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Objetivos
Módulo 1 Módulo 2
Conhecendo a A Constituição de
cidadania 1988 e sua grande
importância
Empregar criticamente o conceito de
cidadania no contexto brasileiro.
Reconhecer o papel da Constituição de
1988 na ordem jurídica brasileira e na
aplicabilidade dos direitos sociais para
população brasileira.
Módulo 3 Módulo 4
meeting_room Introdução
O conceito de cidadania tem data de nascimento e muita história.
Primeiramente, ele dizia respeito ao exercício político e interessado no
âmbito da cidade, mas especificamente das cidades-Estados gregas.
Portanto, a cidadania era destinada àqueles que compunham e viviam na e
da cidade. Ao longo do tempo, essa noção ganhou tanto alcance como
novos atributos, passando a ser entendida como um conjunto de deveres e
direitos das pessoas vinculadas a uma comunidade, mas também a um
conjunto de aspectos que compõe o que entendemos por sociedade, pelo
menos nos padrões ocidentais.
1 - Conhecendo a cidadania
Ao final deste módulo, você será capaz de empregar criticamente o conceito de
cidadania no contexto brasileiro.
Atenção!
Isso tem razões óbvias, pois falar sobre cidadania envolve o reconhecimento de
direitos fundamentais, tais como: civis e políticos, sociais, econômicos, culturais
e o respeito à dignidade. Eles devem ser assegurados pelo Estado. Mas durante
o período militar, o que vimos foi uma total violação desses direitos.
Pólis grega
Eram as cidades-Estado da Grécia Antiga e foram fundamentais
para o desenvolvimento da cultura grega. Duas das cidades
gregas (pólis) que merecem destaque são Atenas e Esparta.
Nesse início, havia um paradoxo, ser cidadão não era para todos. Apenas
aqueles que possuíam riquezas e propriedades de terra poderiam ser
considerados cidadãos da pólis.
Já é possível perceber uma relação entre cidadão e cidade — sim, tem tudo a ver.
A forma como nos organizamos em sociedade e nas cidades precisa ser
respaldada por direitos e deveres, e isso passa pela nossa prática cidadã.
Feudalismo
Organização econômica, política, social e cultural baseada na posse da terra,
que predominou na Europa Ocidental durante a Idade Média.
Renascimento
Um período histórico e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido
na Itália, entre os séculos XIV e XVI. Esse termo foi utilizado para indicar o
movimento de retomada da cultura clássica greco-romana.
Escola de Atenas, afresco renascentista por Rafael Sanzio, Museu do Vaticano, Itália.
Atenção!
Ser cidadão é conquistar os direitos e cumprir com seus deveres. É com a
cidadania que o indivíduo pode lutar por direitos não apenas para si, mas para a
coletividade em coisas bem simples, mas essenciais, como o direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à propriedade e à fraternidade.
Voltando aos termos cidade e cidadania, precisamos ressaltar que a luta pelos
direitos sempre se deu no interior de um espaço territorial e envolveu quem vai
tutelar esses direitos. No caso de uma nação, estamos falando do Estado. Em
outras palavras, a relação das pessoas com o Estado e com a nação vai
determinar e muito a extensão da cidadania. As pessoas se tornam cidadãos na
medida em que começam a se sentir parte de uma nação e de um Estado.
Mais do que nunca precisamos discutir sobre cidadania, porque isso afeta
nossas vidas, impacta nossa relação com o outro, com credos diferentes,
orientações políticas distintas, orientações sexuais múltiplas, com mais ou
menos renda, preto, branco, indígena ou mestiço, homem ou mulher, crianças,
idosos, todos precisam ser contemplados de forma igualitária ou teremos
falhado no percurso histórico sobre cidadania.
A cidadania no Brasil
Como nos mostra Carvalho (2004), a escravidão foi um fator extremamente
negativo na formação da cidadania no Brasil. Escravidão e grande propriedade
não se transformaram em ambientes propícios à formação de futuros cidadãos.
Os indivíduos escravizados não podiam ser chamados de cidadãos, pois não
tinham direitos civis básicos à integridade física. Eram tidos como coisas e
podiam ser espancados, mortos, caso a obediência não fosse uma condição
nata.
