Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
Introdução
1
Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas. Membro do Grupo de Pesquisa em
Jornalismo, Narrativas e Práticas Comunicacionais (UFOP) e do Núcleo de Estudos em Trabalho, Saúde e
Subjetividade (UNICAMP). Contato: thales.lelo@gmail.com
uma observação sistemática dos contextos de ação profissional, com o proposito de
engajamento crítico ao contexto escrutinado, denunciando características que compõem a
organização capitalista vigente e propondo um resgate das solidariedades coletivas, do cultivo
do ofício e mesmo a expressão, em situações de debate público, das vivências daqueles que
sofrem com as coerções desse sistema de produção, tendo como finalidade emancipatória uma
potencial transformação nos mecanismos de controle do trabalho e na mentalidade financista
do campo organizacional.
Seguindo o percurso sugerido por Deranty (2012), tentar-se-á compreender as
características dos estudos englobados sob a rubrica dessa abordagem “clínica” do trabalho
tomando como ponto de partida, em uma primeira seção, a faceta normativa do argumento,
ancorada na pressuposição de que, se o trabalho produz afetações sobre a existência humana,
então há formas erradas e corretas de gerir um coletivo em situação de trabalho, ou seja, antes
de tudo, o trabalho deve oferecer aos sujeitos a possibilidade de produzir sentido sobre sua
atividade.
Um segundo aspecto do trabalho desses autores diz respeito a sua caracterização do
humano, formulada, com variações, através de uma visão meta psicológica da subjetividade,
conforme Deranty (2008), frisando o caráter encarnado da socialização e atribuindo uma
centralidade fulcral ao trabalho como atividade que conecta sujeito, sociedade e materialidade
(experiência através do qual se vivencia a vida, como formula Dejours (2013)), e momento
constitutivo da formação da subjetividade e da integração social.
Essa leitura da constituição da identidade humana via imersão na materialidade do
mundo é contraposta à descrição, em tom pessimista, das patologias contemporâneas da
organização do trabalho que, como indica Deranty (2008), se ligam a uma sociedade liberal
intrinsecamente patogênica por desafiar diretamente as economias psíquicas, amparada em
uma contradição de base entre as exigências de produção e as pressões pela qualidade; e entre
uma visão utópica de autonomia e a realidade da política do medo. Assim, o investimento
clínico é, para esses autores (GAULEJAC, 2000; CLOT, 2008; DEJOURS, 2010), a busca por
oferecer o diagnóstico de uma “doença” em uma situação real de trabalho, partindo da
observação da palavra e dos contextos de ação dos atores, o que, na analogia à medicina,
corresponde a “estar próximo a cama do paciente” de modo a ouvir e interpretar seu
sofrimento.
Em uma última seção, retomar-se-á a alegoria médica para adentrar naquilo que é, do
ponto de vista de Clot (2010), o cerne dessa terceira geração de estudos francófonos acerca do
trabalho: a possibilidade de, partindo do campo, “cuidar” da organização do trabalho,
transformando-a e permitindo que se torne fonte de saúde. Reside nesse matiz emancipatório
dessa seara de pesquisadores um ideal de democracia, como destaca Deranty (2010),
sugerindo que, pelas relações de trabalho seria possível forjar uma “comunidade ampliada” de
discussão e deliberação em interface direta com a vida pública política. E esse argumento por
sua vez desfaz, para Renault (2012), a separação bastante difundida por Habermas (1990) da
oposição entre sistema e mundo da vida, resgatando a face comunicativa de um universo que
o filósofo alemão identificara colonizado por uma razão instrumental incompatível com a
liberdade política.
Normatividade do trabalho
Nas últimas décadas, como salientam Renault (2012) e Deranty (2015), uma miríade
de discursos, seja em âmbito acadêmico ou nas redes mais amplas de debate público, vem
frisando a inauguração de uma era que representa o “fim do trabalho”, em uma revisita pós-
moderna ao materialismo histórico-dialético, no intento de afirmar que, se o trabalho fora uma
categoria central na sociedade capitalista moderna, então na atual conjuntura sua força de
coesão social estaria pulverizada em formas de interação que transcendem as relações de
classe tradicionalmente engendradas por esse sistema, como a exemplo das emergentes
feições do multiculturalismo. Soma-se a esse discurso uma interpretação proeminentemente
negativa do trabalho, segundo Deranty (2015), também extraída de uma visada marxista, que
aponta que a superação do capitalismo indicaria suplantar a necessidade do trabalho e do
aparato ideológico que o sustenta. Assim, “um futuro sem alienação e reificação significa uma
sociedade além do trabalho” (DERANTY, 2015, p.108).
