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A Escola de líderes tem como objetivo formar líderes em potencial,
cheios da unção de Deus, ousados, que se deixem ser usados pelo
Senhor de uma maneira sobrenatural.

O MÓDULO III visa moldar líderes e futuro líderes, forjando


em cada um o desejo de aprender a grandeza do servir, seguindo
o exemplo do meste amado Jesus Cristo.

“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir


após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”
Mt 16:24

COORDENAÇÃO
Pastores: Napoleão e Flávia Oliveira

PESQUISA
Ana Lúcia Fernandes e Roberta Kelly Moreira

CRIAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO
Rhema Comunicação

Esta apostila pertence à:

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Índice
Liderança da igreja local...........................................05

Liderando com palavras...........................................13

A marca deo grande líder.........................................21

Desenvolvendo o seu papel....................................29

Cumprindo o seu papel............................................35

Fé e fidelidade.............................................................39

Tipos de liderança....................................................47

Os dons da liderança.............................................57

O custo da liderança.............................................65

Princípios da liderança excelente.....................73

Atividades complementares................................83

Calendário....................................................................86

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LIDERANÇA DA IGREJA LOCAL

Descobrindo os segredos da liderança de Jesus

O que vem ser um líder-servo?

É aquele que é servo da missão e lidera servindo os que estão com ele na
missão. A principal qualidade de um líder é a paixão pela sua missão com
uma visão sob a direção de Deus. Ex: Crê que sua igreja pode alcançar
toda a região onde ela se encontra, e que possa fazer diferença neste
local.

Quatro conceitos para a liderança

1. Missão: É o chamado de Deus para a vida da igreja ou do líder.


2. Visão: É a perspectiva pessoal sobre essa missão.
3. Equipar: É a maneira como se treina pessoas para a missão.
4. Preparar: É a maneira como você mobiliza os que foram equipados,
para quando você se ausentar.
A submissão a Deus, é a determinação do chamado de Deus através de um
relacionamento pessoal com Deus por meio de Jesus Cristo. Precisamos
antes de tudo ser servos do líder maior: Jesus Cristo. Em Mateus 16: 24
Jesus diz: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome sua
cruz e siga-me”.

Sete princípios para liderar como Jesus

1. Submeta o seu coração


Quando começamos a ter uma imagem distorcida da nosso
importância e nos vemos como o centro do universo, perdemos contato
com Deus. Porque quem valoriza o seu ego afasta-se de Deus. Mas quem
é humilde de coração abre a porta para que Deus possa agir. Entenda o
que Jesus nos ensinou: “Todo aquele que se exalta será humilhado; e o
que se humilha será exaltado” (Lc 14:7-11).
Observe duas qualidades de caráter do servo-líder:
Humildade: Bons líderes humilham-se e aguardam que Deus os exalte.

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Sem humildade, Deus não pode ocupar lugar na vida do indivíduo.
Paciência: Capacidade de esperar que Deus lhe exalte diante dele e dos
seus propósitos. Sabedoria para aguardar o tempo de Deus.

2. Seja primeiro um seguidor


Os líderes-servos seguem Jesus, em vez de almejar uma posição
(Mc 10:32-40). Sabem aceitar a reação das outras pessoas às suas
decisões. Os bons líderes, assim como Jesus, mantém seus seguidores
sempre informados da realidade da sua missão e sempre declaram suas
intenções aos mais próximos. As pessoas que lideramos são muito mais
beneficiadas quando conhecem nosso objetivo.

2.1 O líder transmite confiança: As pessoas seguem os líderes que


aceitam sem censura os pedidos francos daqueles a quem servem. Jesus
esperava para compreender o que queriam dele, valorizando as pessoas.
A confiança é a única qualidade que não pode ser adquirida, mas deve
ser ganha.
2.2 Chamado de Deus: Os líderes da igreja passam a liderar quando
cumprem a missão, o chamado e o plano de Deus para liderar nas igrejas
com propósito. Deus procura líderes que sejam seguidores da missão
divina em suas vidas.
2.3 Obedecer a Deus: Como nos ensinou Jesus Cristo, é colocar em prática
aquilo que é ouvido do Pai.

3. Descubra grandezas no serviço


O melhor exemplo para líderes-servos deste princípio, é Jesus. Ele
mesmo disse: “E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo
de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10:44-45).
Jesus neste versículo demonstra grandeza como servo da sua missão.

3.1 O modelo do Pai: Os líderes-servos, mantém o contexto bíblico


da família diante dos seus seguidores, se modelam a figura do pai na
educação quanto a disciplina, que os mesmos devem usar de forma
equilibrada com os filhos. Jesus adotou a figura do pastor como seu
modelo de liderança quando disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor

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dá vida pelas suas ovelhas” (Jo 10:11)
3.2 Histórias Ajudam:Os líderes que se utilizam deste recurso conseguem
administrar mudanças e levam as pessoas a experimentar uma visão do
futuro antes de vive-lo. Jesus demonstrou ser um excelente contador de
histórias para ilustrar seus ensinamentos. Como escreveu Mateus: “Todas
estas coisas disse Jesus às multidões por parábolas” (Mt 13:34)

4. Corra riscos
Os líderes-servos podem aceitar correr riscos servindo a sua
missão e aos outros porque confiam que Deus está no controle de suas
vidas. Na última noite antes da sua morte Jesus lavou os pés do seus
discípulos (Jo 13:5), renunciando assim ao seu lugar na cabeceira da
mesa. É esse tipo de risco que Deus vai exigir de nós.

4.1 A confiança de Jesus: Certeza que Deus tudo confiava às suas mãos,
e que ele viera de Deus, e voltava para Deus (Jo 13:3). Jesus confiava
que sua vida não terminaria com a morte. Ele sabia que iria voltar à sua
morada eterna com Deus.
4.2 Matérias-primas do líder: Os dons espirituais dados por Deus através
do Espírito Santo para o serviço no corpo de Cristo, a experiência e
estilo de relacionamento, habilidades vocacionais e o entusiasmo para a
transformação para a liderança servil.

5. Pegue a toalha
Quando Jesus prendeu a toalha na cintura, derramou água na
bacia e lavou os pés dos apóstolos (Jo 13:5), Cristo deu um exemplo de
amor, pois esta é a natureza do amor servir e sujeitar-se uns aos outros.
Assim como a cruz simboliza a submissão, a toalha é o sinal do serviço.

5.1 Ensinamentos aperfeiçoados: Jesus ensinou os seguidores a ocupar


o lugar mais humilde, usando a toalha se colocando no lugar de um
servo (Lc 14:10). Jesus mostrou que os líderes também lideram diante da
humilhação, oposição ou das críticas. Não falta determinação à liderança
servil.
5.2 Viver o que se ensina: Ser o exemplo do que ensina, valoriza as suas
lições. Se tudo o que tiver para oferecer forem palavras, poucas pessoas

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irão segui-lo. O exemplo dará a elas uma idéia do que você está falando.

6. Compartilhe responsabilidade e autoridade


Os líderes-servos não podem completar sozinhos a missão que
lhes foi confiada por Deus. O líder precisa aprender a envolver as pessoas
lideradas por ele. Jesus orientou aos seus discípulos: “Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e
do Espírito Santo” (Mt 28:19). Neste versículo Cristo deu responsabilidade
e autoridade aos seus seguidores.

6.1 Preparar outros para a missão: Os líderes preparam pessoas para que
sejam servos eficazes no exercício do ministério do Corpo de Cristo (Ef
4:11-12). Um bom exemplo deste tipo de líder-servo no Novo Testamento
é Barnabé, que introduziu e preparou Paulo para a grande missão de
espalhar o evangelho de Jesus Cristo. Siga cinco passos importantes:
Encoraje as pessoas para servir, qualifique-as para servir, compreenda
suas necessidades, dê-lhes instruções e ore por elas.

7. Forme uma equipe


Os líderes-servos multiplicam a sua liderança capacitando uma
equipe ministerial para liderar com eles, numa forma participativa de
expressão de liderança servil. Você jamais será um líder eficiente se
não envolver os liderados no objetivo comum, falham quando confiam
demais em seus próprios esforços. Os líderes fazem o seu melhor trabalho
em equipe em vez de individual. Jesus necessitava dos discípulos para
que sua missão continuasse atraindo pessoas para ela, preparadas para
cumpri-la e reunidas em equipe para realiza-la.

Quatro passos para formar uma equipe ministerial

1. criar um senso de união nas pessoas.


2. Capacitar as pessoas com autoridade e propósito.
3. Responsabilizar-se pela missão e pelos atos da equipe.
4. Ser um guia nos caminhos desconhecidos.

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QUESTIONÁRIO
1. O que é ser um líder-servo?
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2. O que é submissão a Deus?


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3. Cite e explique quatro conceitos para a liderança .


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4. Qual a principal qualidade de um líder?


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5. Quais os sete princípios para liderar como Jesus?


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6. Dê duas qualidades do caráter do servo-líder?


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7. Qual a importância para nós como líderes transmitirmos confiança
aos nossos liderados?
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8. Como as parábolas ajudavam a Jesus no seu ministério?
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9. Explique o simbolismo da toalha em Jo 13:5?


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10. Quais os cinco passos importantes para preparar outras pessoas


para uma missão?
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11. Cite os quatro passos para formar uma equipe ministerial


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12. Qual foi o último comando de Cristo em Mateus 28:19?


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LIDERANDO COM PALAVRAS

Poucas coisas são mais poderosas no arsenal de nosso ministério do que


nossas palavras elas podem fortalecer e enriquecer nossas lideranças,
e podem diminuir nossa presença e abater as pessoas sob o nosso
comando. É crucial para os líderes espirituais entenderem que essas
entidades poderosas conhecidas como palavras são a essência do nosso
trabalho. Em nossa caixa de ferramentas de talentos e táticas, quase
tudo o que fazemos flui pelas palavras que falamos. Nossas palavras são
o meio pelo qual o Espírito de Deus transfere sua verdade das páginas
das Escrituras para o coração dos ouvintes.
Um dos aspectos estratégicos do nosso chamado é ser
mensageiro da verdade da parte de Deus. Se violarmos a integridade
com nossas palavras nos momentos mais descontraídos e informais,
minaremos a capacidade delas de carregar o peso apropriado quando
falamos da parte de Deus. Há dois aspectos principais acerca das
palavras que empregamos e das coisas que dizemos.

Palavras deixam impressões


Num sentido bem concreto, quando falo, estou armazenando dados
no banco de memória de outras pessoas dados que serão utilizados
para retirar impressões com respeito ao tipo de pessoa que eu sou
em relação à situação sobre a qual falei. Uma vez que minhas palavras
armazenaram os dados e provocaram a impressão, é muito difícil apagar-
lhes o impacto. E um dos impactos é a diminuição do respeito por nós.
As pessoas têm um meio de aferir seu banco de memória com aquilo
que esperam dos líderes espirituais.

As palavras não produzem uma impressão como também dão permissão


permissão para que outros adotem os mesmos padrões de linguagem
problemáticos. É o resultado dos resíduos intrínsecos à queda de Adão
e Eva que ainda não foram erradicados pela nossa redenção final. As
pessoas precisam de pouco estímulo para falar pelo lado errado da boca.
Quando, porém, como líderes fazemos isso, há a tendência, naqueles
que nos ouvem, de sentir-se à vontade para seguir nosso exemplo.

