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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA

O REGIME POLÍTICO MOÇAMBICANO

Milda Muromo

Beira, Setembro de 2023


Índice
Introdução..................................................................................................................................... 3

O REGIME POLÍTICO MOÇAMBICANO..............................................................................4

Conceito de regime politico......................................................................................................4

1 TIPOS DE REGIMES POLÍTICOS...................................................................................5

Caso de Moçambique.................................................................................................................... 6

Conclusão...................................................................................................................................... 7

Referências Bibliográficas........................................................................................................... 8
Introdução

O presente trabalho realizado no âmbito da cadeira de ciência politica visa abordar sobre o
regime politico moçambicano, dentro da qual tem como objectivos definir regime politico,
discutir os tipos de regimes políticos de modo geral e por fim enquadrar e analisar criticamente o
regime politico em Moçambique.

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O REGIME POLÍTICO MOÇAMBICANO

Conceito de regime politico

Na conceção aristotélica, um regime político corresponde a uma certa distribuição dos cargos
governativos em obediência a um qualquer critério de justiça aceite por aqueles que, no mesmo,
ocupam a posição de governantes ou governados. Tal é válido tanto para os regimes puros
(monarquia, aristocracia e politeia ou república) como para os regimes desviados (tirania,
oligarquia e democracia), pelo que também estes últimos são justos num certo sentido (Coutinho,
2020). Há, pois, dois elementos a considerar na definição de um regime político, que podemos
qualificar como externo e interno:

i) O elemento externo releva da estrutura organizatória do regime, ou seja, da distribuição dos


cargos governativos (por um só na monarquia e na tirania, pelos poucos na aristocracia e na
oligarquia, pelos muitos na república e na democracia);
ii) O elemento interno corresponde à conceção de justiça partilhada por governantes e
governados em cuja razão essa mesma distribuição é aceitável. Assim, tal conceção será,
consoante os casos, monárquica, tirânica, aristocrática, oligárquica, etc.

Deste modo, uma noção de regime político decomposta em dois elementos é válida tanto para os
regimes puros como para os regimes desviados. A corrupção de um regime não releva, assim, da
respetiva não aceitação na perspetiva interna dos governados e governantes: a todos os regimes,
também aos desviados, corresponde um critério de justiça, o qual os torna aceitáveis. Nas
palavras de Aristóteles, “não há dúvida” de que também aos regimes defeituosos – como sejam a
democracia ou a oligarquia – “subjaz um certo teor de justiça”. Tal, na sua errónea perspetiva
própria, ou seja, na perspetiva variável e relativa dos participantes (Aristóteles 1998 citado por
Coutinho 2020). Estes têm, pois, um “sentido de justiça conforme ao tipo de regime”, adotando
um “critério de justiça que difere de regime para regime” (um critério de “igualdade” na
diferença, que assim diferencia os que por ele se distinguem, seja a “liberdade” dos não escravos
na democracia ou a “riqueza” na oligarquia) (Aristóteles 1998 citado por Coutinho 2020). O que
distingue um regime puro de um regime desviado não é, então, a sua justiça ou injustiça numa
perspetiva interna – ou seja, não é a justiça num sentido relativo e variável. O que distingue um
regime puro de um regime desviado antes é a justiça num sentido absoluto e invariável –

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relevante da prossecução do interesse comum e do respeito pelas leis dos deuses e dos homens
(leis num sentido estabilizador e limitador), respeito esse que se revê no primeiro tipo, mas não
no segundo.

Semelhante compreensão constitui, de resto, algo que acompanha outros tratamentos canónicos
dos regimes políticos, ainda que estes nem sempre tenham concebido o elemento interno do
regime político em termos idênticos aos de Aristóteles. O tratamento de Montesquieu é
particularmente ilustrativo na sua concomitante continuidade e diversidade relativamente a
Aristóteles. Com efeito, também em Montesquieu, cumpre contrapor o elemento externo
(“natureza do governo”) ao elemento interno (“princípio do governo”). A diferença reside no
modo como se configura o segundo elemento: se, em Aristóteles, esse se consubstanciava num
dado critério de justiça, em Montesquieu, o “princípio de governo” identifica-se com um móbil
ou determinante da ação, tanto de governantes como de governados, que se reconduz à virtude
(na república), à honra (na monarquia) ou ao medo (no despotismo).

