Você está na página 1de 143

Fundação Dom Cabral

GILDA MASSARI COELHO, DSc


gilda@massari.net
TOMADA DE DECISÃO

Gilda Massari Coelho


O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

1. Entender o problema Informação

2. Buscar a informação
Critérios

3. Avaliar as alternativas

Alternativas Consequências

4. Decidir o que fazer Intuição


Fonte: www.hotelemarketer.com

Gilda Massari Coelho


Decisor sabe com razoável
Certeza certeza quais as alternativas e
seus resultados

Situações Decisor tem informações


de tomada incompletas sobre as alternativas
Risco
de decisão mas tem uma boa idéia dos
prováveis resultados.

Decisor não sabe quais são as


alternativas possíveis, nem os
Incerteza
riscos ou as consequências de
cada uma delas.

A informação é vital para a tomada de decisão

Gilda Massari Coelho Fonte: www.managementaccountancy.com


COMO SER BEM SUCEDIDO?
As organizações devem tentar antecipar-se às ameaças e
oportunidades estratégicas.
Podem aprender de projetos anteriores e das experiências
de outras empresas, incluindo seus fornecedores, clientes
e usuários.
Podem trabalhar em rede com outras empresas,
universidades e instituições de pesquisa, para ter acesso
a uma amplia gama de habilidades e conhecimentos
técnicos.
Podem monitorar e estudar as atividades de seus
Gilda Massari Coelho - S&G

concorrentes e, inclusive, podem colaborar com eles e ser


mais conscientes das dinâmicas do ambiente econômico
e comercial, e de seus riscos e incertezas.
GESTÃO DA TECNOLOGIA E DA INOVAÇÃO
• No mundo atual, a inovação é um fator-chave em todas as atividades
e as empresas precisam adaptar e alterar os produtos e serviços
oferecidos e adaptar e mudar as formas como são produzidos e
entregues ao mercado de maneira sistemática.
• Uma inovação tecnológica é definida pela introdução no mercado de
um produto ou de um processo produtivo tecnologicamente novo ou
substancialmente aprimorado. Pode resultar de pesquisa e
desenvolvimento (P&D) realizados no interior das empresas, de novas
combinações de tecnologias existentes, da aplicação de tecnologias
existentes em novos usos ou da utilização de novos conhecimentos
adquiridos pela empresa. (Pintec)
• As mudanças nem sempre significam avanços dramáticos e não
necessitam incluir novas ideias radicais. Na maioria das vezes, a
mudança é um progresso gradual produzido através de uma
sequência de pequenas melhorias cumulativas.
Fonte: Temaguide, 1999, e Pintec
O QUE É NECESSÁRIO PARA A GESTÃO DA INOVAÇÃO?

Basicamente, trata-se de identificar como é possível gerenciar


mais eficazmente o processo de mudança dos produtos,
processos e serviços e as formas pelas quais eles são
produzidos e distribuídos.
Os resultados de experiências anteriores são utilizados de modo
que, em situações semelhantes no futuro, a empresa esteja
mais bem preparada e seja capaz de reconhecer e antecipar
problemas.
É baseado em cinco elementos que lembram a uma empresa o
que precisa ser feito:
ELEMENTOS CHAVE NA GESTÃO DA INOVAÇÃO

Foco
concentrar a
atenção e esforços
em uma estratégia
especial

Aprendizado Capacitação
Monitoramento fortalecer a
explorar e buscar apropriar o
estratégia
no ambiente os conhecimento garantindo os
sinais de mudança relevante a partir recursos
da experiência necessários

Implementação
implementar tudo o
que é necessário
para viabilizar a
inovação

Fonte: Temaguide, 1999


ELEMENTOS CHAVE NA GESTÃO DA INOVAÇÃO
MODELOS DE INOVAÇÃO
• Linear: fases sequenciais
• Ecológico: interação complexa de fases
• Seu reconhecimento é importante para se estabelecer a política
• Sua compreensão é essencial para a Gestão da Tecnologia
• Technology Delivery Systems (TDS)
• Conectar tecnologias emergentes às necessidades do mercado.
• Identificar o que é necessário para implementar a inovação

• O que é preciso para colocar um


novo produto tecnológico (uma
inovação) no mercado?
• Que forças externas e influências
devem ser identificadas e
gerenciadas?

Fonte: Porter, A. L.
Ciclo de vida

Uma visão linear do processo de inovação

Inovação incremental
Funcionalidade

Maturidade

Adoção
Introdução comercial
Desenvolvimento de novos produtos
Licenciamento, Inovação colaborativa
Desenvolvimento; Patente
Da pesquisa básica à aplicada
Tempo

Fonte: Porter, A. L.
Ciclo de vida
Novos mercados
Inovação Radical

Novos produtos
Funcionalidade

Innovação Radical

Identificação de sinais fracos


Desafios para Inteligência Tecnológica

Tempo

Fonte: Porter, A. L.
Fonte: Porter, A. L.
GESTÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO
A gestão da tecnologia e da inovação é feita, de maneira
geral, de forma fragmentada e intuitiva.

Os sistemas de inteligência podem contribuir de forma


efetiva para seu aprimoramento, reduzindo a
incerteza, apontando caminhos e contribuindo para a
melhoria da gestão estratégica e do processo
decisório.
Como a empresa pode
usar a inteligência tecnológica
para ampliar sua competitividade?

Gilda Massari Coelho


Prospecção Competitive Análise de
Tecnológica Intelligence patentes
Prospectiva Monitoramento
Technology Tecnológica Tecnológico
Future
Inteligência Horizon
Analysis
Competitiva Scanning
Informação Veille
Empresarial Technologique Intelligence
Knowledge Inteligência Economique
Management tecnológica
Environmental
Gestão do
Vigilancia Scanning
Conhecimento
Tecnológica
Estudos do
Gilda Massari Coelho
Foresight Futuro
INTELIGÊNCIA: PARA QUE?