Para Renault (2012), a negação política do trabalho na atualidade é acompanhada de
forma estreita pela vitória de uma ideologia neoliberal que destronou os movimentos
operários ao longo da primeira metade do século XX (como Boltanski e Chiapello (2009)
desenvolvem em minúcias ao refletir sobre as bases para a emergência de um “novo espírito
do capitalismo” nas décadas de 1970 em diante). Nesse cenário se forja o juízo de que a
liberdade política se constitui na esfera pública de modo independente à esfera do trabalho,
concepção essa traduzida na teoria do agir comunicativo proveniente da Segunda Geração da
Teoria Crítica, através dos escritos de Jürgen Habermas (1990). Esse filósofo alemão
formulara, como expõe Deranty (2009a), uma distinção entre os conceitos de sistema e
mundo da vida, no qual se opõem duas formas de racionalidade, uma instrumental (calcada
em uma lógica estratégica) e outra comunicativa (tramada pelos princípios normativos da
deliberação pública). O trabalho é relegado à primeira esfera, e passa a designar somente
aquelas “atividades as quais a sociedade precisa realizar a fim de garantir sua sobrevivência
material. Essa esfera é agora vista como se constituindo unicamente de regras técnicas
empiricamente testadas que são estruturadas em acordo a uma lógica de mestria instrumental,
eficiência e produtividade” (DERANTY, 2009a, p.106). Por essa guinada teórica, o trabalho é
sumariamente excluído enquanto objeto de reflexão de cariz normativo, se limitando ao papel
de elemento intrusivo e colonizador das instâncias deliberativas do mundo da vida.
A clínica do trabalho francesa, e especialmente os autores que orbitam a terceira
geração dessa corrente de estudos2, procuraram reverter essa concepção negativa do trabalho,
salientando sua centralidade política na contemporaneidade, suas implicações normativas, e
considerando-o como via privilegiada de enriquecimento da subjetividade. Reformulando o
raciocínio habermasiano, como demonstra Deranty (2009b), esses autores evidenciam a
improbabilidade da existência de uma racionalidade instrumental que se impusesse sob a
agência humana sem a interferência de um contexto social, tendo em vista que as técnicas são
aprendidas e transmitidas socialmente, e defenderam que, para que uma finalidade
instrumental seja coordenada, um componente normativo é imprescindível. Desse modo, mais
uma vez segundo Deranty (2009b), deve-se proceder em direção ao entroncamento das
relações sociais com o mundo das materialidades que ocorre no trabalho, atividade essa que
envolve em igual medida o polo do social e o polo da objetividade (não sendo redutível nem a
uma lógica instrumental (articulação de meios e fins), e nem a outra de ordem puramente
intersubjetiva).
Clot (2004, 2006a), se detém nesse aspecto ao propor, de um viés histórico e
antropológico, que o trabalho é sempre dirigido a três cursos: ao sujeito, à alteridade e ao
objeto. Essa leitura triangular do conceito o permite perceber o trabalho enquanto meio de
despersonalização, seja ela sinônimo de alienação e dominação, seja ela a responsável por
prover as condições de auto realização. No encontro do sujeito com um mundo objetivo de
tarefas a serem cumpridas por meio de normas técnicas e regulamentações instrumentais, e do
envolvimento com gêneros profissionais que efetuam a integração do indivíduo às regras
instituídas por um coletivo de trabalho (favorecendo a consecução das atividades de maneira
coordenada), o sujeito tem a sensação de perder a sua individualidade. Evidentemente que
2
Clot (2010) alude a uma terceira geração dos estudos clínicos sobre o trabalho na França como um
desdobramento de dois outros momentos históricos fundantes: um primeiro, iniciado nas décadas iniciais do
século XX por Suzanne Pacaud e Jean-Maurice Lahy, nomeado de psicotécnica do trabalho; e uma segunda
etapa, já a posteriori da Segunda Guerra Mundial, subdividida em três frentes: a ergonomia de Alain Wisner; a
psicopatologia do trabalho de Louis Le Guillant; e a psicologia cognitiva do trabalho, de Faverge e Leplat.
essa pode ser uma experiência potencialmente patogênica com o trabalho, acionando o
processo de alienação já exaustivamente descrito pelo marxismo, mas também pode exercer
uma função estruturante ao sujeito: ao se perder na atividade, o agente pode lidar de novas
formas com suas preocupações em nível existencial e psicológico. A lógica impessoal do
trabalho, insensível às personalidades dos operadores e pautada em imperativos objetivos,
pode forçar um rearranjo libertador de suas vidas psicológicas, gerando um acréscimo de auto
distanciamento e reflexividade (uma alienação positiva, em outras palavras).
