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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Alessandra Macedo de Moura


Andrea Galvão da Silva
Daniela de Paula da Silva
Patrícia Paula Santos Cariolatto
Robson Magno Santos Dourado
Victor Tavares Barbieri
Vivian Schimpl Schmied

Trabalhando com as diferenças

Vídeo do Projeto Integrador

<link>

Cosmópolis, Olímpia, UAB CEU Jardim Paulistano - SP


2022
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trabalhando com as diferenças

Relatório Técnico - Científico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador para o curso de
Licenciaturas da Universidade Virtual do Estado de
São Paulo (UNIVESP).

Cosmópolis, Olímpia, UAB CEU Jardim Paulistano - SP


2022
MOURA, Alessandra Macedo de; SILVA, Andrea Galvão da; SILVA, Daniela de Paula da;
CARIOLATTO, Patrícia Paula Santos; DOURADO, Robson Magno Santos; BARBIERI,
Victor Tavares; SCHMIED, Vivian Schimpl. Trabalhando com as diferenças. 00f. Relatório
Técnico Científico. Pedagogia – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor:
Gianlucca Contiero Murari. Polos: Cosmópolis, Olímpia, UAB CEU Jardim Paulistano, 2022.

RESUMO

Este trabalho visa o desenvolvimento de um material pedagógico que auxilie alunos com
deficiência psicomotor a expressarem o que entenderam ou o que mais gostaram em uma
história; o auxilie a realizarem o reconto da mesma; e que possa servir, também, como suporte
para avaliação desses alunos pelos professores. A motivação foi a observação, ao longo do
desenvolvimento de Projetos Integradores anteriores que nos puseram em contato com a
comunidade escolar, de situações de dificuldade vivenciadas pelos professores quanto a
atividades que contemplassem a plena participação de alunos com dificuldades psicomotoras.
Para tanto, realizamos uma revisão da Legislação Brasileira no que tange a temática da
inclusão de alunos nas escolas, além de pesquisas a Artigos Científicos que embasaram nossa
pesquisa e justificaram o material pedagógico a que nos dispusemos desenvolver.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão; Deficiência Psicomotor; Material Pedagógico.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1– MATERIAL DIDÁTICO.........................................................................................


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FIGURA 2– APLICAÇÃO DA ATIVIDADE..........................................................................
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FIGURA 3 – ATIVIDADE DE
MATEMATICA............................................................................10
FIGURA 4 – ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO......................................................................11
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
2. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................3
2.1 OBJETIVOS...........................................................................................................................3
2.2. JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA..................................................................3
2. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................4
2.4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR..............................6
2.5. METODOLOGIA...................................................................................................................7
3. RESULTADOS......................................................................................................................9
3.1. SOLUÇÃO INICIAL...............................................................................................................9
3.2. SOLUÇÃO FINAL.................................................................................................................9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................11
REFERÊNCIAS........................................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO

A inclusão de crianças com necessidades especiais nas escolas regulares é um tema


muito estudado atualmente, principalmente entre os que se dedicam à Educação. E não é para
menos: de acordo com os dados do Censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE,

Se o Brasil tivesse 100 pessoas, aproximadamente 19 delas teriam dificuldade


para enxergar, 7 teriam dificuldade em se movimentar, 5 teriam dificuldade para ouvir
e 1 teria deficiência mental/intelectual. Ao todo, se o Brasil tivesse 100 pessoas,
teríamos 7 pessoas com deficiência. (IBGE, 2010)