 Evitar surpresas
 Reduzir a incerteza na tomada de decisão
 Olhar mais longe, no futuro
 Prever as grandes mudanças estruturais da indústria e prevenir
surpresas tecnológicas
 Ter melhor perspectiva da capacidade atual e futura do
concorrente ... e de suas intenções
 Avaliar de forma objetiva sua posição competitiva atual e futura
 Identificar ameaças e oportunidades
 Ganhar vantagem competitiva pela redução do tempo de reação

 Melhorar o planejamento de curto, médio e longo prazos


INTELIGÊNCIA TECNOLÓGICA: PARA QUE?
Em geral:
• Entender o sistema de inovação e seus pontos de alavancagem.
• Determinar os requisitos tecnológicos e padrões de desempenho
para novos produtos, processos, materiais, etc.
• Identificar gaps na tecnologia disponível.
• Avaliar rotas alternativas para desenvolver uma determinada
tecnologia.
• Identificar oportunidades de negócio.
• Obter conhecimento da pesquisa externa.
No planejamento de P&D:
• Direcionar os esforços de pesquisa.
• Identificar as competências / habilidades essenciais necessárias.
Fonte: Mignona & Boroush, 1997
INTELIGÊNCIA TECNOLÓGICA : PARA QUE?
No planejamento corporativo:
• Formulação da política: identificação dos elementos científicos
e tecnológicos que determinam as condições de contorno para
o desenvolvimento futuro da empresa.
• Planejamento estratégico: reconhecimento e avaliação
comparativa das opções tecnológicas alternativas.
• Operações (tática): avaliação das tecnologias do futuro.
• Planejamento de marketing: identificação das tecnologias
necessárias para ampliar o market share e permanecer
competitiva no mercado global.
Fonte: Mignona & Boroush, 1997
INTELIGÊNCIA TECNOLÓGICA : PARA QUE?
No visão de futuro:
• Identificar tendências tecnológicas e mercados:
• Qual o impacto nas tecnologias essenciais da empresa?
• Que tecnologias ficarão obsoletas? Quando?
• Antecipar a introdução de novas tecnologias por outras empresas:
• Avaliar a capacidade dos concorrentes.
• Evitar ser colocado fora do mercado por uma nova tecnologia.
• Evitar ser colocado fora do mercado por um novo concorrente.
• Identificar fontes externas para transferência de novas tecnologias:
• Quem? O quê?
• Como ter acesso?
• Identificar novos produtos, processos ou oportunidades de colaboração
• Como fazer parcerias?
• Com quem?

Fonte: Mignona & Boroush, 1997


DESAFIOS PARA OS ESTUDOS DO FUTURO
Não importa quão abrangentes sejam os esforços de coleta de informações, a eficácia
das ferramentas e técnicas analíticas, quão profundas sejam as nossas percepções e o
cuidado na apresentação dos resultados, há trajetórias e eventos que não podemos
imaginar.
Buscar identificar como o futuro tende a ser e trabalhar com a noção de ‘futuros
possíveis” é factível e constitui um diferencial para as organizações e países que
buscam construir o seu futuro e não serem conduzidos pelos acontecimentos.
O grande desafio do desenvolvimento de estudos prospectivos está em identificar que
eventos são realmente portadores de futuro ou indutores de mudanças e o horizonte
temporal em que se imagina tenham possibilidade de ocorrer.
Os métodos e técnicas que vêm sendo desenvolvidos buscam propiciar um nível maior
de acerto, combinando dados quantitativos e qualitativos, tornando mais factível a
“construção” do futuro.

Gilda Massari Coelho


ALGUNS CONCEITOS
Estudos do futuro
Toda atividade que melhora a compreensão sobre as conseqüências futuras
dos desenvolvimentos e das escolhas atuais. (Amara & Salanik, 1972).
Constituem um campo multidisciplinar e estão relacionados a uma variada
gamas de visões sobre os futuros possíveis, prováveis ou preferenciais.
(Assakul, 2003)
Foresight
Tentativa sistemática de olhar no futuro em longo prazo da ciência,
tecnologia, economia e sociedade, com o objetivo de identificar as áreas
de pesquisa estratégica e as tecnologias genéricas emergentes capazes de
trazer os maiores benefícios econômicos e sociais. (Martin, apud Cuhls
and Grupp (2001)
ABORDAGENS
Há três abordagens lógicas focadas em estudos do futuro
(Kupfer & Tigre, 2004).

 Inferência, onde se acredita que o futuro tende a reproduzir,


em alguma medida, acontecimentos e fatos já ocorridos não
implicando em rupturas ou descontinuidades na evolução dos
temas analisados.

 Geração sistemática de trajetórias alternativas para


representar as possíveis variações do futuro.

 Construção do futuro por consenso, através do processo


cognitivo e intuitivo de um grupo de especialistas ou indivíduos
com capacidade de reflexão sobre o tema.
MÉTODOS & TÉCNICAS

Popper, 2008
HÁ MUITOS MÉTODOS E TÉCNICAS, REALMENTE!
9 methods 8 methods 7 methods

Scenario writing Scenario writing Scenario writing

Backcasting
Scenario workshops Brainstorming
Roadmapping SWOT Roadmapping SWOT
Delphi
Workshops Expert panels Workshops
Workshops Expert panel Workshops

Interviews

Extrapolation
Extrapolation Benchmarking Extrapolation Benchmarking
Scanning

Literature review

8 métodos 6 métodos
Wild cards
Scenario writing

vs.
Scenario workshops

Brainstorming SWOT
Backcasting
Delphi Survey Delphi Citizen Panels
Expert Panels

?
Benchmarking
Scanning

Literature review

Popper, 2008
MÉTODOS & TÉCNICAS

Normalmente se
•quantitativas, geralmente emergindo de bases de
utiliza uma dados e técnicas estatísticas (por exemplo,
combinação de extrapolação de tendências, análises
métodos e técnicas bibliométricas)
formais e informais, •qualitativas, na maioria das vezes envolvendo a
opinião de especialistas (Delphi, painel de
gerando especialistas etc.)
informações:

Outra classificação •Normativos: iniciando o processo com uma nítida


possível é avaliar se percepção da necessidade futura.
tais métodos e •Exploratórios: iniciando o processo a partir da
técnicas tendem a extrapolação das capacidades tecnológicas
existentes.
ser :

Gilda Massari Coelho


MÉTODOS & TÉCNICAS
Ênfase na participação
humana
Opinião de especialistas
Cenários
Criatividade

Ênfase no uso de
modelos
computacionais e
ferramentas analíticas
Modelagem, simulação,
data e text mining

Ênfase na visão do
futuro baseada nas
condições do presente
Monitoramento &
Sistemas de Inteligência
Análise de Tendências
FAMÍLIAS DE MÉTODOS & TÉCNICAS
•Constituem a fonte básica de informação sendo quase sempre utilizados. Provêem
Monitoramento & sistemas de o pano de fundo necessário no qual a prospecção se baseia.
inteligência •Ex: Inteligência tecnológica..

