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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Engenharia - FEN


Departamento de Estruturas e Fundações

Curso de Mecânica dos Solos II


LMS – Laboratório de Mecânica dos Solos
Prof. Bruno Lima.
Apoio Prof. Rogério Feijó

Parte I - Compressibilidade e
Adensamento dos Solos
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico

NBR 12007

Mecânica dos Solos II – UERJ


◼ 2.6. Ensaio Oedométrico
➢ Este ensaio foi concebido de modo a simular as
condições de carregamento, de deformação e de
drenagem existentes no campo em situações com
confinamento lateral e saturação.

Mecânica dos Solos II – UERJ


◼ 2.6. Ensaio Oedométrico

Célula oedométrica
Peça de fixação do anel
Pedra porosa inferior Célula oedométrica
Pedra
porosa
superior

Peça para distribuir a


carga uniformemente por
Anel oedométrico
toda a área da amostra

Mecânica dos Solos II – UERJ


◼ 2.6. Ensaio Oedométrico
Coleta de amostras indeformadas

Bloco

Tubo amostrador

Mecânica dos Solos II – UERJ


Tubo Shelby
Amostra Indeformada - Shelby
Amostra Indeformada - Osterberg

•Indicado para argilas de baixa consistência por apresentar sistema


estacionário, ou seja, no momento da amostragem o movimento é
apenas da camisa.
•Elimina espaços vazios que poderiam ser preenchidos por água ou ar,
podendo comprimir a amostra no momento da amostragem.
•Necessita de prévia perfuração com equipamento capaz para isso,
assim como bomba de água com capacidade para cravação do sistema.
•Utiliza um tubo Shelby;
Amostra Indeformada - Osterberg

• Tipo Pistão estacionário


• Uso de água para descer o
Tubo amostrador
• Velocidade constante e
única - controlada pelo fluxo
de água injetada
• Usualmente utilizado em
conjunto com sondagem
rotativa
Clique para editar o título Mestre
Clique para editar o título Mestre
Clique para editar o título Mestre
• As coletas são feitas utilizando amostrador conectado a uma haste, cravado
por um equipamento tipo penetrômetro (mesmo do CPT) que deve possuir
capacidade de reação (ancoragem) e capacidade de pressão hidráulica de no
mínimo 10 ton;
•Durante a penetração da camisa, o penetrômetro mantem a velocidade
constante de 20mm/s ± 5mm/s. até a cota final de amostragem;
•Uso de hastes duplas – interna se mantém parada enquanto a externa desce o
tubo
•Sem necessidade de perfuração anterior – “autoperfurante”
Recomendações retirada de
amostras
Vitor Aguiar – COPPE-UFRJ
http://www.coc.ufrj.br/pt/
http://www.coc.ufrj.br/pt/dissertac
oes-de-mestrado/108-msc-pt-
2008/2194-vitor-nascimento-aguiar
Amostras Indeformadas – Armazenamento e Transporte
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico
Preparação do corpo de prova

Mecânica dos Solos II – UERJ


a) b)
c d)
)
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico

Célula oedométrica
Corpo de prova preparado

Enche-se a célula oedométrica com água de forma a


manter a amostra completamente submersa durante o
ensaio.
Mecânica dos Solos II – UERJ
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico Contrapeso

Sistema de
Braço da alavanca
aplicação do
carregamento
P
Peça para transferir a
carga para a amostra
Suporte para colocação
dos pesos (P)
N=P.a
Coeficiente de ampliação da carga, definido
sv = N / A
de acordo com o braço da alavanca
Mecânica dos Solos II – UERJ
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico

Mecânica dos Solos II – UERJ


f)
e
)
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico

Sistema de medição das deformações da amostra


durante a aplicação do carregamento

Manual

Automático

Mecânica dos Solos II – UERJ


◼ 2.6. Ensaio Oedométrico
➢ Cada carregamento (etapa de carga) é mantido por um
período de 24 h (tempo normalmente suficiente para
terminar o adensamento primário da amostra de solo),
durante o qual se fazem leituras da deformação vertical
da amostra ao longo do tempo (0,1; 0,25; 0,5; 1; 2; 4; 8;
15; 30; 60; 120; 240; 480 e 1440 min).

➢ Durante a fase de carga, cada carregamento adicional


(nova etapa de carga) duplica o que se encontrava
aplicado anteriormente.

➢ Em geral, é realizada, pelo menos uma fase de


descarga, na qual, em cada etapa, a carga vai
progressivamente reduzindo para ¼ da anterior
(menores deformações na descarga).
Mecânica dos Solos II – UERJ
Ensaio Oedométrico - Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=pqfSkrMJJRU

https://www.youtube.com/watch?v=KqJIv1p6Nts
Cálculo do Valor do Recalque

(campo ou
lab.)
𝐻0
Δ𝐻 = 𝜌 = 𝐻𝑠 ⋅ Δ𝑒 Δ𝐻 = 𝜌 = ⋅ Δ𝑒
1+ 𝑒0
Parâmetros Obtidos
➢ Conhecendo o índice de vazios
inicial, e0, pode-se determinar o
índice de vazios no final de qualquer
etapa de carga, ei, através de:
e h
h =  h0  e =  (1 + e0 )
1 + e0 h0
hi − h0
 ei − e0 =  (1 + e0 )
h0