Ainda segundo o Censo 2010, considera-se “pessoa com deficiência”, seguindo


orientações internacionais, os indivíduos que responderem ter pelo menos muita dificuldade em
uma ou mais questões.
No entanto, apesar de haverem pesquisas que indiquem um percentual considerável de
crianças com necessidades, por mais que existam leis que regulamentem o que deve ser o
ensino inclusivo, e ainda que haja muita boa vontade no meio escolar, muitas escolas ainda não
possuem práticas pedagógicas adequadas para desenvolvimento de alunos com deficiência.
(BRAUN; MARIN, 2012; GLAT; PLETSCH, 2012; SOUZA, 2013)
Além de pesquisas a artigos científicos, também possuímos a experiência in loco, em
que pudemos observar, ao longo do desenvolvimento de Projetos Integradores anteriores, que
nas escolas por onde passamos sempre havia alguma situação em que alunos com alguma
necessidade especial não participavam plenamente das atividades regularmente desenvolvidas,
ficando, muitas vezes, segregados da turma, desenvolvendo outro tipo de atividade, ou mesmo
restando em sala para terem supridas as necessidades básicas de cuidados pessoais.
É o caso do menino Arthur, de 4 anos, regularmente matriculado na pré-escola da
Escola Municipal Thiago Felício Sant’Anna, em Olímpia, cidade do interior de São Paulo.
Arthur possui uma lesão cerebral chamada leucomalácia periventricular LPV. Segundo NEVES
e ARAÚJO (2014), a leucomalácia periventricular (LPV) é, na atualidade, a causa mais
importante de lesão cerebral no lactente prematuro, determinando sequelas ao
neurodesenvolvimento.
Dessa forma, este aluno será foco do desenvolvimento do trabalho; devido à lesão
cerebral, não verbaliza com perfeição, apenas repete o que dizemos, apesar de ser capaz de
entender e responder positivamente a comandos básicos, como por exemplo quando é pedido
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que jogue um beijo, ele o faz satisfatoriamente. Ele também não anda sozinho, necessitando da
ajuda de cadeira e de cuidados especiais.
A fim de contribuirmos para uma inclusão mais assertiva deste aluno, e à luz do tema
norteador deste Projeto Integrador (PI), que propõe o desenvolvimento de material didático
para alunos com necessidades especiais, nós nos oferecemos à produção de um material
pedagógico que auxiliará o aluno a expressar, por meio dos movimentos que consegue fazer
com as mãos, o que entendeu, ou o que mais gostou, em uma atividade recorrentemente
proposta pela professora, que é a de conto e reconto de uma história.
Dessa forma, elaboraremos um material que ficará com a escola, mas que servirá de
inspiração para outras atividades, mesmo em outras localidades, servindo, ainda que
minimamente, para a atenuação da dificuldade que é ser inclusivo na prática.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Objetivos
Com o presente trabalho objetiva-se desenvolver um material pedagógico que auxilie
alunos com transtornos psicomotor a realizarem um exercício de reconto de uma história, e
assim expressarem o que entenderam ou o que mais gostaram dela; e que sirva, também, como
suporte para que o professor possa determinar o nível de apreensão do conteúdo por parte do
aluno e, assim, avaliar seu desenvolvimento.
Dentro os objetivos do trabalho, serão utilizados com norteadores os seguintes itens
abaixo:
 Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre leis brasileiras que tratem
sobre inclusão;
 Identificar, por meio de artigos científicos, entrevistas com a comunidade e
materiais disponíveis na internet, situações em que a inclusão de alunos com
deficiência não é realizada a contento.
 Produzir um material pedagógico que permita a plena inclusão de alunos com
transtorno psicomotor em uma atividade de conto e reconto de uma história.

2.2. Justificativa e delimitação do problema

O problema a ser trabalhado nesta pesquisa é: como produzir um material pedagógico


que promova a plena inclusão de alunos com transtorno psicomotor em atividades como a de
conto e reconto de histórias?
Ao longo do desenvolvimento de Projetos Integradores realizados anteriormente, que
nos puseram em contato com a comunidade escolar, pode-se perceber que é comum haver
alunos com alguma necessidade especial e, mais do que isso, observa-se que esses alunos, por
muitas vezes, apesar de frequentarem a mesma aula, não participam igualmente de todas as
atividades, e ficam, por muitas vezes, realizando outro tipo de atividade, separadamente do
restante do grupo ou, estando junto, não participam da atividade que está sendo desenvolvida
por falta de condições de se expressarem.
Segundo o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população,
declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas
(enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental / intelectual.
(IBGE, 2010)
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Dessa forma, a elaboração do material pedagógico que aqui nos propomos a