Opinião de especialistas; análise


•Dependem da existência, de especialistas, boas séries de dados, boas estruturas e
de tendências; modelagem e compreensão da modelagem e da tecnologia da informação.
simulação; métodos descritivos e •Ex: painéis de especialistas, roadmaps, Delphi, surveys.
matrizes; métodos estatísticos

•Auxiliam a ordenar a percepção sobre ambientes alternativos futuros, com o


objetivo de nortear a ação presente à luz dos futuros possíveis e desejáveis.
Cenários •Ex: La prospective – Michel Godet

•Deve estar presente em todos os estudos prospectivos, para evitar visões pré-
concebidas de problemas e situações e encorajar um novo padrão de percepção. É
Criatividade um meio de ampliar a habilidade de visualizar futuros alternativos.
•Ex: brainstorming, ficção científica.

•Auxilia a estabelecer prioridades e visa a facilitar o processo decisório, quando há


Avaliação / Decisão divergências de opiniões ou um número excessivo de propostas.
•Ex: Matriz de Impactos Cruzados..

Fonte: Porter et al., 2004


CRIATIVIDADE
Brainstorming
É uma técnica de trabalho em grupo onde a intenção é produzir o
máximo de soluções possíveis para um determinado
problema.
Serve para estimular a imaginação e fazer surgir idéias.
Os membros de um grupo são convidados a opinar sobre um
problema ou tema. A ênfase do processo está na geração de
um grande número de ideias (fluência) e as críticas ao longo
do processo são proibidas. Embora o brainstorming seja um
conceito bastante antigo, ainda é amplamente usado.

Uso de ferramentas para brainstorming – Mind map


Gilda Massari Coelho
OPINIÃO DE ESPECIALISTAS
Opinião de especialistas tem seus limites estabelecidos naquilo
que as pessoas percebem como factível, de acordo com sua
imaginação e crenças, e deve ser usado sempre que a
informação não puder ser quantificada ou quando os dados
históricos não estão disponíveis ou não são aplicáveis.
Embora esteja fortemente baseado no conhecimento e intuição,
há métodos estruturados baseados na opinião de
especialistas: método Delphi, painéis de especialistas,
entrevistas, encontros, surveys, entre outros.
Pode e deve ser usado, também, como uma forma de
complementar as informações obtidas e como captação de
conhecimentos tácitos, sinais fracos e insights.
Gilda Massari Coelho
OPINIÃO DE ESPECIALISTAS - SURVEYS
Survey é o método mais comum de solicitar informações de
grupos de especialistas quando encontros pessoais são
difíceis.
O método é popular porque é relativamente rápido,
razoavelmente fácil e barato.
O survey tem como um de seus pressupostos básicos considerar
que a avaliação do grupo tem maior probabilidade de ser
correta do que as opiniões individuais.
Essa técnica, para oferecer bons resultados, também assume
que as perguntas devem ser formuladas de forma clara e
concisa, sem ambiguidades e em um vocabulário conhecido e
amigável para os que vão responder.
Geralmente, algumas perguntas são abertas, permitindo que o
respondente use suas próprias palavras.
Exemplo: Consulta Web
Gilda Massari Coelho
OPINIÃO DE ESPECIALISTAS - DELPHI
• O método Delphi é uma referência ao oráculo da cidade de Delfos na
Antiga Grécia e foi desenvolvido por Olaf Helmer e N. Rescher, na RAND,
nos EUA, na década de 50, para obter consenso em um grupo de
especialistas.
• Explora a experiência coletiva dos membros de um grupo em um processo
interativo e estruturado, repetido algumas vezes até se alcançar a redução
do viés individual, idiossincrasias e situações de respostas que evidenciem
ignorância sobre o assunto abordado.
• A cada rodada, a equipe de coordenação contabiliza as respostas,
apresenta os resultados parciais, normalmente sob a forma de descritores
estatísticos simples - média ou mediana, e uma medida de dispersão
(variância ou desvio padrão) - e demanda aos especialistas que revejam,
em anonimato, suas opiniões à luz da opinião agregada.
• Cada participante pode fornecer então um novo julgamento, mudando ou
não de opinião. O processo se repete até que se atinja um "estado
estacionário", normalmente depois de 3 ou 4 rodadas.

Gilda Massari Coelho


CENÁRIOS
Representam uma descrição de uma situação futura e do
conjunto de eventos que permitirão que se passe da situação
original para a situação futura.

Constituem um “instrumento para ordenar percepções sobre


ambientes futuros alternativos, sobre as quais as decisões atuais
se basearão. Na prática, cenários se assemelham a um jogo de
estórias, escritas ou faladas, construídas sobre enredos
desenvolvidos cuidadosamente”. (Schwartz, apud Oliveira,2001)

Gilda Massari Coelho


CENÁRIOS
• Cenários exploratórios procuram analisar possíveis futuros
alternativos, com base numa montagem técnica de combinações
plausíveis de condicionantes e variáveis. Normalmente, não
embutem desejos ou preferências de seus formuladores. Indicam,
sobretudo, as diferentes alternativas de evolução futura da
realidade dentro de limites de conhecimento antecipáveis. Partem
de tendências passadas e presentes e levam a um futuro condizente
com elas.
• Cenário desejado ou normativo, ao contrário, é a expressão do
futuro baseada na vontade de uma coletividade, refletindo seus
anseios e expectativas e delineando o que se espera alcançar num
horizonte dado. Não pode ser a mera expressão incondicionada dos
sonhos ou utopias de um grupo, mas antes um futuro que pode ser
realizado como um desejo viável.
Gilda Massari Coelho
AVALIAÇÃO/DECISÃO/MÉTODOS ESTATÍSTICOS
Matriz de Impactos Cruzados – MIC
Visa avaliar a influência que a ocorrência de determinado evento
teria sobre as probabilidades de ocorrência de outros eventos.
Foi desenvolvido em reconhecimento ao fato de que a prospecção
de eventos futuros, quando feita isoladamente, falha na avaliação
dos impactos mútuos que determinados eventos podem ter.
É usado como um meio de analisar o futuro à luz de outros futuros
possíveis e. também, como método de identificar prioridades
É uma técnica altamente qualitativa e dependente da opinião de
especialistas para identificar estimativas significativas da
probabilidade da ocorrência de um evento.
Exemplo: MICMAC

