Você está na página 1de 11

População

LGBTQIAPN+
& SUICÍDIO

THOMAS BORGES COSTA


A população LGBTQIA+ é três vezes mais
propensa a considerar, tentar e morrer por
suicídio; e seis vezes mais propensa a se
envolverem em autolesão não suicida (ALNS) do
que os pares cis heterossexuais e cisgêneros.
podem vuln
ue erab
s q
re iliz
o

ar
fa
Caracterização
Quem eu estou atendendo?
Qual a faixa etária?
Essu cliente faz parte de outras minorias?
Eu consigo me colocar enquanto psicólogue
afirmative?
Tenho conhecimento sobre a temática?
Como são minhas crenças sobre a comunidade
LGBTQIAPN+?
Fatores de risco
Estresse de minorias: estresse, homofobia
internalizada e ocultação da OS/IG
Disforia de gênero
Rejeição, estigmatização, intimidação, Discriminação e
sofrer agressão por ser LGBTQIAPN+
Uso de substâncias como estratégia de coping
Isolamento social (comunidade e família)
Fatores de Proteção
Conexão familiar, cuidados acolhedores por adultos e
promoção da sensação de segurança
Escola se posicionando sobre bullying homofóbico
Reprentatividade
Postura profissional acolhedora e que valide
Espiritualidade e inserção numa comunidade religiosa
Empregabilidade, melhor nível socioeconômico e
educacional, boas condições de saúde
Passos
Investigar a existência de ALNS e ideação suicida
Investigar a desregulação emocional em adolescentes LGBTQIA+
envolvidos em ALNS
Avaliar funcionalmente a ALNS e comportamento suicida
Treino de habilidades
Intervenções farmacológicas
Terapia individual, sistêmica ou em grupos
Qual a função do comportamento?

A transição da ALNS para as tentativas de suicídio, embora mais


frequente, ocorreu mais lentamente entre os LGBTQIA+, padrão de
achados que pode indicar um maior uso da ALNS como uma
estratégia para enfrentar sofrimento. Os jovens LGBTQIA+ utilizam da
ALNS para gerenciar impulsos suicidas e por autopunição, dentre
outros. A manutenção do comportamento autodestrutivo por muito
tempo, diminui a aversão aos atos e aumenta o risco de ter
comportamentos autodestrutivos cada vez mais graves e,
consequentemente, as chances de concretização do ato suicida são
maiores.
Como abordar
ANLS e desregulação emocional
Capacidade de inibição da impulsividade relacionada a emoções
intensas (agradáveis ou não)
Auto-organização para atividades com objetivos determinados,
redução da atividade simpática (taquicardia, sudorese, tremores e
ansiedade) em situações de estresse
Capacidade de mudança da atenção voluntária durante emoções
intensas.
Como abordar
Perguntar diretamente sobre pensamentos, planos, tentativas
prévias e fatores de resiliência e vulnerabilidade.
Identificar situações de risco aos LGBTQIAPN+
Cuidados com sorofobia internalizada
Explicar sobre a importância de ter supervisão
Evitar acesso a armas de fogo, medicamentos e facas, evitar o uso
de álcool e substâncias que alterem a consciência.
Em último caso, internação
Referência
CIASCA, Saulo Vito; HERCOWITZ, Andrea (Ed.). Saúde LGBTQIA+:
Práticas de cuidado transdisciplinar. Manole, 2021.

Você também pode gostar