamento e membros
do Conselho. Segundo os autores, a análise gerou resultados altamente consistentes com os
valores esposados e atributos organizacionais de cada tipo de cultura do CVF, ou seja, fortes
evidências para a validade do instrumento foram produzidas.
Para mensurar a cultura organizacional por meio do OCAI, Cameron e Quinn (2005)
selecionaram a escala ipsative, em que os respondentes devem dividir 100 pontos entre as
alternativas apresentadas no questionário. Os autores informam que é possível aplicar a escala
utilizando também a escala normativa tipo Likert de cinco ou sete pontos. No entanto,
escolheram a escala ipsative, pois esta destaca e diferencia a singularidade cultural que existe
em uma organização. Com a utilização da escala ipsative os respondentes são forçados a
identificar as trocas que realmente ocorrem na organização. Com a escala tipo Likert os
indivíduos tendem a avaliar todos os quadrantes com notas altas, ou todos os quadrantes com
notas baixas, e com isso não é possível identificar diferenças.
Cameron e Quinn (2005) destacam que, durante anos de pesquisas nas organizações,
descobriram que o Competing Values Framework pode ser utilizado para avaliar outros
aspectos de uma instituição, além da cultura organizacional, tais como liderança
organizacional, efetividade organizacional, gerenciamento da qualidade total e o papel do
gerenciamento de recursos humanos.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Buscando alcançar os resultados deste estudo, que são entender quais os objetivos,
resultados e justificativas para a escolha do OCAI; analisar se ele é utilizado para o
diagnóstico da cultura organizacional, como variável dependente ou independente, ou para
estabelecer relação com outros constructos; e verificar o tipo de escala empregada na
aplicação do instrumento (ipsative ou normativa), foi utilizado o método de revisão
bibliográfica sistemática.
Segundo Conforto, Amaral e Silva (2011), este é um método científico para a busca e
análise de artigos de uma determinada área da ciência. Galvão e Pereira (2014) relatam que os
métodos para elaboração de revisões sistemáticas preveem: (1) elaboração da pergunta de
pesquisa; (2) busca na literatura; (3) seleção dos artigos; (4) extração dos dados; (5) avaliação
da qualidade metodológica; (6) síntese dos dados (metanálise); (7) avaliação da qualidade das
evidências; e (8) redação e publicação dos resultados.
Primeiramente, foi realizada uma busca na literatura nacional e internacional por meio
de revisões bibliográficas sistemáticas, que tinham por objetivo analisar aspectos como
finalidade, objetivos e justificativas da utilização do OCAI nas pesquisas acadêmicas
internacionais e nacionais. Um levantamento da literatura nacional e internacional, sem filtro
de período, nas bases de dados da CAPES, SPELL, SciELO, EBSCO e ProQuest, utilizando
as palavras Organizational + Culture + Assessment + Instrument, e Competing + Values +
Framework, não encontrou estudos da mesma natureza.
Na sequência foi realizada uma coleta dos dados, adotando os seguintes critérios: busca
exploratória de artigos nacionais, sem filtro de período, nas bases de dados SPELL, SciELO e
ProQuest, utilizando as palavras nos títulos, resumos e palavras-chave: [competing + values +
framework], [modelo + de + valores + competitivos], [organizational + culture + assessment
+ instrument], [instrumento + avaliação + cultura + organizacional], [cameron + quinn],
[diagnóstico + da + cultura], [avaliação + da + cultura]. Não foi utilizado filtro para o período,
de modo a se obter a maior quantidade possível de estudos relacionados ao OCAI na literatura
nacional. Com base nesses critérios obteve-se 1.392 artigos, e, após da leitura dos resumos, 13
artigos foram identificados por atenderem os objetivos de busca. Após a leitura dos objetivos
dos artigos, foi necessário eliminar quatro deles por não apresentarem a aplicação do
instrumento (questionário), que é o foco desta pesquisa, restando, assim, nove artigos para
análise.
O passo seguinte foi realizar uma leitura completa dos artigos e, finalmente, fazer uma
análise crítica sobre a finalidade, objetivos e justificativas da escolha do OCAI para estes
artigos, e quais os resultados encontrados.
Uma análise inicial e estatística dos nove artigos nacionais selecionados que utilizaram
o OCAI revelou que 23% (3) dos artigos são originários de autores filiados à Faculdade de
Economia e Administração da USP (FEA/USP), 23% (3) da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), e os demais artigos (3) foram produzidos, cada um, por diferentes
instituições: Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) e Universidade Federal do Paraná
(UFPR).
Com relação à autoria, foi identificado que a autora que mais produziu artigos
utilizando o OCAI foi SILVA, L. M. T., que também é referenciada como BARRETO, L. M.
T. S, com quatro artigos (44% do total).
As publicações ocorreram entre 1998 e 2015, lembrando que não foi utilizado filtro por
ano, na busca pelas publicações, com o objetivo de alcançar maior abrangência da literatura. É
possível verificar que até 2011 houve uma publicação por ano, em 1998, 2007, 2010 e 2011,
duas publicações em 2013 e duas em 2014, voltando a uma em 2015. A autora SILVA, L. M.
T. (também identificada como BARRETO, L. M. T. S), que possui o maior número de artigos
(4), vem publicando desde 2007, e seu último artigo foi em 2014.
No Quadro 1 apresenta-se um resumo dos nove artigos identificados para a análise, em
ordem cronológica de publicação, incluindo filiação institucional, primeiro autor, periódico e
respectivo Qualis, as escalas encontradas, a finalidade da utilização do OCAI, se houve
justificativa para a escolha deste instrumento, e qual o tipo predominante de cultura do OCAI
encontrado em cada pesquisa.
Filiação Cultura
N Ano 1º Autor Periódico e Qualis Escala Finalidade Justificou?
Institucional Predominante
Revista de
SANTOS, Likert 5 Relação com
1 1998 FEA/USP Administração A2 Não Não informado
N. M. B. F. pontos outro constructo
Contemporânea
SILVA, L. Revista Não Relação com
2 2007 UFRN B3 Não Clã
M. T. et al. ADM.MADE informou outro constructo
Os 4 (1 por
SILVA, L. Turismo: Visão Não Relação com
3 2010 FEA/USP B2 Não empresa
M. T. e Ação informou outro constructo
pesquisada)
Revista
TARIFA, Não
4 2011 UFPR Ciências B3 Diagnóstico Não Hierárquica
M. R. informou
Administrativas
BARRETO
Revista de Escala Relação com Clã, seguida de
5 2013 UFRN , L. M. T. A2 Sim
Administração ipsative outro constructo adhocracy
S.
Relação com
outro constructo
IFSULDEMI ROCHA, Não Clã, seguida de
6 2013 Gest. Prod. A2 Cultura é Sim
NAS L. C. S. informou mercado
variável
independente
Revista
BRAGA, Eletrônica de Likert 5
7 2014 UFC B2 Diagnóstico Não Adhocracy
G. G. Ciência pontos
Administrativa
Revista
BARRETO
Brasileira de Não Relação com
8 2014 UFRN , L. M. T. B1 Sim Não informado
Pesquisa em informou outro constructo
S.
Turismo
Relação com
Revista de outro constructo
REIS, G. Escala
9 2015 FEA/USP Administração B1 Cultura é Sim Mercado
G. ipsative
Mackenzie variável
independente
Fonte: Elaborado pela autora
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
MARTIN, J. Organizational Culture: Mapping the Terrain. Thousand Oaks, CA: Sage
Publications, 2002.