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Tendo como base o texto de Hilário Franco Jr. "O (pré)conceito de Idade
Média", disserte sobre as concepções (visões) da Idade Média para os
renascentistas e iluministas no século XVI, para os românticos no século
XIX, para os medievais e para o século XX, conforme apresentado no texto
e nas discussões em sala de aula. Elabore um título. Desenvolva um texto
com introdução, desenvolvimento e conclusão. Adote uma letra legível
e observe as regras gramaticais básicas. (2,0 pontos).
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(a) ( F ) Seguindo o cristianismo que prega “dar a Deus o que é de Deus e a César
o que é de César” (Mateus 22,21), as esferas política e religiosa na Idade Médias
estavam separadas.
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COMENTÁRIO:
A sentença não é verdadeira. Na Idade Média, as esferas política e religiosa
não estavam separadas. O cristianismo na Idade Média exercia uma grande
influência na política e na sociedade de diversas maneiras.
Na estrutura política feudal, por exemplo, a Igreja Católica desempenhava um
papel importante na governança. Os líderes religiosos, como bispos e abades,
também tinham autoridade política e administrativa em suas terras. Além
disso, a Igreja possuía seu próprio sistema legal, tribunais e jurisdição.
Além disso, o Papa exercia uma influência significativa na política europeia
através do poder de excomunhão e interdito. Os governantes medievais eram
frequentemente influenciados pelas decisões e políticas papais.
Havia também uma forte ligação entre a religião e a vida cotidiana das
pessoas. A Igreja controlava o ensino e a educação, além de ser responsável
pela assistência social e pelos cuidados com os doentes e pobres.
Portanto, a sentença em questão não é verdadeira, pois o cristianismo na Idade
Média não pregava uma separação entre as esferas política e religiosa, mas sim
uma forte influência e interação entre elas.
(b) ( V ) Outro interessante exemplo das relações entre política e imaginário temos
nos reis, históricos ou míticos, que teriam desaparecido sem morrer e que
retornariam quando seus povos deles precisassem. A crença nesses monarcas
messiânicos e milenaristas tanto podia legitimar seus sucessores quanto servir de
contestação ao governante do momento.
A sentença é verdadeira. Ao longo da história, é possível observar a existência
de crenças em reis, tanto históricos quanto míticos, que supostamente teriam
desaparecido sem morrer e retornariam quando seus povos precisassem deles.
Essas crenças desempenharam um papel importante nas relações entre política
e imaginário, pois podiam legitimar os sucessores desses reis ou servir como
uma forma de contestação ao governante atual.
(c) ( V ) Pelo menos até o século X, “nação” tinha conotação apenas étnica: natione
vem de “nascimento”. Na Primeira e na Alta Idade Média, prevaleceu o
princípio jurídico germânico da personalidade das leis, quer dizer, cada pessoa
era regida pelos costumes de seu povo independentemente do lugar em que
estivesse. O princípio jurídico romano da territorialidade das leis, ou seja, a
submissão aos costumes locais, qualquer que fosse a origem da pessoa,
reganharia força aos poucos, sobretudo a partir do século XII. Somente então
“nação” passou a ter caráter também geográfico e político.
(d) ( F ) De toda maneira, o Estado-nação não progrediria na Baixa Idade Média,
sendo, portanto, insuficiente a existência no plano prático de formação de
exércitos nacionais e protecionismo econômico no campo simbólico o
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