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CRIMINOLOGIA

Conceito, Objeto (Delito, Delinquente e Vítima), Método, Origem e História da Criminologia

Entende-se Vitimização como o trauma sofrido pela vítima em razão da conduta criminosa.

1 - Vitimização primária --> causada pelo criminoso; efeitos diretos e indiretos da conduta. EX: lesão
sexual em si (direto) e a vergonha decorrente da violação à dignidade sexual (indireto) Decorre do
delito.

2 - Vitimização secundária/Revitimização --> causada pelo agente publico; prejuízos causados à


vítima nas fases do inquérito e do processo relativos ao delito sofrido (revitimização). Ex.:
excesso de exposição, burocracia, insensibilidade etc. Decorrem do processo.

3-· Vitimização terciária --> causada pelo meio social. ausência de receptividade social.
Decorre da sociedade. Exemplo, mulher depois que foi estuprada foi "julgada" pelo sociedade
ao vê no muro da sua casa: “mereceu ser estuprada quem manda usar roupa curta”.

É ligada à cifra negra, também chamada de cifra oculta da criminalidade, pela considerável
quantidade de crimes que não chegam ao Sistema Penal, quando a vítima experimenta
abandono e não dá publicidade ao ocorrido.

Essas três hipóteses de vitimização são vitimizações diretas (hipóteses em que a


própria pessoa que sofreu a ação delituosa é vitimizada).

Vitimização indireta: impactos negativos do crime que recaem sobre terceiros que se
importam com a vítima (pessoas ao redor da vítima). Ex. namorado cuja namorada-
vítima foi estuprada.

Vitimização quaternária: processo em que o indivíduo passa a ter medo de ser


vítima de crime (insegurança/ temor generalizado da sociedade).

Heterovitimização: estado psicológico em que a própria vítima começa a se culpar, a


buscar motivos que justifiquem a conduta do criminoso (autoculpa;
autorrecriminação). Ex. "bebi demais aquela noite, provoquei o sujeito, estava de
minissaia, por isso fui estuprada".

CONCEITO DE POLÍTICA CRIMINAL: É uma ciência AUTÔNOMA que se ocupa com o estudo dos
meios de PREVENÇÃO E REPRESSÃO dos delitos.

A política criminal constitui a sistematização de estratégias, táticas e meios de controle social


da criminalidade, com o propósito de sugerir e orientar reformas na legislação positivada.

O criminoso para a escola CLÁSSICA:

 O criminoso era um ser que pecou, que optou pelo mal, embora pudesse e
devesse escolher o bem.
 Possuía livre arbítrio, entretanto, escolheu o caminho do mal.
 Tem caráter retributivo
 Utiliza-se a teoria do contrutualismo
CRIMINOLOGIA AMBIENTAL: A Criminologia Ambiental se preocupa com um fim especial:
prevenção do delito. O criminólogo ambientalista faz uso de uma técnica fundamental para tal
prevenção: mapeamento do crime. Quatro teorias merecem destaque:

I) Teoria das Atividades Rotineiras (da Atividade de Rotina): para que um CRIME ocorra deve
haver CONVERGÊNCIA de TEMPO E ESPAÇO em, pelo menos, três elementos: um provável
AGRESSOR, um ALVO adequado, na AUSÊNCIA DE UM GUARDIÃO capaz de impedir o crime”
(Clarke e Felson, 1998, p. 4; Farrell, Grahan e Pease, 2005, p. 3). Desta forma, um crime poderá
ser prevenido se o local e o alvo não oferecerem OPORTUNIDADES para que um delito
específico ocorra. Torna-se necessário controlar o infrator e criar um ambiento seguro
(presença de guardião).

II) Teoria da Escolha Racional: foco no processo de tomada de decisão do criminoso. Os


criminosos podem cometer ou não um crime com base na percepção dos riscos e
recompensas. A tomada de decisão do criminoso é realizada nas consequências imediata,
negligenciando análises de custo/benefício mais complexas.

III) Teoria do Padrão Criminal: estabelecimento de padrões criminais: natureza da infração


(furto, roubo, tráfico), modus operandi, localização, pessoas, tempo, eventos específicos
(carnaval, férias). Regra 80-20 = Princípio de Pareto. 20% dos criminosos são responsáveis por
80% dos crimes. 20% das vítimas sofrem 80% das vitimizações. 20% dos lugares respondem
por 80% dos crimes. Assim, os esforços e recursos da polícia para prevenção devem ser
voltados a tais estatísticas.

IV) Teoria da Oportunidade: Clarke e Felson (1998) ressaltam que o comportamento individual
é resultado da interação entre o indivíduo e o ambiente. Por isso, asseguram que a
OPORTUNIDADE pode ser considerada uma das principais causas do crime.

Falou em DESORGANIZAÇÃO---> Escola de chicago/ecológica;

Falou em Etiquetamento, estigmatização, rotulação---> Labelling Aproach;

Falou em crimes de colarinho branco---> Associação diferencial;

Falou em busca de status, ter prazer de infringir normas sociais, ter


delinquentes como ídolos> Subcultura delinquente;

Falou em ausencia de norma ou não haver estímulo para respeitá-las, ex:tempo


de guerra> Anomia;

Falou em capitalismo, luta entre classes, rico explorando pobre---->.Teoria crítica


de Marx

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