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Permissão garantida pelas palavras

Mexerico
Mexerico é compartilhar informações danosas sobre alguém, ou
sobre algo, com outra pessoa que não faz parte da solução do problema.
A informação pode ser verdadeira ou falsa(a combinação com fofoca
com mentira seria letal); mas o fato de ser verdadeira não provê razão
suficiente para ser compartilhada. Não precisamos dizer a todo mundo
tudo o que sabemos, mesmo que seja verdadeiro, principalmente se
isso lança alguma mácula sobre alguém.
Quando olhamos além da língua para examinar nosso coração
quanto ao mexerico, podemos ver que estamos mais preocupados
com nós mesmos do que com os outros. Quando compartilhamos
informações negativas sentimo-nos bem com nós mesmos “Ao menos
não somos assim!” -, o que impede que assumamos responsabilidade
pessoal por aquilo em que somos iguais.
Mexerico e maledicência plantam impressões geralmente
injustas. Conquanto o indivíduo que foi o objetivo da ofensa verbal
possa ter-se arrependido, reconciliado e redirecionado sua vida, aqueles
que arquivaram a informação presumem que ele ainda se encontra
conforme se falou dele e, provavelmente, continuarão a espalhar a
velha notícia sem consciência daquilo que é gloriosamente novo sobre
a pessoa.

Maledicência
Ainda que mexerico e maledicência estejam próximos, a diferença
está em que a maledicência é compartilhar a informação negativa com
a intenção de ferir. A maledicência é geralmente nascida de um erro
cometido contra nós ou contra alguém que conhecemos. É um meio de
vingança, uma maneira de dar o troco. A maledicência revela que nosso
coração não aprendeu ainda a entregar nossos inimigos a Deus e deixar
que ele tome conta deles(Rm 12.17-21;1 Pe 2.19-25).
Linguagem maledicente pode refletir também um coração que
se recusa a reconhecer sua própria parte no erro. Em conflito há pelo
menos a possibilidade de que tenha sido eu quem tenha estimulado
a ofensa. A maledicência da responsabilidade pessoal, focalizando a

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falta dos outros. Reflete incapacidade de pôr o conflito nos padrões de
resposta que as Escrituras ensinam que, finalmente, trarão a solução(Mt
5.43-48). Reflete também a falta de disposição em nosso coração para
sofrer, quando necessário, com espírito paciente, confiante em que Deus
me protege, lida com nossos inimigos e faz com que todas as coisas
cooperem para o bem o bem da glória do Senhor.

Mentira
Se fôssemos colocar numa lista de maior gravidade as mais
prejudiciais destruições da língua, a mentira deveria estar próxima do
topo da lista, principalmente porque nossa função é sermos mensageiros
da verdade e representar um Deus que é sempre coerente e fielmente
verdadeiro.
Uma das características daqueles que sofrerão a eterna punição
no inferno é que são todos mentirosos. Podemos notar também que
quando Cristo reprovou os fariseus por serem mentirosos a respeito
dele, associou o comportamento deles diretamente com o trabalho do
pai deles, o diabo, que é, como Cristo disse, “o pai da mentira”(Jo 8.44). o
caso aqui é o da invasão original do mundo perfeito de Deus pelo nosso
adversário, quando, pelos meios bem engendrados do engano e da
mentira, o universo caiu por um coração dúbio que creu na mentira.

Dolo
Parente próximo da mentira, o dolo busca obter vantagem
mascarando parte da verdade, torcendo detalhes ou manipulando a
comunicação para causar uma impressão menos verdadeira. O dolo
revela as mesmas realidades íntimas que a mentira, exceto que não é
tão gritante na apresentação. É mais indefinido do que uma mentira
bruta, mas igualmente devastador. Como o escritor Walter Scott disse:
“Oh, que emaranhada teia tecemos / quando começamos a enganar!”.

Ilusão
Somos iludidos quando tiramos conclusões erradas de uma
série de fatos, e nossa língua ilude outras pessoas ao compartilharmos
tais conclusões, mesmo que creiamos que elas estejam corretas. Essa
propensão tem um impacto devastador na comunidade dos crentes.

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Provavelmente abra caminho mais rápido para a falsa informação por
ser aparentemente mais inocente.(Gn 3.1)

Murmuração
Uma das características dos filhos de Israel enquanto caminhavam
pelo deserto era a murmuração e o espírito queixoso. Isso desagradou
tremendamente a Deus, pois, como diz o A.T. diz, refletia diretamente
falta de gratidão pelo que o Senhor havia providenciado e a falta de
valorização da direção soberana na vida deles. Há provavelmente,
poucos grupos de pessoas mais tendentes à murmuração e queixa do
que líderes.(Fp 2.14,15)

Crítica
Este item devastador emana da pressão predominante da nossa
obsessão por importância que procura rebaixar os outros. Geralmente
reflete um coração cheio de autojustiça que deixou de ser interiormente
honesto em relação às suas falhas. Isso não quer dizer que não devamos
discernir e observar cuidadosamente o que é certo e o que é errado.
Significa, sim, que devemos processar essa observação de maneira que
agrade a Deus, indo primeiro à pessoa, e só a essa pessoa, procurar
esclarecer os mal-entendidos e tirar as conclusões apropriadas. (Mt
18.15; Gl 6.1,2)

Jactância
Como líderes, gostamos de exibir tendências de jactância. Talvez
façamos isso porque poucos estão prontos a reconhecer e confirmar
nossa grandeza. (Fl 2.3)

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QUESTIONÁRIO
1. Qual a importância das palavras em nossa vida?
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2. Quais os dois aspectos principais acerca das palavras que empregamos


e das coisas que dizemos?
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3. O que pode acontecer quando usamos mal as palavras e causamos


um má impressão a pessoas?
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4. As palavras não produzem somente uma impressão, mas também


dão permissão. Fale sobre essa afirmativa.
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5. Qual a atitude que lhe impede de ter uma boa liderança?


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6. O que é mexerico?
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7. Cite a origem mais freqüente da maledicência.


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8. Em João 8 porque Jesus repreende os fariseus?


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9. Qual o objetivo do dolo?


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10. Quando somos iludidos?


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11. Em nossas vidas, o que reflete a murmuração?


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12. O que a critica geralmente mostra?


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A MARCA DO GRANDE LÍDER

Quando falamos de humildade nos sentimos um pouco incomodados,


pois na maioria das vezes olhamos para nós e não temos a certeza se
temos ou não essa virtude. Temos que entender que a nossa autoridade
está baseada justamente nessa característica tão peculiar na vida de
Jesus. Se conseguimos entender que somos seres desprovidos de senso
de orgulho, que não conseguimos detectar esse mal em nossas vidas
e que estamos sempre olhando para os outros e esquecendo de nós
mesmo, das nossas fraquezas, dos nossos temores, isso acontece talvez
porque ainda não tenhamos entendido que se expressarmos o que nós
somos seremos melhores do que antes. E é justamente nesse ponto que
Jesus tenta nos ensinar a liberdade. A nossa liberdade está ligada ao
próximo, a liberdade de Deus é manifestada no próximo. Jesus ensinou
que todos nós teríamos aflições, ou seja, as aflições e fraquezas são
comuns a todos. Mas porque sempre estamos preocupados em esconder
as nossas aflições, o que as pessoas pensarão de nós e esquecemos
do que Deus deseja de nós. Todo o nosso corpo está preparados para
defender o próximo de nós porque somos orgulhosos.

Definindo Humildade

A humildade se manifesta de várias maneiras, como faz o


seu oposto, o orgulho. Mas o que seria humildade? Humildade é a
disposição de deixar transparentes as aflições da própria pessoa, sua
vulnerabilidade e sua insegurança o desejo de compartilhar com os
outros que temos as mesmas fragilidades humanas que eles possuem.
Em algumas de suas outras formas, a humildade pode parecer como a
disposição de servir aos outros primeiro, como a paciência diante das
deficiências das outras pessoas ou como uma inclinação o receber bem
os conselhos.
Deus criou tudo e todos. Este é o princípio mais básico da
Teologia. Mas, por alguma razão, o conhecimento desta verdade
primordial que somos todos filhos do mesmo Pai todos amados por
Ele, todos preciosos para Ele nem sempre migra da cabeça ao coração
de uma pessoa. Em vez disto, cristãos, como outro, tendem a aderir

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mentalmente as distinções e insistir em ordens que aborrecem um
Deus que nos desafia a ver as pessoas como ele as vê. O provérbio 22:2
é um lembrete importante. Ele revela qu8e a base para administrar
pessoas com humildade é reconhecer que os subordinados a nós no
trabalho estão, de fato, ao nosso lado, onde realmente importa perante
o Criador. No Novo Testamento , o apóstolo Paulo fala frequentemente
sobre este tema. Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado
do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de
acordo com medida de fé que Deus lhe concedeu (Rm 12:3b), disse ele
aos cristãos em Roma. Isto indica que Deus chama os lideres cristãos a
rejeitar completamente o elevado status conferindo a eles nos níveis
de liderança. Em lugar disto, como líder cristão, cada um deve agir, por
humildade, considerando cada um dos outros superiores a si mesmo
(Fp 2:3).

Humildade versus orgulho: Dois caminhos distintos

O livro de provérbios nos mostra a diferença entre orgulho e


humildade

“ Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com


os humildes.” Provérbios 11:2

“ O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda.”


Provérbios 16: 18

“ Antes da sua queda o coração do homem se envaidece, mas a


humildade antecede a honra.” Provérbios 18:12

“ A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a


honra e a vida.” Provérbios 22:4

Os dois caminhos e seus destinos são distintos. A humildade


é precursora da sabedoria, da honra, da prosperidade e de uma vida
de honra, a Deus, enquanto o orgulho traz a desgraça, a destruição e a
queda da pessoa. Muitos já puderam sentir os efeitos do orgulho, pois

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a maioria de nós cometeu esse tipo de erro e já experimentou seus
resultados complicados.
Jesus é o nosso modelo de caráter. Não conseguimos ver
Jesus se gabando ou se orgulhando porque chegou em determinado
nível. Cristo é a própria encarnação da humildade, pois a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo. Ele era Deus, mas por causa de
nossos pecados, a si mesmo se humilhou, tornando-se obedientes até à
morte e morte de cruz. (Fp 2:7-8). Nossa tarefa, Paulo escreveu é imitar
este exemplo: tende em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus (Fp 2:5)
Assim sendo em nossa liderança, em nossos locais de trabalho,
na nossa célula, nós como líderes através de palavras e ações, somos
chamados a testemunhar a humildade de Cristo, isto requer a disposição
de servir em lugar de ser servido
(Mt 20:28); a satisfação em ser o segundo, em vez do primeiro; a
propensão a escutar mais do que desejar ser ouvido e um jeito de
ensinar que nos permita aprender com as pessoa ao nosso redor.
Além disso, ao abraçar a humildade na sua liderança, a pessoa
passa a se ver de forma bastante diferente com julgamento sóbrio como
Paulo ensina em Rm 12:3, Ele olha para os trabalhos bem executados
como obras de Deus, realizações pessoais em consonância com as
realizações do Senhor, os talentos pessoais como dádiva do Pai, e a vida
abençoada como providência divina.
Um líder humilde deve ver a si e aos outros a partir da perspectiva
de Deus, não da perspectiva humana. Como líderes que adotam a
humildade, podemos ver mais claramente nossa relativa pequenez,
apesar de qualquer poder ou posição que Deus nos tenha concedido.
Somos menos propensos a pensar muito de nós mesmos ou a permitir
que nosso orgulho inato subverta o plano de Deus para o nosso
trabalho.