Gilda Massari Coelho


MONITORAMENTO & SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA
Monitoramento é a coleta de informação externa, a fim de diminuir a
aleatoriedade da informação que flui para a organização e fornecer alertas
antecipados para os gestores sobre mudanças nas condições externas. Segundo
Aguilar, há três maneiras de fazer o monitoramento:
• Monitoramento pontual: resposta a uma demanda específica, ad-hoc.
• Monitoramento regular: feito em períodos regulares, por exemplo uma vez por
ano, para atualizar estudos já realizados.
• Monitoramento sistemático: coleta, análise e disseminação contínua de dados
de interesse estratégico de uma organização ou de um grupo de atores.
Fonte: Aguilar, 1967

Sistema de inteligência é o processo sistemático de coleta, tratamento, análise e


disseminação da informação sobre os ambientes competitivo, concorrencial e
organizacional, visando subsidiar o processo decisório e atingir as metas estratégicas da
organização.
Fonte: Coelho, 2001

Gilda Massari Coelho


INTELIGÊNCIA COMPETITIVA & TECNOLÓGICA

Inteligência Competitiva
Processo sistemático de coleta, tratamento, análise e disseminação da
informação sobre os ambientes competitivo, concorrencial e
organizacional, visando subsidiar o processo decisório e atingir as metas
estratégicas da organização.
Inteligência Tecnológica
Processo sistemático de coleta, tratamento, análise e disseminação de
informações sensíveis sobre os desenvolvimentos científicos e
tecnológicos externos à organização que podem afetar a sua posição
competitiva.
DO DADO À INTELIGÊNCIA
PASSOS DA INTELIGÊNCIA

1. Identifique

2. Priorize

3. Analise

4. Resuma
Principais conclusões
Alternativas
CADEIA DE VALOR DO CONHECIMENTO
SISTEMAS DE INTELIGÊNCIA
1.Identificação de
necessidades (FCS e KITs)
Planejamento e
Coordenação
6. Avaliação e
feedback
Tomadores de decisão
e demais usuários de IC Coleta de dados

2. Identificação de
Sistema de Inteligência fontes e coleta de
Disseminação Competitiva dados primários e
secundários

5. Difusão de produtos
de IC para suporte à
decisão e ação Gestão da
informação

3.Criação e gestão da
Análise base de
conhecimento

4. Transformação da Fonte: Coelho, G.M.,


informação em conhecimento baseado em Herring, J., 1997.
e inteligência
REDE DE INTELIGÊNCIA

1.Observação
Busca
Rede de observadores e coleta da
informação

2.Análise

Tratamento/
Rede de analistas Validação

(Especialistas)
Gerência de IC

3.Decisão
Decisor Decisor Decisor
Rede de Decisores
Baseado em Jakobiak, 1995
AS 7 PERGUNTAS DA INTELIGÊNCIA
• Quem precisa da inteligência? Quem são os usuários?

• O que devemos monitorar? Que informações devemos buscar?

• Onde localizamos as informações?

• Por que a inteligência é necessária?

• Quando será necessária?

• Como tratar e organizar a informação? Como promover o


envolvimento de todas as pessoas necessárias? Como disseminar a
inteligência?

• Quanto vai custar e o que representará de ganhos para a empresa?

Gilda Massari Coelho


O QUE É CONHECIMENTO ESTRATÉGICO PARA AS
ORGANIZAÇÕES?

Quem são os concorrentes?


Quais são os seus recursos?
Quem são os seus clientes?
Por que são bem sucedidos?
Quais são suas forças e fraquezas?
Quais são seus planos futuros?
Como responderão a movimentos competitivos?
Qual a melhor arena para enfrentá-los e como?
O QUE É CONHECIMENTO ESTRATÉGICO PARA AS
ORGANIZAÇÕES?
Quais são as tendências tecnológicas?
Qual é a legislação pertinente?
Quais são as propostas de mudanças
nos regulamentos e legislação?
Quais as normas para exportação?
Quais é o comportamento atual de
meu segmento de mercado? E dos
consumidores? Quais as tendências?
...
IDENTIFICAÇÃO DE NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO
Os Tópicos Chave de Inteligência – KITs vêm sendo usados para
identificar e priorizar necessidades de informação da alta
administração.
Representam um diálogo com os tomadores de decisão e
fornecem o foco necessário à condução das atividades de
inteligência.
Podem ser agrupadas em três categorias funcionais:
Decisões e ações estratégicas, inclusive o desenvolvimento de
planos estratégicos e estratégias.
Sinais fracos, inclusive iniciativas dos concorrentes, surpresas
tecnológicas e ações do governo.
Descrição dos atores chave no campo específico de atuação,
incluindo concorrentes, clientes, fornecedores, reguladores e
parceiros potenciais.
Fonte: Jan Herring
Categoria Tópico chave de inteligência - KIT

Decisões e Formular a estratégia competitiva global: avaliar o papel dos


ações concorrentes no atingimento dos objetivos
estratégicas

Programa de desenvolvimento de produto: identificar e


avaliar os programas dos concorrentes e avaliar o estado
de outras tecnologias concorrentes

Proteção de tecnologia ou informação da empresa: avaliar os


esforços dos concorrentes para adquiri-las e se há outros
interessados

Recursos humanos: como empregar e reter empregados


chave
A empresa deve expandir sua capacidade de produção atual
ou construir uma nova planta com processo de produção
mais eficiente?
Categoria Tópico chave de inteligência - KIT

Sinais fracos Áreas onde pode haver ruptura tecnológica que poderá afetar
de forma contundente a competitividade atual e futura

Status e desempenho de fornecedores chave: sua saúde


financeira, problemas de qualidade e custo, possíveis
aquisições e alianças

Mudanças na percepção de clientes e concorrentes em


relação aos produtos da empresa

Atos regulatórios: mudanças a curto prazo, desvios de


tendências a longo prazo, mudanças no governo que
possam impactar os regimes regulatórios atuais

Possíveis problemas no suprimentos de petróleo,


componentes etc.
Categoria Tópico chave de inteligência - KIT

Descrição Fazer o perfil dos principais concorrentes, incluindo seus planos


dos atores estratégicos, desempenho financeiro e de mercado, estratégias
chave competitivas, organização e pessoal chave, pesquisa e
desenvolvimento, vendas e marketing etc.