Comentário
Carvalho (2004) mostra que essa Constituição foi considerada pelos estudiosos
da época muito liberal em comparação a de outros países. Com o passar do
tempo, a urbanização evoluiu, e com o surgimento da classe operária urbana, as
discussões sobre a cidadania foram reeditadas.
Carvalho (2004) afirma que foi a partir de 1930 que as mudanças sociais e
políticas no país começaram a acontecer de forma mais efetiva com muitos
avanços dos direitos sociais. Observe:
calendar_today 1930
Nesse ano, ocorre a criação do Ministério do Trabalho, da
Indústria e Comércio. A seguir, houve uma vasta legislação
trabalhista e previdenciária. Já em relação aos direitos
políticos, o autor mostra que ora tínhamos ditaduras, ora
regimes democráticos.
calendar_today 1937
Ocorre o golpe de Vargas, apoiado pelos militares,
inaugurando um período ditatorial que durou até 1945.
calendar_today 1945
A partir desse ano, uma nova intervenção militar derrubou
Vargas e pudemos experimentar o que seria uma
experiência de fato democrática. O voto popular ganha peso
e também o processo eleitoral. Esse período foi nomeado
como política populista, um fenômeno que não era
circunscrito apenas ao Brasil, mas atingiu vários países da
América Latina.
calendar_today 1964
Os militares novamente tomam o poder e implantam a
ditadura. Tudo o que o país ganhou em termos de direitos
civis se perdeu. A maioria foi suspensa, principalmente a
liberdade de expressão, do pensamento e de organização.
Incrivelmente, os militares permitiram alguns movimentos
sindicais, mas evidentemente ligados ao Estado.
calendar_today 1985
Com o fim da ditadura, voltam os direitos civis em cena.
Carvalho (2004) diz que essa retomada civil se dá de
maneira ordenada e sem retrocessos.
calendar_today 1988
Nasce a Constituição, com muitas garantias de direitos
civis.
calendar_today 1989
Ocorre a primeira eleição direta para presidente da
República desde 1960. Ainda assim, a estabilidade
democrática não está fora de perigo.
Saiba mais
Para Carvalho (2004), durante os 21 anos de Ditadura Militar houve muitos
retrocessos em relação à cidadania. Os avanços nos direitos sociais e a
retomada dos direitos políticos não resultaram, no entanto, em avanços dos
direitos civis. Pelo contrário, foram eles os que mais sofreram durante os
governos militares. O habeas corpus foi suspenso para crimes políticos,
deixando os cidadãos indefesos nas mãos dos agentes de segurança. A
privacidade do lar e o segredo da correspondência eram violados impunemente.
Prisões ocorriam sem mandado judicial e os presos eram mantidos isolados e
incomunicáveis, sem direito à defesa; submetidos a torturas sistemáticas por
métodos bárbaros que não raro levavam à morte. A liberdade de pensamento era
cerceada pela censura prévia à mídia e às manifestações artísticas, e, nas
universidades, pela aposentadoria e cassação de professores e pela proibição de
atividades políticas estudantis.
Comentário
Há uma nova consciência ambiental em curso, já que a ação do homem vem
destruindo o meio ambiente de forma global, visando, sobretudo, ao lucro e ao
consumo mundial. Diante desse quadro, a cidadania também se transforma e se
apresenta como um fenômeno não mais local — nacional —, mas transnacional,
com consequências nas mais diversas esferas da vida social e individual.
Os sujeitos de direitos no
mundo globalizado
A globalização mudou a forma de nos relacionarmos no mundo. Impossível nos
mantermos desconectados ou isolados. A tecnologia aproxima-nos de um modo
que nos sentimos sozinhos no meio da multidão. Fronteiras abertas, uma
mobilidade intensa de pessoas que carregam as mazelas de doenças globais,
quebras de economias, movimentos políticos conservadores que vão tomando
corpo nas sociedades.
Resposta
Se pegarmos exemplos como a União Europeia, vamos ver que o cidadão não é
mais da França, da Espanha, da Itália, mas, sim, um cidadão europeu. Se antes a
cidadania estava inteiramente entrelaçada à questão do território, agora, com
fronteiras territoriais totalmente abertas, novas formas de espaços se articulam
para receber esse cidadão.
