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sendo que, cada região do cérebro é responsável por uma parte do corpo, como pernas e
braços, lesões cerebrais irreversíveis no período perinatal, pré-natal e pós natal são chamados
criado para a patologia neurológica pelo Dr. William Little em 1860, o primeiro estudioso a
descrever a paralisia cerebral, que mais tarde receberia esta denominação por Freud em 1897)
não pode ser considerada uma doença degenerativa ou contagiosa, visto que na verdade ela é
uma síndrome neurológica não progressiva, ou seja, apesar de irreversível ela é estacionária, o
que continua de forma variável são as alterações no desenvolvimento normal dos movimentos
É importante entender que paralisia cerebral também não significa doença mental,
exceto quando a parte do cérebro afetada é a responsável pela função intelectual da criança,
ela é melhor dizendo, uma lesão em uma ou várias áreas do cérebro que comprometem o
funcionamento normal dos envios de comando e das respostas do corpo às solicitações do
cérebro, observando-se portanto que o órgão não consegue enviar seus comandos ao corpo
para que se tenha resposta, por isso a importância das terapias que visam “ensinar” às áreas
As crianças com paralisia cerebral também se desenvolvem, só que num ritmo mais
As causas da Paralisia Cerebral nem sempre podem ser determinadas com exatidão.
A literatura refere-se à falta de oxigenação como principal fator causal da PC, antes,
durante ou após o parto, mas há ainda, outros fatores que podem ser os causadores da
patologia.
literatura são a toxemia gravídica, que ocorre geralmente no fim da gravidez, caracterizada
pela hipertensão, edema e proteinúria, outras causas citadas são infecções, como rubéola,
sífilis e toxoplasmose.
Ainda no período pré-natal reserva-se atenção para anemias graves, diabetes, mal
formações do Sistema Nervoso Central, choque direto no abdômen da mãe, exposição aos
observando que neste período as causas da falta de oxigenação são geralmente resultado de
partos difíceis, onde as mães são muito jovens ou pequenas e os bebês grandes.
O parto prematuro também pode ser causa da Paralisia Cerebral, isto porque o pulmão
não está ainda totalmente pronto para exercer sua função, ainda deve-se considerar no parto
No pós natal, ou depois do parto, as causas citadas na literatura são a asfixia, por
como meningite.
alta nos primeiros meses de vida e por longos períodos, ou perda excessiva de líquidos, que
bebê.
Após essa análise, passa-se para exames neurológicos, como tomografia e ressonância
Os tipos de paralisias cerebrais são caracterizados pela localização das lesões cerebrais
hipotonicidade e ataxia.
inicial pode haver relaxamento (como na abertura de um canivete). Está presente nos tratos
o nome de tetraplegia, essas crianças são mais dependentes dos outros, precisam de suporte
para se alimentar, para higiene e locomoção, normalmente aparece também o retardo mental.
nome de hemiplegia espástica, essas crianças são menoas dependentes e têm maior
voluntários são extremamente prejudicados, isso porque a lesão está localizada no trato
Nessa categoria atetose pode-se fazer duas divisões da forma como o movimento se
Sinais de atetose na forma grave são a hipotonia, ou seja, tônus muscular diminuído e
desenvolvimento motor atrasado. As crianças com paralisia cerebral atetósica podem não falar
alimentação e higiene.
condição degenerativa, visto que nesse tipo de paralisia cerebral a principal característica é
baixo tônus, ou seja, a criança tem menos força e resistência, o que pode ser resultado de
ou seja, ela pode evoluir para outra categoria da encefalopatia crônica não progressiva.
deficiência de equilibrio, pois a parte afetada é o cerebelo, que é o responsável pelo controle
(CÂNDIDO,2004,p.17).
hipotonia é a alteração que é primeiramente perceptível, razão pela qual se faz necessário
diagnóstico criterioso da forma que acomete a criança, para possível emprego da terapêutica
adequada.
relacionadas a postura, equilíbrio e marcha, mas não são só essas as limitações com as quais
as crianças acometidas pela encefalopatia crônica não progressiva têm que conviver.
outras desordens da função cerebral. Entre elas as anormalidades de cognição, visão, audição,
fala, sensações táteis, atenção e comportamento.” (CÂNDIDO,2004, p.20).
Em razão das diversas limitações a que a criança com paralisia cerebral é submetida se
faz necessário a análise completa do quadro clínico para que, assim, seja possível propor os
O retardo mental é uma das limitações a que a criança pode estar sujeita. O
diagnóstico é difícil, visto que a maioria dos testes aplicados necessita de resposta verbal e
motora, nem sempre possíveis nas crianças com PC, logo é preciso investigação contínua, já
que com o crescimento a criança pode demonstrar respostas por meios alternativos, como
com paralisia cerebral, pode ocorrer uma atividade excessiva desse impulsos elétricos, o que
Esta, pode ser caracterizada por movimentos rápidos de piscar os olhos, desvio para
cima e para o lado dos olhos, movimentos rítmicos com a cabeça e contração da musculatura,
entre outros.
tratamento adequado, pois assim é possível verificar melhora significativa do quadro motor e
cognitivo da criança.
