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2 Tessalonicenses

I n t r o d u ç ã o

m continuação a sua primeira carta aos Tessalonicenses, Paulo


escreve para dar novos esclarecimentos sobre como viver a vida
cristã à luz da futura volta de Cristo. Os tessalonicenses são chamados a
permanecer firmes e a viver vidas úteis, pois a volta de Cristo pode estar
num futuro distante.

Gaivotas no golfo Termaico, Tessalônica.


2 Tessalonicenses 1930

Circunstâncias de Composição
Autor: Paulo é declarado ser 0 autor de 2 Tessalonicenses (1.1). A saudação também menciona Silvano e Ti-
móteo, mas Paulo é 0 autor primário (3.17).

Pano de fundo: Ver a discussão na Introdução de 1 Tessalonicenses. Embora haja poucos indicadores sobre a
data e 0 local de escrita de 2 Tessalonicenses, ela provavelmente foi escrita em Corinto por volta de 50-51 d.C.,
pouco depois de 1 Tessalonicenses. A menção conjunta de Paulo, Silvano e Timóteo na saudação, tal como em
1 Tessalonicenses (lTs 1.1), favorece essa conclusão. Um apoio adicional para essa visão é a menção de uma
carta anterior, que provavelmente é 1 Tessalonicenses (2Ts 2.15).

Mensagem e Propósito
Paulo escreve em parte para encorajar os crentes tessalonicenses a defenderem a verdade em meio à perse-
guição e para assegurar-lhes que Deus julgará aqueles que os atribulavam (1.6-9; 2.13-15). Aparentemente, os
tessalonicenses pensavam que já estavam no Dia do Senhor (2.2). Paulo lhes assegura que eles não estavam,
visto que alguns eventos do fim dos tempos ainda não tinham ocorrido e um [impedidor] estava presentemen-
te detendo 0 aparecimento do “homem do pecado” (2.6-7). Esse parece ser 0 estímulo principal para a carta.
O fato de que algumas pessoas na igreja em Tessalônica tinham parado de trabalhar pode sugerir que a visão
incorreta deles estava conduzindo a letargia e preguiça (3.10-11).

A carta não é longa, e não nos oferece um esboço definitivo de toda a fé cristã. Paulo escreve para atender uma
necessidade presente, e 0 arranjo de sua carta se concentra em circunstâncias locais.

A grandeza de Deus: Deus ama indivíduos como os tessalonicenses e os trouxe à igreja (1.4). Ele os elegeu
(2.13), chamou (1.11; 2.14) e salvou. Seu propósito continuará até ao fim, quando eles serão levados ao seu
ponto culminante com a volta de Cristo e 0 juízo. É interessante ver tão claramente expressas nesta carta pri-
mitiva essas grandes doutrinas da eleição e da vocação, que eram tão significativas para Paulo. Vemos também

2300150‫ ־‬a.C. 149-42 a.C.

Assentamento pré-histórico no local de Construção do trecho macedônio da Via Egnácia, i


Tessalônica 2300 estrada militar romana;ligando Tessalônica com
0 mar Adriático, a oeste, e com Neápolis, a leste
Fundação de Termas na parte superior do 147-120
golfo Termaico 600
Tessalônica torna-se a capital da província
Cassandro, rei da Macedonia, estabelece romana da Macedonia é é chamada "a Mãe da
Tessalônica no local onde Termas existira, Macedonia". 146
renomeando a nov? cidade em homenagem
a sua esposa. 316 0 estadista romano Cícero passa seis meses de seu
exílio autoimposto em Tessalônica. 58
Os romanos passam a controlar Tessalônica
quando Perseu, reí da Macedonia, é Muitos oficiais romanos fogem de Roma e fixam
derrotado em Pidna. 168 residência em Tessalônica durante a guerra civil
romana. 49-48
Primeira comunidade judaica em Tessalônica,
procedente de Alexandria 168-103
12 31‫ ל‬T e s s a l o n i c c n s e s

sua doutrina da justificação por trás das referências ao ato de Deus considerando dignos os crentes (1.5,11) e,
certamente, em seu ensino sobre a fé (1.3-4,11; 2.13; 3.2).

