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A criança em crescimento
. .\uies lie o bebê nascer
0 primeiro bebê
O segundo bebê
bebês.
O ingresso do novo bebe no lar da, naturalmente origem
UI11 grande tumulto. E esse o período crítico, para o qual se
requer sutileza. Tudo sera mais fácil para todos os interessa
dos se a outra criança tiver sido afastada do lar, especialmente
no caso de ela ter 3 ou 4 anos. O ajustamento da mãe ao lar
será, então, mais simples de fazer e ela poderá dispensar toda
a sua atenção ao bebê recém-nascido. Seja qual for a idade do
mais velho, o primeiro encontro com o novo bebê é o mais di
fícil para ele. Convém que ele participe do tumulto das boas-
vindas, encarregando-o de tarefas simples, tais como as de ir
buscar as fraldas e aplicar o talco, para que ele possa ter o sen
timento dessa participação. Talvez se devesse desviar estraté
gica e ostensivamente para ele boa parte da agitação ocasio
nada pela vinda do novo bebê. Há que salvaguardar-lhe a todo
o custo o seu prestígio. Quando numa família existem dois ou
mais filhos, a mãe mais avisada faz os seus projetos atenden
do separadamente à individualidade de cada um.
Quando surge no lar um segundo bebê, há sempre o ris
co de querermos fazer demasiadas coisas e, conseqüente-
mente, de deixarmos de lado as mais simples, que são as mais
importantes. As explicações têm as suas próprias limitações.
O caminho mais curto para chegarmos até à criança não é
através do intelecto. Ela não está apta a seguir um curso pré-
escolar de embriologia e obstetrícia. Há mesmo um certo pe
rigo em realçar o papel do médico anteriormente ao nasci
mento do bebê. Sabemos de um garoto que se mostrou ine
quivocamente desiludido ao deparar-se com a face rosada do
seu novo irmãozinho. Então, exclamou, com toda a sua sensa
tez: "Já sabia que isso aconteceria, com aquele médico da pro
\ prole subseqüente
moderna.
As estatísticas e o pensamento lógico, bem como os pr0.
gramas que saem dos computadores, tudo isso nos impõe a
mesma orientação: "Não mais de dois filhos em cada grupo fa
miliar." É, todavia, interessante conjecturar, em relação àque
les que ainda procriam maior número de filhos, o que nos é
lícito esperar dessas outras crianças. Infelizmente, muito pou
co se tem investigado acerca dessa prole ulterior. Os geneti-
cistas esquivam-se prudentemente a tais pesquisas, defenden-
do-se assim das complicações de um "excessivo número de
variáveis".
Mas aqueles entre nós que lidam, durante anos, com gru
pos familiares, embora sem se servirem dos controles da in-
vestigação, acabam por perceber que há diferenças inatas en
tre o primeiro, o segundo, o terceiro e os filhos subseqüentes,
realçadas pelo que alguns tem chamado os "maravilhosos ter
ceiros Refenmo-nos,
ceiros a terceira gravidez nãoexpressão,
com eesta "maravilhosos
ao terceiro e -
filho, A poss vél
maravilha desse terceiro parece provir de oup a]m possivei
ele se afigura dotado das melhores característica?^38 PZeS'
dos precedentes. Sucede, assim, com frequência 06 Ca?a Um
consideravelmente adaptável, bem-humorado e e seja
dar. (Isto não quer dizer que não haja ocaci™ f faci^ cui'
veis terceiros".) ’ °ras,onal™nte "terrf-
No nosso
o grupo serviço
familiar. clínicoinformações
Pedimos inquirimos sempre
acerca"acdTevÍ!^0
abortos, naturais ou provocados, e óbitos. Solicitamntuais
nos a opj_
filhos.
Quanto ao segundo filho, parece, algumas vezes, que se
pode predizer o que ele será por aquilo que é o primeiro i 10.
A natureza tem um sistema de equilíbrio. A um pnmeiro filho
difícil segue-se, com freqüência, um segun o io que e a ,
ou vice-versa. Um primeiro filho menos o a o, <ou
mo atrasado, pode ser seguido de um segund filhobnihante.
Nota-se, contudo, geralmente, que os segundos filhos sao
1 — 'K.Tz>ftp
„ . de wqUacão
1. Método *• tonlc fdade muscular,
da capacidade irritabilidade
fisiológica reflexa, reação
do recem-nascido à
(ritmo
cardíaco, esforço respir - sessenta segundos e novamente aos
Amamentação
Antes de mais nada, surge-nos a questão da amamenta
ção. A decisão relativa a esta questão essencial é, com frequên
cia, deixada em suspenso até pouco tempo antes de o bebê
nascer. Essa demora tem um efeito desfavorável na orientação
emocional da mãe. Tende também a ter um efeito desfavorá-
^03
capacidade de lactação. Uma das razões é „
vd na sua ca
,e mamilos podem exigir cuidados regulares o8
seios e os r
■OS durante os três meses antenores ao nascimento, >
máticos
que a lubrificação e a massagem dos mamilos evita as »
ü as que interferem tantas vezes no bom exito da amani "
àò Esse cuidado regular com os mamilos prepara tatnb>
mentalmente a mãe para 0 dever de amamentar, quando cta
: « momento de fazê-lo. Talvez o termo "dever" esteja
deslocado. Em tempos que ainda nao findaram ha muito, a
tura americana revelou uma tendência crescente para deixar a
mãe escolher entre a amamentação e a alimentação artificia],
e fez pender muitas vezes a escolha para 0 lado da mamadeira.'
~ Todavia, nos últimos trinta anos, tem-se registrado um
movimento cada vez mais intenso a favor da amamentação.
Antes disso, não se dava às mães 0 apoio de que elas careciam.
Muitas mães não estavam perfeitamente cônscias dos benefí
cios da amamentação, tanto para os bebês como para elas
próprias. A escolha torna-se fácil quando a mãe compreende
essas vantagens. Desejaria alguma mãe privar 0 seu bebê do
colostro, aquela substância viscosa que precede o leite duran
te os dois primeiros dias subseqüentes ao parto, se ela sou
besse que tal substância contém muitos anticorpos proteto
res? O acesso precoce ao peito, mesmo logo na sala de parto,
dá início ao processo de interacomodação da mãe e do filho.
