Você está na página 1de 19

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS CHAPECÓ
CURSO DE HISTÓRIA - LICENCIATURA
DISCIPLINA: DIDÁTICA GERAL
DOCENTE: NEIDE CARDOSO DE MOURA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Disciplina: História
Modalidade de ensino/ano: Ensino Fundamental II / 9º ano
Professores: Elica Cristina Simonetti; Natália Barro; Pedro Henrique Pedrotti; Samira Caires
Cantelle
Áreas envolvidas: História, Geografia, Língua Portuguesa, Arte
Tipo de atividade: sequência didática
Número de aulas: 10 aulas (05 semanas)

Temáticas: O mundo depois da Primeira Guerra Mundial

Formulação de problemas: levantamento dos conhecimentos prévios


O que se sabe sobre o mundo até a primeira guerra mundial;
Qual a “grandeza” dos EUA antes do, até então, maior conflito entre países;
Qual era o contexto dos EUA depois de findada a Primeira Guerra Mundial?
Alguém já ouviu falar sobre o American Way of Life ou sobre a Crise de 1929? Pode
descrevê-los?
O que se sabe sobre as ideologias constituídas entre as duas guerras mundiais?

Conteúdos e objetivos
Factuais: século XX; Período do entreguerras na Europa e América
Conceituais:
Aparecimento/ressurgimento de formas extremas de discriminação nos Estados Unidos;
Aparecimento de potências econômicas;
Formação das ideologias totalitárias;
Crise econômica mundial e a Grande Depressão;
Características da arte surrealista no Entreguerras.

Procedimentais:
Identificar o contexto dos EUA pré e pós Primeira Guerra e como eles se tornam a potência
hegemônica mundial;
Compreender as crises do período da década de 1920;
Pesquisar sobre o surgimento de grupos extremistas no EUA, muito vinculados à perseguição
de grupos específicos da sociedade (negros, católicos, imigrantes…);
Pesquisar mais aprofundadamente sobre os regimes totalitários que surgem no Entreguerras, a
saber o fascismo e o nazismo;
Demarcar as características da vanguarda surrealista, que surge no Entreguerras, e os
contextos que possibilitaram seu aparecimento, além de principais artistas, obras, etc.

Atitudinais:
Conscientização sobre os movimentos ideológicos totalitários ocorridos no período do
Entreguerras;
Crítica às concepções de hegemonia, sobretudo dos Estados Unidos;
Posicionamento contrário às barbáries dos grupos racistas americanos;
Problematização do American Way of Life;
Analisar criticamente os grandes movimentos das massas;
Perceber as características e contexto do surgimento da arte surrealista.

Organização dos alunos:


Individualmente;
Grupos de quatro ou cinco alunos;
Divisão da sala em dois grandes blocos durante o debate da “Mesa-redonda”.

Propostas de encaminhamentos - desenvolvimentos


1ª etapa - 1 aula (aula 01):
Contextualizar o final da Primeira Guerra Mundial, comentando sobre o que já foi
estudado, como industrialização, imperialismo e a própria Primeira Guerra Mundial.
Elucidar como a Europa se encontrava depois do final da Primeira Guerra Mundial e
qual foi o papel que os Estados Unidos desempenharam nesse contexto, trabalhando com o
conceito de “Ascensão”, “Nação Hegemônica” e “Potência Econômica” e como houve esse
giro nesse período do entreguerras.
Serão relembrados conteúdos da geografia, em que os professores irão escrever no
quadro a palavra “Fordismo” e irão perguntar aos alunos o que eles entendem a partir desse
conceito. Serão exibidas partes do filme “Tempos Modernos” (1936), de Charles Chaplin,
para mostrar como uma fábrica desse modelo de produção funcionava.
Como tarefa para a próxima aula, os alunos deverão ler as páginas 112-113 do livro
didático e responder às seguintes questões:
1- Relacione os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial à ascensão dos Estados Unidos
no cenário internacional.
2- Identifique as principais características do modelo de produção fordista, implementado nas
fábricas americanas a partir da década de 1920.

2ª etapa - 1 aula (aula 02):


No primeiro momento da aula, as questões anteriormente encaminhadas serão
corrigidas e debatidas em sala de aula.
Posteriormente, os professores irão pedir aos alunos se eles já tiveram contato com os
conceitos de “American Way of Life” e “Indústria Cultural”.
Buscando elucidar o que seria esse American Way of Life, os professores trarão
imagens da época dos anos 1920 para serem analisadas, para que os alunos possam
compreender esse período marcado por um alto consumismo, diversificação da gama de
produtos dentro das casas, a liberalização feminina a partir do direito ao voto, o modus vivendi
americano do período, etc., lançando algumas perguntas para mediar essas análises conjuntas.
Nesse contexto das mudanças ocorridas nos “loucos anos 1920”, os professores
debaterão em sala de aula sobre os meios de comunicação de massa, em especial a televisão e
o rádio, que se difundem nesse período e ajudam a moldar a opinião pública, buscando fazer
com que os alunos consigam relacionar o conceito de indústria cultural com a cultura de
massa.
Assim, os professores, a fim de aferir a compreensão dos alunos desses conceitos
trabalhados em aula, irão propor que os alunos se organizem em duplas para montar um mapa
conceitual a partir do tema “Indústria Cultural” a partir de um texto didático disponibilizado
pelos professores e que deverá ser entregue na próxima aula. Além do mapa conceitual, os
alunos deverão trazer para a próxima aula notícias atuais que denunciam grupos extremistas e
casos de racismo, seja no Brasil ou no mundo.
Neste encontro, os alunos também serão divididos em dois grandes grupos para
pesquisarem mais sobre as ideologias fascista e nazista, a fim de fazer um debate de
mesa-redonda, que deverá ser realizado na aula nº 08.