1 TIPOS DE REGIMES POLÍTICOS

Existem diversos tipos de regimes políticos. Muitos teóricos fazem a distinção entre a
democracia, a monarquia e a aristocracia. Outra qualificação possível diferencia os regimes com
um único partido dos regimes pluralistas. (Equipe Editorial, 2020)
Há quem crê que um regime político se pode corromper e derivar nalgo diferente, mesmo no que
toca a instituições e formas. A democracia, neste sentido, poderá derivar em demagogia,
enquanto a monarquia se poderia constituir como uma tirania. (Equipe Editorial, 2020)
A seguir os tipos de regimes políticos atuais e a descrição de cada um deles (Equipe Editorial,
2020):

– Democracia: a democracia caracteriza-se pela existência das eleições livres (onde o povo
escolhe quem serão seus governantes), onde a imprensa é livre, onde há a possibilidade de
oposição e liberdade para expressão de pensamentos políticos e também onde há respeito aos
direitos civis;

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– Autoritarismo: esse é um regime político que resume-se em concentrar o poder nas mãos de
uma pessoa ou de poucas pessoas. Nesse tipo de regime não existiam as garantias individuais e
as normas são manipuladas segundo o que é de interesse do grupo ou pessoa que está no poder;

Totalitarismo: por fim, temos o regime político totalitário que se caracteriza pela entrega do
poder nas mãos de apenas uma única pessoa. E aqui não existe nenhuma instituição que
demonstre alguma ideia de democracia. Exemplos de movimentos políticos enquadrados nesse
regime são: o nazismo, o fascismo e o estalinismo, movimentos ocorridos entre 1920 a 1945.
Caso de Moçambique
De acordo com a constituição em vigor, o regime politico em Moçambique é democrático
representativo de divisão de poderes, portanto, é um regime politico em que os cidadãos no
especto dos direitos políticos participam igualmente – directamente ou através de representantes
eleitos – na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação
através do sufrágio universal.
A republica de Moçambique estipula uma democracia multipartidária fundada em eleições
periódicas, com mandatos de cinco anos, através de sufrágio universal, directo, igual e secreto. O
presidente da republica é eleito quando reúna mais da metade de votos expressos maioria
absoluta. Caso contrario, uma segunda volta das eleições presidenciais é realizada dentro de 30
dias da data de declaração de resultados pelo conselho constitucional, na qual participal os dois
candidatos mais votados (SAMO, 2021).

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Conclusão

Depois de varias leituras e pesquisas efetuadas em torno do tema no que concerne ao regime
politico em Moçambique conclui-se que o regime politico tem por objectivo regular a disputa
pelo poder politico e o seu respectivo exercício , inclusive o relacionamento entre aqueles que
detém o poder politico e os demais membros da sociedade.

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Referências Bibliográficas

1. Equipe editorial de Conceito.de. (2023). Regime político - O que é, conceito e definição.


Disponível em https://conceito.de/regime-politico. Acessado aos 01 de setembro de 2023
2. Coutinho, L. P.(2020). “Regimes Políticos”. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA MORAL
E POLÍTICA. 2.ª SÉRIE. Lisboa: Instituto de filosofia da nova. Disponível em
https://doi.org/10.34619/hd0t-xp82 acessado aos 22 de Agosto de 2023.
3. SAMO, Clelio Joao, (2021). Sistema do governo Moçambicano. Disponível em
https://www.studocu.com/row/document/universidade-licungo/direito-do-trabalho/
sistema-do-governo-mocambicano-o-samo/8589394. Acessado aos 20 de Agosto de
2023.

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