As alterações visuais são limitações frequentes nas crianças com paralisia cerebral,
essas alterações vão desde estrabismo, que é a alteração mais presente, à glaucoma, passando
O diagnóstico deve ser feito o quanto antes, assim o tratamento mostrará bons
resultados, o que possibilitará melhora significativa tanto no quadro motor quanto cognitivo,
visto que a visão é de suma importância para se obter respostas dos estímulos aplicados à
diagnóstico o mais cedo possível, visto que escutar a voz é muito importante no processo de
criança.
essencialmente na aquisição dos movimentos da cabeça e tronco, que são resultados da busca
É preciso observar também que por causa das dificuldades para se alimentar, as
crianças com paralisia cerebral geralmente apresentam baixo peso para respectiva idade, fato
esse explicado pelo alto gasto energético dessas crianças quando se esforçam para realizar os
respiração da criança com PC, visto, que para essas crianças, o ato de respirar e comer ao
mesmo tempo é extremante dificultado, daí a razão pela qual as crianças com PC apresentam
A fala é outra limitação frequente na criança com paralisia cerebral. As alterações mais
diversos graus, que vai do mais leve, que é caracterizado pelo distúrbio articulatório, ao mais
criança além de não conseguir falar também não é capaz de compreender o que lhe está sendo
dito.
motor. Observa-se maior frequência desse quando nas crianças com paralisia cerebral
Há casos em que a criança assume respostas por meios alternativos, isso quando a
forma afásica, que é incapacidade de falar e entender o que foi dito, não está mista a forma de
retardo de linguagem.
progressiva da infância são resultados de todas as outras limitações, o que não significa que
afetividade.
corpo age e também o aspecto psico-afetivo, que é o estudo do que o corpo sente. Essa ciência
busca estabelecer a relação da maturação do corpo (tanto no cognitivo, quanto sentimental e
ser humano, visto que através dele, podemos estabelecer as relações corpo, mente, emoção e
estruturas cerebrais.
“É justamente a partir da necessidade médica de encontrar uma área que explique certos
afirmando assim que um indivíduo pode ser desajeitado sem ser um deficiente mental, Ele
descreve ainda em seus estudos distúrbios relacionados a motricidade.
estabelece a relação entre movimento, afeto, emoção, meio ambiente e hábitos do indivíduo.
transtornos psicomotores.
motricidade de relação, ou seja, dá-se maior enfase à relação entre movimento, afeto e
emoção, logo percebe-se que a criança se constroe a partir das interações com o mundo
científico, visto que a partir dela foi possível estabelecer, estudar e aprimorar a relação entre
atividade pedagógica, pois na escola a criança pode receber grande estímulo psicomotor para
2008,p.3).
ação e expressão.
partes, que são imagem corporal, conceito corporal e esquema corporal. (FERRONATO,
2006,p.55
A imagem corporal, que é o conhecimento que a criança tem do seu próprio corpo e
sentimentos em relação à ele, o que pode se percebido através dos desenhos de pessoas que a
O segundo aspecto que o autor analisa é o conceito corporal, que é conhecimento das
acordo com o momento, é sentir-se bem de acordo com o que o corpo obedece, e também de
acordo com o que o somínio sobre o corpo evolua.
Corpo vivido, que vai de 0 a 3 anos de idade, corresponde a fase da inteligência sensório-
motora de Piaget. É a fase da percepção do meio como parte de si mesmo, e de acordo com a
exploração do meio, a criança passa a perceber-se como um ser a parte desse meio, logo, a
A segunda etapa é chamada de Corpo Percebido ou Descoberto, vai dos 3 aos 7 anos
de idade, é marcada pela percepção do corpo como diferente do meio ambiente, é nessa
período que a criança passa a aprimorar seus movimentos, melhorando assim sua
como direita e esquerda, em cima e embaixo,..., o que ajuda a criança a se perceber melhor no
espaço e tempo.
representado pelo maior domínio de um dos lados do corpo, ou seja, é quando a criança
“escolhe” qual lado do corpo será o maior responsável pela realização de tarefas, o que não
significa que apenas um lado do corpo realizará todos os movimentos, mas sim que este lado
preferido realizará suas funções com maior efetividade, mas fará isso em colaboração com o
A lateralidade ocorre em 3 níveis: mão, olho e pé. Se o domínio da criança for todo do
lado direito, dá-se o nome de destra homogênea e se for todo do lado esquerdo, dá-se o nome
de canhota ou sinistra homogênea e quando a criança tem o mesmo domínio e ambos os lados,
o que é raro, dá-se o nome de ambidestra, ainda pode ocorrer o domínio da mão direita e olho
É importante ressaltar que pais e professores devem oferecer atividades que permitam
à criança desenvolver e definir seu lado preferido, visto que, tentar manipular essa escolha
“A ação educativa fundamental para colocar a criança nas melhores condições para
acender a uma lateralidade definida, respeitando fatores genéticos e ambientais, é a que lhe
e escrita.