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QUESTIONÁRIO
1. Em que característica a nossa autoridade precisa ser baseada?
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2. A nossa liberdade está ligada a quem?


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3. Por que não estamos preparados para defender o nosso próximo de


nós mesmo?
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4. O que é humildade?
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5. Usando Pv 22:2, qual a base para se administrar pessoas com


humildade?
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6. Como deve agir a líder cristão, de acordo com Pf 2:3?


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7. Por que muitas vezes não conseguimos detectar orgulho em nossa
vida?
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8. Qual a conseqüência do orgulho?


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9. Segundo Fp 2:7-8, como Cristo mostrou a sua humildade?


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10. Em todos os lugares que estamos, somos chamados a testemunhar a


humildade de Cristo, mas para isto acontecer temos que ter disposição
para:
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11. O que é ter julgamento sóbrio?


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12. Qual a satisfação de uma pessoa humilde?
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13. O que a humildade nos traz?


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DESENVOLVENDO O SEU PAPEL

“Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil,


já que deseja agradar aquele que o alistou.” (2Tm 2.4)

Nós como seres humanos, somos responsáveis por nossas próprias


vidas. Os nossos pensamentos resultam em nosso comportamento, e
o nosso comportamento é um resultado de decisões tomadas e não
das condições externas. Somos capazes de colocar os valores acima dos
sentimentos. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para
o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberá do Senhor a
recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.
(Cl 3.23,24). Possuímos iniciativa e responsabilidade para fazer com que
as coisas aconteçam.
Responsabilidade (responder com habilidade) é a habilidade para
escolher sua resposta. Pessoas que tomam iniciativa são acostumadas
com a responsabilidade. Elas não colocam a culpa por seu
comportamento nas circunstâncias, condições ou condicionamentos.
Seu comportamento é uma escolha consciente, sempre baseada em
valores, porque o que as motiva são os valores, e não resultado de um
comportamento baseado em sentimentos. “O coração é mais enganoso
que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de
compreendê-lo?” Jr 17.9
Existem pessoas que são afetadas pelo ambiente físico. Se o tempo está
bom elas se sentem bem. Se o tempo esta ruim elas se sentem mal.
As pessoas que tomam iniciativa carregam o tempo dentro de si. Faça
chuva ou faça sol, não interessa, elas avançam graças a seus valores. E,
se um dos valores é realizar um trabalho de qualidade, ela não depende
do tempo estar assim ou assado.
Existem pessoas que são afetadas pela forma que as outras lhe tratam.
Quando as pessoas tratam bem se sentem bem. Quando acontece ao
contrário, assumem uma postura defensiva ou protetora. Elas constroem
sua vida emocional em torno do comportamento dos outros, permitindo
que a fraqueza alheia as controle.
Uma pessoa que dirige a sua vida pelos valores, elas colocam seus
sentimentos subordinado aos valores. Por enquanto que os que levam a

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vida dando mais importância aos seus sentimentos sempre param para
trocar um pneu da sua vida.
Deus nos criou para assumir uma responsabilidade “Então disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves tios céus, sobre os
animais domésticos, sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que
se arrastam sobre a terra.” Gn 1.26. Deus nos fez com a natureza de
tomarmos atitude. Então dessa forma nós temos a capacidade de criar
circunstancias. Tomar a iniciativa não significa ser agressivo, insistente
ou chato, e sim reconhecer a responsabilidade de fazer com que as
coisas aconteçam.
Muita gente espera que algo aconteça, ou que alguém tome conta
delas. Mas as pessoas que acabam conseguindo os melhores resultados
em suas vidas são os que apresentam soluções para os problemas, e
não mais problemas, são os que aproveitam a iniciativa para fazer tudo
que é preciso, em harmonia com seus princípios, para que as tarefas
sejam cumpridas.
Orientar as pessoas no sentido da responsabilidade não diminui
ninguém, pelo contrário, ajuda na afirmação, na verdade. Claro, o nível
de maturidade de um indivíduo precisa ser levado em consideração. Não
podemos esperar uma cooperação maior de uma pessoa que é dirigida
pelos seus sentimentos. Nós não podemos esperar que os outros façam,
o crescimento e as oportunidades estão reservados para os ativos para
os que tomam a iniciativa. Não saia do foco, pois quando saímos do foco
começamos olhar para os obstáculos.

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QUESTIONÁRIO
1. Qual o resultado dos nossos pensamentos e das nossas decisões
tomadas?
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2. O que é responsabilidade?
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3. O que motiva pessoas com iniciativa?


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4. Onde são colocados os sentimentos das pessoas que dirigem a sua


vida pelos valores?
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5. Segundo Gênesis 1:26, Deus nos fez com que tipo de natureza?
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6. O que significa tomar a iniciativa?


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7. Como agem as pessoas que conseguem melhores resultados em suas
vidas?
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8. Para que tipo de pessoas são reservados o crescimento e as


oportunidades?
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9. O que acontece quando saímos do foco?


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CUMPRINDO O SEU PAPEL

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela


renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12.2
“Filhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes
escrevi porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens,
eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus
permanece e vocês venceram o Maligno.” 1João 2.14

Nos todos temos a capacidade concedida por Deus para


observarmos as nossas vidas e sabermos se temos cumprido o nosso
papel ou papeis. Se nos não levarmos a serio essa capacidade divina de
nos analisar e tomarmos uma decisão voluntária para a mudança em
nossas vidas, seremos incapazes de sentir ou ver aquilo que as pessoas
vêem, ou seja, se eu não me analisar como poderei analisar as outras
pessoas ou como poderei servir de referencia para elas. “Se eu não sei
ver as pessoas como elas são, eu as verei de acordo com a minha vida,
ou seja, começarei a impor para elas a minha forma de viver”.
Essa atitude limita nosso potencial pessoal e nossa habilidade para o
relacionamento com os outros. Mas, se tomarmos uma atitude de olhar
para nossa realidade com o desejo de crescer de forma sadia, seremos
capazes de melhorar os nossos relacionamentos. Para que possamos
encontrar solução para o problema e necessário primeiramente
reconhecer que existe um problema. Somos capazes de resolver os
nossos problemas não porque outras pessoas ficam falando deles, mas
porque paramos e tomamos uma decisão de mudar. Se a única visão que
temos de nos mesmos vem da opinião das outras pessoas precisamos
entender que essas opiniões são fragmentadas e desproporcionais,
na maioria das vezes não estão de acordo com a realidade das nossas
vidas. O ser humano foi criado por Deus para ser o seu representante,
“Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a
terra, e sujeitai-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre todas as aves
dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.” Gn. 28
Nos temos a capacidade de mudar a realidade de tudo aquilo que nos
aprisionam ou de tudo que nos provoca medo. Temos medo porque

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não conhecemos, ou temos medo porque conhecemos demais, mas
não conseguimos conhecer a capacidade que cada um de nos possui
para enfrentar os oponentes da nossa vida. As promessas do Senhor são
baseadas Nele e Ele colocou e capacitou o homem para o cumprimento
de suas promessas. “Pois quantas promessas há de Deus, têm nele o
sim, e por ele o amém, para a glória de Deus por nosso intermédio.” 2Co
1.20
Não existe nada, nem ninguém, que determine algo em
nossas vidas que não possa ser mudado por aquilo que Deus nos
concedeu. Existem três teorias do determinismo amplamente aceitas,
independentes ou combinadas, para explicar a natureza do ser humano.
O determinismo genético diz que a culpa e dos seus avos. Por causa
deles você e tão mal-humorado. Seus avos eram rabugentos, e isso esta
no DNA. Passa de uma geração a outra, e você herdou tudo.
O determinismo psíquico diz que a culpa e de seus pais. Sua
educação e as experiências na infância deram forma às tendências da
sua personalidade e a estrutura do seu caráter. E por isso que você não
consegue liderar a sua célula e por isso que você não consegue firmar
bons seus relacionamentos. Por que os seus pais lhe criaram assim. Você
se recorda das punições emocionais, da rejeição, e da comparação com
os outros quando sua performance fica aquém do esperado.
O determinismo ambiental diz basicamente que a culpa e do seu
chefe ou de sua mulher, do filho adolescente respondão, da situação
econômica ou da política internacional.

Tarefa de Casa

1 - Anotar a opinião de três pessoas sobre você.


2 - Diagnosticar áreas da sua vida que você precise de ajuda.
3 - exemplificar através de três personagens da Bíblia que transformaram
suas vidas por causa de uma decisão que tomaram.
4 - Fazer um roteiro de conquistas a partir de hoje colocando de forma
pratica como a conquista se realizara.

Deus lhe abençoe.

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FÉ E FIDELIDADE

“Sem fé é impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele


que se aproxima de Deus, creia que Ele existe e que se torna galardoador
dos que o buscam” (Hb 11:6)

A comunhão com Deus, numa base pessoal, dará à luz uma fé forte e
profunda em Sua habilidade de cumpri cada uma de suas promessas.
Se andamos na presença de Deus, a fé estará em nosso coração e
saberemos que temos tudo para vencer. Não programaremos para
derrota em qualquer áreas de nossa vida, pois os recursos do Céu estão
à nossa disposição, em Cristo Jesus. Basta-nos estender o braço da fé e
retirar dos tesouros inesgotáveis da graça de Deus o que necessitamos.

O fundamento da fé

A fé tem um fundamento firme: Deus e Sua Palavra. O autor da


carta aos Hebreus define fé como o “... firme fundamento...” (Hb 11:1). A
fé não é um salto no escuro, ou uma experiência emocional, ou mesmo
uma esperança. Ela tem um fundamento sólido que não pode ser
abalado: o próprio Deus e Sua Palavra infalível.
Há muitos tipos de fé. Dentre eles há um que é a fé natural, a
fé humana. Todas as pessoas têm esse tipo de fé. Mas há uma fé que
é Divina; ela não brota do conhecimento da mente, mas do coração.
É desse tipo de fé, que é gerada em nosso espírito, como resultado do
conhecimento de Deus e Sua palavra, que queremos falar.
Muitos confundem esse tipo de fé com um mero sentimento
intelectual, uma crença da mente, que aceita um fato como verdadeiro,
mas não é afetado por ele. Por exemplo: Você lê o Salmo 121 e toma
conhecimento de que Deus nos guarda, não cochila e nem dorme no
seu posto. Você afirma:
- “Creio que a Palavra de Deus é verdadeira, sei que Deus cuida de
mim”.
Mas, de repente, você tem que dormir sozinho em casa e começa a se
preocupar. Tem medo de ladrão. Essa fé não passa de um sentimento na
mente. Outra pessoa enfrenta situação semelhante,e vai tranqüila para

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cama, dizendo simplesmente: “Glória ao Teu Nome! Vou dormir em paz
e segurança, pois estarás velando enquanto eu durmo.” Essa é a fé do
coração.

Inimigos da Fé

Como a fé em Deus e Sua Palavra são a chave para tocar o poder de


Deus, Satanás tudo faz para neutraliza-la. Há inimigos mortais da fé. E
precisamos tomar consciência deles para que os destruamos, antes que
eles matem a nossa fé. Vejamos alguns dos mais atuantes:

1. Razão: A razão mora na mente. Ela pede uma explicação lógica de


todas as coisas. Se ela pudesse, tomaria o lugar da Palavra de Deus.
Acontece que a Palavra não apela para o reino da mente, e sim para
o reino do espírito. A fé é gerada em nosso coração e não em nossa
cabeça. A razão julga e decide com as informações que chegam à
mente através dos cinco sentidos. Ela se limita ao que os olhos vêem, os
ouvidos escutam, a boca prova, o nariz aspira e o tato apalpa. Tudo isso
se encontra no reino da matéria. O alimento da fé encontra-se no reino
do espírito. A fé coloca o coração acima da razão.
Isso não quer dizer que a razão não tem seu lugar e que deve ser
desprezada. Longe disso. Quando a mente está renovada com a Palavra
de Deus, não terá grandes dificuldades em aceitar a fé.

