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Psicologia preventiva em Educação

Profa. Denise Milani

Nome: André Queiroz Stelle RA: P-100036

Resuma da aula sobre Encefalopatia Crônica

Também conhecida como Paralisia Cerebral (PC) possui atraso no


desenvolvimento neuropsicomotor em decorrência de uma lesão no Sistema
Nervoso Central, podendo comprometer a área motora, sensorial e ou
cognitiva, gerando impacto no tônus muscular, qualidade de movimento,
percepção e capacidade de aprender. As sequelas podem ser agravadas pelas
dificuldades que essas crianças apresentam em explorar o meio e em
comunicar com o mundo externo. Apesar de ser uma lesão estática, não
progride, as consequências são variadas e causam limitações funcionais
crônicas nas atividades cotidianas, podendo variar em tipo e grau.

Foi descrita pela primeira vez em 1983, por William John Little, que
observou 47 crianças portadoras de rigidez espástica. Mas foi Freud que
introduziu o termo Paralisia Cerebral enquanto estudava a “Síndrome de Little”.

A definição mais aceita atualmente é a proposta de Gaberg de 1989: A


PC designa uma sequela de caráter não progressivo, que compromete o
Sistema Nervoso Central (SNC) imaturo e em desenvolvimento, ocasionando
défices posturais, tônicos e na execução de movimentos.

Existem uma discussão em relação ao termo de Paralisia Cerebral, já


que não isso que ocorre, o cérebro continua operando, apenas algumas áreas
podem ter sido comprometidas durante o evento que causou a PC.

Portanto podem estar afetadas uma ou várias áreas, sendo a área


motora inevitavelmente afetada e normalmente a área da comunicação. Podem
ser afetadas áreas dos sentidos e da inteligência.

A etiologia pode ser de fatores pré-natais, perinatais ou pós-natais.


Podendo ser por Hipóxia, infecciosas, toxicas, anoxia, vasculares,
metabolismo, dificuldades no parto etc.

A PC pode ser classificada em 5 tipos:

Grau 1 – criança anda independente e sem limitações, pode correr e


saltar, subir escadas transportando pequenos objetos.
Grau 2 - Anda com limitações, mesmo em superfícies planas,
engatinha, tem dificuldade em pular e correr. Sobe escadas sem utilizar o
corrimão, porém é necessário utilizar as mãos para sustentação se necessário.

Grau 3 – Anda com auxílio de muletas ou andadores, sobe escadas


segurando no corrimão, pode utilizar os membros superiores para tocar a
cadeira de rodas por longas distancias.

Grau 4 – Senta em cadeira adaptada, anda com andador em curtas


distancias, pode adquirir autonomia em cadeira de rodas, para curtas
distâncias

Grau 5 – Necessita de adaptações para sentar-se e totalmente


dependente nas atividades da vida e locomoção.

A fala é um ponto que frequentemente afetada, assim como dificuldade


em deglutição de alimentos e bebidas, casos mais graves é necessário usar
uma sonda gástrica para alimentação e uso de medicamentos. A epilepsia e a
incontinência são complicações que frequentemente acompanha o quadro de
muitas crianças. Em muitos casos tornam a criança totalmente dependentes
para suas necessidades, causando problemas emocionais graves.

Essas incapacidades podem provocar na criança limitações na sua


interação com o meio, dificultando a evolução normal nas várias áreas do
desenvolvimento.

A tetraplegia atinge de 10 à 15% dos casos. A diplegia, principalmente


nos membros inferiores, atinge 30 a 40% dos casos. A hemiparesia, que atinge
uma parte do corpo, o braço e a perna, atinge 20 a 30% dos casos. A
Monoplegia, é raro, é observado no braço ou perna.

O tipo de déficit motor: Aumento do tónus muscular (Espástico) atinge 70


a 80% dos casos. Movimentos aleatórios involuntários contínuos (Atetóide),
atinge 10 a 15% dos casos. Tem a diminuição do tônus muscular (Atáxica),
atinge menos de 5% dos casos. Uma forma mista pode ocorrer, mais comum
espasticidade e atetose.

A maioria dos bebês com PC não mostram sinais de comprometimento


com sendo definitivos durante os primeiros dois anos de vida, mas sinais de
atraso em relação aos outros bebês sem PC. Em termos de tratamento, não há
medicamentos e nem operações que possam tratar definitivamente uma
paralisia cerebral, apenas minimizar efeitos colaterais e melhorar a qualidade
de vida.

Progressos não são imediatos e levam muito tempos para observar um


progresso e depende dos mais diversos recursos terapêuticos. Como
Fisioterapia, neurologia, psicologia, fonoaudiologia, farmacologia,
psicopedagogia etc.
Importante que qualquer suspeita de PC seja investigada o quanto
antes, pis é durante os primeiros meses de vida que o SNC tem a melhor
hipótese de compensar o déficit funcional devido sua grande plasticidade. Vale
ressaltar que mesmo assim não há cura para PC. Mas informar os pais e
educadores é necessário para promover melhorar o desenvolvimento e
condições do futuro da criança/ adolescente.

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