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XENOBIOQUÍMICA

Metabolismo da cafeína
Alexandre Quintas

Xenobioquímica Mestrado em Tecnologias Laboratoriais em Ciências Forenses


Objetivos de aprendizagem
• OA8: Factores que afectam o metabolismo de SA;
• OA10: Aplicar e integrar o conhecimento através da resolução
de problemas em situações novas e não familiares;

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6ª Aula: Objetivos de Conteúdos programáticos


aprendizagem e conteúdos • CP7: Vias de Conjugação: A importância das vias de conjugação
para os organismos vivos, classificação, mecanismos
programáticos glucuronidação, sulfatação, acetilação, metilação, conjugação
de glutationa, conjugação aminoácidos;
• CP8: Indução de citocromos P450;
• CP9: Inibição do xenometabolismo: inibição por xenobióticos,
mecanismo molecular.
• CP10: Estudo do metabolismo de xenosubstâncias:
Microsomas; Modelos celulares; Modelos animais.

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Suporte bibliográfico:

• Human Drug Metabolism – An Introduction

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A cafeína
• A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) e as metilxantinas relacionadas, a
teobromina (3,7-dimetilxantina) e a teofilina (1,3-dimetilxantina), estão
amplamente distribuídas em plantas de todo o mundo. Foram identificadas
mais de 60 espécies diferentes de plantas que contêm cafeína, e a história
sugere que esta pode ter sido consumida, de uma forma ou de outra, já no
período Paleolítico. As principais fontes destes compostos são o café
(Caffea arabica), a noz de cola (Cola acuminata), o chá (Thea sinensis) e o
chocolate (Cacau).
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Conteúdo de cafeína
em alguns alimentos.

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Resumo da farmacocinética e
farmacodinâmica da cafeína
• A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é um alcaloide vegetal com a estrutura química de C8H10N4O2 e
massamolecular de 194,19. Na sua forma pura, é um pó branco amargo. Estruturalmente, a cafeína (e
as outras metilxantinas) assemelha-se às purinas. A semi-vida média da cafeína no plasma de
indivíduos saudáveis é de cerca de 5 horas. No entanto, a semi-vida de eliminação da cafeína pode
variar entre 1,5 e 9,5 horas, enquanto a taxa de eliminação plasmática total da cafeína é estimada em
0,078 L/h/kg. Esta ampla gama de semi-vida média plasmática da cafeína deve-se tanto à variação
individual inata como a uma variedade de características fisiológicas e ambientais que influenciam o
metabolismo da cafeína (por exemplo, gravidez, obesidade, utilização de contraceptivos orais,
tabagismo, altitude). Os efeitos farmacológicos da cafeína são semelhantes aos de outras
metilxantinas. Estes efeitos incluem uma ligeira estimulação do SNC e vigília, capacidade de manter a
atividade intelectual e diminuição dos tempos de reação.

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Efeitos

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Cafeína

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A cafeína aumenta a sinalização da dopamina (DA) no cérebro
ao funcionar como antagonista dos receptores de adenosina
A2A (A2AR)

Receptores de adenosina A2A

Os receptores de adenosina têm sido implicados em diversos


papéis fisiológicos e fisiopatológicos no organismo, incluindo a
excitação, a locomoção, a regulação da contratilidade cardíaca,
o tónus vascular, o teor de gordura dos adipócitos, a diurese e a
resposta imunitária.

ATP AMPc

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METABOLISMO DA CAFEÍNA
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Metabolismo da cafeína

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Objectivos

UGT
BGLU

CYP

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Cafeína – Enzimas e recetores intervenientes nos efeitos
da cafeína
• A farmacocinética da cafeína é muito variável entre indivíduos devido a um
polimorfismo ao nível da isoforma CYP1A2 do citocromo P450, que metaboliza
95% da cafeína ingerida. Além disso, existe um polimorfismo ao nível de outra
enzima crítica, a N-acetiltransferase 2. A nível farmacodinâmico, existem vários
polimorfismos no principal alvo cerebral da cafeína, o recetor A2A da adenosina
ou ADORA2.

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Polimorfismos CYP1A2

• A cafeína é metabolizada pelo citocromo P450 1A2 (CYP1A2), e a variação


genética do CYP1A2 afecta a velocidade de eliminação da cafeína.

• Um polimorfismo de nucleótido único (C/A) no intrão 1 do gene do citocromo


P450 (CYP1A2) influencia o metabolismo da cafeína e os resultados clínicos da
ingestão de cafeína.

• O polimorfismo rs762551 do CYP1A2 introduz três populações de


metabolizadores de cafeína: metabolizadores (i)rápidos (AA), (ii) intermédios (AC)
ou (iii) lentos (CC) da cafeína.
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Efeito do consumo de outros xenoquímicos no
metabolism da cafeína

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ANÁLISE DOS POLIMORFISMOS

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Metabolismo da cafeína: Discussão
1-methylxanthine (1X),
3-methylxanthine (3X),
7-methylxanthine (7X),
1,3-dimethylxanthine (theophylline, 13X),
1,7-dimethylxanthine (paraxanthine, 17X),
3,7-dimethylxanthine (theobromine, 37X),
1,3,7-trimethylxanthine (caffeine, 137X),
1-methyluric acid (1U),
1,3-dimethyluric acid (13U),
1,7-dimethyluric acid (17U),
3,7-dimethyluric acid (37U),
1,3,7-trimethyluric acid (137U)

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Discussão efeito/metabolismo

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