Identificar concorrentes novos e emergentes, principalmente


aqueles oriundos de ramos completamente diferentes

Novos consumidores, suas necessidades e interesses futuros.


Como são eles e como os concorrentes estão tentando
satisfazê-los
Identificar e avaliar novas empresas e atores no mercado,
incluindo: fornecedores, principais distribuidores, clientes ou
concorrentes que pretendem entrar no mercado

Qual o interesse e propósito de vários fornecedores e


observadores da indústria em coletar informação sobre a
empresa?
FONTES DE INFORMAÇÃO

Fontes primárias Fontes secundárias


(informais) (formais)
Conhecimento explícito
Conhecimento tácito
Documentos
Pessoas
Estruturadas
Não estruturadas
Maior credibilidade
Menor credibilidade Mais relacionadas ao
Permitem maior percepção passado e ao presente
do futuro
O PAPEL CHAVE DAS PATENTES
PATENTES constituem uma ferramenta indispensável para
os sistemas de informação para a indústria, seja como
patrimônio tecnológico, como proteção, como
benchmarking de outras empresas, para ligar a ciência à
tecnologia, ou para informar sobre tecnologias e suas
aplicações.
O VALOR DE INTELIGÊNCIA

Valor da Boa análise Pertinência


Inteligência
= das X e qualidade X
necessidades das fontes

Qualidade Difusão
da X e X Segurança
análise feedback

Marti & Martinet


FORESIGHT ESTRATÉGICO
O foresight estratégico é a habilidade de criar e manter uma
capacidade de antevisão de alta qualidade, coerente e
funcional, e usar as percepções de maneira organizada e útil,
para detectar, por exemplo, condições adversas, orientar
políticas, construir a estratégia, explorar novos mercados,
produtos e serviços.

Representa uma fusão de métodos de explorar o futuro com os


métodos de gestão estratégica e refere-se à antecipação de
questões estratégicas.
(Slaughter,1999)
FORESIGHT ESTRATÉGICO
É uma importante ferramenta a ser utilizada em atividades de
planejamento estratégico de longo prazo e em apoio a
processos de decisão, tanto no setor público quanto privado.

Esta abordagem vem sendo adotada na gestão estratégica de


projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovendo a
aliança dos conceitos de estratégia e foresight
DESAFIO DO FORESIGHT ESTRATÉGICO
O grande desafio envolvido no foresight estratégico é:
 construir as visões dos futuros possíveis,
 identificar para onde a organização quer ir: o futuro desejado
 estabelecer os caminhos que possibilitarão que ela chegue até lá.

A construção da estratégia de desenvolvimento que conduzirá uma


organização em direção ao futuro desejado em um horizonte
temporal definido consiste em uma reflexão sistemática que visa
a orientar a ação presente à luz dos futuros possíveis.

O futuro é múltiplo e incerto e não é possível eliminar todas as


incertezas através de uma previsão ilusória: o que pode ser feito
é organizá-las e reduzi-las tanto quanto possível.
FORESIGHT ESTRATÉGICO
Visa a dotar o presente de perspectiva estratégica, com
conhecimento sobre as possibilidades do futuro para a
construção de compromisso e coordenação acerca das
prioridades nacionais ou institucionais.
Foresight é um modo de pensar o futuro baseado na ação.
Representa passar do determinismo para a determinação.
Inclui métodos qualitativos e quantitativos e busca uma visão
compartilhada de futuro e a promoção de ações e fatos que
venham a promover a sua construção a partir do presente.
ABORDAGEM METODOLÓGICA DO CENTRO DE
GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE
 Deve basear-se em dados, mas incorporar de maneira intensiva
as percepções dos diferentes atores que interagem com o tema
de estudo, seja uma empresa, um setor industrial ou uma área
de conhecimento.

 Deve estruturar uma rede de atores capazes de se articularem


de forma a buscarem consensos e comprometimentos
necessários à implementação das linhas de ação identificadas.

 Deve contar com um processo de governança que garanta que


as possibilidades encontradas no decorrer do processo possam
ser validadas pela tomada de decisão e transformadas em
ações concretas.
CGEE
FORESIGHT ESTRATÉGICO
FORESIGHT ESTRATÉGICO: PES
PES: COLETA DE DADOS
FORESIGHT ESTRATÉGICO: FINEP
Objetivos
promover mudanças nos processos organizacionais e de gestão,
superar problemas estruturais e formar uma nova cultura
institucional, com vistas a aprimorar e consolidar a sua ação
estratégica e fazer face aos desafios do futuro.

definir prioridades e linhas de ação e estabelecer compromissos


entre os atores relevantes com vistas à construção de uma
visão de futuro e ao aprimoramento do papel estratégico da
organização.
FORESIGHT ESTRATÉGICO: ESTUDO DE CASO

Algumas premissas:
Processo participativo, implicando no envolvimento da Direção,
funcionários, especialistas e stakeholders em todas as etapas
do processo.
Comprometimento da alta direção, com o processo, a
metodologia e com os resultados obtidos.
Estratégias com foco na visão prospectiva e na definição de
linhas estratégicas abrangendo horizontes de 5, 10 e 15 anos.
Quebra dos modelos mentais, com estímulo para fazer coisas
diferentes de modo diferente.
Modelo de governança, construído de forma a contribuir para o
desenvolvimento do Plano, validação e aplicação dos
resultados, com clara atribuição de responsabilidade entre as
partes.
MODELO DE GOVERNANÇA
METODOLOGIA
Fase de Fase de Fase de
Fase Inicial
Planejamento Consolidação Comprometimento

Negociação da proposta Visão de futuro


Coleta de dados
e do Modelo de
Governança Notas Técnicas
Diagnóstico preliminar finais
Foco de atuação
VALIDAÇÃO