Atenção!
A educação é crítica, política e aumenta a visão de mundo do ser humano. Por
meio dela, é possível formar cidadãos políticos e conhecedores da política, da
economia, da cultura, da ciência, da história, dos vários campos da vida e
transformar a sociedade de acordo com as suas necessidades.
Questão 2
A euforia da
redemocratização no país
Para iniciar os estudos deste módulo, vamos assistir a um vídeo sobre um dos
assuntos que serão abordados.
Euforia da redemocratização: a
video_library transição entre os regimes
políticos
Confira o contexto de criação da Constituição de 1988.
Quem encara, atualmente, as redes sociais para pedir o retorno da Ditadura
Militar ao Brasil desconhece o perrengue que foi viver sob o domínio de uma
ditadura, em que não se podia criticar, emitir opinião, ter liberdade de ir e vir sem
que a Polícia do Exército parasse você na rua e pedisse explicações. Período
obscuro em que nossas liberdades foram suspensas e muita violência foi usada
com o suposto objetivo de proteger a sociedade.
Tal processo de transição controlado por parte dos militares, conhecido como
distensão, resultou em algumas medidas importantes, tais como: o fim da
censura prévia, a revogação daquele que se constituiu do mais violento Ato
Institucional, o AI5; o retorno dos partidos políticos e a lei da Anistia.
A ordem agora era restaurar os direitos dos cidadãos que deixaram de existir
com a ditadura. Com a eleição de 1986, a Assembleia Constituinte elaborou uma
ampla consulta a pesquisadores, especialistas e a vários setores da sociedade, a
fim de elaborar uma nova Constituição.
Atenção!
A Constituição tinha uma tarefa importante: encerrar a ditadura e estabelecer de
uma vez por todas a democracia no país, além de criar instituições democráticas
sólidas para enfrentar as crises políticas e reestabelecer os direitos e as
liberdades dos brasileiros.
Declaro
promulgada. O
documento da
liberdade, da
dignidade, da
democracia, da
justiça social do
Brasil. Que Deus
nos ajude para
que isso se
cumpra.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS, s. d., n.
p.)
Saiba mais
A Carta da República de 1988, também chamada de Constituição Cidadã, é
considerada por vários constitucionalistas como uma das mais modernas e
democráticas do mundo, especialmente no que se refere ao respeito pelos
direitos e garantias individuais do cidadão. É bom que se diga que uma
constituição é um pacto social, sobretudo a de 1988, que teve ampla
participação popular. De acordo com Schwarcz e Starling (2015), a Constituição
marca uma ruptura com o modelo anterior, mais individualista. Ela é cidadã
porque incorpora os direitos dos trabalhadores no rol dos direitos fundamentais,
dando a condição de cláusulas pétreas, ou seja, normas intocáveis que serão
mantidas enquanto a Constituição vigorar.
Somente pelo preâmbulo já fica evidente que a Constituição preza pelos direitos
fundamentais, como vimos anunciando aqui. Além disso, a Constituição de 1988
rompeu de uma vez por todas com o antigo regime. Nesse sentido, inclui a
prática da tortura, tão presente no período anterior, como um crime inafiançável.
format_list_bulleted Cidadania
Segundo Schwarcz (2019), ela trata de vários assuntos, tais como: direitos e
garantias fundamentais, organização do Estado, dos poderes, defesa do Estado
e das instituições democráticas, tributações, ordem social. No entanto, há um
problema sério que a Constituição ainda não conseguiu resolver, apesar de
deixar expresso por meio das suas leis e normas: a enorme desigualdade social
enraizada entre nós. É desigualdade econômica, racial, regional, social, de
gênero, de geração e de oportunidades presentes nas várias áreas de atuação,
saúde, educação, moradia, transporte e lazer.
O Legado da Constituição
de 1988
Não há dúvida de que os direitos sociais são o grande legado da Constituição de
1988. Mas estamos respeitando a Constituição até hoje?
Comentário
Não adianta apenas registrar direitos em um documento oficial, é preciso que na
prática eles aconteçam. É lógico que nosso passado escravocrata tem muito a
ver com isso. O homem é um ser social e dotado de direitos fundamentais, que o
permitem ser ativo na sociedade. Assim, como agente social que é, deve ter
assegurados determinados direitos, como os políticos, sociais e econômicos,
que o transformam em ator da história de sua cidadania. O país carrega um
passado que transformou esse homem comum em coisa, em objeto, sendo
escravizado e utilizado como servo e, mesmo depois, por meio do trabalho
assalariado, ainda tem vivido uma condição de explorado.