desenvolver, servirá como suporte de expressão para alunos com transtornos psicomotores e
como suporte de avaliação desses alunos por seus professores, se justifica pela enorme
quantidade de pessoas que possuem dificuldades, cerca de um quarto da população, conforme
apontado pelo Censo 2010, e pela observação in loco e por meio de pesquisas em artigos
científicos e na internet de que nem sempre, nas escolas, as atividades são inclusivas. Dessa
forma, o produto final deste trabalho trata-se, enfim, de uma pequena contribuição para a
comunidade escolar, especialmente para a escola que nos abriu as portas para que
desenvolvêssemos este PI, e que ficará com o material por nós desenvolvido. Servirá,
igualmente, para aqueles que estão diretamente envolvidos na educação de crianças com
necessidades especiais, por poderem contar com um instrumento que favorecerá a inclusão de
crianças com necessidades especiais de natureza psicomotor, ao menos no que concerne à
atividade de conto e reconto de uma história, que não necessariamente precisa ser desenvolvida
dentro de um ambiente escolar.
Esse material tem seu valor também para a comunidade científica, que terá a sua
disposição mais um artigo contendo uma pesquisa aplicada à realidade de uma escola, no que
diz respeito à temática tão discutida, mas ainda tão cheia de possibilidades, que é a inclusão de
alunos especiais nas escolas regulares, podendo fazer uso da ideia por nós desenvolvida,
aplicando-a a outros cenários, e sempre caminhando para a evolução.
Poderá este material ser também valorizado pela sociedade, que contará com um
cidadão que, tendo tido acesso à educação inclusiva, por meio de materiais pedagógicos como
esse que propomos neste PI, se desenvolverá melhor e saberá seu valor como indivíduo em si, e
como parte de uma cultura, a qual se tornará cada vez mais ética, ao respeitar e lidar com as
diferenças.
Finalmente, o desenvolvimento deste trabalho que compõe nosso Projeto Integrador
representa para nós, integrantes, grande honra em podermos contribuir, ainda que em
minúscula parcela, com todas as esferas supracitadas.

2. 3. Fundamentação teórica

Para tratarmos sobre inclusão, é necessário que compreendamos alguns termos próprios
que caracterizam essa área da Educação. Comecemos, então, pelo próprio termo: Inclusão.
Em 2015 foi criada a LEI 13.146, que estabelece o Estatuto da pessoa com deficiência.
Nesta Lei, observamos a seguinte informação que nos dá uma pista sobre o que é inclusão,
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apresentada logo em seu Artigo 1º, em formato de autodefinição: (esta Lei) é destinada a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania (BRASIL,
2015). Ou seja, inclusão é um direito da pessoa com deficiência.
No que concerne o âmbito escolar, a inclusão se dá por meio da educação especial. Este
termo está designado no Artigo 58º da LEI 12.796, de 4 de abril de 2013, que altera o texto da
Lei 9.394, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional, de 20 de dezembro de
1996:
“Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (BRASIL, 2013)

E a forma como se dá essa inclusão é por meio de uma política educacional equitativa,
conforme encontramos no Inciso III do Artigo 2º do DECRETO 10.502, de 30 de setembro de
2020, que Institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com
Aprendizado ao Longo da Vida:

III - política educacional equitativa - conjunto de medidas planejadas e


implementadas com vistas a orientar as práticas necessárias e diferenciadas para que
todos tenham oportunidades iguais e alcancem os seus melhores resultados, de modo a
valorizar ao máximo cada potencialidade, e eliminar ou minimizar as barreiras que
possam obstruir a participação plena e efetiva do educando na sociedade; (BRASIL,
2020)

E, frente a todas essas definições, resta elucidar o termo “deficiência”. O texto do


Artigo 2º da LEI 13.146, de 6 de julho de 2015, que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência,
traz a seguinte informação:

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade
em igualdade de condições com as demais pessoas. (BRASIL, 2015)