VALIDAÇÃO
Lançamento do

VALIDAÇÃO
Entrevistas e consulta
processo estruturada Diretrizes e
Tendências futuras e
impactos potenciais na orientações
Notas Técnicas FINEP
Apresentação e preliminares (inclui resultados finais dos GTs, Roadmap estratégico
discussão do Plano de Timeline, entrevistas com
stakeholders e oficinas)
Trabalho Timeline

Diagnóstico atualizado
Implantação do Benchmarking
Modelo de funcional (Inclui resultados finais dos GTs,
Governança benchmarking, SWOT, consulta
aos stakeholders e oficinas)
Análise SWOT
(inclui resultados da 3ª Fase)

Oficinas de mobilização, temáticas e de validação


METODOLOGIA
Fortemente influenciado
CRIATIVIDADE pela imaginação

Fortemente Wild cards


influenciado pela
experiência e
compartilhamento
do conhecimento SWOT

Roadmapping Consulta

INTERAÇÃO
EXPERTISE

Painel de especialistas Seminários e Oficinas

Análise multicritério
Entrevistas

Linha do tempo
Indicadores
Benchmarking
Fortemente
Monitoramento influenciado pelas
discussões e troca de
Revisão da conhecimento
literatura

Fortemente influenciado
por fatos e dados EVIDÊNCIAS
QUALITATIVO SEMI-QUANTITATIVO QUANTITATIVO
METODOLOGIA – COMPROMETIMENTO
CONSULTA VIA WEB
LINHA DO TEMPO

Linha do
Tempo
MAPA ESTRATÉGICO (ROADMAP)
MAPA ESTRATÉGICO
CONCLUSÕES
O foresight estratégico é um instrumento poderoso para o
planejamento de longo prazo, aliando os conceitos de
estratégia e prospecção, contando com uma diversidade de
métodos e técnicas e, sobretudo, tendo flexibilidade e
resiliência na sua aplicação o que viabiliza a sua adaptação às
necessidades específicas do tema de estudo.
O princípio da participação que gera comprometimento e o uso de
métodos que se apóiam, simultaneamente, nas evidências,
criatividade, expertise e interação conferem robustez
metodológica ao processo e proporcionaram qualidade aos
resultados.
CONCLUSÕES
Em seu formato ideal, deve estar vinculado a sistemas de
inteligência competitiva, que são importantes sobretudo em
dois momentos do processo:
No início, como forma de monitorar o ambiente externo e saber “o
que está acontecendo”.
No final do processo, como ferramenta de monitoramento de
questões chave para a organização e de percepção de sinais de
mudança, o que viabiliza os ajustes necessários com a rapidez
desejada.
Gilda Massari Coelho
TECHNOLOGY ROADMAPPING

É um processo de planejamento que dá aos tomadores de


decisão um meio de identificar, avaliar e selecionar
alternativas estratégicas para atingir objetivos tecnológicos.
Técnica flexível que vem sendo usada crescentemente pela
indústria como apoio ao planejamento estratégico e de
longo prazo.
Provê meios estruturados (e frequentemente gráficos) para
explorar e comunicar os relacionamentos entre mercados
em evolução e desenvolvimento, produtos e tecnologias ao
longo do tempo.
TRMs são muito simples em relação ao seu formato, mas o seu
desenvolvimento apresenta desafios significativos.
Gilda Massari Coelho
TECHNOLOGY ROADMAPPING

Embora não seja muito formalizado (isto é, não há um único


método que seja usado por todos), o TRM deve conter
pelos menos os seguintes passos:
• definição do mercado num horizonte de longo prazo, pois
isto ajudará na definição da demanda futura;
• definição dos requisitos dos produtos que devem atender a
essa demanda (visão do fornecedor);
• definição das tecnologias chave ou pesquisas críticas
necessárias para desenvolver esses produtos e criar as
infraestruturas associadas.
Gilda Massari Coelho
TECHNOLOGY ROADMAPPING

É impulsionado pelo mercado (market pull), isto é, pelas


inovações tecnológicas necessárias para as empresas
atenderem a mercados futuros.
TRM não é impulsionado pela tecnologia (technology push), ou
seja, pelo que pode ser feito com o estoque de tecnologias
existentes.
Constrói uma visão baseada em para onde a empresa pretende ir
e que tecnologias são necessárias para chegar lá.
Fornece um roteiro para atingir a visão, indo de hoje para
amanhã, auxiliando as empresas e organizações a identificar,
selecionar e desenvolver as alternativas tecnológicas
corretas e necessárias para criar os produtos adequados
para os mercados futuros.
Gilda Massari Coelho
Caracterização do TRM: objetivo e formato

Gilda Massari Coelho


PLANEJAMENTO DE PRODUTO

Gilda Massari Coelho


ROADMAP ESTRATÉGICO

Gilda Massari Coelho


Gilda Massari Coelho
DATA MINING
Data mining é o processo de descobrir novas correlações, padrões e
tendências significativas garimpando em grandes quantidades de dados
armazenados em repositórios, usando tecnologias de reconhecimento de
padrões, assim como técnicas estatísticas e matemáticas. (Gartner Group)
É uma atividade de extração da informação cujo objetivo é descobrir fatos
ocultos contidos em bases de dados.
Usando uma combinação de tecnologia da informação, análise estatística,
técnicas de modelagem e tecnologia de bases de dados, o data mining
identifica padrões e relações sutis entre os dados e infere regras que
permitem predizer resultados futuros.
Aplicações típicas incluem segmentação de mercado, perfil do consumidor,
detecção de fraudes, avaliação de promoções, análise de risco de crédito,
prospecção tecnológica.

Gilda Massari Coelho


DATA MINING
Alguns exemplos de descobertas que podem ser feitas com data
mining:
Regras sobre o comportamento dos clientes: Quem compra que
produtos? Que produtos constituem vendas casadas?
Que situações podem causar atrasos ou problemas de
qualidade?
Qual o estágio de uma determinada tecnologia? Quais as
instituições líderes em determinado campo do
conhecimento? Que inovações estão surgindo?

