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Índice

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................4

2. Regime Político.......................................................................................................................................5

2.1 Tipos de regimes políticos.....................................................................................................................5

3. Reflexão sobre o regime político vigente em Moçambique.....................................................................7

CONCLUSÃO............................................................................................................................................8

REFERÊNCIAS..........................................................................................................................................9
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INTRODUÇÃO
No desenrolar dos estudos da disciplina de ciências políticas, urge o seguinte:O regime político
moçambicano. Partindo do pressuposto de que o homem é um ser social e político, reflectir em
torno do tema supramencionado, pode ser extremamente crucial, pois o mesmo visa desconstruir
como o Estado tem-se organizado politicamente ao longo da história, dando enfoque ao contexto
político contemporâneo moçambicano. Nesta senda, o presente ensaio tem o intento de responder
o seguinte problema: como é que foram concebidos os regimes políticos ao longo da história,
sobretudo no contexto político-social de Moçambique?

Em termos de objectivos, o presente trabalho, de forma geral, almeja: compreender o regime


político no contexto moçambicano. De forma específica, ambiciona:

 Definir regime político;

 Abordar sobre os tipos de regimes políticos; e,

 Analisar criticamente o regime político vigente em Moçambique.

No que diz respeito à metodologia, o presente trabalho serviu-se significativamente do método


bibliográfico, e do auxílio incontornável da técnica hermenêutica, pois foi por meio dela que
houve facilidade da leitura, sobretudo da compreensão dos materiais bibliográficos usados para
execução do trabalho.
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2. Regime Político
São várias as acepções que se podem alocar em torno do conceito supramencionada, porém de
forma genérica, pode-se dizer que o regime político é tomado como conceito de base da tipologia
dos modos de organização e exercício do poder político, no qual o conteúdo compreende
essencialmente as regras determinadas pelo Direito Constitucional, no que diz respeito àquelas
relativas ao poder.

No dizer de Aristóteles (2004), um regime político corresponde a uma certa distribuição dos
cargos governativos em obediência a um qualquer critério de justiça aceite por aqueles que, no
mesmo, ocupam a posição de governantes ou governados. Tal é válido tanto para os regimes
puros (monarquia, aristocracia e politeia ou república) como para os regimes desviados (tirania,
oligarquia e democracia), pelo que também estes últimos são justos num certo sentido
(Aristóteles 1998: 1280a10). Há, pois, dois elementos a considerar na definição de um regime
político, que podemos qualificar como externo e interno: i)

O elemento externo releva da estrutura organizatória do regime, ou seja, da distribuição dos


cargos governativos (por um só na monarquia e na tirania, pelos poucos na aristocracia e na
oligarquia, pelos muitos na república e na democracia); ii) O elemento interno corresponde à
conceção de justiça partilhada por governantes e governados em cuja razão essa mesma
distribuição é aceitável. Assim, tal conceção será, consoante os casos, monárquica, tirânica,
aristocrática, oligárquica, etc.

De modo sucinto, regimes políticos são as formas como o estado organiza-se ao longo da
história, para gerenciar suas instituições. Isto é, um regime político é uma directriz ou ideologia
que norteia organização política de uma determinada nação, numa determinada época.

2.1 Tipos de regimes políticos


Dentre os vários regimes políticos que existiram ao longo da história, na visão Bóbio (2005), os
mesmos podem ser classificados em dois grupos distintos: autocráticos e democráticos. No
entanto, é crucial afirmar Bóbio partiu do pressuposto de que existem duas dimensões
fundamentais para a classificação e análise dos diferentes regimes políticos, em geral, e dos
existentes no mundo atual, em particular: a) o grau de participação dos governados no processo
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de escolha dos governantes; e b) o grau de independência, ou de liberdade, do governados em


relação aos governantes.
O primeiro diz respeito à abertura dos regimes políticos à participação popular na seleção dos
governantes. De acordo com esse critério, podemos classificar todos os regimes políticos em
abertos ou fechados; democráticos ou não democráticos; ou ainda democráticos ou autocráticos.
O segundo diz respeito à esfera de liberdade assegurada aos governados nos diferentes regimes.
Essa liberdade depende, sobretudo, da existência de limites constitucionais e institucionais ao
exercício do poder dos governantes sobre os governados.

