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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos

OBJETIVOS DESTA UNIDADE

Demonstrar a matemática
financeira como instrumento
fundamental para a tomada de
decisão financeira.

Distinguir os elementos básicos


da matemática financeira e suas
diferenças.

Matemática Financeira – Profa. Anna Beatriz G. R. Maia 2


Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
Conteúdo desta aula

CONCEITOS FORMAS DE DESAFIO


GERAIS APRESENTAÇÃO DA TAXA

1 2 3 4 5
PRÓXIMOS
SISTEMAS DE CONCORDÂNCIA DA TAXA
PASSOS
CAPITALIZAÇÃO COM O PERÍODO
DE JUROS

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
1 CONCEITOS GERAIS

1.1 A área de abrangência da Matemática Financeira

https://www.youtube.com/watch?v=WJVX98pLV3A

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
1 CONCEITOS GERAIS

1.1 A área de abrangência da Matemática Financeira

A matemática financeira é uma área que aplica seus conceitos no estudo da variação do dinheiro ao
longo do tempo. Um administrador pode utilizar a expertise em matemática financeira para atuar:

• Gestão estratégica
• Gestão financeiro
• Gestão comercial
• Gestão de compras
• Gestão de custos
• Controladoria
• CFO
• CEO
• Mercado financeiro (fundos de investimentos, bolsa de valores, investidor-anjo, etc.)
• entre outros.

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1 CONCEITOS GERAIS

1.2 A matemática financeira como instrumento de apoio aos negócios

A matemática financeira é um dos mais importantes pilares das diversas áreas que envolvem a gestão
empresarial. Seu uso é imprescindível e se perpetua por toda a estrutura empresarial – da
governança às atividades mais simples e corriqueiras de uma empresa.

Em um mercado dinâmico e complexo, o conhecimento da matemática torna-se elemento basilar


para profissionais que estejam envolvidos nas operações de qualquer entidade, de grande ou
pequeno porte, nacional ou internacional, pública ou privada.

A matemática financeira e comercial tem sido adotada como instrumento estratégico por partes que
compreendem sua aplicação, inclusive, quando a utilizam para obter vantagens negociais quase que
imperceptíveis para a outra parte contratante, porém com consequências expressivas no resultado.

(BLBBrasil, 2018)

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1 CONCEITOS GERAIS

1.2 A matemática financeira como instrumento de apoio aos negócios

Por exemplo: “A empresa CBX deseja comprar uma máquina no valor de R$ 20.000. A empresa não
quer pagar juros ao banco, fixado em 8%. O comerciante oferece uma opção: 5% ao mês de juros, o
valor total será R$ 21.000. Metade à vista (R$ 10.500), a outra metade no próximo mês.”

Nesse caso, é preciso notar que o comprador está pagando R$ 10.500 à vista. Não pode correr juro
algum sobre essa parte. Como o valor total à vista era R$ 20.000, o saldo financiado é de apenas R$
9.500 (R$ 20.000 menos R$ 10.500). Depois de 30 dias, o comprador vai pagar outra parcela R$
10.500, que é 11% maior que o verdadeiro valor financiado de R$ 9.500. Ou seja, a taxa de juros real
da operação é quase 11% ao mês – 3% superior à fixada pelo banco.

Pelo exposto, percebe-se que o vendedor está maximizando seus lucros apenas utilizando a
matemática a seu favor, enquanto o comprador está contratando uma operação menos benéfica aos
negócios justamente por não compreendê-la. (BLBBrasil, 2018)

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1 CONCEITOS GERAIS

1.2 A matemática financeira como instrumento de apoio aos negócios

PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO


EXECUÇÃO CONTROLE
Estratégico Operacional De Programação

• Cenários • Decisões de • Plano • Modelos • Custos e PV


• Sistema de Estrutura Orçamentário Decisórios para • Avaliação de
Informações •Investimento •Operacional Eventos Resultados e
• BSC •Financiamento •Financeiro Econômicos Desempenho
• Gestão de •De Caixa
Riscos