hi − h0
 ei = e0 +  (1 + e0 )
h0
OU

𝒉𝒊
𝒆𝒊 = −𝟏
𝑯𝒔
◼ 2.6. Ensaio Oedométrico
➢ Obtenção dos e para cada tensão efetiva
(final)
➢ Parâmetros de Compressibilidade e Histórico de
Tensões
➢ Curva deformação (recalque) x tempo para
CADA uma das etapas de carregamento
➢ Parâmetro de velocidade do Adensamento – cv
➢ cv pode ser variável ao longo do adensamento –
para cada estágio
➢ Pode ser feito ensaio de permeabilidade – kv
➢ Definir tempo e magnitude adensamento sec.
Mecânica dos Solos II – UERJ
Para cada estágio de carga teremos uma curva e x tempo, ou seja recalque x tempo.
Desta forma é possível obter o valor de cv para cada etapa de carregamento.
Observa-se que Uz é função apenas de Tv. Assim, para se conhecer o
recalque em qualquer tempo t, além de se conhecer o recalque total e
o caminho de drenagem (H), é necessário se conhecer o parâmetro
cv. Este parâmetro é determinado diretamente na curva do ensaio de
laboratório, ajustando-se a curva teórica à experimental.
t2 = 4*t1
0,197
onde:
T50 = Fator tempo correspondente a Uz = 50%
H50 = É a espessura de drenagem do C.P. tomada no ponto Uz = 50%
t50 = O tempo correspondente a Uz = 50%
IV.2 – MÉTODO DE TAYLOR

2 2
T90 H 50 0,848H 50
Cv = =
t 90 t 90
0,848

onde:
T90 = Fator tempo correspondente a
Uz = 90%
H50 = É a espessura de drenagem
do C.P. tomada no ponto Uz = 50%
t90 = O tempo correspondente a Uz =
90%
IV.2 – MÉTODO DE TAYLOR t
Cada Tensão Efetiva Então, qual é o valor de
vai ter um valor de cv. cv??

Após a Tensão de Pré Usual definir um valor


Adensamento o cv de cv para o trecho Pré
diminui de valor (de 10 Adensado - cvPA
a 100 vezes).
E outro valor para o
trecho Normalmente
Adensado. - cvNA
Então, qual valor usar??

• Se a obra gerar tensões até o trecho P.A. (ou


ultrapassar muito pouco este valor) usar
somente o cvPA.
• Se ultrapassar a tensão de pré adensamento é
usual usar o valor do cvNA , valor menor que
dará uma resposta mais conservadora.
Além disto o trecho PA costuma ter uma
magnitude de recalque muito menor do que o
trecho NA, logo maior parte do recalque se dará
com o cvNA.
Perfis de umidade – área na Barra
w0 (%)

0 100 200 300 400 500 600 700 800


0

SP 1
6
SP 2
SP 3
profundidade (m)

8
SP 5
10 SP 7
SP 8
12
SP 10
SP 11
14
SP 12
16 SP 16
SP 19
18

20

22

Diferentes umidades, diferentes


características/parâmetros (cv engloba vários
parâmetros do solo) 49
Coeficientes de adensamento:
Pode ser obtido em campo também
CM II
cv (m2/s)
1.00E-10 1.00E-09 1.00E-08 1.00E-07 1.00E-06 1.00E-05
0
Valor de projeto 2,20 x 10-8 m2/s
Coeficie
1 Turfa

2
?
ntes de
3 adensam
4 ento:
Profundidade(m)

6 Pode ser
7 Solo Arenoso
obtido
8

9
cvmed = 3,05E-8 em
10
adensamento
u1_PZ_kPa
campo
11 u2_PZ_kPa
u2_SD_kPa
também
12 Solo Arenoso
média
13
50
Adensamento
Secundário
EFEITO
AMOLGAMENTO
Influência
da
Qualidade
da
Amostra
tensão vertical ( kPa )
0.1 1 10 100 1000
5.0
e0

4.5

4.0
índice de vazios

3.5 Cc

3.0

2.5

2.0

Gleba - AM 06
1.5 Prof. Shelby - 6.00 à 6,55 m
Prof. ensaio - 6.40 à 6.50 m
Cs
1.0
tensão vertical ( kPa )
0.1 1 10 100 1000
5.0
e0

4.5
◼ Cc1 e Cc2
◼ Na 4.0

verdade
índice de vazios

3.5 Cc
não são
duas 3.0

retas, 2.5
mas sim
uma 2.0
Cc
Gleba - AM 06
curva!!! 1.5 Prof. Shelby - 6.00 à 6,55 m 2
Prof. ensaio - 6.40 à 6.50 m
Cs
1.0
ENSAIO DE ADENSAMENTO COM VELOCIDADE DE
DEFORMAÇÃO CONSTANTE (CRS)

• Os ensaios de adensamento contínuo podem ser de vários


tipos: com velocidade constante de deformação (Wissa et al.,
1971), velocidade constante de carregamento, fluxo contínuo,
e de gradiente constante. Dentre estes, o ensaio do tipo CRS
(“Constant Rate of Strain Test”) é o mais utilizado.
• O CRS consiste em aplicar ao corpo de prova um
carregamento vertical com velocidade constante de
deformação. A drenagem é permitida em apenas uma das
faces do corpo de prova, em geral o topo. A outra face deve
ser mantida sob condições não drenadas, de forma a
possibilitar a medição das poropressões geradas pelo
carregamento.
ENSAIO DE ADENSAMENTO COM VELOCIDADE DE
DEFORMAÇÃO CONSTANTE (CRS)
ENSAIO DE ADENSAMENTO COM VELOCIDADE DE
DEFORMAÇÃO CONSTANTE (CRS)

Bateria de ensaios para


definir velocidade de
deformação

Valor de aproximadamente
<= 5%
ENSAIO DE ADENSAMENTO COM VELOCIDADE DE
DEFORMAÇÃO CONSTANTE (CRS)
ENSAIO DE ADENSAMENTO COM VELOCIDADE DE
DEFORMAÇÃO CONSTANTE (CRS)

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