Questão 1
Questão 2
3 - Direitos humanos
Ao final deste módulo, você será capaz de definir a importância dos direitos
humanos para a prática cidadã.
check 2
Os direitos humanos são universais, ou seja, são
direcionados de forma equitativa e sem discriminação a
todos os seres humanos.
check 3
Os direitos humanos são inalienáveis, ninguém pode ficar de
fora da atuação desses direitos; contudo, a doutrina explica
que eles podem ser limitados em situações específicas, por
exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma
pessoa for considerada culpada de um crime perante um
tribunal.
check 4
Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e
interdependentes, não se pode respeitar alguns direitos e
outros não. Isso significa que a negação ou violação de um
direito pode afetar o respeito por outros.
check 5
Todos os direitos são considerados importantes e sem
hierarquias, mas é preciso ter sempre em mente a dignidade
e o valor de cada ser humano.
Por exemplo, se uma pessoa pública fez algo que nos incomoda, a maioria não
hesita em correr para as redes sociais para compartilhar o péssimo exemplo.
Quando fazemos isso, estamos exercendo um direito humano — o direito à
liberdade de expressão.
Não temos conta de quando os direitos humanos são respeitados, eles passam
quase despercebidos. Nenhuma criança, por exemplo, acorda comemorando o
fato de poder ir para a escola. Mas aqueles que moram em periferias e
encontram suas escolas fechadas, sem professor ou sem merenda, precisam
colocar a boca no trombone para terem seus direitos respeitados.
Diante do tanto que já discutimos aqui, ficou claro para você a relação entre
direitos humanos e cidadania?
Resposta
Enquanto os direitos humanos garantem as liberdades básicas que uma pessoa
deve ter, desde a sua liberdade de opinião, de ter uma religião, de ir e vir dentro
da sua cidade; a cidadania diz respeito ao fato de as pessoas usufruírem os
direitos que o Estado concede. É uma relação básica.
Direitos humanos X
Direitos fundamentais
Aposto que você já ouviu a expressão direitos humanos e direitos fundamentais
como sinônimos. Não está errado. Apesar de o conteúdo de ambos serem os
mesmos, observe alguns detalhes a seguir.
Direitos Direitos
humanos fundamentais
Constituem um conjunto de Englobam a coletividade, são
direitos e garantias do ser os direitos humanos
humano, estando relacionado incorporados pela
com igualdade e liberdade e Constituição, no caso do
estão expressos no Direito Brasil, da Constituição cidadã
Internacional. de 1988.
Pela primeira vez, uma declaração estabelece a proteção universal dos direitos
humanos.
Curiosidade
A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu depois de toda violência e
dos assassinatos em massa ocorridos depois da Segunda Guerra Mundial. Os
horrores da guerra estavam estampados nas pessoas que sobreviveram. Era
preciso impedir que aquela barbárie acontecesse, e um novo mundo precisava
ser reconstruído. O documento marcou, assim, um novo caminho para os países
que se envolvessem em conflitos, pois princípios como a dignidade da pessoa
humana precisavam ser fortalecidos.
Comentário
No entanto, há uma tendência, especialmente no Brasil, em desconsiderar os
direitos humanos e mais ainda a desprezá-los e inclui-los como categorias
ideológicas a serem combatidas. Vimos como os direitos humanos são
reconhecidos como um marco da história humana. No Brasil, o senso comum
geralmente atribui como sinônimo de direitos humanos, impunidade, injustiça e
uma forma de não punição para bandidos. Trata-se, contudo, de um grande
engano que precisa ser corrigido o quanto antes, tendo em vista a importância
de garantir nossos direitos.
São esses direitos que nos permitem construir uma sociedade inclusiva e justa,
são eles que colocam a lei como parâmetro, e desautorizá-la não vai melhorar
em nada a nossa situação.