3ª etapa - 2 aulas (aulas 03-04):


Nestas aulas, serão trabalhados sobre os grupos extremistas e supremacistas que
ressurgem mais fortemente nos anos 1920 nos Estados Unidos, em especial a KKK. Como a
aula trata sobre um tema sensível, a mediação será feita mais pelos professores, abrindo
espaço para dúvidas e comentários.
Assim, a aula se iniciará com um vídeo falando um pouco mais sobre a história deste
movimento supremacista branco, mostrando quais eram os grupos que eles perseguiam e
quais as suas prerrogativas.
Vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=k15VbfXmncs>.
Dessa forma, após as exposições, os professores pedirão para que os alunos falem das
notícias que eles trouxeram e também aquelas pesquisadas pelos professores, como o orgulho
de americanos em serem escravistas e de “protestos” com raízes na KKK que ainda são feitos
nos EUA, além dos movimentos após a morte de George Floyd em 2020.
Nesse ínterim, busca-se mostrar que esses movimentos e grupos racistas e
supremacistas nascem no passado, mas que não ficam somente nele, moldando a lógica do
nacionalismo americano contra determinados grupos e causando diversos atos de violência e
transgressões dos direitos humanos ainda no presente.

4ª etapa - 2 aulas (aulas 05-06):


Os professores irão fazer uma exposição sobre as crises do capitalismo na década de
1920, apontando as suas principais causas que se relacionam com os conteúdos que foram
estudados nas quatro primeiras aulas.
Assim, com o uso de algumas charges e imagens, os professores mostrarão como o
American Way of Life está diretamente ligado aos problemas da crise de 1929, devido à
superprodução, baixos salários, alto consumo, reindustrialização da Europa…
Depois destas exposições dos professores, será projetada a pergunta: “Quais os efeitos
causados pela grande crise de 1929 que podemos identificar com base na obra As vinhas da
ira, de John Steinbeck”, a turma será dividida em grupos de 04 ou 05 alunos, que farão a
análise de um documento do período, As vinhas da ira, de John Steinbeck (1939), anotando e
salientando os pontos importantes, tendo em vista a pergunta que está sendo projetada para,
posteriormente, fazer uma análise deste documento e compartilhar com a classe.
Também, buscando uma correlação com o passado, algo muito presente dentro do
vestibulares dos últimos anos, os professores farão uma aproximação entre as crises mundiais
de 1929 e 2008, explicando brevemente como esta crise ocorreu e quais foram os seus efeitos,
instigando para que os alunos também busquem saber mais a partir de vídeoaulas, sites,
notícias, podcasts e conceitos.
Na próxima aula, a turma continuará dividida em grupos e os professores darão de
forma impressa uma charge que satiriza essas duas crises mundiais. Assim, busca-se que os
alunos consigam entender as problemáticas do sistema capitalista e as proximidades entre as
crises de 1929 e 2008. Charge:
<https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/crise-1929-x-crise-2008.htm>.
Depois da entrega destes materiais, os professores irão projetar a pergunta: “Com base
na análise da imagem e do texto, quais as causas e as consequências das crises de 1929 e
2008? Existe algum tipo de relação entre estas duas crises? Em caso afirmativo, justifique.”.
A partir das interpretações feitas destas questões, os alunos deverão pesquisar e
produzir um texto dissertativo-argumentativo, que será também instrumento avaliativo
processual da disciplina e das aulas em questão, ajudando a compreender melhor o processo
da crise de 1929, além de incitar que os alunos pesquisem mais sobre o tema para
conseguirem produzir o texto e se familiarizem com o modelo de correção e produção textual
do ENEM.

