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Teoria de Francis Bacon

Para Francis a ciência era uma técnica e os conhecimentos científicos


deveriam ser considerados instrumentos práticos de controle da natureza. Ele
pretendia demostrar sua grande preocupação com os conhecimentos
científicos na vida prática. A ciência deveria valorizar a pesquisa experimental
baseada na corrente empirista.

O objetivo buscado por Bacon era o poder sobre a natureza e o conhecimento


da natureza representava a fonte deste poder. A observação, a investigação e a
experimentação compunham o único método para alcançar o poder e o
domínio sobre a natureza. Para o filósofo, conhecimento e poder se equivaliam.

Teoria de Bacon

A teoria filosófica empirista de Francis Bacon está assentada no que o pensador


chamou de crítica dos ídolos, ou teoria dos ídolos. Antes de falarmos da teoria
dos ídolos, é necessário entender como Bacon via a distinção entre os tipos de
conhecimento científico e filosófico. Para o pensador, as ciências poderiam
ser:

 da poesia e da imaginação

 da história e da memória

 da filosofia ou do estudo da razão

A filosofia poderia ser, por sua vez, uma filosofia da natureza (caso tratasse de
temas como as ciências, a lógica e a metafísica) ou antropológica (caso tratasse
de temas relacionados àquilo que apenas o ser humano faz em seu
convívio: política e ética).

Teoria dos ídolos

A ciência e o conhecimento científico, para Bacon, são ferramentas de que o


ser humano dispõe para dominar a natureza, por isso, elas devem dar ao ser
humano a posição de domínio. Nesse sentido, a ciência antiga embasada nas
teorias aristotélicas deve ser substituída por algo que garanta tal domínio
humano. Para isso, é necessário reconhecer-se aquilo que se coloca como um
entrave: os ídolos.

São quatro os ídolos que nos impedem de chegar a um conhecimento


verdadeiro e seguro. São eles:
 Ídolos da tribo: são ídolos naturais da “tribo” humana, pois estão em
nossa natureza. Eles dizem respeito à procura de ordens fenomênicas
que nos colocam falsas relações de causalidade. Se o Sol aparece
todas as manhãs desde que eu nasci, eu digo que o Sol sempre
nascerá.

 Ídolos da caverna: são ainda mais naturais, mas não estão


relacionados à humanidade em geral e sim ao indivíduo. São ídolos
que nos impedem de perceber a realidade por conta de nossa própria
individualidade e do aprisionamento que os sentidos podem
provocar-nos devido à influência dos costumes em nosso corpo. Há
aqui uma referência a Platão em sua alegoria da caverna.

A TEORIA DOS "IDOLOS".

O conhecimento científico, para Bacon, tem por finalidade servir o homem e


dar-lhe poder sobre a natureza. A ciência antiga, de origem aristotélica, que se
assemelha a um puro passatempo mental, é por ele criticada. A ciência deve
restabelecer o império do homem sobre as coisas.
No que se refere ao Novum Organum, Bacon preocupou-se inicialmente com a
análise de falsas noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros
cometidos pela ciência ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos
aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de Bacon.
Esses ídolos foram classificados em quatro grupos:
A verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e
humanas, não é a simples busca da verdade. É também algo de prático. Para
se alcançar uma mentalidade científica, é necessário expurgar a mente de uma
série de preconceitos ou? Ídolos? de que enumera quatro classes:

1) ÍDOLOS DA TRIBO, ou os inerentes à natureza humana, que se referem em


particular ao hábito de esperar mais ordem nos fenômenos do que a que
realmente pode ser encontrada; Ocorrem por conta das deficiências do próprio
espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base
nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. São assim chamados porque
são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana. Astrologia,
alquimia e cabala são exemplos dessas generalizações;

2) ÍDOLOS DA CAVERNA, ou os preconceitos pessoais do próprio


investigador; resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Há,
obviamente, uma alusão à alegoria da caverna platônica;

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