Salvação em Cristo: A salvação em Cristo é proclamada no evangelho e será consumada quando Cristo voltar
para destruir todo 0 mal e trazer descanso e glória aos seus. Este Deus grandioso ama 0 seu povo e lhe tem
dado consolação e esperança - dois atributos importantes para pessoas perseguidas (2.16). 0 apóstolo ora para
que 0 coração de seus convertidos seja encaminhado na “caridade de Deus” (3.5), 0 que pode significar 0 amor
de Deus por eles ou 0 amor deles por Deus. Provavelmente o amor de Deus por eles é a ideia inicial, mas Paulo
também observa 0 amor mútuo dos novos crentes. I lá repetidas referências a “manifestação ou revelação” (1.7;
2.6,8). Embora 0 termo não seja usado exatamente da mesma forma que em outros lugares, ele nos lembra
que Deus não nos deixou à nossa própria sorte. Ele tem revelado aquilo que é necessário e ainda tem novas
revelações para os últimos dias.

A segunda vinda: A segunda vinda é vista aqui em termos da destruição de todo o mal, especialmente do
“homem do pecado". Paulo deixa claro que a vinda de Cristo será majestosa, que ela significará castigo para as
pessoas que se recusam a conhecer Deus e rejeitam 0 evangelho, e que ela trará descanso e glória aos crentes
(1.7-10). No final. Deus e a justiça triunfarão, e não Satanás e 0 mal.

Paulo deixa claro que 0 Dia do Senhor ainda não ocorreu. Várias coisas devem acontecer primeiro - por
exemplo, “a apostasia” e a manifestação do “homem do pecado” (2.3). Paulo não esclarece nenhuma delas.
Provavelmente ele se refere a algo que havia dito aos tessalonicenses enquanto estava entre eles. Infelizmente,
não sabemos o que ele disse nessa ocasião, de modo que somos levados a imaginar. Que uma revolta contra a
fé precederá a vinda do Senhor é uma parte bem conhecida do ensino cristão (Mt 24.10-14; lTm 4.1-3; 2Tm
3.1-9; 4.3-4).

Vida e trabalho: Paulo tem muito a dizer sobre pessoas que, segundo ele, andavam “desordenadamente” e
pareciam estar à toa, não trabalhando (3.6-12). Talvez fizessem isso por achar que a vinda do Senhor estava

5 a.C.-33 d.C. 34-56 d.C.


Nascimento de Jesus 5 a.C. Conversão de Saulo na estrada para
Damasco outubro dq 34
Nascimento de Paulo em Tarso da Cilicia 5 d.C.
Paulo, Timóteo e Silas :ministram em
Pauto estuda com Gamaliel em Jerusalém 15-20 d. C. Tessalônica, uma das primeiras igrejas
plantadas na Europa. 50
Tibério César revoga a condição de Tessalônica de
cidade livre quando seus cidadãos protestam Pauto escreve 1 Tessalonicenses poucos
contra 0 aumento de impostos. 15 d.C. meses depois de ser forçado a deixar
Tessalônica. 51
Julgamentos, morte, ressurreição e ascensão de
Jesus 14-16 de nisã ou 3-5 de abril de 33 d.C. Paulo logo escreve umà segunda carta aos
crentes tessalonicenses. 51
Pentecostés 33 d.C.
Paulo provavelmente revê os cristãos
tessalonicenses quando visita as igrejas
plantadas na Macedonia. 56
2 Tessalonicenses 1932

tão próxima que não fazia sentido trabalhar, ou talvez se achassem tão “espirituais” que se concentravam em
coisas superiores e deixavam para outras pessoas 0 provimento de suas necessidades. Paulo recomenda que
todos trabalhem pelo próprio sustento (3.12). Nenhuma ênfase doutrinária, nem mesmo a da volta de Cristo,
deve afastar os cristãos do trabalho. Pessoas com capacidade de trabalho devem trabalhar pelo pão de cada dia.
Os crentes devem trabalhar pelo seu sustento e não se cansar de fazer 0 bem.

Contribuição para a Bíblia


Segunda aos Tessalonicenses continua e amplia alguns dos mesmos temas já abordados em 1 Tessalonicenses:
perseguição, santificação e eventos do fim dos tempos, associados à segunda vinda de Cristo. Uma diferença
importante é que 2 Tessalonicenses descreve 0 “homem do pecado” que se manifestará no fim dos tempos, e
0 que 0 detém de se manifestar (2.1-12). A carta também contém um longo discurso sobre a necessidade dos
crentes de terem uma ética de trabalho adequada para 0 suprimento de suas necessidades (3.6-15).