5ª etapa - 2 aulas (aulas 07 e 08):


Nestas aulas, os professores irão contextualizar o surgimento do fascismo, na Itália,
destacando os conceitos de nacionalismo, militarização e corporativismo, bem como, irão
trabalhar o panorama social, político e econômico que propiciou o crescimento do fascismo,
especialmente após a “marcha sobre Roma”. De forma semelhante, será abordada a situação
da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, incluindo a formação da República de Weimer,
a Liga Espartaquista (destaque para Rosa Luxemburgo), até a ascensão do Partido Nazista.
Nesta primeira aula, os professores irão fazer uma explicação mais geral sobre estas
temáticas, para que os alunos possam compreender os contextos e ideais que fizeram com que
essas teorias totalitária nazifascistas pudessem surgir, primeiro na Europa, para,
posteriormente, se espalhar pelo mundo todo, inclusive motivando a Segunda Guerra
Mundial.
Na segunda aula, os alunos, conforme orientação prévia (divisão na aula 02), estarão
dispostos em dois grandes grupos para um debate de mesa-redonda. Um dos grupos irá
abordar sobre o fascismo e o outro sobre o nazismo. Os alunos deverão se organizar para
montar falas sobre essas duas grandes temáticas, expondo suas origens, ideais, características,
líderes, símbolos e o que nós, enquanto cidadãos hoje, podemos fazer para que essas teorias
supremacistas nazifascistas e totalitárias sejam suprimidas da nossa sociedade, expondo seus
problemas e consequências de seguir essas teorias para a convivência em sociedade.
A mesa-redonda é uma forma dos alunos se encontrarem no centro da mediação da
produção do conhecimento, devendo se preparar para expor suas ideias e fazer
questionamentos entre os próprios colegas, não apenas direcionado ao professor, além de
dever prestar atenção naquilo que os pares também estão falando. Como trata-se de temas
delicados, caso seja necessário, os professores farão intervenções caso sintam que é preciso.
Em cada apresentação, o grupo que não estiver apresentando, deverá fazer observações e
entregar para os professores. Estes farão observações e devolverão para os alunos, medindo
assim o nível de entendimento por parte dos alunos.

6ª etapa - 2 aulas (aulas 09 e 10)


Na primeira aula, os professores irão introduzir os debates sobre o contexto histórico
em que a arte do Surrealismo é firmada e surge, entendendo assim o período através das artes,
sobretudo as plásticas.
Para isso, os professores irão analisar, juntamente com os alunos, partes do manifesto
surrealista, escrito em 1924 por André Breton, e que se encontra no link
<https://www.marxists.org/portugues/breton/1924/mes/surrealista.htm>. Além de analisar
duas das principais obras surrealistas do período, A persistência da memória (1931), de
Salvador Dalí, e Urutu (1928), de Tarsila do Amaral.
Na segunda aula, como os alunos já estão desenvolvendo as suas releituras nas aulas
de arte, eles irão fazer a socialização de suas produções, trazendo assim a obra que originou a
releitura, tipo de produção (quadro, escultura, pintura…), artista e período da produção, sendo
isso feito através de slides que deverão ser produzidos e trazendo as suas próprias obras que,
não necessariamente, deverão conter os elementos da mesma obra que serviu como referência,
mas uma mistura destes com os originais criados pelos alunos.

Recursos didáticos: Slides, retroprojetor, caixas de som, livro didático, imagens, vídeos,
textos, textos didáticos e materiais diversos (quadro branco, marcador para quadro branco,
cartolina, papelão, tinta guache, pincéis, régua, lápis, lápis de cor, canetas, canetinhas, papel
machê e outros materias que possam ser cedidos e utilizados para a elaboração das aulas e das
releituras por parte dos alunos).

Avaliações: formativa e continuada – devem ocorrer ao longo do percurso das atividades.

Formas de avaliação:
TEÓRICA
Mapa conceitual.
Texto dissertativo-argumentativo.
Participação do debate da “mesa-redonda”.
Atividade de releituras de obras de arte surrealistas, esta que será em conjunto para as
disciplinas de História (contexto histórico do surgimento/análise de obras) e de Arte
(características/elementos/obras).
ANEXO ETAPA 01 – AULA 01

Com o final da Primeira Guerra Mundial, que ocorreu entre 1914 e 1918, as nações
europeias estavam totalmente destruídas pelos efeitos do conflito, fazendo com que sua
economia estivesse arruinada, os edifícios destroçados, as indústrias fechadas e a mão de obra
era pouca. Nesse contexto, a Alemanha foi uma das maiores perdedoras do conflito, perdendo
suas colônias africanas, o exército foi desfeito, teve que devolver territórios à França e ainda
pagando indenizações para os países que ela havia invadido.
Envolvendo-se tardiamente na guerra, somente em 1917 e sem ter o seu território
atingido pelas batalhas, os EUA não foram tão prejudicados pela Primeira Guerra Mundial
quanto os países europeus. Ao contrário, obtiveram ganhos financeiros e políticos. Enquanto
as nações europeias reduziram a sua produção industrial e agrícola em decorrência do
conflito, os estadunidenses aumentavam a sua produtividade, exportando alimentos e bens
industrializados para os países beligerantes.
Além disso, ao final da guerra, os Estados Unidos concederam grandes empréstimos
para a reconstrução da Europa. Para se ter uma ideia, antes de 1914, o país devia cerca de 3
bilhões de dólares a diversas nações, e quando o conflito foi encerrado, em 1918, era credor
de 11 bilhões de dólares, crescendo em proporções astronômicas o seu parque industrial,
manufaturas e o poder de compra dos seus cidadãos, aumentando a qualidade de vida e o
acesso aos bens que à época eram de difícil acesso, como geladeiras, fogões, automóveis, etc.
O extraordinário desenvolvimento também se revela nas atividades culturais e nas
comunicações, como o telégrafo, o telefone e o rádio.
Assim, devido à destruição e pauperização das nações europeias em decorrência da
Primeira Guerra, os Estados Unidos começam a surgir como uma nação hegemônica, podendo
dar as cartas no processo de desenvolvimento industrial e econômico mundial, visto que a
maioria dos países que se envolveram no conflito ou que ainda estavam se desenvolvendo,
como é o caso do Brasil, dependiam de produtos ou das transações econômicas
estadunidenses.