Escolhemos tratar da terminologia que circunda a temática deste trabalho sob a luz da
legislação para que essa informação também seja trazida à tona: Há legislação que regulamente
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a questão da inclusão de alunos com deficiência nas escolas, mas já sabemos, por meio da
observação e da vivência que adquirimos ao longo do desenvolvimento de Projetos
Integradores anteriores, que esta legislação não é aplicada na prática a contento.
De acordo com o Censo Escolar de 2019, 87,2% dos estudantes do público-alvo da
educação especial estavam matriculados em classes comuns e 12,8% em escolas especializadas
(IBGE, 2019). Estes dados podem ser considerados positivos, porém eles trazem apenas o
número de matrículas, sem considerar a qualidade e a efetividade desse processo escolar na
vida dessas crianças.
Como escreve Ilda Ribeiro Peliz, secretária de modalidades especializadas de educação,
na Apresentação do documento intitulado Plano Nacional de Educação Especial, de 2020: “A
questão fundamental é “como” atender aos educandos da educação especial, respeitando suas
características e peculiaridades, para que seja garantida a possibilidade de desenvolvimento e
inclusão social, acadêmica, cultural e profissional” (PELIZ, 2020).
Pensando nisso, e considerando que o garoto com quem estamos trabalhando possui
uma deficiência que é de natureza múltipla, pois associa o transtorno mental ao físico-motor,
será elaborado um material pedagógico que servirá como suporte para que ele possa se
expressar, por meio do recurso visual, apontando a resposta que ele julgar correta ou mais
agradável, e servindo, também, como recurso avaliativo para que o docente responsável possa
designar o nível de desenvolvimento desta criança no decorrer do ano letivo.
Este material será confeccionado por nós, e aplicado na prática, na EMEB Thiago
Felício Sant’Anna, para sua validação. Tratar-se de placas com imagens referentes a trechos de
uma história previamente contada pela professora, que deverão ser organizados pelo aluno, por
meio da indicação com as mãos, segundo a sequência temporal dos acontecimentos. Além
disso, também produziremos placas com as imagens dos personagens, que servirão para que o
aluno responda, também por meio da indicação com as mãos, de qual personagem se trata, se é
a princesa ou a bruxa, por exemplo, dentre outras.

2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador

O presente trabalho baseia-se na disciplina de Políticas Educacionais e Estrutura, e


Organização da Educação Básica e Psicologia da Educação, todas relacionadas ao uso e
aplicação das novas tecnologias e práticas no ambiente escolar. A política educacional está
relacionada ao estabelecimento de padrões de ensino e ambiente de qualidade para toda a
sociedade, envolvendo formação de professores, ocupação, construção, currículo, gestão
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escolar e outras estruturas mais educacionais, sendo essas decisões tomadas pelo poder público
por meio de políticas públicas.
Com o desenvolvimento da globalização e o surgimento de novas tecnologias e sua
influência política no mundo, é necessário incluí-las no campo da educação, principalmente no
Brasil e nas redes públicas, pois o uso da tecnologia é estritamente restrito e a necessidade de
obter mais incentivos, como capacitação e remuneração de professores, além de investimentos
estruturais e aquisição de equipamentos. Além do uso de tecnologia, também facilita a
integração das pessoas com deficiência, considerando diversos planos que auxiliam no seu
desenvolvimento psicomotor.
No que diz respeito à psicologia educacional, ela é uma combinação do conhecimento
do comportamento humano com o ensino e a aprendizagem, que ajuda os educadores a
compreender as dificuldades na alfabetização e no comportamento das crianças.
A psicologia acrescentou educação às teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, LIMA.
Eles listaram as contribuições desses pensadores em seus trabalhos:
No Brasil o movimento atual na relação Psicologia-Pedagogia poderia ser caracterizado
pelo domínio da teoria-piagetiana em seu curso de declínio para ceder lugar às teorias sócio
interacionistas, notadamente Vygotsky, acompanhada mais recentemente de um incipiente
ressurgir de Wallon. Ao mesmo tempo, persistem as concepções mais tradicionais da
Psicometria e do Behaviorismo. (LIMA, 1990, p. 4).
Finalmente, a política educacional e a psicologia podem desempenhar um papel
importante no ambiente escolar, no crescimento das crianças e na inserção, persistência, prática
e benefícios proporcionados pelo uso de novas tecnologias.