Direitos humanos e
contemporaneidade
Aposto que você já assistiu Tropa de Elite (2007). O filme do cineasta brasileiro
José Padilha causou muito barulho na época, sendo, inclusive, comercializado
antes da exibição nos cinemas. Ao apresentar uma violência institucionalizada
na Polícia Militar, o filme, mais do que pura diversão, mostrou, por meio do
exaltado Capitão Nascimento, como anda a questão dos direitos humanos no
Brasil. O filme não aborda apenas a ação dos policiais do Batalhão de Operações
Especiais (BOPE) nas favelas do Rio de Janeiro, mas deixa claro lógicas que
estruturam, em nosso país, as relações sociais marcadas pela ausência da lei,
pela violência física e simbólica e por hierarquias de poder que delimitam quem
pode ou não ser designado cidadão.
Essa fala não pode ser atribuída apenas ao Capitão Nascimento no filme.
Ela ganhou uma multidão que passou a repeti-la como um bordão e a
mudar as práticas cidadãs em xeque no país. Bandido bom, na
perspectiva apresentada, seria o cidadão, aquele capaz de ter direitos,
direito de defesa, por exemplo, e em uma visão maior, direito à própria
vida.
Nesse sentido, entre todos os direitos, a Educação é essencial, pois é ela que
ajudará a desenvolver uma consciência crítica que permita mudar pensamentos
e ações como essa. As pessoas precisam entender que são sujeitos sociais e
que podem transformar a sociedade. Portanto, o direito à Educação se insere
como instrumento de mudança social prevista na Constituição Federal, art. 205 e
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania […]
(LEI Nº 9.394/96)
As crianças não nascem com conhecimento das leis, dos direitos e deveres, de
cidadania, é todo um processo, um aprendizado contínuo que passa pela
socialização e escolarização, e esse processo precisa ser efetivado.
Para modificar tais concepções de vida que excluem, que designam quem pode
ou não ser portador de direitos, só mesmo por meio da Educação. Isso porque
anunciada desde a consolidação da Declaração dos Direitos Humanos em 1948,
a Educação permite o respeito aos direitos humanos. Segundo Rutkoski (2006),
a Educação envolve princípios de posicionamento político, tanto para que os
grupos que historicamente foram desfavorecidos na sociedade estejam
conscientes de seus direitos e possam lutar coletivamente por eles quanto para
fortalecer a cidadania.
Atenção!
Dessa forma, por meio da Educação, as pessoas precisam acreditar que os
direitos humanos, na contemporaneidade, são fundamentais para um salutar
convívio na sociedade. Só assim esse discurso que viralizou deslegitimando os
direitos humanos poderá se esvaziar e os valores civis básicos, como o direito à
vida e à dignidade de todas as pessoas, serão de fato respeitados.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
A Constituição de 1946.
D Código Civil.
E Código penal.
Questão 2
III) Ser cidadão é também possuir direitos sociais, que inclui o direito à
educação, ao trabalho, ao salário justo e à saúde.
A I, apenas.
B III, apenas.
C I e II, apenas.
D I, II e III.
E I e III, apenas.
Essas são algumas questões para refletir aqui neste módulo, afinal, temos uma
responsabilidade com o meio ambiente e, é claro, isso passa pela questão da
cidadania.
Ciências ambientais
Ecologia
Sustentabilidade
Sustentabilidade é outra palavrinha mágica nessa questão sobre meio ambiente.
E não, isso não é um papo ecochato. Se quisermos viver bem, com abundância
de recursos naturais, temos de dominar esses assuntos ou em breve não
teremos mais lugar nesse mundo.
Atenção!
Sustentabilidade é simples de se compreender: refere-se ao equilíbrio entre o
que precisamos da natureza e o que oferecemos em troca. Significa economizar
recursos e utilizar melhor o que consumimos, como água e energia; é reciclar,
diminuir resíduos e poluentes, pensar no destino de tudo o que produzimos e
descartamos, e na origem de tudo o que utilizamos; é tratar o meio ambiente
com responsabilidade.
Saiba mais
Desde março de 2020, com a pandemia do novo coronavírus, as pessoas tiveram
de cumprir isolamentos sociais para evitar a propagação do vírus. Isso foi o
suficiente para que animais silvestres pudessem ser encontrados em ruas das
grandes cidades, baías e rios antes poluídos voltassem a ficar limpos e o ar
ficasse menos poluído.