Podemos destruir tudo isso dando ao bebê um líquido num
frasco e separando-o da mãe. O leite de transição pode apare
cer ao fim de 24 horas após o nascimento, se for consentido ao
bebe 0 acesso ao peito sempre que ele chore.
- As vantagens que advêm ao bebê de uma imediata provi
são do alimento que a mãe lhe fornece, de uma proteína que
ele e capaz de digerir, do íntimo contato físico com a mãe^a
proteção contra a doença (em especial, contra a diaSno
decurso dos pnmeiros seis meses, enquanto ele nãn •
da as suas próprias proteções imunológicas tudoiq?°U
acrescido de muitos outros benefícios, deveríam rn f° amda
mães e os médicos de que a amamentação pode tí™ as
tuir uma exigência fundamental e não meramente um C°nsti-
Certamente que o bebê pode sobreviver sem ter sido 3 °PÇao’
tado, mas só com determinadas carências bem definid*13”16”'
8,5
. ilo cm comum deve, no entanto, m
'Adotado em diversos graus, de acordo
\\ E, cm alguns casos, mercê de razões especiais,
1K ■ se inconveniente para a mãe ou para o bebê.
11 Gostaríamos de aconselhar a elaboração uc um Pode
mapator-
do
■
.„es aconselhável antes de terem decorrido mai,
semanas, quando ele poderá apreciá-lo. Esta famlü *'
,le ,n„-,al com os cuidados minuciosos com o bebê pode 'J*
taclire bons seniços quando ela t.ver de contar só consi^
ápós a volta para casa. Ibde nem sequer necessitar dos
.k demonstrativos de uma enfermem visitante, mas
do lar. • .
Nunca será demais salientar a importância do planeja-
mento de uma ajuda adequada, especialmente durante as pri
meiras 6 a 8 semanas de vida do bebê. Os europeus, sobretudo
os escandinavos, resolveram este problema mediante a criação
de seniços de ajuda doméstica a expensas do Estado. O estado
de Nova Jersey já instituiu organizações desse tipo, e espera-se
que outros estados sigam em breve esse exemplo.
A necessidade de a mãe passar os três primeiros dias aca
mada em casa, numa extensão do regime hospitalar, podería
assim ser satisfeita com maior facilidade. Podería também as
segurar-se desse modo a proteção contra quaisquer interrup
ções do descanso de uma hora, três vezes ao dia. Este regime
podería igualmente proteger a mãe do excesso de visitas, bem
intencionadas aliás, especialmente de pessoas da família. Fb-
deria reservar-se para essas visitas um período especial do dia
que fosse conveniente tanto para a mãe como para o filho. Os
esforços que um número excessivo de visitas lhe exige podem
íatigar a mãe a ponto de pôr em risco a sua capacidade de
amamentação.
Iodas as famílias devem elaborar um plano que seja o me
lhor possível para todo o agregado familiar, em tudo que diga
respeito às necessidades do lar, à presença dos outros filhos, à
preparação das refeições etc. O pai passa agora a ter um papel
mais importante nesse período inicial de adaptação. Fbr vezes
os pais podem até organizar as suas férias de maneira a nessa
altura, estarem sempre presentes, no exercício de uma capaci
dade que é simultaneamente ativa e protetora. Se o bebê dor
me, durante a noite, num quarto separado, mas vizinho, pode
ser o pai quem se encarrega de o levar à mãe para esta lhe dar
a mamada noturna. A política doméstica deve ser tal que as
.........
bebê passa a con que 0 bebê esteja c,
de 20 a 24j®1® , razoavelmente alimentos sólidos
amadurecido para ?ado em ingeri.los. Felizmente, nessa
Indivíduos e programas
Auto-regiilação
universo.
É muito fácil esquecermo-nos de que o bebê tem uma
psicologia e de que os nossos métodos de cuidar dele afetam
simultaneamente o seu bem-estar físico e mental. A indivi-
dualização dos programas de atividade da alimentação e do
sono constitui uma abordagem fundamental da higiene men
tal da infância. A educação do bebê começa pelo seu compor
tamento diário.
x . O pnmeiro ano de vida oferece à mãe uma oportunidade
otima de se familiarizar com a psicologia individual do filho.
O que ela aprender durante esse primeiro ano irá adquirir um
valor permanente, pois é provável que ao longo da sua meni
nice e adolescência essa criança manifeste as mesmas caracte
rísticas dinâmicas que são evidentes nos seus primeiros tem
pos de vida.
A adoção de uma política de programas de exigência in
dividual cria uma atmosfera favorável àquele tipo de observa
ções que irão habilitar a mãe a aprender as características fun
damentais do seu bebê. A mãe livra-se do vexame que resulta
de forçar o bebê a ingerir um alimento que ele não quer e de
esperar que cheguem ao fim extensos períodos de choro > e
fome. Em vez de olhar para o relógio da P^an? *** °
seu interesse para o comportamento diário do e e a
ele se acha registrado no respectivo mapa (quari o •
Observa também de que maneira e em que £ * vaJ. se
portamento se transforma, à medida que o p j .. nte Ela
transformando. É um desafio à sua percepç
<
I
Digitalizado com CamScanner
crcsdff^ctito
103
Perfil do comportamento
' r°cícivia
esPecial- _______
Digitalizado com CamScanner
107
itc .iienio ao rosto humano, quando este «mi,
iii* n.uior, no seu campo de visão. A sua atívirb i Ç' corn ar
""" l|U'ind° T "i"‘eressante'' cstímúlo éX e
l
1Iti aos seus olhos. Mais um mês e fará c S°dal Se
olhos sobre um objeto próximo. Fbderemòs enUfoX,0’ doi’
108 - j
a u A coordenação das maos e dos o|k.
SSdoseucomportamWto.
