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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH


Licenciatura em História – EAD
UNIRIO/CEDERJ

AD2 - 2021.2
Disciplina: Historiografia Contemporânea
Nome: Érica Vieira da Silva
Matrícula: 20116090106
Polo: UAB/CEDERJ Resende

KOSELLECK, Reinhart. Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos.


Estudo Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992.

NOTA 64

1. Tese
O texto aborda problematizações acerca da história dos conceitos. MUITO SUPERFICIAL. O
IDEAL É ESCREVER UM BREVE PARÁGRAFO. TENTE DESENVOLVER MAIS. 0,8

2. Tese central
De acordo com o autor, levando em conta uma abordagem de natureza teórica, a história
dos conceitos só pode ser analisada partindo da linguagem [NÃO CONSEGUI
IDENTIFICAR ESSA PREMISSA NO TEXTO...], para que então se torne possível
questioná-la sobre a história concreta. 1,0

3. Lógica interna
O autor começa o texto expondo a abordagem que irá seguir, abandonando os
problemas práticos relativos a história dos conceitos para não se repetir, ele escolhe
abordar questões ligadas ao campo teórico. A partir disso, seu texto se divide em seis
pontos principais:

Primeiro ponto – faz menção a um conceito que poderia fazer parte de determinada
história. Nesse tópico, o autor deixa claro que nem toda palavra tem a capacidade de
expressar uma história. Exemplificando isso, tem-se a distinção entre a palavra “ah” e
“Revolução”, a primeira por si só não esboçaria sentido, enquanto a segunda por ser
resultado de um processo de teorização, permite associações que formam seu
significado.

Segundo ponto – se refere ao uso dos conceitos. Nessa parte, Reinhart argumenta que os
conceitos são simultaneamente fato e indicador, isto é, todo conceito além de seu valor
linguístico, indica algo a mais. Desse modo, com a utilização do fato linguístico, torna-
se possível encontrar o contexto do conceito, seus envolvimentos políticos etc.

Terceiro ponto – há a exposição dos processos de seleção pelo qual a escrita da história
dos conceitos passa. Estando o conceito inserido em um contexto maior do que aquilo
que ele próprio sugere, o autor ressalta que tanto a análise comparativa de textos, como
a expansão desta para o conjunto linguístico seriam procedimentos possíveis. Uma vez
que, mudaria apenas a perspectiva e não o objeto em questão.

Quarto ponto – diz respeito a como o significado do conceito está relacionado a um


único evento. Nessa parte, dentre os vários exemplos que autor menciona, destaco sua
fala acerca do conceito “Koinania politike” formulado por Aristoteles, traduzido mais
tarde como “societas civilis”. Tal conceito, teria sido criado de acordo com o momento
específico que Aristoteles vivenciava (estando ciente da realidade Atenas e de cidades
próximas à ela). No entanto, ao ser traduzida posteriormente para o latim, seu sentido
passa a englobar novas situações. Logo, o conceito é tido como único de acordo com
seu momento de utilização.

Quinto ponto – refere-se a como trabalhar empiricamente mensurando a força


diacrônica. Aqui o autor aborda as estruturas temporais dos textos apresentando duas
formas de enxergá-las, na primeira falando sobre a identificação da diacronia presente
na repetição dessas estruturas, enquanto na segunda discorre acerca de um componente
de sentido que não se repete (tendo a língua um uso único).

Sexto ponto – remete-se a conclusão do texto. Nessa parte, Reinhart faz suas
considerações finais destacando que a história dos conceitos só pode ser pensada
levando em conta o princípio teórico da análise linguística de cada termo, para se
chegar então a
uma história concreta. Além disso, ele expõe a ingenuidade do uso que as pessoas fazem
dos conceitos como seu o sentido dele estivesse sido estabelecido anterior à experiência.
1,8

4. Interlocução
.
 Aristoteles (p.138) – sustenta o argumento de que o sentido do conceito está
relacionado a um único evento, já que ele está submetido a ressignificações de
acordo com seu momento de uso.

 Adam Smith (p. 140) – sustenta o argumento da mutação do conceito de


economia através do tempo, ganhando na modernidade um sentido autônomo.

 Karl Marx e Friedrich Engels (p.145) – sustentam o argumento da importância


de uma análise que separe todas as afirmações contidas nas fontes e a história
concreta.
1,2

5. Trechos de destaque SIGA O LIMITE DE 5 TRECHOS CITADOS. 1,6

Optei pela abordagem das questões de natureza teórica, que certamente têm a ver com
esse meu campo de investigação e de alguma forma também são fruto desse trabalho de
trinta anos. (p.134) -> ilustra a introdução

Naturalmente não é toda palavra existente em nosso léxico que pode se transformar
num conceito e que portanto pode ter uma história.
(…) cada palavra remete- nos a um sentido, que por sua vez indica um conteúdo. No
entanto, nem todos os sentidos atribuídos às palavras eu consideraria relevantes do
ponto de vista da escrita de uma história dos conceitos. (p. 134-135) -> ilustra a parte
1

Defendo a hipótese de que todo conceito é sempre concomitantemente Fato (Faktor) e


Indicador (Indikator). Todo conceito é não apenas efetivo enquanto fenômeno
lingüístico; ele é também imediatamente indicativo de algo que se situa para além da
língua. (p. 136) - > ilustra a parte 2

Um desdobramento lógico desse procedimento exige necessariamente a


contextualização dos termos em unidades maiores, num conjunto de textos, por
exemplo, como livros, panfletos ou manifestos, cartas, jornais etc. Por sua vez, es texto
maior, no qual o termo se insere, articula-se a um contexto ainda mais ampliado para
além do próprio texto escrito ou falado. O que significa dizer que todo conceito está
imbricado em um emaranhado de perguntas e respostas, textos/contextos. (p.137) ->
ilustra a parte 3

Todo conceito só pode enquanto tal ser pensado e falado/expressado uma única vez. O
que significa dizer que sua formulação teórica/abstrata relaciona-se a uma situação
concreta que é única. (p. 138) -> ilustra a parte 4

Para a elaboração do Dicionário do Conceito concebemos três grupos de fontes e


busca- mos descrever de forma sistemática as estruturas temporais de textos, no sentido
de apreender quando estruturas repetitivas poderiam indicar forças diacrônicas e
quando, por outro lado, um uso único da língua não deixaria pensar numa semântica
que se repetiria. (p. 143) -> ilustra a parte 5

A separação analítica entre cada afirmação lingüística presente em todas as fontes


textuais e a história concreta, o que deveria ser ou supostamente é, deve ser
obrigatoriamente realizada de forma rigorosa do ponto de vista teórico. Só então posso
perguntar às fontes textuais o que elas indiciam em relação à história concreta e que
qualidades possuiriam para coproduzirem história enquanto textos.
(…) O mesmo problema existe para nós, que também usamos os conceitos de forma
ingênua, a partir de uma semântica que temos em nos cabeças como um a priori. (p.
145)
-> ilustra a parte 6

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