Outro problema que precisamos enfrentar também diz respeito aos resíduos que
são gerados pelo consumo dos recursos naturais pela população humana. O
meio ambiente precisa de tempo para que os recursos naturais renováveis sejam
naturalmente repostos e precisa também de tempo para que os resíduos
gerados possam ser incorporados pelo sistema. Da mesma forma, para que os
serviços ecossistêmicos sejam mantidos, é preciso que os sistemas naturais
sejam mantidos em funcionamento adequado.
Comentário
Como dependemos desses sistemas, estamos comprometendo o futuro da
nossa própria espécie. É claro que já estamos sofrendo as consequências de
nossos atos no presente, mas as gerações futuras serão mais drasticamente
afetadas. Alterações de ordem política, social e econômica decorrentes da
escassez de recursos (como solos férteis e água, por exemplo) são esperadas,
agravando ainda mais a crise mundial.
O consumo consciente
Outra questão que está no cerne dos problemas ambientais atuais é o padrão de
consumo exacerbado. Embora mais pessoas no mundo, necessariamente, levem
a um aumento do consumo de recursos e utilização de serviços ambientais, uma
proporção da população mundial tem consumido muito mais recursos do que o
restante. Basicamente, o padrão de consumo dessas pessoas é muito alto.
A área média produtiva que um norte-americano requer para prover tudo que ele
precisa é quase 8 vezes maior que a de um indiano e 2,7 vezes maior que a de
um brasileiro (GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, s.d.).
Isso é fácil de entender: se você constantemente passasse fome por não ter
dinheiro para comprar alimentos, mas pudesse obter carne caçando animais
silvestres, você deixaria de caçar? Ou se você mal tivesse dinheiro para comer,
teria preocupação em comprar produtos que agridem menos o meio ambiente?
(LEI Nº 9.795/1999)
Saiba mais
Você já ouviu falar na Rio-92?
integridade ecológica;
O problema é que essa postura gera subprodutos que ameaçam a nossa própria
existência. Por isso, precisamos de uma nova ética, para mudar nossa postura
frente ao mundo e frente às pessoas com as quais o dividimos.
Cidadania e meio ambiente
O que podemos fazer para reverter esse destino e por que não começamos
logo?
Essa é uma questão que exige uma mudança de paradigma que inclui o nosso
modelo de crescimento econômico, mas a mudança requer também mudanças
individuais na maneira como vemos o mundo e o nosso papel nele.
Exemplo
A pandemia do novo coronavírus trouxe uma realidade desconhecida. Primeiro,
foi preciso encarar o distanciamento social; em seguida, o uso de máscaras em
ambientes públicos, uma prática comum em países orientais. Se tivéssemos
pensado no outro e mantido as duas ações, talvez não teríamos perdido tantas
vidas. O homem anda muito egoísta ultimamente.
Todos nós somos responsáveis pelo meio que nos cerca. Quando um cidadão
que está no trânsito abre a janela do seu carro para jogar um copo de plástico na
rua, ele precisa ter em mente que o plástico vai demorar mais de cem anos para
se decompor. Esse material vai se acumular nos bueiros e quando uma chuva
em abundância cair, a cidade ficará submersa, entrando água nas casas das
pessoas e provocando doenças e tragédias.
Questão 1
Questão 2
Considerações finais
Ter uma constituição é fundamental para a organização da sociedade, além
disso, uma constituição considerada cidadã é essencial para a construção de
um Estado Democrático de Direito. Por esse motivo, devemos respeitar e
defender a nossa Constituição com todas as forças, pois ela permitirá direitos e
garantias fundamentais, de cunho individual e coletivo.
headset Podcast
Ouça agora um resumo dos principais pontos abordados ao longo deste estudo.
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Referências
ANDRADE, J. C.; BOMFIM, A. M. Educação Ambiental e Participação: a
necessária atuação nos fóruns de gestão ambiental. In: Rev. Eletrônica Mestr.
Educ. Ambient. Rio Grande, v. 35, n. 2, p. 228-247, maio/ago. 2018.
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