Conceitos:
Ascensão: “Ação ou efeito de ascender, de se mover de baixo para cima; elevação.” – No
caso dos EUA, o seu crescimento enquanto país e força econômica no âmbito mundial,
tornando-se assim uma potência econômica.
Potência econômica: “Quanto mais um país apresenta capacidade de produção e distribuição
de bens materiais, maior se torna a sua força econômica. As maiores economias globais são as
principais potências econômicas do planeta.” – Neste sentido, os EUA, pela sua grande
produção e estabilidade no mercado mundial, fizeram com que eles se tornassem uma nação
hegemônica pela sua grande economia.
Nação hegemônica: “é aquela que conduz o sistema de nações a uma direção desejada por
ela.” – São os países que conseguem ter uma relevância bastante grande dentro dos outros e
exercem uma força ideológica forte, visando atingir os seus interesses enquanto nação,
sobretudo com transações econômicas, acordos comerciais, conflitos militares, embargos, etc.
Fordismo: forma de organização da produção que surgiu nos EUA, em 1914, a partir das
montadoras de carros de Henry Ford, que buscava fazer a produção em massa. Nesse modelo
de produção, cada funcionário é responsável por apenas uma etapa do processo, fazendo
movimentos e ações repetitivas por longas horas, além da presença da esteira que dinamiza o
tempo de produção, fazendo mais produtos, em menos tempo, com menos funcionários e,
consequentemente, menos recursos, gerando grandes estoques e barateando o preço.

O que se espera como resposta às perguntas encaminhadas:


1- Relacione os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial à ascensão dos Estados
Unidos no cenário internacional.
Após o conflito, as cidades europeias estavam destruídas, pobres e arrasadas. No
entanto, os EUA, como não se situavam na Europa e financiaram a guerra, enriqueceram, pois
deram apoio aos países, cobrando juros altos por estes empréstimos, ajudando assim para que
se tornassem uma potência mundial, produzindo muito e exportando sua produção, fazendo
com que os países que estavam arruinados pelo conflito comprassem seus produtos,
aumentando seus lucros e enriquecimento interno.

2- Identifique as principais características do modelo de produção fordista,


implementado nas fábricas americanas a partir da década de 1920.
Produção em grande escala; Padronização da fabricação; Uso de linhas de montagem;
Ritmo de trabalho mais dinâmico; Divisão do trabalho em pequenas tarefas; Redução dos
custos; Altos estoques; Grande quantidade de funcionários mal pagos.
ANEXO ETAPA 02 – AULA 02

Exemplos de imagem:

Nestas imagens, pode-se perceber a industrialização crescente dentro dos Estados


Unidos, que fizeram com que uma gama de diversos produtos, antes pouco produzidos e de
difícil acesso pela questão do processo, passaram a ser incorporados no cotidiano das pessoas,
devido à massificação da produção a partir do modelo de produção fordista, que foi
incorporado dentro das fábricas. Com essa industrialização, o estilo de vida americano
também alterou-se substancialmente, passando a ser de um consumismo bastante exacerbado,
em que havia uma série de diversos produtos, muitos fúteis e obsoletos, que entravam dentro
das casas dos estadunidenses.
Nesse sentido, este é o American Way of Life, ou seja, o estilo de vida americano na
tradução livre, em que o consumismo se tornou constante, as pessoas trocavam sua mobília,
tecnologias, aparelhos, automóveis, etc., com muita frequência devido à vontade de estarem
sempre buscando estar atualizados nas últimas tendências. A década dos “loucos anos 1920” –
pela velocidade da vida, comunicação, facilitação e consumismo – também viu o nascimento
de uma indústria da beleza, com procedimentos mais seguros, abertura das primeiras
academias e a busca por um estilo de vida mais saudável. É nesse período que também
ocorrem certas mudanças em relação aos locais das mulheres nesta sociedade, conquistando
direito de trabalhar para garantir seu próprio salário, direito ao voto, dirigir ou vestir-se de
uma forma mais liberal, como calças, vestidos mais curtos, biquínis e maiôs.
Com essa crescente industrialização, a tecnologia também foi se alterando
profundamente, sobretudo os meios de comunicação, como o rádio, que era o principal meio
das pessoas terem acesso ao entretenimento, como músicas e programas e de saber daquilo
que estava acontecendo, a partir de notícias e manchetes transmitidas pelas ondas do rádio.
Com isso, criou-se uma sociedade mais conectada e que tinha acesso a estes conteúdos,
formando assim uma cultura de massa, ou seja, “a produção artística e cultural voltada para o
simples entretenimento e a comercialização dos bens culturais reproduzidos em massa”1, em
prol do capitalismo e de sua perpetuação enquanto busca de lucros e como fator para sustentar
a indústria cultural, não só no rádio, mas jornais, cinema, livros, músicas e revistas.
Já a indústria cultural seria a produção e disseminação desses produtos da cultura de
forma massiva, independentemente do lugar em que este indivíduo se encontra ou das
particularidades que este lugar da cultura possui. Nesse momento do século XX, os Estados
Unidos se tornaram o maior produtor e divulgador desses meios da comunicação, que com a
industrialização, se tornam cada vez mais massivos, seja na quantidade de materiais
produzidos ou na quantidade de cada material, já que os jornais e folhetins poderiam ser
produzidos aos milhares em pouco tempo e um filme ou música poderia ser gravados com
maior qualidade e distribuídos de forma mais facilitada. Com a junção da industrialização e
dos meios de comunicação que multiplicavam a cultura, surgia assim a indústria cultural,
muito mais pautada no lucro e distribuição massiva através dos meios de comunicação e suas
diversas formas.
1
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-de-massa.htm>.
ANEXO ETAPA 03 - AULAS 03 E 04
Exemplos de imagens:

A primeira imagem mostra como seria o amanhã da América sob o comunismo, e


como os Estados Unidos o repudiavam e se mostravam como os salvadores de um mundo
comunista. Importante perceber na imagem a bandeira estadunidense ateando o fogo que é
causado pelo comunismo, e também, os homens estadunidenses abordando um homem negro,
um branco e uma mulher, representando eles como comunistas.
No início do século XX, foi criada a sigla wasp (white, anglo-saxon and protestant)
que em português, significa ‘branco, anglo-saxão e protestante’. Essa organização origina-se
ainda com os impactos causados pelo American Way of Life, um movimento nacionalista que
consagrava as pessoas que fossem americanas de nascimento. A wasp vai ao encontro disso,
na forma de fazer com que os estadunidenses sejam pessoas orgulhosas de sua cor,
nacionalidade e religião. Dessa forma, tudo o que não fosse uma letra da wasp era digno de
preconceito pelos anglo-saxões.
Nesse sentido, algumas décadas antes e em decorrência da Guerra Civil
Norte-Americana (1861-1865), surge a Ku Klux Klan, ou simplesmente KKK. Surgida por
volta de 1865, se tratava de uma organização norte-americana com o intuito de perseguir
pessoas que fossem diferentes do ‘padrão’ estabelecido pelos nacionalistas intolerantes. Em
nome da wasp e sua suposta superioridade, perseguiram, violentaram e mataram muitas
pessoas. Ou seja, se a pessoa estava dentro do território estadunidense e não fosse branca,
protestante e nascida nos Estados Unidos, ela não era bem-vinda naquele local e deveria sair.
Assim, muitas pessoas morreram sem nenhum ou com motivos quase que infundados.
A KKK passa por três fases distintas em sua existência, sendo a primeira ainda na
segunda metade do século XIX, quando disseminou a violência no sul dos Estados Unidos.
Após um tempo esquecida, o movimento reaparece no estado da Geórgia, e atinge seu auge,
chegando a ter cerca de 4 milhões de membros. Hoje em dia, o movimento está mais
esquecido, mas ele ainda existe, e luta contra negros e pessoas que defendem o direito dos
negros.
Um caso a ser analisado é o de George Floyd, que foi estrangulado por um policial que
se ajoelhou em seu pescoço no estado de Minnesota, no ano de 2020. Isso aconteceu porque,
supostamente, o homem tentou utilizar uma nota falsa de 20 dólares em uma conveniência. O
movimento Black Lives Matter (vidas negras importam), que conta como slogan a segunda
imagem, ocorre desde 2013, mas foi endossado ainda mais no ano de 2020 após o ocorrido
com Floyd. Várias cidades de vários países e continentes do mundo se mobilizaram no auge
da pandemia da COVID-19 para protestar contra a morte do ex-segurança.

Conceitos:
Comunismo: do latim, “ser comum”. No comunismo, todas as pessoas têm direito às mesmas
coisas, não existe propriedade privada e não existem classes sociais.
ANEXO ETAPA 04 – AULAS 05 E 06