A) Autocráticos: são os regimes políticos fechados à influência popular na escolha dos


governantes. Etimologicamente, esse termo indica que o governo é derivado de si mesmo, isto é,
dos governantes (em grego auto = referido a si próprio; e cratos = poder) e não dos governados,
como no caso da democracia (em grego, demos = povo; e cratos = poder). Neste tipo de regime,
a escolha a escolha dos governantes independe dos governados. E o mesmo se bifurca em:
totalitarismo, autoritário e liberal.

Segundo Coelho (2010), o regime político autocrático totalitário é aquele que é caracterizado
pela existência de partido único, ideologia revolucionária e combinação entre ideologia e terror;
o autoritário é aquele em que todo poder político encontra-se sob às amarras do soberano; e o
liberal, é caracterizado pela existência de regras básicas de organização do Estado, direitos civis;
e direitos políticos.

B) Democráticos: são aqueles que estão abertos à influência do povo na escolha dos
representantes, isto é, são aqueles regimes políticos em que o povo tem o poder indirecto de
escolher os seus representantes/governantes. Estes tipos de regimes de governos dividem-se em:
liberais e não liberais. Segundo Bóbio (ibidem), as democracias liberais são aqueles regimes em
que o governo resulta da escolha da maioria por meio de eleições periódicas, livres e justas e
que, ao mesmo tempo, conservam todas as características dos regimes liberais quanto às regras
básicas de organização do Estado e os direitos civis e políticos dos seus cidadãos. O
presidencialismo e parlamentarismo são as duas principais formas de organização dos governos
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nos regimes democráticos liberais. Suas diferenças principais dizem respeito às relações entre
Executivo e Legislativo e à duração dos mandatos dos parlamentares e governantes. No
presidencialismo, os papéis de chefe de Estado e chefe de governo são exercidos pelo presidente,
enquanto no parlamentarismo esses papéis cabem a indivíduos diferentes, e há separação de
poderes.

As democracias não liberais são aquelas em que não se observa a separação de poderes. O que as
caracteriza como democracias é a forma de constituição dos governos, isto é, pelo voto popular,
em eleições periódicas, livres e justas.

3. Reflexão sobre o regime político vigente em Moçambique


Moçambique, apesar de ser uma nação que se encontra constitucionalmente atrelado à
democracia liberal, a sua práxis política tem denuciado o contrário, pois apesar de ser um estado
em que se preza a separação dos poderes, no fundo, aliás, na prática não tem sido assim, pois de
forma implícita é possível constatar que os três poderes encontram-se no jugo do presidente, por
isso a nação moçambicana de forma teórica, pode-se assumir que é uma nação democrática
liberal, porém na prática até pode ser considerada democrática, mas não liberal.
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CONCLUSÃO
Conhece-se pelo nome de regime político, por conseguinte, o conjunto de instituições e leis que
permite a organização do Estado e o exercício do poder. Através do regime político determina-se
via de acesso ao governo e a forma na qual as autoridades podem fazer uso das suas faculdades.

Existem vários conceitos que se confundem com a ideia de regime político. O regime de
governo, por exemplo, refere-se a como se vinculam os diversos poderes do Estado (regime
presidencialista, regime parlamentar, etc.). A forma de Estado, por sua vez, indica como se
articulam o poder, a população e o território
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARISTÓTELES. Tópicos. Os Pensadores. Trad. Ivan Caetano. São Paulo. Abril Cultural. 2004.
BOBBIO, Norberto. A Teoria das Formas de Governo. Brasília. UnB. 2005

Coelho, Ricardo Corrêa Ciência política / Ricardo Corrêa Coelho. – Florianópolis :


Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2010.

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