2. “Espero que”: Essa expressão manifesta duvida, e esta não convive


com fé. Numa vida de oração poderosa a expressão “espero que” é
sinônimo de “não tenho certeza” que o Senhor fará o que prometeu; eu
não estou certo de que esta promessa me diz respeito. A fé, porém, está
plenamente certa de que já tem o que a promessa diz.

3. A Duvida: A dúvida destrói a fé, porque questiona as promessas de


Deus, fazendo-O mentiroso. Mas a Palavra diz que “tudo é possível ao
que crê” (Mc 9:23). Duvidar é questionar a fidelidade de Deus; é afastar-
se da bênção e cair nas garras destruidoras da incerteza (Tg 1:6-8)

4. “Se”: Muitas vezes a fé é enfraquecida com um “se for da Tua vontade”.

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Ora a fé começa onde a vontade de Deus é conhecida”. Se não sabemos a
vontade de Deus quanto a uma petição, não podemos exercer fé. O que
fazer, então? Descobrir, com antecedência, se o que você vai pedir está
em linha com a vontade de Deus. Feita a descoberta, você pode orar na
certeza da fé. Ao contrário, essa expressão é pura incredulidade.

5. Oração negativa: Só temos o que dizemos. Se a nossa boca fala


derrota, doença, miséria ... é isso que temos. Uma oração que se baseia
num relatório de problemas, o que faz é fixar a imagem deles na mente.
Daí a importância de orar a Palavra, pois assim estaremos começando
com a palavra.

Fidelidade
O fundamento da amizade verdadeira

No Reino de Deus, quem não consegue ser fiel prova que não
tem fé. A igreja de Jesus é uma igreja da fé, por isso é composta de
fiéis, pessoas que desenvolve fidelidade. Todos nós que estamos no
Reino, demos ser fiéis, e fiéis até a morte (Ap 2:10). A fidelidade não
está relacionada ao quantitativo, mas ao qualitativo: “Servo bom e fiel,
sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do
Teu Senhor”(Mt 25:23).
A fidelidade é caracterizada pela firmeza e pela certeza de
propósito, por uma atitude e uma conduta justas, pela devoção de
alguém a uma pessoa ou uma causa, pela incorruptibilidade, pela
sinceridade, pela confiabilidade, pelo cumprimento das promessa e
votos feitos e pela lealdade sincera.
A Bíblia contém numerosos exemplos de homens e mulheres
que se consagraram a Deus e uns aos outros e se tornaram amigos
fiéis. Josué trabalhou muitos anos como fiel amigo e auxiliar de Moisés.
Rute foi uma companheira fiel de Noemi quando a vida parecia cheia
de mortes e fracassos e desesperança. Jônatas era amigo de Davi e
o ajudou mesmo tendo de enfrentar o rancor de Saul e sacrificar sua
própria pretensão ao trono. Barnabé foi um amigo fiel do apóstolo
Paulo e estava presente para defende-lo quando surgiu a suspeita da
igreja primitiva contra ele.

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A fidelidade entre essas pessoas trouxeram incontáveis bênçãos
para suas vidas. Josué se tornou o general que conduziu Israel à Terra
Prometida. Rute se casou com um israelita e se tornou avó do rei Davi
e parte da linhagem do Messias. A amizade de Jônatas a Davi abriu
caminho para que Davi se tornasse um grande rei cujo herdeiro maior
seria Jesus Cristo. E Barnabé lançou Paulo no ministério que espalhou o
evangelho por todo o Império Romano.

O que é ser fiel

1. Ter o compromisso de estar presente - Rute 1


A fidelidade foi uma qualidade muito importante na amizade
entre Noemi e sua nora Rute. A situação de Noemi era a pior possível, havia
perdido o marido e os filhos, ela estava sem esperança e desamparada,
e é neste ponto em que Rute demonstra o seu compromisso de estar
presente. E a fidelidade de Rute teve uma recompensa. Ela casou-se com
Boaz, um homem firme e próspero que a amparou e também amparou
sua sogra.

2. Ter disposição de perdoar Oséias 2:19 e 3:5


Através do fiel profeta Oséias, que aceita de volta sua esposa
adúltera, Deus mostra até aonde está disposto a ir perdoando-nos e
sendo-nos fiel. O amor perdoador custa caro, custa o preço da fidelidade
ao Senhor.

3. Crê nas promessas Josué 1:1-9


À medida que o jovem Josué enfrentava a desafiante tarefa de
seguir a Moisés, ele pode viver da fidelidade de Deus através das sua
promessas, pode ver todas a maravilhas que o Senhor havia realizado no
deserto e pisar na Terra Prometida. No capitulo 1 de Josué, ele entra para
uma nova “posição pastoral” de liderar mais de um milhão de pessoas.
E no decorrer do livro podemos observar a fidelidade do Senhor a um
povo e o resultado da fidelidade de um homem.

4. Honrar os compromissos Malaquias 2:10-16


Os compromissos nem sempre são convenientes. Mas Deus

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espera que os cumpramos. Quando assim fazemos, nos beneficiamos,
outros se beneficiam e Deus fica contente. O livro Malaquias narra um
período em Israel quando compromisso passados não foram levados a
sério,mas descartados, nos mostrando de uma forma bem clara que o
Senhor se agrada da fidelidade no cumprimento dos compromissos.

5. Cumpri as responsabilidades Mateus 25:14-30
Em todos os relacionamentos há compromissos e obrigações.
Na parábola dos talentos, Jesus descreve o que espera e requer de
seus discípulos, e nos estimula a investir por Ele, escolher seus alvos e,
finalmente “vir e compartilhar” de sua fidelidade. Somos chamados para
uma relação de responsabilidade com o nosso Deus.

Não há um fiel que clame ao pai e ele não responda. E quanto mais
fiel, mais próximo de Deus, porque Deus ama a fidelidade. Guardemos
firmes a confissão da nossa esperança, sem vacilar, pois quem fez a
promessa é fiel (Hb 10:23).

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QUESTIONÁRIO
1. Baseado em Hebreus 11:1, fale com suas palavras o que é fé.
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2. Quais os fundamentos da fé?


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3. O que é usado pela razão para julgar e decidir as informações que


chegam à mente?
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4. Por que a dúvida destrói a fé?


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5. O que caracteriza a fidelidade?


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6. Cite os cinco pontos que explica o que é ser fiel.


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TIPOS
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TIPOS DE LIDERANÇA

Temos comentado muitos aspectos de destaque da liderança,


mas se torna importante lembrar que há vários tipos de líderes, de acordo
com o modo como aplicam seus níveis de autoridade e a motivação que
os impulsiona a guiar outros.
A Bíblia diz que em uma vinha encontram-se diferentes tipos de
trabalhadores (Mt.20:1-16). Isto é comparável com a obra de Deus na
qual encontram-se distintos tipos de líderes.
O importante é encontrar o equilíbrio perfeito para desenvolver
a liderança que o Senhor quer e que, por conseguinte, contribuirá para
a expansão do evangelho e para o crescimento da igreja.
A formação de líderes é um dos principais desafios de nossa
igreja, e o fazemos sob a convicção de que Deus deseja uma igreja ativa,
profundamente preparada para a colheita de almas que dia a dia abrem
seus corações para Jesus.
“Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas
os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara” (Mt.9:37,38).
Os obreiros requeridos por Deus, são aqueles que darão a medida
correta de uma liderança eficiente.

Níveis de Liderança

John Maxwell analisa os níveis de liderança da seguinte forma:


Posição: Este é o nível mais baixo na liderança, a única influência que
tem é proveniente de um título. O povo segue o líder porque deve fazê-lo.
Permissão: É conseguir que a pessoa trabalhe para você, quando não
está obrigada a fazê-lo.
Produção: é quando começam a acontecer as coisas boas. O povo o
segue pelo que você faz pela organização.
Desenvolvimento Humano: Um líder é grande, não pelo seu poder, e
sim por sua habilidade de gerar poder em outros. O povo o segue pelo
que você faz por ele.
Personalidade: Este é o mais elevado de todos. O povo o segue pelo
que você é e pelo que você representa.

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Seja um líder, um homem quebrantado

Uma liderança de sucesso é aquela em que o líder desenvolveu


o máximo de seu potencial, buscando ter os mais excelentes resultados,
tornando-se um exemplo para outros.
O líder nato é uma pessoa de influência, que tem seguidores
direta ou indiretamente. Não obstante, Deus precisa tratar cada um dos
que Ele escolhe, levando-os por um processo de purificação, removendo
de suas vidas tudo o que possa ser um transtorno em seus respectivos
ministérios, onde cada vez que alguém busca apoiar-se no que não é de
Deus, o Senhor intervém, fazendo com que isso morra.
É aí que as pessoas estão prontas para cumprir o propósito
divino. Podemos ver alguns exemplos de homens de Deus que foram
totalmente quebrantados pelo Seu poder, através de diferentes
circunstâncias.

Davi

Desde o primeiro dia, Davi vestiu o manto a liderança. Seu


otimismo, baseado na fé, moveu-o a intentar proezas por Deus, que
líderes mais cautelosos não teriam sequer levado em consideração.
Davi acreditava tão profundamente no poder de Deus, que um gigante
não pôde intimidá-lo, um rei assassino não pôde paralisá-lo, e inimigos
genocidas não puderam derrotá-lo. Davi marchava confiantemente em
qualquer direção que Deus lhe apontasse, totalmente confiante de que
a graça e o poder de Deus seriam manifestados pelo caminho.
Mesmo em seus piores momentos, o otimismo, baseado na fé,
que havia no coração de Davi, era forte. Quando falhou moralmente
com Bate-Seba, e Deus fez morrer seu filho primogênito com uma
doença, Davi não desistiu do seu otimismo. Muito embora Deus tivesse
dito que a vida da criança seria requerida pelos pecados do pai, Davi
agarrou-se à esperança. Ele caiu sobre sua face; jejuou e orou por seis
dias e seis noites. Não podia abandonar a tênue possibilidade de que
Deus pudesse poupar seu filho recém-nascido.
Otimistas esperam experimentar a grandeza e o amor de Deus,
mesmo quando enfrentam circunstâncias desoladoras.

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As pessoas que lideramos também precisam ver esse tipo de
otimismo em nós. Elas levam um invariável jato sólido de pessimismo
todos os dias. Seja através da televisão, dos jornais, das revistas ou
dos noticiários criminais, elas ouvem o mesmo e persistente zumbido:
“As coisas estão sombrias e piorando. Não há nenhum sinal de luz no
horizonte. Não há nenhum motivo para ter esperança”.
As pessoas precisam ouvir um líder, com convicções baseadas
na fé, dizer: “Espere um minuto. As coisas podem melhorar. As vidas
humanas podem ser transformadas pelo poder de Cristo. O sofrimento
pode ser aliviado pela misericórdia de Deus. A opressão pode ser
retirada. O pecado pode ser derrotado. A igreja pode fazer os portões
do inferno recuar”.