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1 CONCEITOS GERAIS

1.3 Conceitos básicos

Os componentes de uma operação financeira, seja a juros simples ou compostos, têm nome:

Juros (J) Capital (PV) Taxa (i) Período (n) Montante (FV)

Valor do Índice relativo


Valor inicial da Número de
capital ao ao percentual, Valor de
operação, no períodos
longo do de juros, em resgate, no
instante zero (tempo), de
tempo determinado instante n
(Valor acordo com a
(rendimento) período de (Valor Futuro).
Presente). taxa de juros.
= (PV x i) tempo.

(Gimenes, 2009)

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1 CONCEITOS GERAIS

1.4 Diagrama das operações financeiras

As operações financeiras podem ser ilustradas em forma de diagrama (fluxo de caixa), sob a ótica dos
dois agentes: tomador e financiador.

Exemplo 1:
Você pega um empréstimo de $ 1.000 (instante zero), e devolve $ 1.100, após 5 meses.
Visão do Tomador Visão do Financiador

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

Os juros são normalmente classificados em simples ou compostos, dependendo do processo de


cálculo utilizado. Ou seja, se um capital for aplicado a certa taxa por período, por vários intervalos ou
períodos de tempo, o valor do montante pode ser calculado segundo duas convenções de cálculo,
chamados de sistemas de capitalização:

Simples períodos inferiores a 1 (os juros são sempre os mesmos).


(linear)
Exemplo: taxa de juros do cheque especial; desconto dos cheques pré-datados nos bancos.

Composta períodos superiores a 1 (o juro de cada período é incorporado ao capital inicial).


(exponencial)
Exemplo: empréstimo de CDC (crédito direto ao consumidor); financiamento de imóvel.

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

O regime de juros simples é uma função linear, ou seja, de 1º grau. O FV é formado


pelo somatório do PV com os J, que por sua vez é calculado:
𝐽 = 𝑃𝑉 × 𝑖 × 𝑛

Exemplo 2: Você toma R$ 1.000,00 emprestados de um amigo que deve ser devolvido daqui a 5
meses acrescidos juros de 10% a.m. A uma capitalização simples, quanto deverá pagar ao seu amigo?

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

Exemplo 2:
Etapa 1: Diagrama da situação

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

Exemplo 2:
Etapa 2: Cálculo dos juros pagos no mês 5
𝐽𝑛 = 𝑃𝑉 × 𝑖 × 𝑛
𝐽5 = 1000 × 0,10 × 5
𝑱𝟓 = 𝑹$ 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

Exemplo 2:
Etapa 3: Cálculo do montante no mês 5
𝐹𝑉𝑛 = 𝑃𝑉 + 𝐽𝑛
𝐹𝑉5 = 𝑃𝑉 + 𝐽5
𝐹𝑉5 = 1000 + 500
𝑭𝑽𝟓 = 𝑹$ 𝟏. 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎

(Gimenes, 2009)

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

Exemplo 2:
Etapa 4: Representação gráfica

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

Dedução algébrica do regime de capitalização simples:

Se,
𝐽𝑛 = 𝑃𝑉 × 𝑖 × 𝑛
E,
𝐹𝑉𝑛 = 𝑃𝑉 + 𝐽𝑛
Logo,
𝐹𝑉𝑛 = 𝑃𝑉 + 𝑃𝑉 × 𝑖 × 𝑛

Colocando PV em evidência, temos:


𝑭𝑽𝒏 = 𝑷𝑽 × [𝟏 + 𝒊 × 𝒏 ]

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.1 Capitalização simples

Voltando ao exemplo anterior, temos que:

𝑭𝑽𝒏 = 𝑷𝑽 × [𝟏 + 𝒊 × 𝒏 ]

𝐹𝑉5 = 1000 × [1 + 0,10 × 5 ]

𝐹𝑉5 = 1000 × 1,50

𝑭𝑽𝟓 = 𝑹$ 𝟏. 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

No regime de juros compostos o valor inicial deve ser corrigido período a período, portanto segue
uma função exponencial.

