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CLASSIFICAÇÕES EM
PSIQUIATRIA
Fundamentos de Psicopatologia
Mariana Machado Felin
Trajetória histórica das classificações em psiquiatria,
do século XIX até à atualidade:
➢ Desde a metade do século XIX: nova forma de compreender e lidar com as doenças mentais.
➢ Início do século XX: Substituir uma classificação sintomática por uma classificação etiológica
das doenças mentais - com a determinação das causas poderia ser elaborado um sistema
classificatório de patologias e a terapêutica adequada.
➢ Manual Estatístico para o Uso de Instituições de Insanos (1918): 22 categorias, entre elas,
destacam-se a Psicose, Melancolia, Demência Precoce, Paranoia Psiconeuroses e
Neuroses Atuais.
▪ Termo neurose aparece pela última vez como categoria clínica: relações entre a psicanálise e a
psiquiatria tiveram um ponto de virada demarcado pelo DSM III.
▪ Exclusão da categoria “homossexualismo” e a introdução do transtorno de personalidade
narcisista.
▪ Transformação na psiquiatria demarcada pelo DSM III: modificou a concepção de pesquisa e da
prática
psiquiátrica.
DSM III (1980)
➢ Seção III: instrumentos para as avaliações dos sintomas, critérios sobre a formulação cultural dos transtornos,
modelo alternativo para os transtornos de personalidade e descrição das condições clínicas para estudos
posteriores.
DSM 5 (2013)
▪ Por que a mudança?
→Avanços nas áreas de neurociência cognitiva, neuroimagem, epidemiologia e genética
→Constatação de que um sistema categórico rígido não captura a experiência clínica
→Estudos sobre comorbidades e genética
▪ O sistema multiaxial foi suprimido porque gerava distinções superficiais e era pouco utilizado.
▪ Categorias diagnósticas dos eixos I e II do DSM-IV-TR foram incluídas na seção II do DSM-5 com
anotações separadas em cada categoria para as condições que pertenciam aos eixos III, IV e V
do DSM-IV-TR.
▪ Seção III: foram incluídas em todos os grupos diagnósticos medidas dimensionais de
severidade ou de frequência
DSM 5 (2013)
▪ Antes a tentativa era de delimitar diagnósticos como se os transtornos apresentassem sintomas homogêneos;
▪ Percebeu-se como os transtornos são heterogêneos em diferentes níveis (risco genético, sintomas, etc).
Externalizantes: transtornos com sintomas proeminentemente impulsivos, de conduta disruptiva e por uso de
substâncias
DSM 5 (2013)
▪ Para melhorar a utilidade clínica, foi organizado a partir de considerações sobre o desenvolvimento e ciclo vital:
(DSM 5, p. 20)
Critérios diagnósticos
Associação Psiquiátrica Americana. (2014). Introdução e Utilização do Manual. In APA, Manual diagnóstico e estatístico de
doenças mentais – DSM-5, (pp. 5-24). Porto Alegre: Artes Médicas.
Lima, C. P., Duarte, M. Q., Vasconcelos, V. D. & Trentini, C. M. Sistemas de classificação dos transtornos mentais:
histórico e avanços (2023). In S. E. S. de Oliveira & C. M. Trentini (Orgs), Avanços em psicopatologia: avaliação e
diagnóstico baseados na CID-11, pp. 3-16. Porto Alegre: Artmed.
Martinhago, F., & Caponi, S. (2019). Breve história das classificações em psiquiatria. Revista Internacional Interdisciplinar
INTERthesis, 16(1), 73-90.