Gilda Massari Coelho


TEXT MINING
Text Mining ou Mineração de Textos é um processo de extrair informação
útil de coleções de documentos através da identificação e exploração de
padrões. (Feldman & Sanger, 2007).
Conhecida, também, como Knowledge Discovery from Text (KDT), refere-se
ao processo de extrair informações úteis em documentos no formato
textual não-estruturado e em bases de dados estruturadas através da
identificação de conhecimento e exploração de padrões.
Diante da imensa quantidade de informação disponível em formato textual,
os seres humanos não são capazes de processar (i.e., ler e assimilar) toda
essa informação. Nesse contexto, a Mineração de Textos é uma
tendência que favorece o processamento de textos, viabilizando o acesso
a um grande volume de dados.

Gilda Massari Coelho


TEXT MINING - FERRAMENTAS
Text mining em dados estruturados
IMCS – Matheo Patent, Matheo Analyser, Matheo Web -www.imcsline.com
Georgia Tech / Search Technology- Vantage Point -
http://www.thevantagepoint.com
Bases de dados (WOS, Derwent etc.) – ferramentas simples de análise

Text mining em dados não estruturados

Cortex Intelligence – Plataforma Cortex Competitiva - http://www.cortex-


intelligence.com

National Centre for Text Mining (NaCTeM) – TerMine –


http://www.nactem.ac.uk/software/termine

Gilda Massari Coelho


TEXT MINING – PONTOS ESSENCIAIS
1. Bom conhecimento do tema a ser pesquisado
Importante na fase inicial de definição da estratégia de busca
de informação e na fase final de análise dos resultados
obtidos.
2. 2. Bom conhecimento das bases de dados a serem utilizadas
O escopo e a estrutura da base, o nível de padronização dos
dados e as possibilidades existentes de recuperação são
fatores que definem o sucesso ou insucesso da tarefa.
3. Boa definição da estratégia de busca
O uso de termos demasiadamente restritos ou extremamente
amplos pode levar a resultados que induzam a erros de
avaliação da área estudada.

Gilda Massari Coelho


TEXT MINING – PONTOS ESSENCIAIS
4. Uso de ferramentas adequadas para tratamento dos dados
Ponto onde entram os diversos softwares disponíveis para text
mining e que vão extrair as informações relevantes dos dados
obtidos.
5. Boa análise dos resultados obtidos
Os especialistas na área em estudo devem analisar os
resultados buscando extrair das matrizes e mapas obtidos as
informações estratégicas relevantes.
6. Bom conhecimento de propriedade industrial
É importante quando se trata de análise de tecnologias a partir
das patentes de um determinado setor.
As técnicas de text mining devem, necessariamente, agregar a
experiência de profissionais de informação e a opinião de
especialistas.
Gilda Massari Coelho
ETAPAS USUAIS DO TEXT MINING

Análise
Definição do Busca em
automática
tema de estudo bases de dados
Text Mining

Definição
Download Relatórios
das bases
dos dados preliminares
para busca

Definição da
Análise
estratégia Reformatação
dos dados
de busca

Relatório
final

Gilda Massari Coelho


Ciclo de vida

Fonte: A. L. Porter
Ciclo de vida e bibliometria

Fonte: Martino, 2003


Técnica
ANÁLISE DE PATENTES
O uso de bases de dados de patentes como fonte de prospecção tecnológica
é baseado no pressuposto de que o aumento do interesse por novas
tecnologias se refletirá no aumento da atividade de P&D e que isso, por
sua vez, se refletirá no aumento de depósito de patentes.
Presume-se ser possível identificar novas tecnologias pela análise dos
padrões de pedidos de patentes em determinadas áreas do
conhecimento.
Os resultados são muitas vezes apresentados de forma quantificada, mas
seu uso no processo decisório é baseado numa avaliação qualitativa.

Gilda Massari Coelho


ANÁLISE DE PATENTES
A patente constitui uma fonte de informação indispensável, seja por sua
função de patrimônio tecnológico, de proteção, de identificação e
conhecimento de tecnologias desenvolvidas pelas empresas ou para
informar sobre tecnologias e suas aplicações.
É uma fonte única de informação, pois a maioria dos dados e informações
nelas publicados não o são em nenhuma outra fonte.
A patente representa, normalmente, o primeiro momento em que uma
nova tecnologia é levada, formalmente, ao conhecimento público,
quando o inventor pede a proteção legal ao seu invento.
Entre o momento em que é solicitado o depósito e a efetiva comercialização
de uma nova tecnologia podem decorrer meses ou anos, o que confere à
análise de patentes esta capacidade de projeção de tendências
tecnológicas futuras.

Gilda Massari Coelho


ANÁLISE DE PATENTES
• Nem todas as invenções são patenteadas. Há outras alternativas
para proteger as invenções, tais como o sigilo comercial.
• A utilização do sistema de patentes para proteger invenções varia
entre os países e setores industriais.
• Diferentes estratégias usadas pelos depositantes ou preferências de
depósito podem dificultar a comparação direta das estatísticas de
patentes.
• As diferenças nos sistemas de patentes podem influenciar as
decisões do requerente ao registrar patentes em diferentes países.
• Devido ao aumento da internacionalização da atividade de P & D, a
pesquisa e o desenvolvimento podem ser realizados em um local,
mas a proteção para a invenção pode ser pedida em outro.
• Pedidos de patentes internacionais dependem de vários fatores, tais
como os fluxos de comércio, investimento direto estrangeiro,
tamanho do mercado de um país, etc.

Gilda Massari Coelho


ALGUNS EXEMPLOS

Gilda Massari Coelho


PATENTES NO SETOR DE O&G
Identificar a tendência de patenteamento no setor de Óleo & Gás,
abrangendo o período de 1985 a 2002.
Para tanto, a fonte de informação usada foi a versão disponível no
Portal da CAPES da base de dados Derwent, líder mundial no
fornecimento de informações sobre patentes.