Exemplo 3: Você recebe R$ 1.000,00 emprestados de um amigo que deve ser devolvido daqui a 5
meses acrescidos juros de 10% a.m. Se o regime de capitalização for composta, quanto você deverá
pagar ao seu amigo?

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

Exemplo 3:
Etapa 1: Diagrama da situação

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

Exemplo 3:
Etapa 2: Cálculo dos juros pagos mês a mês
• Primeiro mês:
𝐽1 = 1000 × 0,10 × 1 = R$ 100,00
𝐹𝑉1 = 1000 + 100 = 𝐑$ 𝟏. 𝟏𝟎𝟎, 𝟎𝟎

• Segundo mês:
𝐽2 = 1100 × 0,10 × 1 = 𝑅$ 110,00
𝐹𝑉2 = 1100 + 110 = 𝐑$ 𝟏. 𝟐𝟏𝟎, 𝟎𝟎

• (...)

(Gimenes, 2009)

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

Exemplo 3:
Etapa 3: Cálculo do montante no mês 5

(Gimenes, 2009)

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

Exemplo 3:
Etapa 4: Representação gráfica

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

Dedução algébrica do regime de capitalização composta no segundo mês:

Se,
𝐹𝑉1 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖 × 1 ]
E,
𝐹𝑉2 = 𝐹𝑉1 × [1 + 𝑖 × 1 ]
Logo,
𝐹𝑉2 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖 × 1 ] × [1 + 𝑖 × 1 ]

Portanto:
𝑭𝑽𝟐 = 𝑷𝑽 × [𝟏 + 𝒊 × 𝟏 ]𝟐

(Gimenes, 2009)

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2.2 Capitalização composta

Dedução algébrica do regime de capitalização composta no terceiro mês :

Se,
𝐹𝑉3 = 𝐹𝑉2 × [1 + 𝑖 × 1 ]
E,
𝐹𝑉3 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖 × 1 ]2 × [1 + 𝑖 × 1 ]
Logo,
𝑭𝑽𝟑 = 𝑷𝑽 × [𝟏 + 𝒊 × 𝟏 ]𝟑

E assim, sucessivamente...

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.2 Capitalização composta

Assim, de maneira geral, as equações para se encontrar o montante em cada um dos cinco períodos
são reagrupadas:

𝐹𝑉1 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖×1 ]1
𝐹𝑉2 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖×1 ]2
𝐹𝑉3 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖×1 ]3
𝐹𝑉4 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖×1 ]4
𝐹𝑉5 = 𝑃𝑉 × [1 + 𝑖×1 ]5
.
.
.
𝑭𝑽𝒏 = 𝑷𝑽 × [𝟏 + 𝒊 × 𝟏 ]𝒏
(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.3 Método para resolução de qualquer problema de matemática financeira

Terminologia Cálculo
• Sublinhar • Ilustração do
elementos • Nomenclaturas problema • Fórmula
centrais do específicas da interpretado
problema • Calculadora
matemática HP12C
financeira • Software Excel
Coleta de
Diagrama
dados

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.3 Método para resolução de qualquer problema de matemática financeira

Utilizando exemplo anterior:

c)

(Gimenes, 2009)

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.3 Método para resolução de qualquer problema de matemática financeira

Utilizando exemplo anterior:

d) Cálculos

(Gimenes, 2009)

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2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.4 Diferença entre juros simples e compostos

(Gimenes, 2009)

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Unidade 1 (parte 1) – Conceitos Básicos
2 SISTEMAS DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

2.4 Diferença entre juros simples e compostos

(Gimenes, 2009)

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3 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DA TAXA

A taxa de juros representa os juros numa certa unidade de tempo. A taxa obrigatoriamente deverá
explicitar a unidade de tempo. Por exemplo, o juro pode ser diário, semanal, mensal, bimestral etc.