Estrutura
0 tom da segunda carta de Paulo aos Tessalonicenses é nitidamente “mais frio” que 0 da primeira carta. Em
sua primeira carta, Paulo está entusiasmado com 0 progresso dos tessalonicenses no evangelho e lhes dá con-
selhos tranquilos sobre a vida congregacional (lTs 5.12-22). Nesta segunda carta, porém, Paulo expressa séria
preocupação com o estado espiritual dos crentes tessalonicenses. Ele lhes dá uma repreensão severa sobre a
vida congregacional (2Ts 3.6-15). Seu estilo é típico de suas outras cartas - uma seção doutrinária seguida de
exortação prática.

Esboço
I. Introdução (1.1-12)
A. Saudação (1.1-2)
B. Ação de graças (1.3-10)
C. Inter cessão (1.11-12)
II. Instrução dos tessalonicenses (2.1-17)
A. Correção de má compreensão (2.1-2)
B. A manifestação do homem do pecado (2.3-10)
C. O juízo dos incrédulos (2.11-12)
D. Ação de graças e oração (2.13-17)
III. lnjunções aos tessalonicenses (3.1-16)
A. Chamado à oração (3.1-5)
B. Advertência contra um comportamento irresponsável (3.6-15)
C. Oração final (3.16)
IV. Conclusão (3.17-18)
1933 2 T e s s a l o n i c e n s e s 2.4

Prefácio e saudação a1.1 2C0 1.19; 10 quando vier para ser glorificado *nos seus
ITs 1.1
Paulo, e Silvano, ‫־‬e Timóteo, à igreja dos b1.2 1Co 1.3 santos e para se fazer admirável, naquele Dia,
1 tessalonicenses, em Deus, nosso Pai, e no c1.3 ITs 1 .2 3 ‫; ־‬
Senhor Jesus Cristo:
3.6.9; 2Ts 2.13
d1.4 2C0 7.14;
em todos os que creem (porquanto o nosso
testemunho foi crido entre vós).
2 9.2; ITs 1.3;
graça be paz a vós, da parte de Deus, nosso 11 Pelo que também rogamos sempre por vós,
2.14.19-20
Pai, e da do Senhor Jesus Cristo. G1.5Fp 1.28; para que 0 nosso Deus vos faça kdignos da sua
2Ts 2.14 vocação e cumpra todo desejo da sua bondade
O progresso e a constância dos *1.6 Ap 6.10
91.7 Ap 14.13; e a obra da fé com poder;
tessalonicenses na fé e no amor, a 1Ts 4.16; Jd 14
12 para que 0 nome de nosso Senhor Jesus
h1.8Hb 10.27;
despeito das perseguições 12.29; 2Pe 3.7; Cristo 'seja em vós glorificado, e vós nele,
Ap 21.8; Sl 79.6;
3Sempre devemos, 'irm ãos, dar graças a ITs 4.5; Rm 2.8 segundo a graça de nosso Deus e do Senhor
Deus por vós, como é de razão, porque a vossa '1.9 Fp 3.19; Jesus Cristo.
2Pe 3.7; Dt 33.2;
fé cresce muitíssimo, e '0 amor de cada um de Is 2.19; 2Ts 2.8
vós aumenta de uns para com os outros, ¡1.10 Sl 68.35; A vinda de Cristo será precedida de
4de maneira que nós mesmos nos gloriamos
89.7
k1.11 2Ts 1.5;
manifestações do anticristo
dde vós nas igrejas de Deus, por causa da vossa ITs 1.3
l 1.121Pe 1.7:
paciência e fé, e em todas as vossas perseguições 4.14 .
e aflições que suportais, a2.1 ITs 4.15- reunião com ele,
16; Ml 24.31; Mc
5 prova 'clara do justo juízo de Deus, para que13.27 2que não vos movais 11facilmente do vosso
b2.2 Mt 24.4; Ef entendimento, nem vos perturbeis, quer por
sejais havidos por dignos do Reino de Deus, pelo 5.6; 1Jo 4.1
qual também padeceis; c2.3 Mt 24.4; Ef espírito, quer por palavra, quer por epístola,
5.6; ITm 4.1;
6 se, de fato, é justo *diante de Deus que dê em
Dn 7.25
como de nós, como se 0 Dia de Cristo estivesse
paga tribulação aos que vos atribulam, d2 .4ls 14.13; já perto.
Ez 28.2.6.9; Dn
7e a vós, que sois atribulados, 1*descanso 7.25
3Ninguém, de maneira alguma, vos engane,
conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus 'porque não será assim sem que antes venha a
desde o céu, com os anjos do seu poder, apostasia e se manifeste 0 homem do pecado,
8como labareda !’de fogo, tomando vingança dos o filho da perdição,
que não conhecem a Deus e dos que não obede- 4 o qual se opõe de se levanta contra tudo 0
cem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; que se chama Deus ou se adora; de sorte que
, os quais, por castigo, padecerão eterna 'perdí- se assentará, como Deus, no templo de Deus,
ção, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, querendo parecer Deus.
'1.3 ou a caridade