Gilda Massari Coelho


PATENTES O&G - 1966-2005

Patentes O&G 1966-2005

60000

50000

40000

30000

20000

10000

0
1966-1970 1971-1975 1976-1980 1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2005

Gilda Massari Coelho


DEPÓSITO DE PATENTES EM ÁREAS
SELECIONADAS – 1985-2002
Depósito de patentes em áreas selecionadas - 1985/2002

12000

10000

8000

6000

4000

2000

0
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

D21 (Cosméticos, desinfetantes e detergentes) M24 - Siderurgia Q49 - Mineração H01 a H09 (O&G)
Gilda Massari Coelho
PATENTES POR EMPRESAS 1966-
2005
Patentes por empresa - Total

4.000

3.500

3.000

2.500

2.000

1.500

1.000

500

0
1966-1970 1971-1975 1976-1980 1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2005

Baker Hugues Schlumberger Halliburton BP-Amoco ExxonMobil ChevronTexaco Shell

Gilda Massari Coelho


PATENTES POR EMPRESA – O&G – 1966-
2005
Patentes por empresa - O&G

2.500

2.000

1.500

1.000

500

0
1966-1970 1971-1975 1976-1980 1981-1985 1986-1990 1991-1995 1996-2000 2001-2005

Baker Hugues Schlumberger Halliburton BP-Amoco ExxonMobil ChevronTexaco Shell

Gilda Massari Coelho


ESTUDO DE CASO:
PESQUISAR OU COMPRAR?

POLÍMEROS CATIÔNICOS NATURAIS

QUITOSANA CELULOSE GUAR AMIDO PROTEÍNA

149 108 33 16 24

DIVERSOS 63 LION 22 PROCTER 11 KAO 6 SEIWA KASEI 6

WELLA 18 DIVERSOS 18 UNILEVER 9 LION 6 DIVERSOS 4

LION 14 KAO 9 DIVERSOS 6 DIVERSOS 2 LION 3

KAO 7 PROCTER 9 DEGUSSA 2 NIPPON OILS 1 L'OREAL 2

AJINOMOTO 6 L'OREAL 7 WELLA 2 SEIWA KASEI 1 UNILEVER 2

DAICEL 5 UNILEVER 6 BEECHAM 1 COLGATE 1

Fonte: Luc Quoniam. Curso de Informação Estratégica. Rio de Janeiro, INT, 1996.
RECURSOS HUMANOS – IMPACTOS DE
APOSENTADORIAS

Que impactos teriam no desempenho da área de informação


os seguintes fatores:
Dificuldades de contratação
Perda de Recursos Humanos
 Programa de Demissão Voluntária
 Aposentadorias
Base de dados usada: Base Memória INT
Software: Dataview e Matrisme

Gilda Massari Coelho


REDE DE COMPETÊNCIAS, EXCLUINDO BOLSISTAS
REDE DE COMPETÊNCIAS, EXCLUINDO FUNCIONÁRIOS
QUE PODEM SE APOSENTAR

Técnicas para montar a estratégia de busca


ASSESSING THE PROMISE & MATURITY OF A TECHNOLOGY FAMILY: PLASTIC MOLDING
[LEANDRO FARIA ET AL., UFSCAR]
Relative Research Emphases [SCI/SSCI]
EXEMPLO DE SOFTWARE PARA TEXT
MINING

VANTAGE POINT
COMO FUNCIONA O VP?

1. Buscar a informação nas bases de dados textuais


Bases de estruturados.
dados online 2. Baixar os resultados da busca.
3. Importar os resultados da busca para o VantagePoint.
4. Usar o VantagePoint para descobrir padrões nos resultados
da busca.

Download

Importar
Analisar
Resultados da
busca
O que é possível fazer com o VantagePoint?

• Analisar a informação
• Mapear relacionamentos
• Identificar tendências
• Devenvolver indicadores
• Automatizar a análise

• Descobrir o conhecimento
DADOS TEXTUAIS ESTRUTURADOS
(CAMPOS)

Exemplo de
um dado
bruto

Campo
Delimitado
Estruturado
QUE TIPOS DE PERGUNTAS SE PODE
RESPONDER COM O VP?

Quem? Onde?

O que? Quando?
… E COM A AJUDA DE UM ESPECIALISTA NO
ASSUNTO

Como?

Porque?
PORTANTO… USANDO COMBINAÇÕES
DE QUEM, O QUE, QUANDO E ONDE É
POSSÍVEL …
ENCONTRAR RELAÇÕES….
IDENTIFICAR TENDÊNCIAS…
DESENVOLVER INDICADORES….
E….

Resumir grandes
quantidades de
informação em
apresentações
integradas.
RESULTADOS EM UMA PÁGINANAGEMENT
HSDB “ONE-PAGER
RESULTADOS FORPÁGINANAGEMENT
EM UMA KNOWLEDGE DISCOVERY
PESQUISADORES CHAVE EM NANOPRODUTOS
Authors Current? Main Co-authors Keywords Emphasized
nanostructured materials [58];
de Heer, Walter A. [9]; TRANSMISSION ELECTRON-
El-Sayed, Mostafa A. [9]; MICROSCOPY [50];
Zhong Lin Wang [79] Yes Zu Rong Dai [8]; SCANNING-ELECTRON-MICROSCOPY
Poncharal, P. [7]; [13];
Yin, Jin Song [7]; carbon nanotubes [13];
Nanotechnology [10]
nanostructured materials [40];
Link, Stephan [27];
Gold [19];
Burda, Clemens [17];
El-Sayed, Mostafa A. [55] Yes Cadmium compounds [13];
Nikoobakht, Babak [10];
II-VI semiconductors [13];
Zhong Lin Wang [9];
visible spectra [13]
Luedtke, W.D [13]; nanostructured materials [19];
Bogachek, EN [7]; molecular dynamics method [10];
Landman, Uzi [30] Yes Scherbakov, Andrew G. Gold [10];
[6]; METAL-CLUSTERS [7];
Barnett, Robert N. [5]; Semiconductor quantum wires [4]
nanostructured materials [23];
El-Sayed, Mostafa A. [27]; Gold [14];
Burda, Clemens [12]; visible spectra [9];
Link, Stephan [28] Yes
Mohamed, MH [6]; time resolved spectra [8];
Nikoobakht, Babak [5]; TRANSMISSION ELECTRON-
MICROSCOPY [8]
Dai, ZR [5]; Nanotubes [7];
Gao, RP [3]; carbon nanotubes [7];
Ziyang Wang [27] Yes Stockli, T [3]; Nanowires [5];
Bonard, JM [3]; GROWTH [5];
Chatelain, A [3] ENERGY-LOSS-SPECTROSCOPY [4]
Muito obrigada!

gilda@massari.net

Você também pode gostar