2.5. Metodologia

Para darmos início ao desenvolvimento deste trabalho, inicialmente, a procurar por


todos os integrantes do novo grupo formado automaticamente pela UNIVESP, por meio do e-
mail institucional. Tendo devidamente nos identificado, criamos um grupo no Whatsapp, sendo
essa plataforma de troca de mensagens a escolhida para a comunicação direta entre as
participantes do grupo. A partir daí, foi realizado uma reunião virtual que se deu por meio do
recurso BlackBoard Collaborate, disponibilizado na plataforma do Ambiente Virtual de
Aprendizagem - AVA da UNIVESP, na qual foi determinado que seria necessário um
levantamento bibliográfico para o embasamento teórico do trabalho, com base no tema
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norteador disponibilizado pela disciplina. Foi definido também, que seriam utilizadas as
técnicas de Design Thinking para o desenvolvimento desse PI.
Seguindo então estas técnicas, foi realizada uma entrevista que se deu pessoalmente
com uma professora de uma escola Municipal de Educação Básica na cidade de Olímpia, onde
trabalhou até pouco tempo atrás uma das integrantes deste grupo, a fim de recebermos
informações adicionais, além das que já havíamos presenciado ao longo do desenvolvimento de
PIs anteriores, acerca de algumas das dificuldades enfrentadas por esta docente no que tange à
inclusão de um aluno que sofreu uma lesão cerebral que desencadeou em comorbidades físicas,
que limitam sua fala, seus movimentos, e seu pleno desenvolvimento cognitivo.
Tendo captado as informações, identificamos como um problema crítico o fato desse
aluno não acompanhar todas as atividades propostas pela professora, devido à dificuldade que
ele possui em se comunicar, e também da dificuldade estrutural e docente de se adaptar todas
as atividades para que sejam realmente inclusivas.
Realizamos, então, um brainstorming para trazermos à luz questões e possíveis soluções
para esse problema, e foi então que concordamos em escolher uma atividade frequentemente
desenvolvida pela professora, e a atividade eleita foi a contação de uma história seguida de seu
reconto pelos alunos, e concordamos também em propor um material pedagógico que a
favorecesse a inclusão desse aluno nesta atividade.
Para tanto, resolvemos, em reunião após o brainstorming, que seria necessário o
levantamento da legislação que rege a temática da inclusão de alunos especiais em escolas
regulares, e também uma pesquisa de campo, de caráter qualitativo, que poderia ser realizada
mesmo por meio da internet - que é um meio que oferece diversos canais de diálogo em que
professores contam sobre suas experiências e dificuldades-, a fim de coletarmos dados para
justificarmos a necessidade expandida da produção do material a que nos predispusemos
desenvolver.
Para organizarmos as ações que estariam por vir, utilizamos a plataforma Mindmeister,
que nos proporcionou a criação de um fluxograma no qual definimos as etapas que deveríamos
seguir, delegando-as ao(s) seu(s) respectivo(s) responsável(eis). Feito isso, demos início
propriamente dito, então, aos passos que definíramos, levantando a legislação e pesquisando
em artigos científicos e na internet aberta conteúdos sobre inclusão em sala de aula.

3. RESULTADOS

3.1. Solução inicial


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A proposta inicial do projeto, foi trabalhar materiais didáticos que possam servir de
auxílio aos professores que trabalham com alunos deficiências, em que dificultem o
aprendizado dos mesmos. De primeiro momento, não havia sido definido quais seriam os
materiais e atividades que seriam desenvolvidos.
Após o primeiro contato com a escola escolhida, foi conversado com a Professora, a
qual destacou as dificuldades em sala de aula e propôs uma atividade que facilitasse o
entendimento dos alunos sobre as histórias infantis. Com a ideia inicial em mente, o grupo
pensou em desenvolver “cards” impressos, com ilustrações de etapas da história a ser contada
em sala, para que assim o aluno pudesse compreender e associar os fatos contados.

3.2. Solução Final

Diante da solução inicial, manteve-se a ideia de realizar o conto de uma história


infantil, sendo a escolha de “A Branca de Neve”, com as ilustrações impressas de pedaços da
história. Em grupo, foram feitas as impressões dos “cards”, e conforme combinado com a
escola, um dos integrantes ficou encarregado de aplicar a atividade junto ao aluno.

Figura 1 – Material didático

Fonte: Foto de celular de um dos integrantes do grupo

Durante a atividade o aluno ficou bastante contente com o conto, e conseguiu


facilmente identificar os personagens da história, assim como compreende-la de forma lúdica.
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A professora esteve ao lado para observar a aplicação da atividade e achou bastante satisfatório
o resultado obtido.