1.1 Sobre Silvano e Timóteo, ver nota em ITs 1.1. tras leituras; cp. ARA. TB). Esse tempo não virá antes que
1.6-7 Deus recompensará 0 seu povo com descanso e dará ocorram dois eventos a "apostasia' e a manifestação do
a paga aos que se opõem a Ele na futura manifestalção) "homem do pecado" Iv. 31.
do Senhor Jesus desde 0 céu. Até lá. 0 crente deve confiar 2.3 A palavra apostasia (gr. apostasia) pode também ser
que Deus em seu tempo lidará com as situações injustas traduzida como "rebelião". Ela traz a ideia de deserção
do presente. Os anjos são muitas vezes apresentados como ou afastamento da verdadeira religião. Ela provavelmen-
participando na execução de juízos aterradores de Deus, e te se refere à generalizada deserção religiosa da adora-
assim são descritos como anjos do seu poder (cp. Mt 25.31; ção do Deus verdadeiro, que se intensificará no Dia do
Mc 8.38). Senhor, por meio das ações do homem do pecado e de
1.8 A expressão dos que não conhecem a Deus é uma Satanás (vv. 3-9|. Uma visão alternativa é que "aposta-
referência aos gentios incrédulos lITs 4.5). Dos que não sia" se refere a um tipo de afastamento totalmente di-
obedecem ao evangelho é provavelmente uma referência ferente: a partida da igreja da terra, conhecida como 0
a muitos !udeus que tiveram a oportunidade de ouvir Je- arrebatamiento, que ocorrerá antes do início do Dia do
sus ou 0 evangelho pelo ministério dos apóstolos, mas 0 Senhor. 0 homem do pecado é provavelmente a mam-
rejeitaram. lestação no fim dos tempos do inimigo de Deus. conhe-
1.9 O castigo de eterna perdição é descrito como ficar ton- cido como o anticristo (1 Jo 2.18) ou a besta que sobe
go da face do Senhor. A palavra "perdição" não significa do mar (Ap 13.1-101. Esse título particular salienta que
deixar de existir ou aniquilação, mas sim separação de ele se opõe a Deus e sua Lei. Ele é 0 filho da perdição
Deus num estado miserável. Por isso ela é descrita como ou da destruição no sentido de que está destinado a ser
eterna. Chegará 0 tempo em que Deus há de lançar todos destruído |v. 81.
os seus inimigos no lago de fogo para serem eternamente 2.A O homem do pecado lou "homem da iniquidade") é tão
condenados (Ap 20.11 -15). blasfemo que se assenta no templo de Deus, declarando
1.10 Os santos são 0 povo santo de Deus. Esse termo se que ele próprio é Deus 0 exigindo adoração Iver Ap 13.Λ,
refere a todos os que foram chamados no plano divino de em que a besta que sobe do mar c adorada). Esse alo
salvação (1 Co 1.2; 2C0 1.11. parece ser 0 que Daniel chamou de "a abominaçào da
2.1 Nossa reunião com ele provavelmente se refere ao desolação" e 0 que Jesus disse que ocorrería durante 0
ajuntamento dos crentes no momento do arrebatamiento período de tributação (Mt 2Λ.15; ver também Dn 9.27). A
(ITs 4.13-181. referência ao templo de Deus sugere que nessa época
2.2 Paulo ensina aos tessalonicenses que eles não devem haverá um futuro templo reconstruído em Jerusalém (Ap
perfurb[ar-se] por uma falsa mensagem de que estives- 11.1-2). A palavra grega usada aqui (naos) geralmente se
sem vivendo 0 Dia de Cristo lou "Dia do Senhor", em ou- refere ao santuário interior do recinto do templo.
2 T e s s a lo n i c e n s e s 2.5 1934