Dejours também acompanha essa linha de raciocínio, se utilizando “da teoria do agir
comunicativo de Habermas para realçar dimensões do trabalho que desapareceram na análise
dualística de Habermas das formas de agir” (DERANTY, 2009b, p.83). Assim, Dejours e
Deranty (2010) afirmam que trabalho não envolve só a inteligência individual ou uma
atividade funcional, mas também o coletivo. Trabalhar não é só produzir, é aprender a viver
em conjunto. Conforme Dejours (1995a, 2004, 2013), há uma distinção entre a coordenação e
a cooperação no trabalho, sendo que a primeira diz respeito à divisão de tarefas definida pela
organização (com a atribuição de papeis e funções aos operadores), enquanto que a segunda
“implica um reajustamento consensual da organização tal como foi prescrita” (DEJOURS,
2013, p.16). Esse reajustamento envolve relações de confiança sustentadas por regras éticas
de convívio, tanto com os pares quanto com os subordinados e superiores hierárquicos, de
modo a compensar os mecanismos prescritos pela instituição - permitindo um enfrentamento
dos obstáculos que a cada momento despontam em uma situação de trabalho.
A cooperação em Dejours não é prescrita, e só funciona passando pelo crivo daqueles
que desejam coordenar conscientemente suas mobilizações individuais, por meio de acordos
normativos que servem de referência a todos, permitindo ao conjunto dos trabalhadores
“exprimir o seu ponto de vista, e depois ser capaz de justificar e mesmo defender a sua
opinião. É preciso também ser capaz de escutar os outros. Tudo isto consiste afinal em dar a
sua contribuição para a deliberação coletiva sobre ‘como’ trabalhar em conjunto” (DEJOURS,
2013, p.16). Dejours (2004) discorre aqui sobre a formulação, na situação de trabalho via
cooperação, de “regras de ofício", “compromisso entre os estilos de trabalho, entre as
preferências de cada trabalhador, de forma a torná-los compatíveis. Chegar a esse resultado
supõe que cada trabalhador (...) se envolva no debate coletivo para nele dar testemunho de sua
experiência, esforçando-se para tornar visíveis e inteligíveis suas contribuições” (DEJOURS,
2004, p.32).
Clot (2011, 2014), procura ampliar ainda mais esse horizonte normativo imanente a
atividade concreta do trabalho asseverando que o coletivo não é meramente situado em uma
ocasião específica, mas sim perpassado por uma história que se infiltra em cada trabalhador
que o integra. Em suas palavras, “ao acessar o ambiente de trabalho em que a atividade se
desenrola, ele [o sujeito] contrai essa história como uma dívida, mesmo sem querer ou saber”
(CLOT, 2014, p.136). Para Clot (2006a, 2011), o trabalho é uma arquitetura estrutural
composta de quatro dimensões, e sua saúde e eficácia dependem da fluidez da tensão entre
esses componentes. Desse modo, é preciso aliar um estilo pessoal de ação e um elemento
impessoal (que diz respeito às prescrições no trabalho e à organização de tarefas), a um
terceiro de origem interpessoal, que tangencia o diálogo entre os profissionais. Por fim, o
gênero de um ofício (CLOT, 2006a, 2011, 2014) é desenvolvido na sucessão de diálogos,
produto de uma história coletiva que conecta os operadores, seus predecessores e sucessores.
É a memória histórica da profissão, de suas técnicas e contextos.
Nessa cultura do trabalho que emerge da cooperação entre pares, superiores e
subordinados sob a textura de um ethos profissional, circulam valores que, como propõe
Dejours (2004), também orbitam outras esferas do cotidiano (não havendo ruptura entre a
vida profissional e a vida familiar ou social), de modo que a significância política do trabalho
se traduz na possibilidade dele se tornar uma oportunidade de aprendizado de valores cívicos -
condição para a prática democrática. Quando esses laços de cooperação são destroçados, o
trabalho se deforma na manipulação instrumental de outrem.
Referências bibliográficas
BOLTANSKI; L. CHIAPELLO, E. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins
Fontes, 2009.
CLOT, Y. La formación por el análisis del trabajo: en pos de una tercera vía. In: MAGGI, B.
(Org.) Manières de penser et manières d´agir en éducation et an formation. Paris: PUF.
P.133-156, 2000.
_____. Clínica do trabalho, clínica do real. Tradução para fins didáticos: Kátia Santorum e
Suyanna Linhales Barker. In: Le Journal des Psyychologues, Paris, n.185, p.1-9, 2001.
_____. Le travail entre fonctionnement et développement. In: Bulletin de psychologie, n.57,
p.5-12, 2004.
_____. A função psicológica do trabalho. Petrópolis: Vozes, 2006a.
_____. Entrevista: Yves Clot. In: Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v.9, p.99-107,
2006b.