Conforme foi estudado até aqui, os anos da década de 1920 observaram uma série de
mudanças e alterações dentro das conjunturas sociais, culturais, políticas e econômicas,
principalmente nos Estados Unidos, como uma rápida industrialização, o crescimento de
grupos supremacistas e racistas, novos modos de vida pautados no consumismo, meios de
comunicação de massa, o surgimento da indústria cultural, ascensão dos Estados Unidos
como potência hegemônica, etc. Contudo, essas mudanças não conseguiram se sustentar por
muito tempo, até que, em 1929, aconteceu uma quebra generalizada na bolsa de valores de
Nova Iorque, conhecido como o Crash da Bolsa, que foi uma crise de superprodução e que
teve efeitos em quase todos os lugares o globo, inclusive no Brasil, principalmente na
economia cafeeira.
Essa crise de superprodução foi causada por uma série de fatores, podendo-se citar
que, com a industrialização muito grande nos parques industriais dos Estados Unidos, houve
muita produção e as pessoas não tinham mais condição de comprarem esses produtos,
gerando assim altos estoques, os mercados europeus também não estavam comprando mais
tantos produtos, pois estavam se reestruturando internamente, reconstruindo suas fábricas e
plantações agrícolas, não precisando mais importar esses produtos, além do próprio estilo de
vida problemático estadunidense que se desenvolveu nesses anos da década de 1920, que
consumia demais, comprava demais, mas a inflação não acompanhava os níveis dos salários,
criando assim um endividamento e, consequentemente, a menor procura por comprar estes
produtos industrializados.
Com essa crise, o período a partir de 1929, também conhecido como a Grande
Depressão, foi marcado por dificuldades expressivas dentro do Estados Unidos, como
suicídios em massa por terem perdido todo o seu dinheiro na bolsa de valores, dificuldade
econômicas em sustentar as famílias, aumento de preços, demissões em massa e
desmantelamento de diversas empresas, que tiveram que fechar pelas dificuldades
econômicas. Outra questão que deve ser lembrada é o caráter liberal dos Estados Unidos à
época, ou seja, os Estado não fazia nenhum tipo de intervenção, o que causou então esse
descontrole no mercado que causou a Crise de 29.
Como forma de diminuir os efeitos da crise e tentar contorná-la, o presidente
estadunidense do período, Franklin Delano Roosevelt, propôs uma maior intervenção da mão
do Estado na economia, através da política que ficou conhecida como o New Deal, um novo
acordo econômico que passou a regular as transações econômicas, criaram-se sindicatos para
mediar as tensões entre os patrões e os empregados, foi instituído um programa de
construções, injetando dinheiro no setor da construção civil e empregando a grande massa que
havia sido dispensada das fábricas, concessão de empréstimos a pequenos agricultores e a
criação da previdência social, garantindo um auxílio aos desempregados, idosos e inválidos
desta sociedade. Dessa forma, as ideias liberais foram deixadas um pouco de lado, em que o
intervencionismo do Estado foi revisto como algo benéfico para o próprio país, o que ajudou
o próprio Roosevelt a se reeleger. Com os trechos do livro As vinhas da ira, de John
Steinbeck (1939), espera-se que os alunos compreendam, a partir de uma obra literária quase
contemporânea à crise e que foi escrita com base nos seus efeitos, como estava a sociedade
neste período pós-crise de 1929, muito vinculada à falta de emprego que é trazida nestas
passagens e como estava a situação desses desempregados: pobres, relegados e sem nenhum
auxílio para conseguirem sobreviver.
Já sobre a crise de 2008, ela foi uma crise de efeito-dominó, isto é, que diversos
eventos vão levando a outros. Ela ocorreu devido à quebra de um dos bancos mais
tradicionais dos EUA, o Lehman Brothers, que decretou falência. Muito similar à crise de
1929, apesar de estar mais associada à quebra do banco, seus efeitos já vinham sendo sentidos
desde a década de 1990, em que houve um aumento dos valores imobiliários e acesso aos
créditos de financiamento, principalmente a hipoteca, mas que não acompanharam o
crescimento salarial da população, o que causou um aumento enorme nos preços do imóveis e
dos juros cobrados pelos bancos. Com isso, diversas instituições financeiras, inclusive o
Lehman Brothers, acabaram falindo pelos empréstimos de alto risco que foram cedidos aos
seus clientes, fazendo com que houvesse uma queda brusca a nível internacional na bolsa de
valores, gerando assim uma crise global, diminuindo a renda e aumentando o desemprego.
Em relação à produção do texto, os alunos deverão pesquisar e produzir um texto que
deverá ser entregue aos professores, entre 30 e 40 linhas, no modelo
dissertativo-argumentativo, em terceira pessoa, apresentando introdução, desenvolvimento e
conclusão que aponte alguns dos problemas do capitalismo e que conceitue estes dois
momentos históricos, do seguinte tema: “A fragilidade do estilo de vida e modo de produção
capitalista em vista às crises de 1929 e 2008”.
Este texto deverá conter, obrigatoriamente, as seguintes palavras:
*Crise de 1929; Crise de 2008; Bancos; Crise de Superprodução; Estilo de vida americano;
Crash da Bolsa de Valores de Nova York; Theodore Roosevelt; New Deal; Keynesianismo;
Sistema Capitalista; Liberalismo econômico; Efeito-dominó; e Ajuda estatal.*
Os estudantes poderão utilizar-se destes conceitos da melhor forma que acharem
interessante dentro dos seus textos, não precisando seguir esta ordem pré-determinada, mas
que deverão aparecer no corpo do texto.
Este texto servirá como processo avaliativo e será corrigido nos moldes do Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM), levando em consideração conectivos, estruturação dos
parágrafos, argumentos utilizados durante o desenvolvimento, organização das ideias e
conclusão que apresente algum tipo de solução que venha de encontro com os problemas que
foram sendo citados ao longo do texto e/ou novas políticas a partir destes episódios que foram
estudados pelos alunos em sala de aula. Juntamente com as lista de palavras, os professores
irão entregar três textos de apoio para ajudar na formulação desta redação.
ANEXO ETAPA 05 - AULAS 07 E 08