5Não vos lembrais de que estas coisas vos e2.71J0 2.18; ¿.3 Deus elegido desde 0 princípio para a salvação,
<2.8 On 7.10-11;
dizia quando ainda estava convosco? Jó 4.9: Is 11.4; em santificação do Espírito e fé da verdade,
6E, agora, vós sabeis 0 que 0 detém, para que 05 6.5: Ap 2.16: u para 0 que, peio nosso evangelho, vos
19.15.20-21; 2Ts
a seu próprio tempo seja manifestado. 1.8-9; Hb 10.27 chamou, 'para alcançardes a glória de nosso
7 Porque já 0 mistério *da injustiça opera; 92.9 Jo 8.21 ;E l Senhor Jesus Cristo.
2.2; Ap 18.23;
somente há um que, agora, resiste até que do 13.13:19.20; Dt 15 Então, irmãos, "'estai firmes e retende as
meio seja tirado; 13.1; Ml 24.24
h2.102Co 2.15:4.3
tradições que vos foram ensinadas, seja por
8e, então, será revelado 0 iníquo, 'a quem '2.11 l!m 1.24; palavra, seja por epístola nossa.
0 Senhor desfará pelo assopro da sua boca e 2Rs 22.22; Ez
14.9; Ml 24.5.11; 16 E 0 próprio nosso "Senhor Jesus Cristo, e
aniquilará pelo esplendor da sua vinda; ITm 4.1 nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos
9a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, ¡2.12 Rm 1.32
k2.13 2Ts 1.3; deu uma eterna consolação e boa esperança,
*com todo 0 poder, e sinais, e prodígios de mentira, ITm 1.4; El 1.4; 17 console 0 vosso coração °e vos conforte em
10 e com todo engano da injustiça para os 1Lc 1.75; lPe 1.2
2.14J017.22; 1Ts toda boa palavra e obra.
que perecem, 1'porque não receberam 0 amor 2.12; IP0 5.10
da verdade para se salvarem. m2.15 Fp 4.1:
1 C 1 1 .2 ‫״‬
Exortações diversas e saudações
11 E, por isso, Deus lhes enviará a operação "2.16 1J0 4.10;
Ao 1.5; IPe 1.3
'do erro, para que creiam a mentira, 02.17 1C0 1.8; .
12 para que sejam julgados todos os que não 1T5 3.13 glorificada, como também 0 é entre vós;
a3.1 Ef 6.19; Cl
creram a verdade; ‫׳‬antes, tiveram prazer na 4.3; ITsS.25 2e para que sejamos livres de homens ‫״‬disso-
iniquidade. s3.2Rm 15.31: lutos e maus; porque a fé não é de todos.
Al 28.24
13 Mas devemos sempre kdar graças a Deus, c3.3 ITs 5.24; Jo 3 Mas fiel cé 0 Senhor, que vos confortará e
por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter 17.15; 2Pe 2.9 guardará do maligno.

