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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) – Escola de Educação (EE)


Curso de Graduação de Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: Pensamento Educacional Brasileiro
Professora: Dra. Jane Santos da Silva
Aluno: João Vitor dos Santos Moreira
Matrícula: 20222352028
Data: 05/10/2023

ESTUDO DIRIGIDO
REFERÊNCIA: GADOTTI, Moacir. Educação da classe, educação popular, educação do
sistema. In: Pensamento Pedagógico Brasileiro. Editora Ática, São Paulo, 2004, ed. 8, p. 45-
53.

QUESTÃO 01: A partir da leitura do capítulo, conceitue Educação Popular, diferenciando suas
duas concepções (segundo Brandão).

O conceito de educação popular é muito amplo e vasto na sua construção. No que diz respeito
a perspectiva de Carlos Rodrigues Brandão, a educação popular é um processo transformador
que permite ao educador o envolvimento com o povo – pensar no termo ‘popular’ se referindo
ao povo –, dando valor às suas necessidades, preocupações, particularidades. É uma educação
que vai contrariar o que o sistema impõe, com um ideal transformador, emancipatório.

Brandão vai diferenciar duas concepções desse tipo de educação: uma pela qual o profissional
se submete ao sistema destinando sua didática as diferentes categorias de sujeitos dos setores
populares e outra que compreende a luta para a transição da educação escolar para a
educação popular, de forma que o povo seja ouvido sem distinção de classes, sendo, assim, um
espaço motivador e acolhedor de transformação.
QUESTÃO 02: Explique as perspectivas da educação popular segundo:

a) Luiz Eduardo Wanderley

Wanderley aborda uma distinção de agentes da educação popular, ou seja, quem age perante
essa educação: o próprio povo – sendo uma forma de educação não-oficial, na qual o texto se
refere como “educação popular pela classe” – e agentes externos, como o Estado e grupos
privados – a chamada “educação popular para a classe”. Ele também aponta três tipos de
orientações para essa educação e que criticam o sistema capitalista: integradora, nacional-
desenvolvimentista e libertadora.

Sua perspectiva sobre a educação mostra-se bastante crítica, afirmando a necessidade de afeto
e liberdade do povo, alertando para que outros agentes educativos possam observar as
individualidades e discrepâncias de cada um na busca de um reencontro com esse direito na
sociedade.

b) Miguel e Rosiska Darcy de Oliveira (Idac)

Miguel e Rosiska baseiam-se nas frustações do povo acerca do ambiente escolar na atualidade,
pontuando propostas político-pedagógicas de mudança desse cenário para que o ingresso e a
permanência desses indivíduos na educação tragam um feedback positivo.

É uma perspectiva de luta e de superação do sistema imposto, apontando o protagonismo do


povo como norteador para o enriquecimento desse direito e sua preocupação com a relação
ensino-aprendizagem e o cotidiano dos alunos.

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