Comportamento diário
Opelfitdocomp=S-"t“ê
Sono
Alimentação
Eliminação
Banho e vestir
Atividade individual
114
%
..nria Visual com a luz e as cores vivas é *>
A cxpenciw. como 0 aUment0 no scu
importante para a cnar v
mago.
Sociabilidade
0'9italizadocomCamScanner
116
nuseamento.
Um bebê nunca esta completo. Encontra-se permanen-
lemente em elaboração. Mas mesmo essas suas capacidades
incompletas estão carregadas de potencialidades. Há assim
um grande número de promessas nos arrulhos, na inspeção
expectante, na respiração excitada, no mútuo apalpar dos de
dos e no agarrar a colcha do bebê socialmente risonho de ape
nas 16 semanas.
Comportamento diário
Sono
Noite
rnu
*9V Sesta
minutos. ,
Alimentação ao seio e com niamadeira - O bebe po c
manifestar agitação antes de lhe darem de comer, mas
freqüentemente espera até que chegue mais ou menos a
Banho e vestir
Atividade industrial
Sociabilidade
ia exigência cada vez maior de
;.! Há, nesta idade, u”‘da pode aparecer relacionada
convívio social. Essa exig<- antes de cada refeição,
com as refeições, muitas venfique durante a refei-
embora em algumas enan^^^ de atenção social é parti
ção ou depois dela. A c do dia, cerca das 5 da tarde,
cularmente forte para o berço durante o seu pe-
O bebê gosta que o m Jmente de estar no seu carri-
ríodo social. Gosta e p semanas, um forte
XssTpéto pai Xtóm pelas crianças pequenas. As
Sn adeiras sociais com o pai podem ocorrer com mais
X do que com a mãe porque o bebe nao associa o par
ao alimento. Gosta que as pessoas lhe prestem atençao,
falem com ele e cantem para ele. Tem tendencia para
chorar na posição deitada e parece gostar mais de estar
sentado. Às 20 semanas, gosta tanto que falem com ele
que pode até chorar quando as pessoas vão embora.
[O bebê tem tendência para exigir maior atenção so
cial se dormir no mesmo quarto com a mãe, especial
mente no caso de ela se levantar de manhã muito cedo.]
perfil do comportamento
126
meses.
Agora é um sedentário. Por isso, está sentado na sua ca
deira. Observa com interesse as atividades do lar. Dá voz ao
seu desejo impetuoso, para não dizermos à sua impaciência,
quando descobre uma mamadeira ou um prato e vê a mãe
preparar-lhe uma refeição. Pode tentar apanhar um prato que
está inteiramente fora do seu alcance, porque ainda tem algo
que aprender acerca das distâncias - e do tempo também. Tem,
contudo, a boca e os músculos da garganta muito mais perfei-
tamente organizados do que os tinha com 16 semanas. É ago-
aZt e • man°brar' alimentos sólidos que antes tendiam a
3'”"
x é claro, não é capaz ainda de segurar adcquadamen-
-olher pelo cabo, nem dc se servir dela como um utcn-
* Guando tiver 1 ano, já saberá introduzir a colher numa
Mas, antes dos 2 anos, não conseguirá levar à boca, so-
uma colher cheia, sem lhe entornar excessivamente o
Z'n teúdo. A colher é um instrumento cultural complicado. O
28 semanas está, através dos seus manejos, assentan-
a]icerces do domínio motor desse instrumento.
d0 °q bebê de 28 semanas apresenta uma mistura de versatili
dade e de incapacidade. É largamente superior ao bebê de 16
semanas no comando conjunto dos olhos e das mãos; mas
encontra-se ainda apenas à beira das capacidades que virão a
amadurecer durante o resto do seu primeiro ano. Está perto
de se sentar sozinho; quando chegar a 1 ano, pôr-se-á, sozi
nho, de pé. É capaz de segurar dois objetos, um em cada mão;
a seu tempo, será capaz de os juntar. Vocaliza grande diversi
dade de vogais e consoantes que em breve ganharão o estatu
to de palavras. Através de incessantes manuseamentos e de
levar à boca um grande número de objetos, adquire um cabe
dal de percepções que fazem-no sentir-se mais à vontade no
seu ambiente físico. Acumula também um tesouro de percep
ções sociais; interpreta as expressões faciais, as atitudes pos-
turais e as idas e vindas da rotina doméstica. Estas percepções
sociais não são ainda muito complexas, mas são apuradas; são
esquematizadas; e são essenciais ao continuado desenvolvi
mento da sua personalidade.
Nesta idade, as capacidades da criança acham-se relati
vamente equilibradas. Os esquemas de comportamento do
bebê de 28 semanas estão bem focados; os seus interesses são
equilibrados; é, ao mesmo tempo, independente e sociável;
alterna, com facilidade, uma atividade espontânea relaciona
da consigo mesmo e uma atividade de relações sociais. Gosta
de ficar sentado (com apoio), mas sente-se igualmente bem
deitado de costas. Gosta de manusear brinquedos, mas qua
quer objeto lhe serve; e govema-se mesmo sem objeto nen um,
pois, então, entretém-se deslocando a mão dentro do seu cam
po de visão, pelo simples prazer (e valor educacional, tam em;
de vê-la mover-se. Tudo considerado, as suas caractens íca
. ÍJ0Í
X
128 ______________________
de comportamento contrabalançam-se bem °\
Acria,^do0
cias do desenvolvimento em breve irão desvú i 9s te
parativo equilíbrio, enquanto ele for abrind'^
níveis mais altos de maturidade. 0 CaihinhnC°n’-
°
Co^“"nc"tOllÍArÍO
— 129
mn até a r .
,,i,. o colocmn nunin cndeira seguro que
■ lhe
'->rmi> Zlnha'
‘ . .|()inliuulora dos preparativos d
rert<>
flflv cxpechitlva que aguarda a comiH^1"3 ^ÇâoT?
quando a aproxi.nnm dele. 7bma 0 n|i* c excitad„
ril poivenlura, no colo, se as SUM Xotado na cad“°
1,W
Sono
Noite
Sesta
das refeições (10 horas ^nas Por Uma questão de comodidade, a horas certas
horas, Choras, 6 horas).