2.5 Paulo lembra aos tessalonicenses que ele ensinou mal (Rm 13.1-51. Talvez 0 que detém seja um governo tutu-
sobre essas coisas quando esteve com eles (At 17.1-131. ­‫ ס‬e seu líder. Mas. visto qu eaaçã oeo poder do homem do
Uma vez que Paulo esteve com os tessalon¡censes por um pecado procedem do poder de Satanás l2Ts 2.91. 0 poder ‫ס‬
lempo relativamente curto depois que elo c sua equipe a soberania de Deus sãc sugeridos fcriemente como exer-
missionária oiantaram a igreja, isso salienta a importância cendo um oapel mais direto na força restringidora. Uma
que 0 apóstolo dava ao ensino sobre os eventos do (im dos solução mais atraente é considerar c que delém como
tempos. serdo 0 Espírito Santo de Deus. A palavra grega para Espí-
2.6-7 A idenlidade desse "0 que 0 detém" tem intrigado rito {pneuma] é neutra, mas como 0 Espírito é uma pessoa
há séculos os intérpretes da Bíblia. No versículo ó. 0 que no grego, Ele pode ser referido tanto no neutro como no
0 detém está neutro no original grego, ao passo que no masculino. Além disso, no versículo 6 a referência pode
versículo 7 um que [...] resiste lou detéml está no masculi- ser à força restringidora do Espírito Santo, enquanto 0
no. Alguns pontos estão claros. Primeiro, 0 que detém está versículo 7 pode se referir à sua pessoa. Ambas as solu-
impedindo a manifestação presente do homem do pecado. ções podem explicar a mudança de gênero do vers'culo 6
Segundo, em algum memento, 0 que detém cessará sua para 0 7. Outra variação possível dessa visão ó que "0 que
atividade 0 0 homem do pecado se manifestará. Uma visão 0 detém" é 0 Espírito Santo agindo por me!o da ;greja. A
comum é que a forma neutra se refere ac governo, talvez expressão até que do meio seja tirado seria a remoção da
os romanos ou possivelmente um governo futuro, ao passo força restringidora do Espírito Santo, por meio do arreba-
que o masculino se refere ao líder desse governo, talvez lamento da igreja antes do Dia do Senhor.
um imperador. Em outra parle. Paulo ensina que um dos 2.7 Nos escritos de Paulo, "mistério" se refere a alguma
propósitos do governo é promover 0 bem comum e deter 0 coisa não revelada anteriormente, mas agora manifestada.
Paulo ensina que. apesar do homem do pecado não estar
parousia presentemente manifesto, já 0 mistério da injustiça ope-
Pronúncia grega [pa.ru.Sl.a] ra. 0 programa de Satanás de oposição a Deus e a seus
Tradução ARC vinda, presença padrões de justiça é uma realidade presente e contínua.
Uso em 2 Tessalonicenses 3 2.9 Poder, e sinais, e prodígios não são necessariamente
Uso no NT 24 evidências de atos divinos. Satanás tem poder para rea-
Passagem-foco 2Ts 2.8 lizar atos sobrenaturais enganadores. Devemos avaliar a
Parousia significa presença ou vinda. No sentido de presença, origem dc ato e 0 conteúdo da mensagem promovida para
refere-se a proximidade física. Paulo fala da obediência da evitar o engano.
igreja de Filipos, lanío em sua presença como em sua ausên- 2.10-12 As atividades de Satanás resullarão em engano
cia (Fp 2.121 e da vinda de seus colaboradores (1 Co 16.171. Em em larga escala do mundo incrédulo. Enlretanlc, Paulo
outros lugares, parousia se refere à vinda ou chegada de homens destaca que primeiro os incrédulos rejeitam a verdade,
ou eventos. Paulo menciona a vinda de Tito (2C0 7.6-7), e ele que os salvaria. Consequentemente. Deus lhes enviará
aguarda sua nova ida aos filipenses (Fp 1.261. Parousia ocorre essa operação do erro após virarem as costas para Ele. A
frequentemente com relação à vinda do Senhor Jesus, à medida condenação deles se baseia no fato de que eles não cre-
que a história da humanidade se move para seu encerramento. ram na verdade.
Sua vinda será precedida pela vinda do "homem do pecado", 0 an- 2.15 A palavra tradições se relere às verdades de Deus
ticristo (2Ts 2.8-91. A gloriosa vinda de Jesus será acompanhada transmitidas aos tessalonicenses por meio de Paulo (ITs
da destruição de todos os seus inimigos, da ressurreição dos 4.1- 21. Epístola nossa se refere a 1 Tessalonicenses.
mortos em Cristo e da reunião dos santos que ainda estiverem 3.2- 3 Paulo lembra aos tessalonicenses que fiel é 0 Se-
vivos [1C0 15.23-25; 1Ts4.15-16; 2Ts 2.11.
nhor, mesmo que homens dissolutos e maus estivessem
perturbando-os.
1935 2 T es s a lo n i c e n s e s 3.18

