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RESUMO DO TEXTO DIFERENÇAS CULTURAIS DE PENSAMENTOS

 o autor destaca a ideia de que a mente humana e seus processos básicos não são
meras manifestações da vida interior de um indivíduo ou resultados de uma evolução
natural da mente. Pelo contrário, a mente é concebida como algo que se origina na
sociedade, ou seja, sua formação e desenvolvimento estão intrinsecamente ligados ao
contexto social em que uma pessoa vive.

 Essa perspectiva foi inicialmente proposta por Émile Durkheim no início do século XX.
Durkheim argumentava que a mente humana e seus processos cognitivos não eram
universais e inerentes a todos os seres humanos, mas sim moldados e influenciados
pelo ambiente social e cultural em que as pessoas estão inseridas. Suas ideias tiveram
um impacto significativo e influenciaram muitos estudos e discussões subsequentes
sobre a natureza da mente humana e do pensamento.
 O autor também menciona o psicólogo francês Pierre Janet, que contribuiu para o
desenvolvimento dessa perspectiva ao argumentar que formas complexas de memória,
bem como conceitos complexos como espaço, tempo e número, não são características
intrínsecas da mente, como a psicologia idealista clássica sustentava. Em vez disso,
essas complexidades mentais têm suas raízes na história concreta de uma sociedade,
ou seja, são moldadas pelas experiências e pela cultura específica de um grupo social.

 o autor aborda um debate que ocorreu na década de 1920 no campo da psicologia e


da antropologia, centrado em duas questões principais:
 Conteúdos de Pensamento Diferem de Cultura para Cultura:
 A primeira questão discutida era se os conteúdos do pensamento, ou seja, as
categorias básicas utilizadas para compreender e descrever as experiências, variam de
uma cultura para outra. Em outras palavras, as formas como diferentes culturas
entendem e interpretam o mundo ao seu redor podem ser fundamentalmente
diferentes.
 Operações Intelectuais Básicas Variam entre Culturas:
 A segunda questão estava relacionada às operações intelectuais básicas realizadas
pelas pessoas, ou seja, aos processos mentais envolvidos na resolução de problemas e
no raciocínio. A pergunta era se essas operações também diferem de uma cultura para
outra, o que significaria que as pessoas de culturas diferentes pensam de maneiras
distintas.
 Lucien Lévy-Bruhl, um influente pensador da época, é mencionado como alguém que
teve um impacto significativo nesse debate. Ele argumentava que o pensamento das
populações consideradas "primitivas" e iletradas empregava um conjunto de regras e
operações mentais diferente daquele utilizado pelo pensamento das populações
modernas. Lévy-Bruhl caracterizou o pensamento primitivo como "pré-lógico" e
"imprecisamente organizado". Em suas análises, ele sustentava que as pessoas nessas
culturas não se preocupavam com a lógica formal ou com a consistência lógica das
ideias, e acreditavam que forças místicas controlavam os fenômenos naturais.

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