Tipo de ficha de identidade “ariana” usada


pela judia Vladka Meed, de 1940 a 1942, no
lado ariano da Varsóvia, onde ela
contrabandeava armas para os combatentes
judeus e os ajudava a fugir do Gueto.

RAÇA “ARIANA”
Com a ascensão nazista, é proliferado o uso do termo “ariano” enquanto agrupamento
racial de povos, mesmo com a definição original baseada no estudo de estrutura de
linguagem. Pensadores como Houston Stewart Chamberlain (1855- 1927) foram responsáveis
por fomentar ideias deturpadas de que os arianos seriam racialmente e culturalmente
superiores às outras pessoas. Desse modo, em meados de 1920 os ideológos do Partido
Nazista, radicalizaram a crença infundada que a raça ariana seria superior. Diante desse
pensamento, começam a ser aplicadas políticas ideológicas de segregação e exterminação
daqueles que “não fossem arianos”, principalmente aos judeus, que eram considerados a
maior ameaça racial da sociedade alemã, aos negros e aos ciganos. Apesar da grande
distinção, a definição de “não ariano” era bastante ampla e imprecisa. Além disso, o termo
“arianização” também tinha fundamento nesse sentido, sendo compreendido como o processo
de confisco e transferência de negócios e propriedades judaicas para não judeus na Alemanha
nazista e na Europa ocupada pelos alemães.

FICÇÃO E HISTÓRIA

No seriado “Peaky Blinders” é apresentado como vilão Oswald Mosley, representado


pelo ator Sam Claflin. Oswald Mosley foi um líder político, criador da União Fascista
Britânica, por volta de 1930. Dotado de uma oratória hipnotizante, visto como carismático
pela população, destilava discursos xenófobos, racistas e preconceituosos visando a
exterminação dessas populações. Oswald Mosley tinha contato direto com Adolf Hitler, que
inclusive esteve em seu casamento com Diana Mitford.

DIAS ATUAIS, LEGISLAÇÃO E NAZISMO

Apologia ao nazismo se enquadra na Lei 9.459/1997, que institui os crimes resultantes de


preconceito de raça ou de cor.
“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional."

"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião
ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa.

§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos,


distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do
nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de
comunicação social ou publicação de qualquer natureza: Pena: reclusão de dois a cinco anos e
multa.”

DECISÃO DO STF

“Escrever, editar, divulgar e comerciar livros realizando apologia de ideias preconceituosas e


discriminatórias contra a comunidade judaica constitui crime de racismo sujeito à
inafiançabilidade e imprescritibilidade".
“A Constituição consagra o binômio: liberdade e responsabilidade. O direito fundamental à
liberdade de expressão não autoriza a abominável e criminosa apologia do nazismo”, escreveu
Alexandre de Moraes.
“Qualquer apologia do nazismo é criminosa, execrável e obscena. O discurso do ódio
contraria os valores fundantes da democracia constitucional brasileira. Minha solidariedade à
comunidade judaica”. Gilmar Mendes declarou.
ANEXO ETAPA 06 – AULAS 09 E 10

SURREALISMO
No período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, os países europeus
passaram por uma complicada crise econômica, enquanto tentavam se reconstruir após os
estragos da Primeira Grande Guerra. Foi nesse contexto que, em 1924, surgiu, oficialmente, o
surrealismo com a publicação do Manifesto Surrealista escrito por André Breton, apesar de
algumas obras desse estilo já serem produzidas desde 1919.
No entanto, o movimento surrealista afasta-se da realidade sociopolítica da Europa,
atuando como uma fuga da realidade ao conceder mais atenção à exploração do inconsciente,
tendo como uma de suas principais influências, a Psicanálise de Sigmund Freud, além de
possuir relação com o Futurismo e o Dadaísmo. Dessa forma, entre as características do
surrealismo, destacam-se, a valorização do inconsciente, o uso de imagens oníricas e
fantásticas, o caráter ilógico e irracional, a colagem de objetos desconexos, o
antiacademicismo, o aspecto subversivo, o enaltecimento de impulsos primitivos e o fascínio
pela loucura. Ainda, os surrealistas defendiam a destruição daquela sociedade e a construção
de uma nova com base em outra realidade, situada no subconsciente e no inconsciente.
Entre os principais representantes europeus, estão Salvador Dalí e Luis Buñuel.
Enquanto no Brasil, traços do movimento são percebidos no modernismo, principalmente nas
obras do pintor Ismael Nery (1900-1934). Ademais, os artistas Cícero Dias (1907-2003),
Tarsila do Amaral (1886-1973) e Maria Martins (1894-1973), além de Murilo Mendes no
campo da literatura, também foram influenciados pelo movimento surrealista.