José

A escalada de poder e influência de José só pode ser descrita como


meteórica. Tal ascenção frequentemente leva ao orgulho, e a suposição
de que tal pessoa é uma exceção à regra. Todos sabemos que o poder
tende a corromper. Como líder, você já deve ter sentido essas garras da
corrupção na própria carne.
Mas José permaneceu livre da corrupção do poder. Com base no
que as Escrituras dizem, ele evitou impropriedade financeira, escândalo
político e sedução sexual. Permaneceu imaculado até o fim.
Qual era a chave da integridade de José? Provavelmente ele
via a sua liderança como uma administração sagrada, pela qual ele
ia a algum dia prestar contas a Deus. Com certeza, José viveu com a
consciência diária, de que os líderes devem possuir um alto grau de
autoridade moral, se quiserem liderar bem. Autoridade moral vem de
um coração completamente entregue, uma mente impoluta e uma
consciência limpa perante Deus. José possuía o tipo de integridade que
leva a autoridade moral, e ele a manteve por toda a sua vida.

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Josué

O momento mais magnífico de Josué foi quando ele ficou diante


do povo e falou: “...escolham hoje a quem irão servir... Mas, eu e minha
casa serviremos ao Senhor” (Js.24:15).
Liderar consiste, em grande parte, tomar as decisões certas e
convidar os outros a fazer o mesmo. Líderes devem chegar a uma certeza
quanto às principais questões da vida, e então chamar as pessoas que
lideram para fazer o mesmo. Josué fez isso.
Josué acreditava que ninguém pode honrar a Deus
inadvertidamente; as pessoas devem escolher seguir a Deus. As pessoas
devem tomar decisões ponderadas;. Devem fazer escolhas difíceis e,
frequentemente, custosas. E são os líderes que normalmente estimulam
essas decisões heróicas.
Cada vez mais, nós, líderes, devemos assumir a responsabilidade
de liderar as pessoas a momentos de decisão, referentes a importantes
questões da vida. Devemos lembrar as pessoas que a vida não é um jogo,
nem deve o crescimento espiritual ser encarado e forma superficial. As
questões em torno das quais giram nossos ministérios são eternas e,
por isso, dignas de decisões ousadas.

Pedro

As Escrituras cobrem os aspectos bons, maus e repulsivos


da liderança de Pedro. Ao mesmo tempo em que há muita coisa em
Pedro, da qual nós, líderes, precisamos evitar, também há muito a ser
admirado. Embora Pedro tenha sucumbido ao sentir medo e afundar,
quando tentou andar sobre as águas, ele não deveria levar o crédito por
ter sido o único discípulo a sair do barco? Foi necessário iniciativa para
isso.
É verdade também que Pedro assumiu compromissos verbais
que não pode cumprir sempre. Mas, algumas vezes, ele era o único, entre
os doze, disposto a falar. Ele foi o primeiro a identificar o tão esperado
Messias. Tomou a iniciativa de honrar o Senhor Jesus Cristo com esse
título.

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Neemias

A primeira impressão que se recebe ao ler sua história é que


Neemias foi um homem de oração. Sua primeira reação ao ouvir da
triste situação de Jerusalém foi voltar-se para Deus em oração, o que
evidencia que ele não era um estranho diante do trono da graça. O
registro sagrado está todo salpicado de orações curtas e espontâneas.
Para Neemias, oração não era apenas um exercício para determinadas
ocasiões, mas uma parte vital do trabalho e da vida diária (1:4,6; 2:4;
4:4,9; 5:19; 6:24; 13:14,22,29).
Ele demonstrava coragem face a grandes perigos. “Homem como
eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva?
De maneira nenhuma entrarei? (6:11). Esta demonstração de firmeza e
de falta de medo foi importante para aumentar o moral de um povo
desencorajado.
Neemias foi essencialmente um homem de decisão firme. Não
adulava quando devia decidir. Não havia lugar para a procrastinação em
sua natureza enérgica.
Possuía muita empatia. Estava disposto a ouvir com muita
simpatia os problemas e reclamações do povo, e tomava providências
para sanar a situação (4:10-12; 5:1-5).
As decisões e ações de Neemias se caracterizam por estrita
imparcialidade. Ele jamais fez discriminação de pessoas. Os nobres e os
dirigentes recebiam censura quando merecidas, tanto quanto o povo
comum (5:7). Sua abordagem dos problemas não excluía um realismo
sadio (4:9).
Ao aceitar responsabilidades, Neemias não fugiu às mais pesadas
implicações que isto acarreta, mas estava preparado para cumprir suas
obrigações, apesar de todas as dificuldades até a consecução com
sucesso dos objetivos finais.
Neemias emerge como um homem vigoroso na administração,
calmo nas crises, intimorato no perigo, corajoso nas decisões, completo
na organização, desinteressado na liderança, perseverante em face
da oposição, resoluto diante das ameaças, vigilante contra as intrigas
um líder que obteve e conservou plena confiança da parte de seus
seguidores.

52
Todo aquele que deseje ter um ministério de sucesso, deve viver
sempre na dimensão da fé, pois através dela nossa relação com Deus é
fortalecida e poderemos conquistar todos os nossos sonhos.
Podemos ver que o Espírito Santo é representante legal de
Deus na terra, e na medida em que Jesus é revelado em nossas vidas e
compreendemos as Escrituras, o Senhor é glorificado.
Devemos ser sensíveis à Sua voz. Busca-lo diariamente para que
Ele nos guie em todas as coisas, não só a nível pessoas, mas também
ministerial. Pois, se o Senhor Jesus teve que depender da oração, quanto
mais nós necessitamos dela. Os melhores sermões que um líder possa
pregar são os preparados na recâmara secreta da oração.
Obter o que é valioso requer um preço que se tem que pagar. Ser
chamado para o serviço de Deus é um grande privilégio que demanda
cumprir uma série de requisitos, os quais já foram expostos. Está em
suas mãos decidir que tipo de liderança aspira exercer. Uma liderança
fácil que não demande nenhum esforço de nossa parte, dará resultados
medíocres. Uma liderança eficaz é a que o líder consegue desenvolver
ao máximo seu potencial, dando os melhores resultados, tornando-se
exemplo para outros, mas tudo graças ao preço que pagou.

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QUESTIONÁRIO
1. Segundo Maxwell, quais os níveis de liderança e defina o que significa
cada um.
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2. O que é uma liderança de sucesso?


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3. De acordo com o material de estudo, qual a característica marcante


de Davi? Comente sua resposta.
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4. O que é integridade para você? Você se acha integro? Justifique.


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5. Comente a frase: “José possuía o tipo de integridade que o levou a


autoridade moral”.

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6. Assim como Josué, você tem tomado decisões que tem honrado
o senhorio de Jesus sobre a sua vida ou ministério? Comente sua
resposta.
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7. Você é um líder que tem dificuldade de cumprir seus compromissos?


Sendo sim sua resposta, o que é necessário ser feito para mudar essa
situação?
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8. Cite as características de Neemias que marcaram seu ministério.


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9. Comente a frase: “Os melhores sermões que um líder possa pregar


são os pregados na recâmara secreta da oração”.
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OS DONS DA LIDERANÇA

Que tipo de líderes precisamos para a Igreja de nossos dias? Jesus


não está mais entre nós, e, sim, no céu. Ele está edificando a Sua Igreja.
Ele sabe que ela precisa de líderes, pelo que designou para ela quatro
tipos de líderes. Esses tipos de liderança são mencionadas em Efésios
4:11: apóstolos, profetas, evangelistas e pastores-mestres. O trecho de
Efésios 4:7 denomina essa diversificada liderança de dons de Cristo.
A Bíblia assevera, em Efésios 4:12, que os quatro tipos de
liderança acima referidos visam ao “aperfeiçoamento dos santos, para
o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”. O
que significa isso? Equipar alguém é algo que pode ser ilustrado por
meio das atividades pesqueiras. Quando os pescadores, nos tempos
bíblicos, emendavam as suas redes, era usado o vocábulo “equipar”. Em
uma rede, o enredo formava uma única peça, a fim de que os peixes
não pudessem escapar. Esse termo também era usado, quando dois
materiais têxteis eram costurados um ao outro. Equipar, pois, quer dizer
que juntamos pessoas para que possam fazer um grande trabalho.
O trabalho feito pelos crentes, a fim de se edificarem mutuamente,
é chamado de “desempenho do seu serviço”. I Pedro 4:10,11 parece
indicar que isso alude ao exercício dos dons ministeriais e espirituais.
Para usá-los de modo próprio e eficaz, ele precisa ser equipado com
o conhecimento da Palavra de Deus. Essa tarefa foi entregue aos
quatro tipos de líderes espiritualmente dotados, referidos em Efésios
4:11. a responsabilidade deles é equipar os outros crentes. O resultado
será que o Corpo de Cristo será edificado tanto quantitativa quanto
qualitativamente.
Muitos líderes cristãos sentem-se frustrados por não estarem
fazendo coisas que reflitam o tipo de pessoas que Deus planejou que
fossem. Em outras palavras, ao invés de operarem na área de seus dons
ministeriais e espirituais, estão tentando fazer coisas para as quais nunca
foram espiritualmente equipados.

58
Você é um apóstolo?

Jesus não teve apenas doze apóstolos? Sim. Nesse caso, como um
homem, hoje em dia, pode ser apóstolo? A palavra “apóstolo” significa
“enviado”. Como é óbvio, houve muitos outros homens que foram
enviados, mesmo nos dias bíblicos, além dos doze apóstolos especiais,
que acompanhavam a Jesus por onde quer que ele fosse.
O trecho de I Coríntios 15:5-7, Paulo diz que Cristo apareceu aos
doze, e depois foi visto por “todos os apóstolos”. Eis os nomes de mais
alguns apóstolos, fora dos doze: Paulo (Gl.1:1): Epafrodito (Fp.2:25);
Barnabé (Atos 4:36); Tito (II Co.8:23); Silvano e Timóteo (I Ts. 1:1;2:6);
Andrônico e Junias (Rm.16:7); e Tiago, irmão do Senhor (Gl.1:19).
Alguns apóstolos foram usados de maneira especial, a fim de
escreverem livros do Novo Testamento. A esses, Deus proporcionou
comunicações diretas, especiais. Esses ensinamentos tornaram-se o
alicerce da Igreja (Ef.2:20). Esses homens foram chamados de “santos
e apóstolos e profetas” (Ef.3:5). A palavra “santo” significa “separado”,
“dedicado”.
Um certo número dentre os profetas e apóstolos foi escolhido
para serem os autores humanos das Escrituras. Hoje em dia, entretanto,
não há mais necessidade de escritores sagrados dessa natureza, e nem
de doze apóstolos que sempre acompanham a Jesus. Os nomes dos
doze serão especiais para sempre (Mt.19:28 e Ap.21:14). As Escrituras
Sagradas estão completas.
Os demais apóstolos, mencionados acima outros que foram
“enviados”, não foram amigos especiais de Jesus e nem andaram
em companhia de Jesus, e também não foram autores de qualquer
segmento das Sagradas Escrituras. À semelhança de Paulo, contudo, eles
viajaram de lugar para lugar, implantando igrejas e edificando os novos
crentes. Eram responsáveis pelo desenvolvimento de líderes nas novas
igrejas. Essa foi a razão pela qual Paulo recomendou a Timóteo e a Tito
que ordenassem (ou selecionassem) anciãos (bispos, pastores) em cada
igreja local. Isso é trabalho de um apóstolo. (Ver Atos 14:21-28 quanto a
um excelente explicação do que esses apóstolos ou implantadores de
igrejas faziam).