■
4fHfw' 131
«oneras diárias. As do meio da manhã c da tarde <ri
mais estáveis. Algumas crianças têm um esquema rei?
lar de uma sesta comprida, de manhã, e uma curta, à tár
de (ou vice-versa), enquanto outras alternam a extensão
dessas sestas, dependendo da duração da sesta da ma
nha. Não se verifica, em geral, uma soneca à noitinha a
menos que ela seja determinada por um despertar às 10
da noite.
Lugar- Os bebês dormem melhor a sesta da manhã
ao ar livre no seu carrinho. Alguns dormem também a
sesta da tarde no carrinho, durante o passeio. Quando isso
não acontece, fazem esta sesta em casa, no berço, duran
te o fim da tarde.
Alimentação
anoi
Quantidade-Ê difícil, agora, determinar a
de total, em virtude da adição de alimentos sóhd^1^'
dana, os maus comedores mantêm ainda um ní T I()'
lar de ingestão de alimentos, sem flutuações sun °rCgu'
três a seis centifítros em cada refeição, ao passo^^8a
grandes comilões podem apresentar flutuações de^ °S
três decilitros. A primeira refeição da manhã e a das^
horas da tarde são as melhores (mais ou menos três de 6
Eliminação
Atividade individual
Sociabilidade
IV,
seguidas dos braços de uma
Também aprecia o ritmo e agrada-lhe n !* dt>
saltar sobre os joelhos. Diferencia nH ín,*
gente com aquela que lhe dá o alimento fi\" M
pessoas conhecidas, mas pode mostraram„ ' COm
estranhos, especialmente em luonma mid° (,f>m
para ele. luMrcs
Dl9ltalizadocomcamScanner
%jt 40 semanas
Perfil do comportamento
mo graciosos.
É, de igual modo, mais discriminativo no aspecto social e
mais perceptivo de pequenas variações à vista e ao ouvido.
Essa maior .perceptividade faz que ele pareça mais sensível,
como efetivamente é. É sensível a um maior número de acon
tecimentos no seu ambiente social; é suscetível de receber li
ções e de ser ensinado. Tem uma nova capacidade de imita
ção. Assim, "aprende" novas habilidades infantis, como a de
bater palma e a de dizer adeus. Às 28 semanas era incapaz de
"aprendê-las" porque não tinha a mesma perceptividade das
ações alheias, nem possuía ainda no seu repertório o esque
ma de movimentos apropriado. O seu repertório de movi
mentos depende da maturidade do sistema nervoso. Não é
capaz de imitar nenhuma ação, enquanto não conseguir exe
cutar essa ação, mercê do seu desenvolvimento natural. Se
quisermos iniciá-lo, com a idade de 40 semanas, no jogo de
receber e devolver uma bola, pode desapontar-nos, segurando
a bola e limitando-se .a acenar com ela. Mas, na verdade, não
devemos ficar desapontados. A capacidade motora de largar
irá amadurecer a seu tempo e, então, ele fará rolar a bola em
direção a nós. Todas as coisas têm o seu momento certo.
CoHportomeftto diiírio
nenhuma atenção.
Sono
Noite
Sesta
i
Digitalizado com CamScanner
b?!. dão sinal do quererem menos luz, cobrindo
Al,’',ll,S,?coin as mãos, c dormem geralmcntc melhor
os. >cn com as persianas fechadas.
Alimentação
o*
diárias, às 7 da manhà c às 6 da tarde; outras
tomar três. a
Quantidade - A ingestão total depende at'
ponto, da quantidade que se lhe oferece. O
agora pressa em acabar a mamadeira e, assim, denoJ^
esvaziá-la, não pede mais. Também "limpa" n Í7? de
tem como certo que aquilo e o fim. Alguns bebês já in
geriram maior quantidade de alimento antes dessa ida
de, outros estão predsamente agora aumentando essa
quantidade. O ponto de sadedade indica se estamos
dando alimento em demasia, e a ausênda de quaisquer
esquemas de sadedade pode indicar que deveriamos dar-
lhe mais.
Duração - Três a quatro minutos para a mamadeira.
Cinco a dez minutos para o alimento sólido.
Mamadeira ou alimentação ao peito - Os esquemas
da alimentação com mamadeira são semelhantes aos es
quemas das 23 semanas, com exceção do fato de a sucção
ser agora mais enérgica e mais rápida e de as mãos terem
um papel mais importante em segurar a mamadeira. O
bebê predsa ser ajudado no prindpio, enquanto a ma
madeira está cheia, mas inclina-a com facilidade à medi
da que ela se esvazia e é capaz de a segurar melhor, sem
pre que necessário. De modo geral, prefere que lhe segu
rem a mamadeira. A alimentação ao peito não dá origem
a nenhuma destas complicações.
Alimentação com colher - Nessa idade o alimento é
dado à maioria dos bebês numa cadeira alta. O bebê ex
prime a sua expectativa ansiosa através de vocalizações,
tais como "dá-dá" ou "nã-nã". Abre a boca quando lhe
apresentam a colher e engole rapidamente, metendo, ao
mesmo tempo, o lábio inferior para dentro. Os movi
mentos laterais de mastigação estão agora no seu início.
O bebê pode querer agarrar o prato ou manifestar impa
ciência quando a mãe demorar para dar o alimento. A sa
dedade é claramente expressa no momento em que o
prato fica vazio. Quando a sadedade se manifesta antes,
exprime-se pelo morder da colher ou da própria língua,
pelo abanar da cabeça em sinal de negação e por um des
dém bem-humorado, mas decisivo. O bebê gosta de brin
car com o prato vazio e a colher.