Manifesto do Surrealismo = assinado por André Breton em 1924, propunha a restauração


dos sentimentos e dos instintos humanos para a construção de uma nova linguagem artística,
sendo assim, era necessário uma visão introspectiva de si.
“Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares.” (BRETON, 1924)
“Todos sabem, com efeito, que os loucos não devem sua internação senão a um reduzido
número de atos legalmente repreensíveis, e que, não houvesse estes atos, sua liberdade ( o que
se vê de sua liberdade ) não poderia ser ameaçada.” (BRETON, 1924)
“O racionalismo absoluto que continua em moda não permite considerar senão fatos
dependendo estreitamente de nossa experiência. Os fins lógicos, ao contrário, nos escapam.
Inútil acrescentar que à própria experiência foram impostos limites” (BRETON, 1924)
“Com justa razão Freud dirigiu sua crítica para o sonho. É inadmissível, com efeito, que esta
parte considerável da atividade psíquica [...] não tenha recebido a atenção devida. A extrema
diferença de atenção, de gravidade, que o observador comum confere aos acontecimentos da
vigília e aos do sono, é caso que sempre me espantou” (BRETON, 1924).

A Persistência da Memória – Salvador Dalí, 1931

Essa obra, que conta com diversos


elementos, retrata a noção de um tempo que
passa sem que nos demos conta. Ainda, o rosto
disforme no centro da pintura, é tido como
uma representação do artista, além de estar
relacionado a esfera do sonho e do
subconsciente, já que parece que o elemento
está dormindo. Já em relação às formigas, em cima do relógio, no canto esquerdo, traz a ideia
de apodrecimento, de um tempo que é “devorado”, enquanto a mosca no outro relógio
representa a passagem subjetiva desse tempo.

Urutu – Tarsila do Amaral, 1928

Essa obra é considerada símbolo do


Movimento Antropofágico. Seu nome faz
referência a uma serpente venenosa
encontrada em alguns lugares do Brasil, além
da pintura, possivelmente, possuir relação
com o poema Cobra Norato (1931) de Raul
Bopp. Ainda, a imagem representa simboliza
as memórias de infância da artista, “de
maneira que, a memória de Urutu representa
o medo primordial relativo à saída do útero, o trauma de seu nascimento”.2

2
Disponível em:
<https://www.spescoladeteatro.org.br/noticia/100-anos-da-semana-de-22-conheca-urutu-ou-o-ovo-de-tarsila-do-a
maral#:~:text=A%20pintora%20modernista%20estava%20muito,o%20trauma%20de%20seu%20nascimento.>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AIDAR, Laura. A persistência da memória, de Salvador Dalí. Toda Matéria, [s.d.].


Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/a-persistencia-da-memoria/>. Acesso em: 9
jun. 2023

ARIANOS. Enciclopédia do Holocausto. 28 de abr. de 2021. Disponível em:


<https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/photo/false-identification-card-used-by-vladka
-meed?parent=pt-br%2F63055> Acesso em: 08 de jun. de 2023.

BLAINEY, Geoffrey. Uma breve História do mundo. São Paulo: Fundamento, 2015. 335 p.

______. Uma breve História do século XX. São Paulo: Fundamento, 2011. 307 p.

______. Uma breve História das guerras. São Paulo: Fundamento, 2014. 237 p.

BRASIL. Lei Nº 9.459, de 13 de maio de 1997. Dispõe sobre os crimes resultantes de


preconceito de raça ou de cor e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União,
1997.

BRETON, André. Manifesto Surrealista. 1924. Disponível em:


<https://www.marxists.org/portugues/breton/1924/mes/surrealista.htm>. Acesso em: 09 Jun
2023.

CAMPOS, Flavio de; MIRANDA, Renan Garcia. (orgs.) A escrita da História. São Paulo:
Escala Educacional, 2006. 656 p.

CARNEIRO, Raquel. Os Peaky Blinders existiram? A história real por trás da série. Veja, 22
de jun. de 2022. Disponível em:
<https://veja.abril.com.br/coluna/e-tudo-historia/os-peaky-blinders-existiram-a-historia-real-p
or-tras-da-serie>. Acesso em 08 de jun. de 2023

HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.

IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Surrealismo. História das Artes, 2023.


Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/surrealismo/>.
Acesso em 09 Jun 2023.

SOUZA, Warley. “Surrealismo”; Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/historiag/surrealismo.htm>. Acesso em 09 de junho de 2023.

STEINBECK, John. As vinhas da ira. Rio de Janeiro: Editora Record, 2022. 560 p.

VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila de Castro; FERREIRA, Jorge; SANTOS, Georgina dos.
(orgs.). São Paulo: Saraiva, 2010.

Você também pode gostar