59
Você é um Profeta?

Se você pensa em um profeta como alguém que prediz o futuro,


então por certo não precisamos de profetas em nossos dias. A Bíblia
é suficiente para dizer-nos o que Deus quis acerca do futuro, e como
as coisas haverão de desenrolar-se. Mas a idéia de um profeta como
alguém que prediz o futuro é produto da Idade Média.
A palavra profeta significa “falar antes”. Não somente pode referir-
se a alguém que fala sobre alguma coisa antes de ela acontecer, mas o
seu uso comum, nos dias bíblicos, podia referir-se a quem falava perante
uma multidão. Na sociedade antiga de Israel, profeta era um orador
público. Os profetas faziam o papel que agora damos aos pregadores.
Na igreja em Antioquia havia tanto profetas quanto mestres (ver Atos
13:1). Profetas eram aqueles que proclamavam a verdade de Deus.
Deus dizia aos profetas o que lhes cumpria dizer. Havia um
sentido de urgência e de importância nas suas mensagens. Aarão era um
profeta, e, sob a direção de Deus, ele era o porta-voz de Moisés (ver Êxodo
7:1). Alguns profetas do Novo Testamento, a bem da verdade, prediziam
o futuro (Ágabo ver Atos 11:28), ao passo que outros simplesmente
transmitiam uma mensagem que redundava em encorajamento e força
para os crentes (Judas e Silas ver Atos 15:32).
O propósito da profecia é falar aos homens com vistas à
edificação, à exortação e ao consolo (ver I Coríntios 14:3). Esse dom
também era usado para produzir convicção entre os incrédulos (ver I
Coríntios 14:24).
Se o ministério de um profeta era ser um orador público, ou seja,
era falar perante multidões, então facilmente poderíamos visualizar
a necessidade tanto dos profetas quanto dos pastores-mestres no
ministério das igrejas locais. Talvez seja possível concluir que quanto
mais crescer a Igreja, tanto mais se tornará necessário contar com o
“tipo de pregador”, que se comunica eficazmente com numerosas
multidões.
Os“mestres”saem-se melhor em grupos pequenos e em situações
de salas de aula. São necessários tanto pregadores quanto mestres. Há
um consenso em que um homem que prega também deveria ensinar, e
que um homem que ensina também deveria pregar. O mestre interessa-

60
se pelo conteúdo, ao passo que o pregador interessa-se pela aplicação. O
mestre interessa-se com o que é comunicado, enquanto que o pregador
interessa-se sobre como comunicar a mensagem.
Temos outros que gostam de “pregar” para grandes multidões,
no púlpito ou na praia, ou então em um ambiente universitário, diante
de centenas de estudantes. Alguns deles parecem ter recebido um dom
como comunicadores e motivadores, ao mesmo tempo em que outros
são notáveis no estudo, na pesquisa e no conteúdo de seu ensino. Há
espaço para ambas as formas de ministério na Igreja de Cristo. É mais
do que chegado o tempo de reconhecermos esses dons. Há enormes
diferenças, nos indivíduos e nos ministérios que precisam ser explicados
à luz da Bíblia.
Você é um Evangelista?
Somente um homem é chamado diretamente de evangelista
na Bíblia, Filipe (ver Atos 212:8). Ele foi um dos sete diáconos originais
escolhidos no sexto capítulo de Atos para ajudar os apóstolos para
ocupar-se da distribuição de alimentos às viúvas crentes necessitadas.
Era um homem piedoso e fiel e ministrava à igreja em Jerusalém. No
entanto, Deus o conduziu a um ministério de evangelismo em Samaria
(ver o capítulo 8) e em outros lugares. Com o tempo, ele estabeleceu-se
em Cesaréia, onde criou família.
Os evangelistas não apreciam ficar sentados diante de uma
escrivaninha o dia inteiro, mas anelam por falar com alguém a respeito
de Cristo. São homens voltados para as pessoas. Gostam de misturar-se
com as pessoas. Gostam de conversar com as pessoas, onde quer que
estejam. São homens extrovertidos, e o zelo delas é contagioso.
Os evangelistas não se sentem muito à vontade, quando estão
estudando ou pesquisando. Precisam fazer um grande esforço, a fim de
estudarem e ensinarem. Todos os crentes devem estudar a Bíblia, mas
para esses homens, isso não é muito fácil. Eles amam a Palavra de Deus e
a usam constantemente, mas ficarem a estudar a Palavra durante horas,
não é onde eles primam. Sentem-se deprimidos e preocupados com
as almas. Seu desejo consumidor é verem pessoas conhecer a Cristo.
Servem de grandes modelos para todos quantos querem compartilhar
de sua fé. Conduzem mais pessoas para Cristo do que aqueles que
possuem outros dons.

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Todos os crentes têm a responsabilidade de testificar, mas nem
todos receberam de Deus dom algum. Aqueles que receberam o dom
ministerial do evangelismo podem ser de grande ajuda no treinamento
de outros crentes, sobre como devem compartilhar sua fé em Cristo.
Também é importante manter os evangelistas livres para cumprirem o
seu ministério.
Todos nós somos necessários no Corpo de Cristo, mas cada um
de nós tem seus próprios dons. Não devemos fazer todos se sentirem
como nós acerca do ministério. Em lugar disso, deveríamos reconhecer
as diferenças e buscarmos a edificar espiritualmente uns aos outros.

Você é um Pastor-Mestre?

Os pastores seriam todos mestres, e todo pastor teria a


responsabilidade de ser um mestre? Alguns deles não poderiam ser
mestres, sem serem pastores? Visto que os dons são diferentes tanto em
seu tipo como na maneira como são utilizados, devemos ter cuidado
para não sermos por demais dogmáticos acerca do uso dos dons.
Entretanto, Efésios 4:11 mostra-nos que todo mestre também é um
pastor. (I Timóteo 5:17, ao dizer que alguns pastores se “afadigam na
palavra e no ensino”, é trecho que mostra que nem todos pastores são
mestres.) A construção grega de Efésios 4:11 requer que pensemos em
quatro tipos de ministério, e não cinco. Naquele contexto, pelo menos,
um mestre é sempre um pastor, embora nem todos os pastores sejam
mestres, conforme vemos em I Timóteo 5:17.
Um pastor cuida dos crentes como um pastor de ovelhas cuida
de seus animais, provendo-lhes alimento e proteção. A fim de prover
alimento, o pastor deve ser mestre da Palavra de Deus. Nem todo pastor
tem a capacidade espiritual de ensinar, conforme se vê em Romanos
12:7; mas todo pastor tem a responsabilidade de ensinar. Conforme já
vimos, nem todo pastor é um pastor-mestre (ver I Tm. 5:17), embora
todos os pastores devem ensinar, como é claro.
É óbvia a sabedoria paulina ao reunir os dois vocábulos, “pastor”
e “mestre”, a fim de descrever o ministério desse tipo de líder espiritual.
Alguns mestres não têm o desejo de ministrar diretamente às pessoas.
Um “coração de pastor” não é o que mais caracteriza o ministério deles.

62
E há aqueles que tem a compreensão e a compaixão de um pastor, mas
que não têm um desejo correspondentemente forte para estudar e
ensinar a Palavra de Deus. O equilíbrio é algo muito importante.
A meta de um pastor-mestre é a maturidade dos crentes. Alguns
líderes revelam que não possuem um coração de pastor-mestre por
meio daquilo em que estão interessados. Se o enfoque principal de seu
ministério é a implantação de igrejas, então talvez você seja um apóstolo;
se o seu desejo primário é conquistar pessoas para Cristo, então talvez
você seja um evangelista; se o seu grande amor e desejo é pregar e
proclamar a Palavra de Deus às multidões, então talvez você seja um
profeta; e se você aprecia trabalhar com um grupo de pessoas que você
chama de seu rebanho, a fim de cuidar deles e vê-los crescerem até à
maturidade, e começarem a ministrar uns aos outros, então talvez você
seja um pastor-mestre.
Na Igreja de Deus, a liderança está alicerçada sobre as habilidades
de cada líder. Mas estamos falando sobre habilidades conferidas por
Deus. Os dons de Deus resultam da graça divina. Nada podemos fazer
para merecê-los ou ganhá-los. Cristo é Quem concede esses líderes à
Sua Igreja, e Ele mesmo os equipa com a Sua autoridade e capacidade
de ministrar a outros crentes.
É importante você descobrir se recebeu um desses quatro dons
ministeriais. Uma vez descoberto isso, você saberá, de imediato, o tipo
de ministério que você deveria desenvolver. Isso dará orientação à sua
vida, e haverá de alivia-lo de muita frustração ao tentar ser alguma coisa
que você não é.

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QUESTIONÁRIO
1. Na sua opinião, que tipos de lideres precisamos para a igreja de nossos
dias?
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2. Você tem desempenhado bem o seu papel no serviço do reino de


Deus? Comente sua resposta.
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3. Defina o que significa os quatro dons que são mencionado em Efésios


4:11 e comente a importância de cada um deles na vida de um discípulo
de Jesus?
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O CUSTO DA LIDERANÇA

“Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que
sou batizado?” (Marcos 10:38)

Se alguém não estiver preparado para pagar um alto preço, maior


do que seus contemporâneos e colegas estejam dispostos a pagar, não
deverá aspirar à liderança no trabalho de Deus. A verdadeira liderança
exige custo elevado, a ser cobrado do líder e, quanto mais eficiente a
liderança, maior o custo.
Todo homem deve entender que o mais importante é que
possa encontrar seu lugar no corpo de Cristo, onde terá que enfrentar
grandes desafios. Deus escolhe cada um de seus filhos, movido por Sua
misericórdia, e a seguir Ele tem que trabalhar no caráter de cada um, até
esculpir Sua imagem e semelhança em sua vida.
Muitos de nós na realidade sentimo-nos como Moisés ao descer
o monte, onde havia experimentado a glória de Deus. Ele lhe dera as
tábuas da Lei, escritas com Seu próprio dedo, mas quando desceu do
monte, Moisés encontrou o povo descontrolado e entregue à idolatria.
Isto arrasou seu coração, pelo que quebrou as tábuas da lei e quis
renunciar o ministério. Todo líder irá enfrentar situações difíceis nas
quais poderá pensar que se equivocou e poderá sentir-se tentado a
renunciar o ministério. Moisés começa a falar com Deus e apresenta
seus próprios argumentos (Êxodo 33:12-23).
O poder espiritual é o derramamento de vida espiritual. Como
toda forma de vida, desde o musgo e o líquen na parede até o arcanjo,
diante do trono divino, a vida espiritual provém de Deus. Portanto,
aqueles que aspiram à liderança devem pagar o preço e procurá-la em
Deus.
O maior teste de ser líder com o coração de Jesus não é se você
vai ou não vencer as provocações de outros. Mas, sim, se irá ou não
servir os que têm o poder de eliminá-lo. Honramos Jesus porque ele
lavou os pés do homem que o traiu. Isso não foi nada. Jesus deve ser
honrado porque no dia seguinte ele morreu no lugar do traidor. Se você
estiver disposto a subir numa cruz por alguém porque o ama, lavar seus
pés sujos é como dar um passeio pelo parque.

