Você está na página 1de 2

Madame Bovary:

“Madame Bovary” é um romance escrito por Gustave Flaubert, publicado em


1856. A história gira em torno da personagem principal Emma Bovary, uma
mulher insatisfeita com sua vida monótona e chata no campo. Emma se casa com
Charles Bovary, um médico burguês, na esperança de que ele lhe proporcione uma
vida emocionante e romântica. No entanto, ela logo fica desiludida com seu
casamento e começa a buscar emoção e aventura fora dele. Ela tem romances com
dois homens: o atraente Rodolphe e o jovem Léon. Emma busca a felicidade e a
paixão nesses relacionamentos, mas nenhum deles consegue atender às suas
expectativas românticas e ela acaba se decepcionando. Enquanto isso, Emma se vê
financeiramente sobrecarregada e gastando além de suas possibilidades para
manter um estilo de vida luxuoso e glamoroso. Ela se endivida e acaba arruinando
a vida de sua família. Este romance retrata de forma realista a vida rural e as
limitações impostas às mulheres na sociedade do século 19. Flaubert critica a busca
constante pela paixão e pela alegria e aponta as consequências de seus trágicos
resultados. No final da história, Emma se vê presa em um ciclo vicioso de
desespero, descontentamento e comete um ato trágico. Madame Bovary é
considerada uma obra-prima da literatura francesa e uma representação profunda
da natureza humana e das suas falhas.
Quincas Borba:

Quincas Borba é uma das obras mais famosas do autor brasileiro Machado de
Assis, publicada pela primeira vez em 1891. Este livro faz parte do período da
literatura brasileira conhecido como "realismo", uma época em que os escritores
tentavam se envolver e representar a sociedade. . Espiritualidade. Agir de forma
mais objetiva e crítica. A história gira em torno de Rubian, um homem simples do
interior que se muda para o Rio de Janeiro após herdar a fortuna do amigo e
mentor Quincas Borba. Rubien é inicialmente retratado como ingênuo e
facilmente influenciável, mas logo se vê envolvido nos jogos de poder e na elite
carioca. Ao longo da trama, Machado de Assis explora temas de loucura, ambição,
vaidade e moralidade. O que mais impressiona nesta obra é a filosofia ficcional
chamada “humanismo” criada por Quincas Borba. O humanismo era uma sátira à
filosofia positivista predominante na época, e a sua ideia principal era o egoísmo
como força motriz da humanidade. O lema humanista “O vencedor é a batata”
reflete a ideia de que os mais fortes e egoístas vencerão os demais. A interpretação
deste conceito neste livro é complexa e muitas vezes irônica, mostrando como a
busca pelo ganho pessoal pode levar a situações absurdas e trágicas. Através de
personagens como Rubien, Sofia e Cristiano, Machado de Assis critica a hipocrisia
e a ambiguidade da sociedade da época, questionando a natureza humana e as
razões de suas ações. O autor utiliza a ironia e um narrador sensível para explorar
os conflitos psicológicos e morais de seus personagens, criando uma obra que vai
além de uma simples narrativa linear. Uma parte importante da história ocorre
quando Rubien encontra a frase “Ao vencedor, batatas” escrita no teto do quarto
de Quincus Borba após sua morte. Esta frase torna-se um símbolo central da
filosofia do humanismo e da carreira do próprio protagonista, que começa a
perseguir incansavelmente os seus próprios interesses e, no processo, perde a sua
pureza original. Em Quincas Borba, Machado de Assis investiga a natureza
humana e seus dilemas morais através de uma análise aprofundada da sociedade
brasileira do século XIX. A obra é uma crítica satírica à hipocrisia e ao egoísmo,
cuja interpretação varia dependendo do ponto de vista do leitor, mas sempre
fornece uma visão profunda da complexidade da situação humana.

Você também pode gostar