Figura 2 – Aplicação da Atividade

Fonte: Foto de celular de um dos integrantes do grupo

Junto a proposta inicial, posteriormente foi pensando em criar atividades baseadas na


história, através de uma plataforma online (wordwall), onde a Professora poderá avaliar o
entendimento do aluno em relação a aula aplicada.
Foram criadas atividades de interpretação da história e relacionadas a disciplina de
matemática.

Figura 3 – Atividade matemática

Fonte: Imagem print da plataforma (wordwall)


Figura 4 – Atividade de Interpretação
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Fonte: Imagem print da plataforma (wordwall)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É explicito que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer pessoa, e


não há dúvidas que todos os indivíduos têm direito a uma educação de qualidade, escolas
inclusivas e de qualidade para todos. Desse modo, incluir esses alunos portadores de
necessidades especiais, será uma forma de respeitá-los, garantindo assim, a possibilidade de
crescimento. No entanto, percebe-se que as dificuldades existem, e não são poucas, pois
colocar um aluno em sala regular e não atender o que realmente ele necessita, não é inclusão.
Através da realização do trabalho que se pautou em pesquisa bibliográfica e estudo de
caso, foi possível alcançar os objetivos propostos de analisar a política de inclusão e de
aprendizagem de alunos com necessidades especiais, observando sistematicamente o interesse
e o comportamento dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, decorrentes das
suas necessidades. Através das observações também realizamos uma análise sobre o cotidiano
da escola, verificando até que ponto a escola está realmente sendo um espaço inclusivo.
Com base nos dados levantados e pesquisa bibliográfica, fica claro a importância do
planejamento escolar, pois através desse planejamento o professor ganha dimensão de como
realizar as atividades dentro e fora da sala de aula para trabalhar com crianças portadoras de
necessidades especiais. Pois trabalhando diferenciado com cada uma dessas crianças,
atendendo suas necessidades, com certeza ficará mais fácil o processo de ensino e
aprendizagem.
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Entre tantas dificuldades podemos constatar a falta de preparo dos professores, bem
como a falta de infraestrutura das escolas. Os professores, na sua maioria, não foram
preparados para lidar com a diversidade, com as especificidades de cada aluno, assim como
também as escolas não passaram por um processo de reestruturação.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015: Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). [S. l.], 6 jul. 2015. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm. Último acesso:
28 maio 2022.
BRASIL. DECRETO LEI Nº 10.502, DE 30 DE SETEMBRO DE 2020: Institui a Política
Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.
[S. l.], 30 set. 2020. Disponível em: in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.502-de-30-de-
setembro-de2020-280529948. Último acesso: 28 maio 2022.
BRASIL. LEI Nº 12.796, DE 4 DE ABRIL DE 2013: Altera a LEI 9.394, de 20 de dezembro
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. [S. l.], 04 abr. 2013.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1. Último
acesso: 28 maio 2022.
BRAUN, P.; MARIN, M. Práticas docentes em tempos de inclusão: uma experiência na escola
básica. e-Mosaicos, Rio de Janeiro, ano 1, v. 1, n. 2, dez. 2012. DOI:
10.12957/emosaicos.2012.5152. Disponível em:
https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/emosaicos/article/view/5152/3776. Acesso em: 24
maio 2022.
GLAT, R., PLETSCH, M. D. (2012). Inclusão escolar de alunos com necessidades
educacionais especiais EdUERJ IBGE. Censo Escolar de 2019. Microdados da Educação
Básica 2019 [S. l.]. Disponível em:
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/20551- pessoas-
comdeficiencia.html Último acesso em 26 maio 2022
IBGE, educa. In: Conheça o Brasil – População: pessoas com deficiência. [S. l.]. Disponível
em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/
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https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/nosso-povo/19622-pessoas-comdeficiencia.html
Último acesso em 26 maio 2022.
NEVES, L.A.T; ARAUJO, J.L. Leucomalácia periventricular como causa de encefalopatia da
prematuridade. Revista Médica de Minas Gerais, 2014. Vol. 25.1, ISSN (on-line): 2238- 3182.
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PELIZ, I. R. In: Política Nacional de Educação Especial PNEE. Brasília, 2020. Disponível em:
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SOUZA, F. F. Políticas de educação inclusiva: análise das condições de desenvolvimento dos
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http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/250860/1/Souza_FlaviaFaissa
lde_D.pdf. Acesso em: 26 jun. 2021.
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