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O e-book que você está prestes a ler foi pensado com esmero
para te fazer compreender o sanguíneo, o fleumático, o melan-
cólico e o colérico de maneira decisiva, mas também sucinta
e reconhecível no seu dia-a-dia. Não apenas isso: você enten-
derá melhor a relação entre esses temperamentos e os vícios
que você, eu, e o resto do mundo carregamos.
Vamos lá?
Boa leitura!
POR QUE CONHECER
OS TEMPERAMENTOS?
Os temperamentos constituem um assunto que merece trata-
mento especial, por se tratar de uma ferramenta simples e po-
derosíssima para quem realmente a compreende e a aplica no
dia-a-dia. Muita gente já compreendeu e está vendo os resul-
tados que isso gera nos seus relacionamentos interpessoais
e no seu próprio conhecimento individual. A coisa é realmente
muito poderosa.
Entender o temperamen-
to de alguém é entender
o seu ponto de partida, e
não o seu destino.
Conhecendo os temperamentos, aprendemos a respei-
tar melhor a liberdade do outro. E a liberdade é a capa-
cidade de escolher o melhor, a capacidade de escolher
o bem, de modo que respeitar a liberdade do outro é se
colocar como um guia gentil e dócil a fim de acompa-
nhá-lo pelo melhor caminho. Esse é o mecanismo do
Amor. Então, quando eu falo que alguém é colérico, eu
não estou simplesmente o deixando solto à sua ira ou
ao seu gênio explosivo, eu estou me colocando à dis-
posição para ajudá-lo a se desenvolver, a controlar os
impulsos. Essa é a essência do amor. Os temperamen-
tos são a mais simples ferramenta de compreensão do
outro, sem a qual fica muito difícil sabermos o que é
ser gente.
VÍCIOS VS.
TEMPERAMENTOS
A partir de agora
vamos aprofundar
um pouco mais o tema.
Ninguém é ruim de
um modo totalmente
inovador. Desde Adão,
ninguém inventa uma
maldade completamen-
te original, todos come-
temos os mesmos erros.
E, além da diferença de
escala de uma pessoa
para outra, alguns tendem
a manifestar mais um vício do
que outro. Talvez vocês já tenham ouvido
falar dos sete pecados capitais. Na simbólica, sempre que de-
paramos com uma ordem de sete elementos, o que se encon-
tra no centro e o que se encontra no fim são os pontos mais
importantes, como se fossem combustíveis que alimentam
todos os outros. Dito de outro modo, o quarto e o sétimo vício
têm uma prevalência em todos nós. Todos temos o quarto e o
sétimo vício, de modo que, se um deles está muito alto, os ou-
tros vícios também estarão. Mas ainda sobraram cinco vícios.
E aqui entra a ferramenta dos temperamentos. O sangüíneo
tem mais facilidade ou mais tendência a ter os dois primeiros
vícios, que estão agrupados aqui por serem muito parecidos
entre si. O fleumático tem uma tendência a ter mais o terceiro
vício; o colérico a ter mais o quinto; o melancólico a ter mais o
sexto. Agora vamos dar nome às coisas.
Quais são os sete vícios?
O primeiro vício
chama-se luxúria
e consiste em ceder muito rapidamente à sensibilidade do
mundo, ao brilho, ao gosto, ao cheiro das coisas. O segundo,
que de certo modo é muito semelhante ao primeiro, é a gula,
que é colocar para dentro mais do que cabe — como eu estou
achando o mundo muito legal, eu estou colocando o mundo
para dentro, eu já estou me confundindo com ele. Luxúria e
gula são, portanto, vícios com os quais o sangüíneo precisa
tomar muito cuidado. Em geral, o sangüíneo tem dificuldade
de progredir na vida, seja profissional, familiar ou espiritual-
mente, porque ele é muito disperso com as coisas do mundo.
Se você for uma pessoa inconstante, você não vai muito lon-
ge, não só no sentido profissional, de juntar dinheiro, mas
também não vai muito longe no propósito de melhorar inte-
riormente, de amar mais, de servir mais, de ser uma pessoa
digna, correndo o risco de não saber, na hora da morte, se foi
você quem viveu a sua vida ou se foi o mundo. O remédio para
isso é uma técnica chamada plano de vida e outra chamada
exame de consciência. Quer dizer que só o sangüíneo precisa
fazer isso? Não. Todos precisa-
mos, mas o sangüíneo, particu-
larmente, precisa abraçar isso
como se fosse a última tábua
de salvação e sua vida depen-
desse desse negócio.