ΛE confiamos dde vós no Senhor que não só °3.4 2C0 7.16; 11 Porquanto ouvimos que "alguns entre vós
615.10
fazeis como fareis o que vos mandamos. s3.5 IC r 29.18 andam desordenadamente, não trabalhando,
5Ora, 0 Senhor encaminhe 0 vosso 'coração f3.6Rm 16.17; antes, fazendo coisas vãs.
ITm 6.5; 2J0 10
2no amor de Deus e na paciência de Cristo. 93.7 1Co 4.16: 12A esses tais, porém, mandamos e 'exortamos,
6Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de 11.1; ITs 1.6-7 por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando
h3.8 At 18.3;
nosso Senhor Jesus Cristo, que fvos aparteis de 2C0 11.9; 1Ts com sossego, comam 0 seu próprio pão.
todo irmão que andar desordenadamente e não 2.9 13 E vós, irmãos, mnão vos canseis de fazer
'3.9 1C0 9.Ó;
segundo a tradição que de nós recebeu. 1Ts 2.6 0 bem.
J3.10 Gn 3.19;
7 Porque vós mesmos sabeis como convém 1Ts4.11
u Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra
*ãmitar-nos, pois que não nos houvemos desor- k3.11 1Ts4.11; por esta carta, notai 0 tal "e não vos mistureis
denadamente entre vós, 1Tm 5.13; 1Pe
4.15
com ele, para que se envergonhe.
8 nem, de graça, comemos 0 pão de homem 13.12 1Ts4.11: 15 Todavia, não °0 tenhais como inimigo, mas
Ef 4.28
algum, hmas com trabalho e fadiga, trabalhando m3.13 Gl 6.9 admoestai-o como irmão.
noite e dia, para não sermos pesados a nenhum n3.14 Mt 18.17; 16 Ora, 0 mesmo ,,S enhor da paz vos dê
1C0 5.9.11
de vós; °3.15Lv 19.17; sempre paz de toda maneira. O Senhor seja
7 não porque não tivéssemos autoridade, ITs 5.14; Tt 3.10 com todos vós.
P3.16 Rm 15.33;
‘mas para vos dar em nós mesmos exemplo, 1Co 14.33; 2C0 17 Saudação Qda minha própria mão, de mim,
para nos imitardes. 13.11 Paulo, que é 0 sinal em todas as epístolas; assim
93.17 1Co 16.21;
10 Porque, quando ainda estávamos convosco, Cl 4.18 escrevo.
vos mandamos isto: que, se alguém não quiser r3.18 Rm 16.24 18A graça rde nosso Senhor Jesus Cristo seja
trabalhar, não coma ¡também. com todos vós. Amém!
J3.5 ou na caridade

3.6 Não trabalhar e esperar que a igreja os alimente é um 3.11 Para aumentar 0 problema, alguns tessalonicenses
comportamento irresponsável por parte de indivíduos ca- não apenas não Irabalhavam. como estavam fazendo
pazes. A visão de alguns da igreja tessalonicense, de que coisas vãs. talvez incentivando outros a não trabalharem
eles estavam no Dia do Senhor e. por conseguinte, Jesus para se concentrarem no Dia do Senhor (ver nota no v. 6).
viria em breve 12.2) pode tê-los levado a suspenderem suas 3 .K -1 5 Paulo quer que a igreja tessalonicense não se
atividades normais. Ou. isso pode ter sido apenas um com- m isturle] com esse tipo de pessoa, mas que 0 admoestte]
portamento preguiçoso ordinário (1 Ts 5.14). como irmão, visando corrigir 0 problema.
3.78‫ ־‬Paulo tinha 0 direito de receber sustento financeiro enquan- 3.16 Paulo se refere ao Senhor como Senhor da paz e ora
to trabalhava no ensino e no evangelismo, mas preferiu estabele- para que Deus lhes conceda paz de toda maneira. Isso era
cer um exemplo para os tessalonicenses. trabalhando para aten- particularmente importante para uma igreja sob persegui-
der suas próprias necessidades, a fim de não lhes ser pesadlo]. ção.
3.10 Qualquer que tenha sido 0 motivo deste comportamen- 3.17 A saudação final foi escrita pela própria mão de
to. Paulo ordenou: Se alguém não quiser trabalhar, não Paulo. Isso indica uma prática antiga e comum. 0 res-
coma também (ver Gn 3.18-19). A caridade cristã deve ser tante da carta foi escrito com a ajuda de um escriba qua-
dirigida a necessidades reais, e não necessidades artificiais lificado, chamado de amanuense, que escrevia enquanto
criadas por irresponsabilidade. Pauto ditava.

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