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Jesus veio para nos mostrar o coração de Deus. Toda a sua
mensagem e ministério na terra foram para mostrar as pessoas egoístas,
sedentas de poder, o que é realmente o amor. Ao se ajoelhar diante de
Judas, Jesus nos mostrou um amor que nenhum ser humano pode
conceber sozinho: um amor que é brutalmente sincero sobre o que está
acontecendo, mas ainda se ajoelha diante de nós para entregar sua vida
a fim de livrar-nos do pecado que nos contamina. Jesus ama você como
amou Judas. Se não entender isso, não terá também entendido a vida
eterna.
Auto-sacrifício

O auto-sacrifício é parte do preço que deve ser pago diariamente.


Ergue-se uma cruz no caminho da liderança espiritual, cruz em que o
líder consentirá ser pregado. As exigências dos céus são absolutas (I
João 3:16). A maneira pela qual permitimos, ou não, que a Cruz de cristo
trabalhe em nós, será a medida pela qual a vida ressurreta de cristo se
manifestará através de nós. “A morte trabalha em mim, mas a vida em
vós”. Fugir da cruz é fugir da liderança.
As cicatrizes são as marcas autênticas do discipulado fiel e da
liderança espiritual. Nada comove mais as pessoas do que as marcas
dos pregos e da espada. São testes de sinceridade que ninguém ousa
desafiar, como bem o sabia Paulo. “Quanto ao mais, ninguém me
moleste; porque eu trago as marcas de Jesus”. Gl.6:17

Solidão

Por causa de sua própria natureza, o destino de um líder é o de


um solitário. Ele sempre deve estar à frente de seus seguidores. Embora
seja o mais amável dos homens, há áreas de sua vida em que ele deve
estar preparado para caminhar sozinho.
Os profetas eram homens solitários. Enoque andou sozinho
numa sociedade decadente, enquanto proclamava o julgamento
próximo, sendo compensado pela presença de Deus. O pregador mais
solitário hoje é o homem a quem foi confiada uma mensagem profética
que está à frente de sua época, mensagem que se atravessa diante das
condições prevalecentes na ocasião.

67
O líder deve ser uma pessoa que acolhe bem a amizade e o apoio
de todos quantos possam oferecer-lhe dádivas; contudo, tem recursos
interiores suficientes para permanecer sozinho, até mesmo em face de
violenta oposição, no desempenho de suas responsabilidades. Deve
estar preparado para não ter ninguém a seu lado “a não ser Deus”.

Fadiga

“O mundo é governado por homens cansados”. Embora esta


assertiva possa ser discutida, quanto à sua validade, há um bocado de
realidade na afirmação. As exigências sempre crescentes impostas ao
líder drenam seus recursos nervosos e exaurem os físicos mais robustos.
Nenhum bem duradouro pode ser feito sem que haja dispêndio de
poder e de energia nervosa.
A pessoa interessada em seu próprio bem-estar não tem o
calibre exigido de um líder. Se ela não estiver disposta a levantar-se mais
cedo, ir dormir mais tarde do que os demais, trabalhar mais duramente,
e estudar mais diligentemente, tal pessoa não fará grande impressão
sobre sua geração. Se não estiver disposta a pagar o preço da fadiga, pela
sua liderança, será sempre medíocre, a menos que se trate de pessoa de
vigor físico incomum. Se for sábia, contudo, a pessoa aproveitará cada
oportunidade legítima, para recuperação ou recreação, ou limitará a
sua própria utilidade no ministério.

Crítica

Não existe nada mais capaz de matar a eficiência, a capacidade


e a iniciativa de um líder, nada mais destrutivo que a crítica. Seu efeito
destruidor não pode ser subestimado. Tende a embaraçar, a atrapalhar
o processo de raciocínio da pessoa. Estraçalha seu auto-respeito, destrói
sua autoconfiança, sua habilidade de lidar com suas responsabilidades.

Rejeição

O líder que mantém altos padrões espirituais poderá, às vezes,


ver-se acompanhando o Mestre pelo caminho da rejeição, porque “Ele

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veio para os seus, e os seus não o receberam”. Nem sempre acontece
isto, mas tem sido a experiência de muitos.
“Ninguém se torna totalmente aceito enquanto, em primeiro
lugar, não tiver sido totalmente rejeitado”.
Frequentemente a multidão não reconhece um líder senão após
sua partida e, em seguida, edifica um monumento para ele, com as
pedras com que o apedrejaram em vida.

Reação a opiniões contrárias

Paulo estabeleceu um valioso padrão a este respeito. Era sua


ambição assegurar o favor de Deus, não o dos homens. “Porventura
procuro eu agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar
a homens” (Gl.1:10)
A indiferença para com a opinião dos homens pode ser algo
desastroso se não estiver ligada ao temor de Deus. Esta independência,
entretanto, pode ser um atributo valioso para o homem disciplinado,
cujo objetivo é a glória de Deus. Para Paulo, a voz dos homens soava
fraca, porque seu ouvido estava sintonizado com a voz mais alta da
apreciação de Deus. Ele não temia o julgamento dos homens, porque
estava cônscio de que permanecia diante de um tribunal superior (2 Co.
8:21).

Decisões

“Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir ter convosco em


tristeza” (2 Co.2:1). Paulo tomou a decisão de sempre se apresentar com
gozo diante dos crentes de Corinto e com palavras que despertassem
o ânimo. Todo líder tem que tomar decisões, mas quando estas são
tomadas em oração, os resultados serão favoráveis. Davi, antes de tomar
qualquer decisão em sua vida, sempre consultava a Deus.

Tempo

Davi disse a Deus: “Os meus dias estão nas tuas mãos; livra-me das
mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem” (Sl.31:15). Quando

69
nosso tempo esta na presença Deus, trabalhamos de uma maneira mais
eficiente. O Senhor Jesus aparentemente permaneceu no anonimato
por trinta anos e meio, conseguiu redimir a humanidade, fundar a igreja
e dividir o curso da história. Rendamos, tanto nossas vidas, quanto
nossos ministérios nas mãos do Senhor, e Ele nos ajudará a redimir o
tempo.
A liderança de sucesso está ao nosso alcance. Nascemos para
liderar e influenciar positivamente a outros. Não importa o preço que
tenhamos que pagar, o esforço que tenhamos que fazer, as batalhas que
tenhamos que vencer, sabemos que Deus nos chamou para Seu serviço
e apoiar-nos-emos completamente n’Ele, porque guardará nossa alma
da angústia e far-nos-á frutificar em nosso ministério. Para Jesus custou
a própria vida; cabe a nós corresponder com uma cota de sacrifício a
nível pessoal e familiar, mas Deus retribui, entregando-nos nações para
que as conquistemos.

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QUESTIONÁRIO
1. Comente a frase: “Todo homem deve entender que o mais importante
é que possa encontrar seu lugar no corpo de Cristo, onde terá que
enfrentar grandes desafios”.
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2. Para você, qual o preço a ser pago para o exercício de uma


liderança?
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3. Como deve ser o comportamento de um líder diante das seguintes


situações: Auto-Sacríficio e rejeição.
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PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA EXCELENTE

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência


do poder seja de Deus, e não de nós”. II Co. 4:7

A vida do líder deve ser uma vida com propósito. Devemos ter
objetivos muito claros e concretos enquanto estivermos nesta terra.
Não podemos ser como cataventos sem rumo fixo: devemos ter um
objetivo e uma meta que nos indiquem aonde chegaremos. Há metas
internas e externas que, como cristãos, teremos que alcançar. As metas
externas estão fundamentadas no que fazemos para Deus e as internas
no que somos em Deus. Muitos se preocupam mais em desenvolver o
exterior do que o interior, e pode até ser que tenham metas boas, que
os mantenham ocupados o tempo todo, tais como testemunhar, visitar,
formar líderes ou trabalhar em diferentes áreas do ministério. Essas
coisas são boas, mas a meta principal deve ser o que somos em Deus,
pois diariamente devemos crescer em Cristo, até que Seu caráter seja
reproduzido em nós.
Um princípio que rege a execução de uma liderança eficiente é a
aplicação da excelência em todos os seus processos. Na liderança cristã
a excelência tem a ver com a essência do próprio líder, tanto em sua
vida interior como exterior, ou seja, sua relação íntima com Deus por
um lado, e a maneira como esta se reflete naqueles a quem lidera para a
obra. O líder é excelente em todas as áreas de sua vida.

Disciplina

As palavras discípulo e disciplina derivam da mesma raiz. Líder é


a pessoa que, primeiramente, se submeteu de boa vontade, e aprendeu
a obedecer, segundo uma disciplina imposta de fora, e que, em seguida,
impôs a si mesma, de dentro, uma disciplina ainda mais rigorosa.
Aqueles que se rebelam contra a autoridade e mofam da autodisciplina
raramente se qualificam para uma liderança de primeira ordem. Eles
evitam os rigorosos e sacrifícios exigidos, e rejeitam a disciplina divina
envolvida na liderança. O preguiçoso e o desorganizado jamais estarão
à altura da verdadeira liderança. O jovem que tem calibre de líder

74
trabalha enquanto os outros perdem tempo, estuda enquanto os outros
dormem, ora enquanto os outros brincam. Não há lugar para hábitos
desleixados quanto a pensamentos, palavras, ações ou mesmo vestuário.
O líder cheio do Espírito não recuará diante de situações difíceis, nem
de pessoas problemáticas. Quando necessário, ele exercerá disciplina
bondosa e corajosamente quando os interesses da obra do Senhor o
exigirem. Visto que o líder mesmo é tão fortemente disciplinado, os
outros sentem isto, e ficam inusitadamente dispostos a cooperar com
a disciplina que ele espera de todos. Há um outro elemento pouco
enfatizado, na disciplina, que merece atenção. É a disposição tanto para
receber como para dar aos outros. Alguns deleitam-se em sacrificar-se
pelos outros, sem, contudo, permitir que haja retribuição. Não querem,
absolutamente, dever algo a alguém. Entretanto, esta é uma poderosa
maneira de exercer liderança eficiente. Quem a negligencia rouba a si
mesmo e aos outros.

Visão

Aqueles que mais poderosa e permanentemente influenciaram


sua geração têm sido “videntes” homens que viram mais, e mais longe,
do que os demais homens de fé, visto que fé é visão. Isto foi verdadeiro
quanto aos profetas ou videntes do Antigo Testamento. De Moisés, um
dos grandes líderes de todos os tempos, a Bíblia diz que “permaneceu
firme como quem vê aquele que é invisível”. Sua fé comunicava visão. A
visão inclui a previsão (visão de coisas e pessoas), e visão interna (visão
de si mesmo), isto é, discernimento de fatos ao redor de si, e dentro
de si. Olhos que olham são comuns. São raros os olhos que vêem. Os
fariseus olharam para Pedro e viram apenas um pobre pecador, iletrado,
totalmente insignificante, indigno de uma segunda olhada. Jesus olhou
para Pedro e descobriu o profeta e pregador, o santo e o líder de um
grupo singular de homens, que viraram o mundo de pernas para o ar. A
visão inclui o otimismo e a esperança. Jamais um pessimista tornou-se
líder. O pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade. O otimista
vê uma oportunidade em cada dificuldade. O pessimista, sempre vendo
dificuldades antes das possibilidades, tende a refrear o homem de
visão que deseja deslanchar. O homem prudente tem seu papel a ser
desempenhado, ao ajudar seu líder a ser otimista e ao mesmo tempo,

75
realista. Deve, ele, contudo, estar alerta, a fim de que sua prudência nata, e
agora desenvolvida, não apare as asas do homem a que Deus deseja que
voe alto. O homem cuidadoso e prudente retira lições valiosas da história
e da tradição, mas corre o perigo de ficar acorrentado ao passado. O
homem que vê dificuldades tão claramente que não consegue discernir
as possibilidades, está incapacitado para inspirar seus liderados. A visão
comunica espírito de aventura, e a história está ao lado daqueles que
possuem fé e espírito e aventura. O homem de visão está disposto a dar
novos passos, pela fé, quando aparentemente lá embaixo só há vácuo.
O verdadeiro líder não age apenas na segurança, mas está disposto a
correr um risco calculado.