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14Ò
'
Al minas crianças podem precisar ‘dH
ainda de que
Z Lm ao colo, ou semi-reclinadas numa cadeira
aSalinu’nteni
Eliminação
Banho e vestir
Atividade individual
Sociabilidade
Contportaotcnfo diário
Sono
Noite
Sesta
Alimentação
Eliminação
Banho e vestir
Atividade individual
Perfil do comportamento
cestos de papéis, não uma vez só, mas muitas vezes. E, se nào
se mostra igualmente disposto a enchê-los de novo, é porque
o seu sistema nervoso não está suficientemente amadurecido
para esse esquema de comportamento mais complicado.
Por ora, a sua energia motora é muito forte; está constan
temente ativo, em breves rompantes de locomoção; põe-se
em marcha, pára, põe-se em marcha outra vez e trepa com
maior ou menor dificuldade. Gosta de ir dar um passeio de
automóvel ou no carrinho, mas mesmo então tem tendência a
pôr-se de pé e a prosseguir na sua espontânea atividade. Se o
deixam no quadrado, é muito provável que atire de lá para
fora os seus brinquedos.
Atirar é uma atividade muito característica. E o que é ati
rar, senão largar com energia? A capacidade voluntária de lar
gar da mão um objeto é um intrincado esquema de ação que
requer um desenvolvimento complexo das células nervosas
do cérebro que controlam esse esquema. É preciso tempo para
levar a cabo esse desenvolvimento; a criança tem de aprender
a regular a largada, a marcar-lhe corretamente o tempo, para
que ele obedeça às suas intenções. Tal como qualquer outra
função em vias de desenvolvimento, esta carece de exercício -
de prática, como se costuma dizer, muito embora a prática
seja, em primeiro lugar, mais um sintoma do que uma causa
do desenvolvimento.
A criança de 1 ano era capaz de equilibrar um bloco em
cima de outro; a criança de 15 meses é capaz de soltar da mão
o bloco, com precisão bastante para construir uma torre de
dois blocos. Da mesma forma é capaz de largar uma bolinha
para dentro de uma garrafa. O amadurecimento da capacidade
de largar habilita-a também a jogar melhor o jogo de receber
e devolver uma bola. A bem da verdade, é capaz de atirá-la de
maneira canhestra. Mas aos 18 meses será capaz de arremes
sá-la pelo ar. E até o homem primitivo começou por ser desa
jeitado a atirar pedras. São necessários anos de organização
neuromotora antes de uma criança ser capaz de arremessar de
forma amadurecida. Atirar é um primeiro passo rudimentar
no desenvolvimento dessa complicada habilidade. Se isso não
constituísse um esquema de ação importantíssimo, não figu-
163
A criança em crescimento
Sono
Noite
Adormecer - A hora de deitar é agora entre as 6 e as
8 da noite e segue-se, num estilo regular e ordenado, aos
acontecimentos do dia. A ordem desses acontecimentos
pode ser, por exemplo, banho, jantar, cama. O bebê pa
rece ter adquirido a noção da "hora de ir para a cama",
uma expectativa de ir deitar-se após certos acontecimen
tos do programa diário. (Mais tarde, tanto essa ordem
como o horário podem mudar.) Algumas crianças po
dem, a princípio, chorar, mas na sua maioria sentem-se
contentes em voltar para a cama. Podem "conversar" en
tre meia hora a duas horas. Algumas crianças mais ativas
podem escapar de debaixo das cobertas e ficar muito en-
tretidas no berço, até acabarem, finalmente, por adorme
cer, porventura aos pés do berço.
[Se a criança demora a cair no sono, é melhor não
ir para junto dela antes que tenha adormecido ou esteja
prestes a adormecer. De outra forma, a presença da mãe
pode estimulá-la e fazer que ela leve ainda mais tempo
para adormecer.]
Despertar - Acordar de noite é uma questão indivi
dual e mais comum nas crianças ativas. Muitas crianças
acordam chorando (com mais freqüênda antes da meia-
noite) e não se aquietam só por lhes pegarem ao colo.
Podem, muitas vezes, aquietar-se olhando pela janela para
as luzes, ou quando alguém lhes cante uma cantiga, to
cando-lhes ao mesmo tempo nos dedos dos pés e das
mãos ao ritmo da melodia. Não é aconselhável voltar a
colocá-las na cama antes de estarem prontas para ador
mecer, e a transição pode, muitas vezes, conseguir-se me
lhor deixando-as segurar qualquer objeto, por exemplo,
uma escova de dentes em que elas se mostraram interes
sadas, no banheiro.
O despertar da manhã ocorre entre as 6 e as 8 ho
ras. A criança está geralmente bem disposta nessa altura
e deixa-se ficar sob as cobertas conversando consigo mes
ma. Pode, mais tarde, sair de debaixo das cobertas e ficar
brincando de um lado para outro, no berço, sem necessi
dade de brinquedos.
168
A criança do 0 aos 5 anos
Sesta
Alimentação
Mim inação
Banho e vestir
Atividade individual
Sociabilidade
todo para jogar a bola e para "pintar"; as mãos não têm amlí
dade nos pulsos; tem dificuldade em coordenar os movimen
tos das mãos e dos pés. 7èm até problemas em levar a colher
a boca.
Arrasta, reboca, deixa cair, puxa, empurra, bate com for
ça. Quando agarra no ursinho de pelúcia, segura-o com rude
za de encontro ao peito. Há nela também qualquer coisa de
urn carregador de móveis. A atividade motora dos seus gran
des músculos tem primazia sobre a dos mais delicados. Há
um certo prirnitívismo nas suas posturas e no seu manejo das
coisas, como se ainda pesassem sobre ela algumas reminis-
cênc ias do homem de Neanderthal.
Mas não se devem perder as esperanças. Aos 2 anos, já
terá os pulsos mais flexíveis e virará as páginas de um livro,
uma por urna! Mesmo agora já é capaz de tirar os sapatos, o
chapéu e as luvas, e de abrir um zíper, se ele não for muito fino.
Ern breve há de fazer muito mais coisas. Aos 3 anos, já calça
os sapatos; aos 4 ata lhes os cordões.
A sua atenção, tal como a sua atividade física, é irregular.