O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos definem qual
deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de juros.

A forma de apresentação da taxa de juros pode ser:

Taxa Taxa
Unitária Percentual
• Exemplo: 0,10 • Exemplo: 10%
(Gimenes, 2009)

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4 CONCORDÂNCIA DA TAXA COM O PERÍODO

Algumas vezes, o período de investimento é somente uma fração do período expresso na taxa de
juros. Nesses casos em que as unidades de tempo da taxa de juros e do período são diferentes, é
necessário homogeneizá-las por meio de um ajuste na taxa.

Quando o prazo da operação é dado considerando-se os anos constituídos por meses de 30 dias, os
juros são chamados de comerciais; quando corresponde ao do ano civil (365 dias), são denominados
juros exatos. Salvo menção em contrário, utilizaremos anos comerciais (360 dias).

Vejamos alguns exemplos de ajuste na taxa de juros:

a) Taxa de Juros: Mensal x Período: Diário


𝑖
𝐽 = 𝑃𝑉 × ×𝑛
30

(Juro comercial) (Samanez, 2010)

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4 CONCORDÂNCIA DA TAXA COM O PERÍODO

b) Taxa de Juros: Anual x Período: Mensal

𝑖
𝐽 = 𝑃𝑉 × ×𝑛
12

(Juro comercial)

c) Taxa de Juros: Anual x Período: Diário

𝑖 𝑖
𝐽 = 𝑃𝑉 × ×𝑛 𝐽 = 𝑃𝑉 × ×𝑛
360 365

(Juro comercial) (Juros exatos)

(Samanez, 2010)

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4 CONCORDÂNCIA DA TAXA COM O PERÍODO

Exemplo 4: Qual é o rendimento de uma aplicação de R$ 10.200,00 durante 1 mês à taxa de juros
simples de 36% a.a.?
𝟎, 𝟑𝟔
𝐽 = 10200 × ×1
𝟏𝟐

𝑱 = 𝐑$ 𝟑𝟎𝟔, 𝟎𝟎

Exemplo 5: Qual é o rendimento de uma aplicação de R$ 23.000,00 durante 14 dias à taxa de juros
simples de 2,5% a.m.?
𝟎, 𝟎𝟐𝟓
𝐽 = 23000 × × 14
𝟑𝟎

𝑱 = 𝐑$ 𝟐𝟔𝟖, 𝟑𝟑

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5 DESAFIO

Calcule o rendimento de R$12.000,00 aplicados durante os primeiros cinco meses do ano à taxa de
juros simples de 40% a.a. Efetuar os cálculos considerando o ano comercial e o ano civil.

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REFERÊNCIAS

Assaf Neto, A. Matemática financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019. Recuperado
em 30 julho, 2019 de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/.
Barros, D. M. (2014). Matemática financeira descomplicada. 5 ed. São Paulo: Rideel. Recuperado em
30 julho, 2019 de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/.
Gimenes, C. M. (2009). Matemática financeira com HP 12C e Excel: uma abordagem descomplicada.
2. ed. São Paulo: Pearson. Recuperado em 30 julho, 2019 de
http://unifor.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576055662.
HP (2005). HP 12c calculadora financeira: guia do usuário. Recuperado em 30 julho, 2019 de
http://h10032.www1.hp.com/ctg/Manual/bpia5239.pdf.
Samanez, C. P. (2010). Matemática financeira. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Recuperado em
30 julho, 2019 de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/.

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Assuntos
CONTEÚDO DA da próxima
PRÓXIMA aula:
UNIDADE
Obrigada pela atenção!
UNIDADE 1 (parte 2)
Sistema de Juros Simples O que você aprendeu hoje?

Cálculos do juro e do montante Envie-me seu feedback ☺

Cálculos da taxa, capital e período

Taxa equivalente (taxa proporcional)

Cálculos de descontos E-mail Instagram YouTube


abgrmaia @biagrm Profa. Anna
@unifor.br Beatriz Maia

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