Sabedoria

Webster define sabedoria como “a faculdade de fazer-se uso


do conhecimento, uma combinação de discernimento, julgamento,
sagacidade e poderes semelhantes.” Nas Escrituras, o julgamento
justo concernente à verdade moral e espiritual. Sabedoria é mais que
conhecimento, o qual é simples acúmulo de fatos. A sabedoria tem
uma conotação pessoal, implicando em sagacidade. É mais do que
percepção humana: é discernimento celestial. É conhecimento com
penetração no coração das coisas isto é, conhecimento das coisas
como são, realmente. Envolve o conhecimento de Deus e dos labirintos
do coração humano. É muito mais que simples conhecimento; é a
aplicação correta do conhecimento, em assuntos morais e espirituais, ao
enfrentar situações confusas, na complexidade das relações humanas. A
sabedoria dá ao líder o equilíbrio necessário, e o livra da excentricidade
e da extravagância. O conhecimento é obtido pelo estudo, mas quando
o Espírito enche um homem, ele concede sabedoria para usar e aplicar
esse conhecimento de maneira correta. “Cheio e sabedoria” era um dos
requisitos até mesmo para líderes subordinados na igreja apostólica
(At.6:3).

76
Decisão

Quando todos os fatos são conhecidos, o verdadeiro líder surge


com sua marca característica: a decisão firme e rápida. O homem que
possui visão deve fazer algo a respeito dela, para não transformar-se
num visionário, em vez de líder. Embora ele seja rápido para chegar a
uma conclusão, a decisão deve ser baseada em premissas sólidas. Assim
que o líder estiver seguro quanto à vontade de Deus, ele partirá para
a ação imediata, não importando as conseqüências. Ao perseguir seus
ideais, ele terá coragem suficiente para queimar as pontes atrás de si.
Ele deve estar disposto a aceitar a total responsabilidade pelo fracasso
ou pelo sucesso decorrente de sua decisão, e não colocará a culpa que
porventura ocorrer, nas costas de um subordinado. Moisés qualificou-
se para tornar-se líder de Israel somente quando, após avaliar o custo,
tomou a importante decisão de abandonar os tesouros e prazeres do
Egito, e identificar-se com Israel em suas aflições e sofrimentos. Foi à fé
que o levou a tomar uma decisão de tão longo alcance (Hb.11:24-27).
É significativa que a primeira pergunta de Paulo, após sua conversão,
foi uma pergunta-chave e refletia esta qualidade: “Que farei, Senhor?”
(At.22:10). No momento em que ele se convenceu da divindade de
Cristo, ele tomou a decisão de prestar-lhe obediência inquestionável.
Ele recebia luz e a seguia. Via sua obrigação e a cumpria. O verdadeiro
líder resistirá à tentação de adiar uma tomada de decisão, e não vacilará
mais, uma vez que tenha sido tomada. Adiar e vacilar são fatais à
liderança. Uma decisão faltosa, mas sincera, é melhor do que nenhuma
decisão. Na verdade, “nenhuma decisão” também é uma decisão, e
muito frequentemente errada. É decisão segundo a qual o “status quo”
é aceitável. Na maioria das decisões o problema fundamental não é
tanto saber o que se deve fazer, mas, estar preparado para viver com as
conseqüências.

Coragem

Exige-se, do líder espiritual, coragem da mais alta ordem


coragem moral, sempre, e frequentemente, coragem física também.
Coragem é “aquela qualidade de espírito que capacita os homens a
enfrentar o perigo, ou a dificuldade, com firmeza, ou sem medo, sem
77
depressão mental”. Paulo era corajoso tanto física como moralmente,
mas sua coragem não era do tipo que não conhece o temor. “E foi em
fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós” (I Co. 2:3).
“Porque chegando nós à Macedônia, nenhum alívio tivemos; pelo
contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por
dentro” (II Co.7:5). Embora não cortejasse o perigo, Paulo não o evitou,
desde que os interesses de Seu Mestre estivessem em jogo. Quando
o Espírito Santo assume total controle da personalidade, ele concede
“não... espírito de covardia, mas de poder” (II Tm. 1:7). As pessoas
esperam que seus líderes ajam com coragem e calma nas crises. Outros
podem descontrolar-se e perder a cabeça; não, porém, os líderes. Eles
fortalecem seus liderados em meio a reveses destruidores e influências
enfraquecedoras. Ao enfrentar as hordas impiedosas de Senaqueribe,
Ezequias fez calmamente os preparativos militares, e depois se dedicou
a fortalecer o moral do povo. “sede fortes e corajosos”, ele exortou. “Não
temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa
de toda a multidão que está com ele; porque um há conosco maior do
que o que está com ele”. Com ele está o braço de carne, mas conosco
o Senhor nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras.
“O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequias, rei de Judá” (II
Cr.32:7,8). Isto é, realmente, liderança.

Humildade

A humildade é a característica por excelência do homem que


Deus usa, embora ela não esteja no currículo do mundo. Na área da
política e do comércio, a humildade não é uma qualidade ambicionada,
nem exigida. Ali, os líderes precisam e procuram proeminência e
publicidade. Contudo, na escala de valores de Deus, a humildade
ocupa lugar de destaque. Auto-negação e não auto-publicidade, foi a
definição de Cristo para liderança. Ao treinar seus discípulos para futuras
posições de autoridade, ele lhes disse que não deveriam ser pomposos
e ditatoriais, como os déspotas orientais, mas modestos e humildes
como Seu Mestre (Mt.20:25-27). O líder espiritual escolherá o caminho
escondido do serviço sacrificial e a aprovação de seu Senhor, ao invés
do compromisso retumbante e da adulação da multidão humana.

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A humildade do líder, tanto quanto sua espiritualidade, deveria
ser uma qualidade sempre em desenvolvimento. É bastante instrutivo
notar o crescimento de Paulo na graça da humildade, com o passar dos
anos. Bem cedo em seu ministério, ao recordar seu passado, que ele
agora aborrece, Paulo chegou à seguinte conclusão: ... “Eu sou o menor
dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo”
(ICo. 15:9). Algum tempo depois ele declarou: “A mim, o menor de
todos os santos” (Ef.3:8). Quando sua vida aproximava-se do fim, e ele
se preparava para se encontrar com o seu Senhor, confessou: “Eu sou o
principal (dos pecadores)” (ITm.1:15).
O líder espiritual de hoje, com toda a probabilidade é aquele que,
ontem, expressava sua humildade, trabalhando alegre e fielmente,
numa posição secundária.

Integridade e sinceridade

Paulo abriu seu coração de maneira como poucos de nós


estamos preparados a faze-lo exibiu tanto seus fracassos quanto seus
sucessos. Mesmo antes de sua conversão ele era sincero, um homem
íntegro que servia a Deus com uma consciência pura (IITm. 1:3). Mais
tarde, escreveu para os coríntios: “Porque nós não estamos, como tantos
outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos
na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” (IICo.
2:17). Ele não fugiu, nem mesmo da sondagem divina (ICo.4:4).
No Antigo Testamento, a sinceridade e a integridade eram
impostas sobre Israel (Dt.18:13). Sinceridade é transparência de caráter,
uma qualidade inconsciente que se revela a si mesma.
Respondendo a uma pergunta, uma homem de negócios de projeção
disse: “Se eu devesse mencionar a qualidade mais importante de um
gerente geral, eu diria que é integridade pessoal alguém sincero ao
prometer, fiel no cumprimento do dever, correto nas finanças, leal no
serviço e honesto na palavra.”

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QUESTIONÁRIO
1. Qual a importância da existência de metas na sua vida?
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2. Qual o significado de líder? Você é um líder?


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3. Como um líder excelente de usar a disciplina?


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4. Defina Visão. Você é um líder de visão? Qual a visão que você tem a
cerca do reino de Deus?
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5. O que a sabedoria dá ao líder?


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6. Para você a sabedoria é humana ou divina? Comente a sua resposta.
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7. Comente a frase: “A humildade é a característica por excelência, do


homem que Deus usa, embora ela não esteja no currículo do mundo”.
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82
ÍD E R E S E S CO L A D E L
EL ÍDE
AD RE
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DE
LÍD

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ATIVIDADES
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COMPLEMENTARES
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S CO L A D E

83
Liderança da Igreja Local

Tema: Liderando como Jesus


Seu trabalho deve abordar as seguintes atitudes de Cristo: Serviço,
Expectativas positivas sobre as pessoas, humildade e capacidade de
compreender e acreditar nas pessoas.

Liderando com Palavras

Tema: A Lígua
Seu trabalho deve responder Porque a bíblia é rica em advertências
nesta área e Mostrar biblicamente a vida cristã das pessoas que não
conseguem dominar os seus impulsos carnais e os que vivem pelo
espírito.

A Marca do Grande Líder

Tema: Humildade
Seu trabalho deve trazer a descrição da vida do rei Saul. Cite os fatos
que contribuíram para a derrota do reinado deste rei.

Desenvolvendo o seu papel

Tema: Neemias
Seu trabalho de deve mostrar como Neemias contagiou o povo para
a construção do murro de Jerusalém. Mostrar também a perseverança
dele diante das dificuldades que se opuseram ao seu projeto.

Cumprindo o seu papel

Tema: Paulo
Seu trabalho deve descrever o chamado de Deus para a vida de Paulo e
como foi cumprido esse chamado.

84
Fé e fidelidade

Tema: Os valestes de Davi


Seu trabalho deve mostrar a bravura desse homens diante dos
inimigos, a persistência nas batalhas, disposição de servir ao rei e a
lealdade aos propósitos.

Tipos de liderança

Tema: Como devem ser a vida e os relacionamentos do líder.


Fazer uma redação sobre esse tema respaldada pela palavra.

Dons da liderança

Tema: Os 12 de Jesus
Deverá fazer uma bibliografia da vida deles.

Custo da Liderança

Tema: Descrever a liderança de Jesus


Seu trabalho deve desenvolver o sacrifício, o seu amor, seus momentos
de solidão e a rejeição que ele sofreu.

Princípios da Liderança Excelente

Tema: Josué
Seu trabalho deve descrever como Josué agiu diante das seguintes
situações:
*Quando Moisés mandou os espias para terra prometida
*Diante de Jericó
*Diante da derrota de Ai e o pecado de Aça
*Engano de Gibeom
*Os reis subjulgados nos capítulos 10,11 e 12 do livro de Jusué.

85
86
Bibliografia

HYBELS, Bill, Liderança Corajosa, Ed. Vida


CASTELLANOS, César, Liderança de sucesso através dos 12, Ed.: Palavra da Fé
SANDERS, Oswald, Liderança Espiritual, Ed. Mundo Cristão
CASTELLANOS, César, Apostila Visão Celular - Nível III, Ed.: Palavra da

87
Realização:

Fruto da
Oliveira

Marketing:

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