A criança está atenta ao aqui e agora. Tem escassa percepção
dos objetos distantes. Precípíta-se sobre eles, com uma fraca
noção dc direção. Podemos falar lhe acerca do futuro, mas ela
não nos escutará, porque o futuro não lhe diz nada por en
quanto. Está embebida no imediato; mas, mesmo agora, as
forças do desenvolvimento estão a empurrá-la já para além
do imediato, dando lhe um sentido de "conclusões".
Esse espontâneo interesse por conclusões é uma das suas
características psicológicas mais interessantes. Mete uma bola
dentro de uma caixa e depois solta uma exclamação deliciada,
urn "oh!" ou urn "uf!", numa explosão de satisfação conclusi
va. Gosta de fechar uma porta, de nos dar o prato quando aca
bou de comer, dc enxugar uma poça, dc puxar a descarga e de
"avisar" depois dc ter sujado a cueca ou a calcinha. Quando se
senta numa cadeira, o faz numa atitude decisiva, com a qual
parece dizer nos: "Já fiz o que tinha de fazer."
Tudo isto são juízos elementares, muito embora não se
€*xprimarn ainda por palavras ou por frases. A criança pensa
mais com o corpo do que com a laringe, e a sua mente já tra
177
A aiança em crescimento
Comportamento diário
dosa. Depois do banho, vai ter com o pai para brincar com ele,
um pouco antes de ir para a cama.
Pouco depois das 6 horas metem-na na cama, juntamen
te com o ursinho de pelúcia ou a boneca, com quem ela palra,
num convívio mais ou menos social. Em que pesem suas ca
pacidades locomotoras, deixa-se ficar debaixo das cobertas e
adormece entre as 6 e meia e as 8 horas, até acordar na manhã
seguinte para mais um dia de atividade.
Sono
Noite
1. O nível etário dos 21 meses é uma idade de transição. bJão Lhe demos ca
tegoria para um capítulo especial, mas tratamo-lo em separado, nesta seção, sob
cada uma das seis rubricas do comportamento diário (Sono, Alimentação, Elimi
narão, etc.).
181
rííru>^"'crrXÍ'"en“’
Sesta
Alimentação
rrtSCÍ"1^10
4^'’ ■ ar de maneira audível. Recomeça
•rar deixa sair o g ^dQ afé Q fím q risco de
loÍa bcbeí, ^eSeém a criança, quando pára de be-
íetrpela ^matícamente a xícara para a mae e se
ber, estender au^ após a OTança a ter cha.
ela não esta au ncja a deixar cair a xícara ou mesmo
mado, esta tem
ao chao. .
a A to ajuda-18 meses - A maiona das cnanças gosta
Ç,er pela sua mão e pode ser capaz de fazê-lo em
das as três refeições. Pode ser preciso que a mãe ajude
‘°encher a colher. Algumas crianças que anteriormente
exprimiam o desejo ocasional de comerem pela mão de
las podem preferir agora que lhes dêem a comida. À me
dida que cada prato vai ficando vazio, é entregue à mãe.
A criança toma inteiramente à sua conta a tarefa de
beber pela xícara, mas no fím tem de entregar a xícara
à mãe.
21 meses - Se a criança come pela sua mão, come
melhor se a deixarem sozinha, estando a mãe por perto,
mas sem lhe prestar atenção antes de ela a chamar. Se na
bandeja há mais do que um prato, gosta de transferir coi
sas de um prato para outro. A criança ainda não tem,
realmente, capacidade para lidar com mais de um prato
de cada vez. Gosta de ver os seus esquemas repetidos - o
mesmo babador e a mesma colher.
[Como a criança desta idade é muito sensível aos
estímulos periféricos, é importante não lhe interromper a
refeição com distrações, sejam estas pequenas ou gran
des. Ter a sobremesa à vista, haver uma exagerada inter
ferência da mãe ou a chegada do pai em casa - tudo isto
pode servir de interrupção e até, porventura, pôr um pon
to final na refeição. Assim, é mais fácil, muitas vezes,
controlar esses estímulos, deixando a criança comer sozi
nha na cozinha.J
Eliminação
Intestino: 18 meses - Nesta idade, registra-se uma
grande diversidade de alturas e contextos para a dejeçao,
mas cada criança segue com relativa persistência o seu
f'f ' r< ?
a variação e a in-
rr < < t ■' > ir rr.y,, , portanto, durante
r< í' )'/>' '>< r conexão com uma das
o meio da manhã e depois,
■ ; ’ '* 'r,rr'-‘ <‘'(í(A conseguir
' ' ' XjtO /, r < ■ tá p'/d|r
r ' >r rri‘ 1'f ,irr}') palavra, e a rnãe pode
, /f r' Pf anormal que tação, que ela
Banho e vestir
1//4 individual
Dentro
de enfiar de casa
ou uma pequena cômoda de
um telefone r~
de Z ^sdc ^golas
SoriaMidadr
Perfil do comportamento
Comportamento diário
Sono
Noite
Á
201
A iTWiffl ffll crescimento
Sesta
Alimentação
Eliminação
Intestino - Os "descuidos" são mais raros, embora
surjam periodicamente, em geral depois das refeições. Os
que levam mais tempo para corrigir são aqueles relado-
A criança do 0 aos 5^
Banho e vestir
Atividade individual
Sociabilidade
Perfil do comportamento
Se um grupo de pais fizesse uma votação secreta para de
terminar qual a idade mais terrível do período pré-escolar, é
muito provável que essa honra coubesse à criança de 2 anos e
meio, devido à reputação que ela tem de passar de um extre
mo para o extremo oposto. A curva das palmadas atinge, con
sequentemente, um dos seus picos, mais ou menos por essa
altura. Desnecessário é dizer que nós não estamos de acordo
com essa fraca opinião - nem com as palmadas.