_____. Entrevista. In: Mosaico: estudos em psicologia, v.2, p.65-70, 2008.
_____. A psicologia do trabalho na França e a perspectiva da clínica da atividade. In: Fractal:
Revista de Psicologia, v. 22, p.207-234, 2010.
_____; KOSTULSKI, K. Intervening for transforming: The horizon of action in the Clinic of
Activity. In: Theory & Psychology, v.21, p.681–696, 2011.
_____. O ofício como operador de saúde. In: Cadernos de Psicologia Social do Trabalho,
v.16, p.1-11, 2013a.
_____. Suicides au travail: un drame de la conscience professionnelle? In: Activités, v.10,
p.39-53, 2013b.
_____. The Resilience of Occupational Culture in Contemporary Workplaces. In: Critical
Horizons, v.15 p.131-149, 2014.
DEJOURS, C. Por um novo conceito de saúde. In: Revista Brasileira de Saúde Ocupacional,
v.14, p.1-4, 1986.
_______. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez –
Oboré, 1992.
_______; ABDOUCHELI, E. Itinerário teórico em psicopatologia do trabalho. In: DEJOURS,
C. (Orgs.) Psicodinâmica do trabalho: contribuição da Escola Dejouriana à análise da
relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, p.119-145, 1994.
_______. Le facteur humain. Paris: PUF, 1995a.
_______. Inteligência operária e organização do trabalho: a propósito do modelo japonês de
produção. In: HIRATA, H. (Org.). Sobre o “Modelo” Japonês. São Paulo: EDUSP, p.281-
309, 1995b.
_______. Psicodinámica del trabajo y vínculo social. In: Actualidad Psicológica, n.274, p.1-
12, 2000.
_______. Addendum: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. In: LANCMAN, S.;
SZNELWAR, L. (Orgs.) Christophe Dejours. Rio de Janeiro: Fiocruz; Brasília: Paralelo 15,
p.47-104, 2004.
_______. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
_______; DERANTY, J-P. The Centrality of Work. In: Critical Horizons, v.11, p.167-180,
2010.
_______. La clinique du travail entre vulnérabilité et domination. In: CLOT, Y.; LHUILIER,
D. (Orgs.) Travail et santé. Toulouse: ERES, p125-144, 2010.
_______. Trabajo vivo – Tomo I: sexualidad y trabajo. Buenos Aires: Topia Editorial, 2012.
_______. A sublimação, entre sofrimento e prazer no trabalho. In: Revista Portuguesa de
Psicanálise, v.33, p.9-28, 2013.
DERANTY, J-P. Work and the Precarisation of Existence. In: European Journal of Social
Theory, v.11, p.443–463, 2008.
_______. Beyond Communication: a critical study of Axel Honneth social philosophy. Leiden
and Boston: Brill, 2009a.
_______. What is work? Key insights from the psychodynamics of work. In: Thesis Eleven,
n.98, p.69-87, 2009b.
_______. Work as Transcendental Experience: Implications of Dejours’ Psychodynamics for
Contemporary Social Theory and Philosophy. In: Critical Horizons, v.11, p.181-220, 2010.
_______. Expression and Cooperation as Norms of Contemporary Work. In: SMITH, N.;
DERANTY, J-P. (Orgs.) New philosophies of labour: work and the social bond. Leiden:
Boston, p.151-180, 2012.
_______. Historical Objections to the Centrality of Work. In: Constellations, v.22, p.105-121,
2015.
ENRIQUEZ, E. Perda do trabalho, perda da identidade. In: CARVALHO NETO, A.;
NABUCO, M. (Orgs.) Relações de trabalho contemporâneas. IRT: Belo Horizonte, p.69-83,
1999.
________. O homem do século XXI: sujeito autônomo ou indivíduo descartável. In: RAE-
eletrônica, v. 5, p.1-14, 2006.
GAULEJAC, V. Articulaciones entre lo social y lo psicológico. In: Psykhe, v.9, p.107-112,
2000.
_______. Lo irreductible social y lo irreductible psíquico. In: Perfiles Latinoamericanos,
v.21, p.49-71, 2002.
_______. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social.
Aparecida: Ideias & Letras, 2007.
_______; PÉRETZ, M.; BOUILLOUD, J-P. Serving Two Masters: The Contradictory
Organization as an Ethical Challenge for Managerial Responsibility. In: J Bus Ethics, v.101,
p.33-44, 2011.
HABERMAS, J. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1990.
HELOANI, J.; LANCMAN, S. Psicodinâmica do trabalho: o método clínico de intervenção e
investigação. In: Produção, v. 14, p. 77-86, 2004.
RENAULT, E. The political invisibility of work and its philosophical echoes. In: SMITH, N.;
DERANTY, J-P. (Orgs.) New philosophies of labour: work and the social bond. Leiden:
Boston, p.133-150, 2012.