A criança de 2 anos e meio acha-se num período de tran
sição. Ela é fundamentalmente a mesma criança simpática que
era aos 2 anos; e está transformando-se numa agradabilíssima
criança de 3. Na verdade, mesmo agora há nela qualquer coisa
de encantador, na sua energia, na sua exuberância desproposi
tada (aparentemente) c nos sinais inconfundíveis de uma so
ciabilidade embrionária, de prestabilidade e dc imaginação que
ela nos dá. Se esses sinais são confusos e compensados preci-
samente pelos seus contrários é porque a criança de 2 anos e
meio se encontra numa fase de encruzilhada do desenvolví-
mento do seu sistema de ação. Tem um trabalho muito gran
de* a fazer como intennediária dos seus próprios impulsos em
sentidos contrários. Temos de nos lembrar, uma vez mais, de
que ela age desse modo porque é feita assim. E se, em vez de
210
'Arn‘",OJ^0<j<x5<n>,x
castiga -la, a orientarmos nos termos das suas limitações Pecu
hares, ela passara a ser uma pessoa tolerável e simpática
Por que razão ela vai até esses extremos arreliadorcs’ f
porque o seu domínio do sim e nào, do ;r c vir, do correr e pa
rar, do dar e reaárar, do pegar e largar, do >ux»re empurrai < do
atacar e recuar se encontram em perfeito equilíbrio A vida está
cheia de alternativas. Todos os caminhos da cultura sâo, para
elaz vias de trânsito nos dois sentidos, devido à sua grande
inexperiência. (Lembremo nos, porém, de que aos 18 meses
todos os caminhos eram simples vias dc sentido único.) O seu
sistema de ação é, semelhantemente, um sistema de dois sen
tidos, cujas alternativas são quase de igual modo aliciantes,
devido ao fato de ela ser tão imatura. A sua situação de equilí
brio é instável porque os seus mecanismos inibitórios sâo ain
da muito imperfeitos. Além disso, a vida e o ambiente aíigu
ram-se de tal maneira complexos, nesta fase dc transição, que
a criança é quase obrigada a ir por ambas as vias, a expcrimcn
tar ambas as alternativas, para poder descobrir qual e realmen
te a melhor. Não há motivos para se desesperar se ela experi
menta as duas vias e nos experimenta também a nós. Quando
ela tiver 3 anos, o seu amadurecimento já será, comparativa
mente, tão grande que sentirá verdadeiro prazer em que lhe
peçam que escolha entre duas alternativas familiares.
Por enquanto, a sua capacidade de escolha e fraca, então,
escolhe ambas as alternativas, náo por franca teimosia, mas
porque não tem facilidade de avaliar essas alternativas, nem de
pensar numa delas com exclusão da outra. Em vez de seguir
por uma linha, segue por duas (e uma delas parece ao obser
vador uma teimosia). A organização dc células nervosas que
preside a inibição acha se insuficientemente desenvolvida Isso
manifesta se até em ações "neurológicas" como as dc* agarrar
<• laigar Não possui o domínio perfeito dos seus; músculos íle
xoies e extcnsoic^s Agarra com demasiada força e larga com
um impulso exagerado Ainda nao aprendeu a "soltai", lem
diht iildcide em descontrair se prontamente paia adoi mecci
I / quando adoi mee e, pode» levelai uma tendénc ia paia dormi i
deinuis. Analogamente, pode nao relaxar com facilidade* as
‘•stiiH teies dc contiole da bexiga e sustei a eliminação tempos
2JÍ
Comportamento diário
Sono
Noite
A hora de deitar depende muito claramente da dura
ção da sesta, a qual pode variar entre nem chegar a ador
mecer até dormir três, quatro ou mesmo cinco horas. As
sim, não é incomum que a hora de adormecer, à noite,
varie entre as 6 e as 10 horas. A hora de deitar tem de ser
alterada, portanto, de acordo com as necessidades da crian
ça, mas é preferível não a retardar para além das 8 horas.
A operação de deitar acha-se agora complicada por
uma nova interferência, pois as exigências da criança de 2
anos e meio, na hora de ir para a cama, adquiriram uma
estrutura rígida e minuciosa que pode levar entre meia
hora a uma hora para ser executada. Há o ritual de subir
as escadas, o ritual de tomar banho, o ritual de escovar os
dentes, de se meter na cama, de fechar as persianas, de
beijar, e até um ritual de dar boa-noite com palavras es
pecialmente escolhidas. Se a tampa da banheira for reti
rada de maneira diferente da habitual, toda a rotina da
hora de deitar pode ser transtornada pela ocorrência de
uma terrível birra. E as persianas da janela têm de ser
baixadas precisamente até à altura devida, nem mais,
nem menos.
A criança desta idade faz a maior parte das suas exi
gências antes de se meter na cama. Depois de estar dei
tada e de ter dado boa-noite, chama menos vezes a mãe
do que aos 2 anos, e as suas exigências exprimem geral -
mente reais necessidades. Quando, finalmente, se instala
para dormir, muitas vezes ainda canta e conversa com ela
mesma. Gosta de aconchegar-se bem dentro da coberta.
As que adormecem mais cedo têm maior tendência para
acordar durante a noite. Podem chorar ou não, quando
acordam, e muitas vezes pedem para fazer xixi ou beber
água. Levantar a criança entre as 10 horas e a meia-noite
para pô-las a urinar dá, com freqüência, mais resultado
nesta idade do que anteriormente; mas, quando não dá,
é sensível a perturbação que causa à criança.
O acordar matinal é tão variável e tem um âmbito
tão largo como o adormecer à noite. Há algumas crianças
216 A criança do 0 aos 5 mios
Sesta
Alimentação
Eliminação
Banho e vestir
Atividade individual
Sociabilidade
Comportamento diário
a cna hora de acordar ainda é variável, se bem que a mar-
A não seia tão grande como anteriormente. A
gem de vanaçacord^ digamos, por volta das 7 horas. Pode
criança ae^
. Acriançnd,-t
Sono
Noite
Sesta
Alimentação
Eliminação
Banho e vestir
Atividade individual
Sociabilidade
Perfil do comportamento
ate que o cubo de cima abranja o espaço que fica entre os dois
outros.
A \oz aguda, trêmula e lamurienta revela-nos o seu des
conforto. Quando sente que está dominando e se divertindo
com isso, a sua voz pode tomar-se forte e estridente. Mas nu
ma situação nova e difícil essa voz pode reduzir-se a um so
pro. Os pais receiam, por vezes, que um filho desta idade seja
surdo, mas descobrem com surpresa que ele ouve melhor
quando lhe falam baixinho. A verdade é que a criança de 3 anos
e meio tem uma apurada consciência dos sons e pode ter nu
merosos receios auditivos, tais como a explosão de um tubo
de escapamento, o apitar de uma sirene e, especialmente, o
soar de uma campainha de alarme e o ribombar de um trovão.
O gaguejar pode tomar-se uma expressão aborrecida da
descoordenação. Uma criança muito loquaz, que gagueja aos
2 anos e meio, pode voltar agora a gaguejar. Essa gagueira é
muitas vezes uma fase passageira a que não deve dar-se exa
gerada importância.
A visão pode apresentar dificuldades especiais. A criança
desta idade não só tem medo das alturas como se queixa com
freqüência de que não consegue ver, quando lhe estão lendo
um livro, num grupo. Quer pôr-se mesmo em cima do livro e,
quando está olhando sozinha para um livro de figuras, segu
ra-o muitas vezes quase em cima dos olhos. É melhor ler para
ela só, tendo-a, de preferência, sentada nos joelhos, de ma
neira que ela possa ajustar o livro à sua distância visual ótima.
Com todas estas crescentes dificuldades, não devemos
admirar-nos de que a criança de 3 anos e meio diga, com fre
qüência, que se sente confusa. Por vezes, essa confusão inte
rior vai aumentando sempre até um ponto em que a criança
perde inteiramente o domínio de si e acaba por se sentir des
troçada. A mãe pode tentar evitar que isso aconteça, mas, se
chegar a acontecer, pode sempre desanuviar o ambiente e aju
dar a criança a se recompor com o calor dos seus braços. É en
tão que a criança poderá ser capaz de exprimir-lhe os seus
verdadeiros sentimentos de sincero amor por ela.
Felizmente, nem tudo nesta idade é oposição, confusão e
incerteza. Aquela mesma criaturinha resoluta e insegura, que
A cnança cm crescimento_____________________________________ _
pode tornar a vida tão infeliz à mãe, e tantas vezes a faz, pode
também, quando estiver inclinada a isso e durante períodos
curtos, ser um verdadeiro encanto. Pode ser imaginativa e in
ventiva, com uma autêntica capacidade para brincar. Pode ter
consciência dos sentimentos alheios e mostrar-se muito tema
nas expressões do seu afeto. A sua capacidade de linguagem é
agora abundante e variada e ela tem numerosas coisas de que
falar. O seu maior interesse pelos livros e por ouvir contar his
tórias dá-lhe muitas horas felizes em companhia do pai ou da
mãe. O que é importante é evitar tanto quanto possível as di
ficuldades desta idade complicada. Então a vida junto dela
poderá ser extremamente compensadora.
Comportamento diário
Sono
Noite
A ida para a cama pode ser mais fácil do que era aos
3 anos. A criança é menos ritualista do que era nessa al
tura, mas ainda gosta que a mãe lhe dê um bom espaço
do seu tempo e da sua atenção. Tal como sucede com as
250
A cnança do 0 aos 5 anos
Sesta
Alimentação
Eliminação
Banho c vestir
Descargas de tensão
O eu e a atividade individual
Sociabilidade
Perfil do comportamento
verbais nos podem fazer crer. Tem pouca consciência dos de
sapontamentos e das emoções alheias. Interessa-se com gran-
de curiosidade pela morte, mas tem escasso entendimento do
seu significado. Epersuasfva porque as suas palavras transcen
dem muitas vezes os seus conhecimentos.
Fbssuz elevada energia motora. Sobe e desce as escadas
correndo: lança-se para a frente no seu triciclo. Mostra habili
dade no trapézio do ginásio do pátio, e faz comentários en
quanto as executa: "Aposte que não é capaz de fazer isto!"
Consegpe, ao mesmo tempo, falar e comer. Quando era mais
nova, ou falava ou comia; agora faz ambas as coisas mais ou
menos simultaneamente. É uma nova capacidade que ela tem
Aos 3 aros. tinha de parar de se despir enquanto falavaj
A criança de 4 anos domina melhor todo o seu equipa
mento motor, incluindo a voz. É capaz de atirar com a mão :e-
vantada acima do ombro; é capaz de cortar direito com uma
tesoura, serra com uma serra de mão; amarra os sapatos;
aguenta-se de pé numa perna só. Embora lhe agrade uma ati
vidade motora violenta, também é capaz de se deixar ficar sen
tada bastante tempo executando tarefas manuais que lhe
interessam. Mãos, braços, pernas e pés estão tomar, do-se in
dependentes da totalidade do conjunto posturaL Se o seu de
senvolvimento postura! geral tem sido bom até aqui, os seus
passos de dança e os movimentos das mãos assumem agora
uma graciosidade natural e espontânea.
A criança de 4 anos é muito faladora. Ela própria comer
ía os seus discursos e constitui, muitas vezes, o seu auditório.
Gosta de utilizar palavras, de experimentá-las e de brincar
com elas. Gosta de palavras novas e diferentes ("diferente" é,
ra verdade, uma das suas palavras favoritas;. Também gosta
de inventar palavras tolas para descrever coisas concretas. O
fluxo das suas perguntas atinge o máximo. Os seus incessar -
tes "como" e "por que" não representam uma simples busca
de conhecimentos; são também expedientes que ela usa para
exercitar a linguagem e a audição. Por isso, uma criança de 4
anos inteligente e loquaz tem tendência a não largar um tema
antes de o esgotar e a exaurir todas as possibilidades verbais
Assim como tenta subir sempre até mais acima no ginásio de
261
Comportamento diário
Sono
Noite
Sesta
Alimentação
Eliminação
Banho e vestir
Atividade individual
Sociabilidade
Perfil do comportamento
Características de maturidade